2 resultados para Boné

em Universidade Federal do Pará


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Esta dissertação teve o objetivo de verificar se os alunos da EJA consideram que o uso de uma variedade linguística pouco valorizada tem efeito sobre a aprendizagem da matemática e refletir sobre a importância do respeito à variedade linguística do aluno da EJA, que pode servir de meio para se chegar à variedade estabelecida no espaço escolar, assim como para a aquisição da linguagem matemática. A discriminação linguística que se tem dentro do contexto escolar pode distanciar ou até mesmo negar o acesso aos conhecimentos escolares pelo fato de se retirar as referências de mundo que o aluno possui. O aprendizado da matemática no meio escolar está distante das variedades existentes e principalmente daquelas oriundas dos meios mais carentes economicamente. Analisa-se a possibilidade de uma ponte entre os conhecimentos matemáticos populares e os escolares, a partir do respeito à variedade usada pelos educandos. A pesquisa foi realizada em uma escola pública com uma turma da terceira etapa da EJA. A análise permitiu constatar que muitos dos problemas encontrados no aprendizado da matemática estão relacionados com aspectos referentes à discriminação da variedade linguística e dos conhecimentos matemáticos das classes populares no meio escolar. Como se vive numa sociedade altamente tecnológica, que é formatada por modelos prescritos pela classe dominante, a partir da linguagem matemática, então esse conhecimento é imprescindível para a compreensão e para uma possível transformação social. Contudo, a escola segue comportamentos determinados, com o objetivo de reproduzir e manter tal mentalidade dominante ao negar o acesso à linguagem matemática. A pesquisa aponta para um caminho que prevê um ensino/aprendizagem da matemática que se emancipe desse ideal de sociedade, pois assim poderá contribuir para uma melhor educação aos alunos da EJA e para uma possível transformação social.

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Em setembro de 1929, o primeiro grupo de imigrantes japoneses entra em terras paraenses, mais especificamente à região Nordeste, dando assim, início à colônia nipônica na Amazônia. Haruo Onuma chegou em dezembro de 1929, compondo o segundo grupo. A sua futura esposa Mitsu Yamaguchi, desembarcou em 1930 na quarta leva de imigrantes a chegar no país. O casal juntamente com seus patrícios, participou ativamente da implantação da colônia localizada na atual cidade de Tomé-Açu, engendrando através da labuta e dos preceitos ético-estéticos japoneses mesclados aos saberes e fazeres locais, um conjunto de paisagens distintas no cenário amazônico, uma vez que sintetizam experiências civilizacionais diversas. O casal Onuma, por exemplo, edificou uma moradia diferenciada, durante o período áureo da pimenta-do-reino, cuja paisagem revela tal síntese entre visões de mundo diversas. A proposta deste estudo é a de interpretar as diferentes formas de conformação das paisagens constituídas pelos patriarcas da família Onuma a partir das memórias de seus parentes e amigos, considerando que tais narrativas expressam elementos que auxiliam na compreensão da subjetividade, do modo de ser e de pensar nipo-brasileiro no contexto paraense. Este estudo apresenta ainda, uma incursão ao universo do Bon-Odori - ritual que revela parte significativa das formas de sociabilidade vividas pelos nipo-brasileiros - o qual é realizado anualmente na localidade de Tomé-Açu.