7 resultados para Ceará História 1870-1888.

em Universidade Federal do Pará


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O tema de pesquisa proposto se constitui em uma proposta inovadora, na medida em que, dentre os grupos e associaes que participaram dessa luta, a Maonaria talvez seja a menos estudada e pesquisada e, assim, com este estudo, pretendemos demonstrar que as lojas manicas, como outras associaes, acompanhavam as mudanas que se processavam social e politicamente no pas, estabelecendo uma nova cultura poltica que envolvia diferentes sujeitos que se encontravam na vanguarda do processo abolicionista, pugnando pela mudana das relaes de produo no pas. Este trabalho evoca a luta pela emancipao dos escravos defendida pelos maons do Par, bem como a anlise do posicionamento da Maonaria em relao ao regime imperial, como as questes bsicas desta pesquisa, possibilitando redimensionar esse tema, procurando investigar as estratgias sociais desenvolvidas por esses sujeitos, atravs da atuao das lojas manicas e de alguns maons importantes como Lauro Sodr, demonstrando seus posicionamentos polticos e suas formas de atuao. A pesquisa de jornais da poca mostrou que de 1870 em diante foram fundadas associaes que geralmente se aproveitavam de festas pblicas para promover debates em favor da liberdade dos escravos. A metodologia trabalhada consistiu basicamente de consulta aos jornais da poca e documentao de registro das lojas manicas, que so referenciadas ao longo deste trabalho. No perodo proposto, o jornal foi o principal meio de comunicao da sociedade, sendo muito utilizado por letrados e polticos que passaram a utilizar suas pginas para criticar o regime escravocrata em crise, rotulando-o de atrasado e incompatvel com a modernizao em curso no pas.

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Em meados do sculo XIX, a capital do Par comeava a sentir as primeiras transformaes urbanas decorrentes da riqueza da borracha. A partir do perodo de expanso da economia gomfera em 1870, esta conjuntura permitiu as intervenes e melhorias seguidas pelos ideais de modernidade, progresso e civilizao, introduzidos pelo Poder Pblico na construo de uma Belm moderna, perodo que se estende at o final do ciclo, aproximadamente em 1910. Ao evocar-se a arquitetura do perodo a ser trabalhado, no senso comum, trata-se de se evidenciar o grande legado do ciclo da borracha, espelhada num processo ambientado em riquezas e oportunidades em que as casas passaram a ser construdas com uma arquitetura importada europia, tornando-se o prprio smbolo dessa modernidade. Mas, tambm, foram construdas casas que ameaavam o projeto de modernizao urbana criada para a nova Belm, e, por isso, tornou-se necessrio a criao de algumas regras e medidas que impedissem ou retirassem as casas no-condizentes do ncleo central, forando esses moradores a construir em reas mais perifricas de Belm. Assim, podemos perceber que esta nova conjuntura permitiu a construo de novas e diferentes formas de morar, onde os recursos do morador seriam mais evidentes no partido arquitetnico de suas casas - das casas burguesas a populares. E entre esses dois extremos, encontravam-se as diversas formas de morar na Belm da belle-poque. Por este motivo, a casa torna-se um documento importante pelo qual poderemos compreender a influncia de todos os fatores externos (econmicos, sociais, tcnicos, culturais, polticas pblicas, artsticos, espaciais, entre outros) em sua construo. O grande desafio, portanto, desta dissertao, revelar a diversidade habitacional construda nas diferentes formas de morar durante o perodo em questo.

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Este artigo procura discutir as prticas e representaes em torno do casamento a partir da trajetria de mulheres e homens pertencentes a distintos segmentos sociais, que viveram em Belm durante o perodo de expanso da economia da borracha. Para tanto, foram consultados inventrios, processos civis e criminais, matrias de peridicos e fontes eclesisticas.

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A presente pesquisa tem o objetivo de analisar o currculo da Escola Normal do Par, mais especificamente no que se refere s Cincias Naturais que constaram em sua estrutura, desde 1870 at 1930. Esta instituio foi criada em 1871 com o fim de formar professores para atuarem na instruo primria. Situada em Belm, que era o centro mais urbanizado da regio, a Escola Normal estava entre as principais instituies da instruo pblica paraense. As Cincias Naturais fizeram parte do primeiro currculo da Escola Normal do Par, sendo elas a Fsica e a Qumica, contudo deixaram de fazer parte em 1874. O retorno das Cincias da Natureza se deu durante a Primeira Repblica, por meio da Fsica, da Qumica e da História Natural, as quais se consolidaram ao longo deste perodo. A pesquisa analisa esta trajetria partindo do pressuposto que o currculo um artefato social e histrico, sujeito a flutuaes e que refletiu e continua a refletir as relaes de poder envolvidas nos processos de seleo e transmisso cultural. Outra perspectiva analtica deste estudo considera o currculo como um meio de difuso cientfica, que tambm determina os modos que esta deve ocorrer. Sobre a difuso cientfica, parte-se do princpio que este processo no simtrico, que os saberes cientficos so criados em centros mais fortes e que ao serem difundidos para a periferia tem que interagir com a cultura que os recebe, os quais so conformados e modificados, sendo-lhes agregados valores diferentes dos que possuem nos pases de centro. Assim, a pesquisa divide-se em trs captulos. O primeiro tem o objetivo de ver o desenvolvimento das Cincias Naturais no currculo do municpio do Rio de Janeiro, entre 1850 e 1890, que era a sede do governo central e o principal centro difusor de idias para outras localidades do pas, tanto em termos de educao quanto em outras reas da administrao pblica. Com isso, analisa-se o desenvolvimento curricular do ensino primrio, secundrio e normal do Rio, mais especificamente em relao as Cincias Naturais, a partir das Reformas Coutto Ferraz (1854), Lencio de Carvalho (1879) e Benjamin Constant (1890), as quais determinaram mudanas no currculo e na educao de modo geral. O segundo captulo faz um resgate do desenvolvimento curricular da instruo pblica primria e secundria paraense (1840-1870), isto para ver qual era o cenrio curricular da instruo pblica as vsperas da criao da Escola Normal, o que permite perceber e analisar que mudanas foram introduzidas por esta instituio neste contexto. O terceiro captulo, num primeiro momento, rev a trajetria da Escola Normal do Par e, num segundo momento, analisa-se o desenvolvimento do currculo normalista do Par em relao as Cincias Naturais, de modo que evidenciado a emergncia e solidificao dos saberes cientficos, tal como a distribuio de carga-horria em relao aos outros saberes e as prprias cincias constituintes do currculo.

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Este estudo procura compreender o processo de colonizao agrcola no Par nas ultimas dcadas do Imprio, tendo como referncia o Ncleo Benevides. Procuramos analisar no apenas os interesses, como tambm s formas de ocupao, os critrios de escolhas dessas reas, os tipos de plantio, sementes, tamanho dos terrenos, as exigncias para distribuio dos lotes e permanncia nas reas de colonizao, mas tambm o posicionamento dos colonos frente a essas questes, uma vez que entendemos que o aspecto tomado pelo ncleo agrcola reflete a relao da legislao e das medidas pensadas para administrar esse espao, mas igualmente o modo de vida adotado pelos colonos.

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O objetivo desta dissertao consiste em analisar determinados aspectos da escravido negra na cidade de Belm, entre 1871 (ano de promulgao da Lei do Ventre Livre) e maio de 1888 (quando a escravido foi abolida). O foco da pesquisa est voltado para a experincia humana e o cotidiano de um contingente populacional, que, apesar de expressivo (pelo menos at meados da dcada de 1880), no costuma aparecer na historiografia sobre a Belm de fins do sculo XIX, comumente chamada de Belm da Belle-poque. Elementos componentes deste contexto, como o boom da economia da borracha, a propagao das ideias de civilizao, modernidade e progresso, e o crescimento da populao livre, acabam no deixando espao para os escravos que residiam e/ou circulavam pelos quatro cantos da cidade e matizavam sua paisagem. O processo criminal em que foi ru um destes escravos urbanos, Camilo Joo Amancio, ser o fio condutor dos quatro captulos deste trabalho, que abordam as seguintes problemticas: a relao dos escravos com a polcia e a justia; sua insero no mundo do trabalho e no mercado urbano de escravos; os usos e significados do tempo de no trabalho de que dispunham; e as redes de sociabilidades que teciam com os mais variados indivduos.

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A segunda metade do sculo XIX no Brasil foi marcada por reflexes e debates sobre o processo de encaminhamento da emancipao que, para a sociedade como um todo, transformou-se em um verdadeiro dilema a ser resolvido: o problema do elemento servil. Esses debates eram sustentados pelos diferentes setores sociais que encaminhariam um processo de libertao de forma controlada e dirigida por meio do controle do Estado e sobre determinados escravos. O projeto vencedor desse debate foi a Lei do Ventre Livre de 1871 que permitiu uma emancipao indenizatria e de controle sobre a populao de libertos por meio do Fundo de Emancipao. Nesse sentido, o projeto expressava a necessidade de se manter as relaes sociais da escravido, cujo principal tema em jogo era a perda do controle sobre a propriedade escrava. Esse controle sobre a propriedade, no entanto, no significou que os sujeitos sociais diretamente atingidos pela poltica de emancipao do Estado no construssem suas respostas para enfrentar os desafios na busca de suas liberdades. As aes diante justia, aos relacionamentos cotidianos costurados, s aes junto produo das matrculas ou das listas de classificao de escravos que seriam libertos pelo Fundo de Emancipao se constituram, entre outras formas de interveno escrava pautadas na prpria legislao emancipacionista que garantiria ao escravo o caminho da liberdade.