6 resultados para Bibliotecas Populares

em Universidade Federal do Pará


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Para o planejamento e a implantação do Sistema Integrado de Bibliotecas da UFPA foi previsto o uso de novas tecnologias considerando a perspectiva de mudança de paradigmas para a prestação dos tradicionais serviços de informação em bibliotecas. A transformação da biblioteca num portal na web brasileira e num sistema operacionalizado em rede em meio ao compartilhamento de serviços, com vistas ao intercâmbio de informações, à disponibilização e ao acesso facilitado dos conteúdos informacionais, foram as metas que caracterizaram o novo patamar alcançado pela biblioteca. Para isso foram feitos investimentos de ordem financeira, humana, de infra-estrutura e meios materiais que tiveram como objetivo viabilizar a funcionalidade do sistema em relação aos resultados que se desejava alcançar. O Sistema Integrado de Bibliotecas da UFPA hoje possui recursos instalados, pessoal capacitado, produtos e serviços de maior qualidade que são os itens mínimos e imprescindíveis para elevá-las ao nível desejado da informatização . Para isso foram empreendidas ações no sentido de adquirir hardware, software, treinar e capacitar pessoal e estabelecer parcerias e consórcios para captação de recursos e prestação de serviços. Com essas medidas foi possível acelerar os processos de comunicação e de transferência de conhecimento, passando a dispor de uma rede consolidada de serviços e de informação, com produtos disponibilizados via Intranet/Internet, pronta para enfrentar os desafios da nova era.

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A competência informacional dos profissionais bibliotecários que atuam como gestores das bibliotecas que compõem o Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Pará foi o objeto de estudo que se analisa nesta dissertação. Quais são as competências em informação requeridas aos bibliotecários que atuam como diretores junto às bibliotecas do Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Pará? Quais dessas competências já fazem parte do cotidiano de trabalho e quais precisam ser desenvolvidas por esses gestores? Foram as questões que nortearam esta dissertação. A pesquisa foi alicerçada em procedimentos conjugando abordagens quantitativas e qualitativas, conduzidos, primeiramente, por um estudo exploratório, utilizando um questionário com perguntas dirigidas a esses profissionais – bibliotecários e gestores. Ouviu-se cinco desses bibliotecários, escolhidos de acordo com a representatividade e estágio de desenvolvimento dessas bibliotecas, utilizando nesse momento a metodologia da História de vida. Os dados obtidos e sua análise permitiram conhecer quem são esses bibliotecários gestores, as competências que assumem possuir, seu perfil, suas dificuldades mais recorrentes suas funções e trabalhos, que desenvolvem e quais os recursos ou práticas que utilizam para se capacitarem e se manterem atualizados no exercício do cargo e da profissão. Os resultados da pesquisa confirmam a ausência de uma preparação, por menor que seja para o exercício de funções gerenciais de bibliotecas e apontam para a necessidade de se criar programas de formação de competência informacional voltado para esses profissionais e dessa maneira suprir as lacunas hoje existentes.

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O século XIX foi, notadamente, um período de transformações no cenário brasileiro. Mudanças ocorridas em campos como o social, cultural, político e econômico trouxeram repercussão também para o campo da Literatura. Essa disposição se fez sentir em todas as províncias do país, a exemplo, no Pará. Nesse contexto se fez notar a cidade de Vigia, uma região da província, que ascendeu para sua inclusão na História Literária do Norte com a formação daquilo que a imprensa oitocentista chamou de “Recanto Literário” — a Sociedade Literária e Beneficente Cinco de Agosto. Junto a ela outros dispositivos contribuíram para a formação de uma sociedade em busca do desenvolvimento intelectual com fins à ascensão e ao reconhecimento social. A movimentação que tomou conta da cidade, em meados do século XIX formou mentalidades e contribuiu para a formação de uma comunidade de leitores. O objetivo deste trabalho é historiografar o processo de formação dessa comunidade, bem como relatar os fatos que dele fizeram parte, capazes de interferir nos hábitos de uma pequena cidade.

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A pesquisa trata da atuação dos movimentos sociais ocorridos no entorno do complexo industrial de Barcarena, após a implantação das empresas Albrás, Alunorte e Pará Pigmentos, que deram origem às associações de moradores e produtores rurais. O objetivo é a identificação dos principais movimentos surgidos e existentes, analisando-os à luz da Teoria dos Novos Movimentos Sociais. A partir de uma pesquisa exploratória, alicerçada no referencial bibliográfico, busca-se ainda verificar as vertentes pelas quais enveredaram os movimentos sociais que deram origem às entidades representativas no município. A pesquisa de campo realizou-se entre os anos de 2003 e 2004 junto a 15 associações existentes em Barcarena e que envolvem 18 comunidades rurais e urbanas, onde se aplicou questionários para verificar como estas encaminhando suas reivindicações e se relacionando com os poderes locais. Foram realizadas ainda entrevistas com técnicos das empresas e da Prefeitura e com antigos moradores. Dentre os resultados da análise de dados, pode-se afirmar há uma diferença entre as aspirações dos movimentos sociais urbanos e rurais, mas as principais reivindicações referem-se a melhoria da infraestrutura, saúde, educação e desenvolvimento agrícola. A identificação dos principais movimentos sociais em Barcarena foi um dos resultados esperados no decorrer da pesquisa, pois não se pode afirmar que exista um típico movimento social em Barcarena que faça contraponto às empresas no sentido de protesto, mas o movimento existe e é bastante ativo nos moldes dos novos movimentos sociais. Conclui-se que no enfrentamento cotidiano entre empresas e comunidades, o que prevalece é a categoria de movimento popular, onde as reivindicações coletivas voltam-se para a melhoria das condições de vida e de aspectos que envolvem seu cotidiano, além, é claro, da defesa de seu modo de produção e reprodução de vida.

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A presente dissertação trata da atuação de intelectuais (poetas, jornalistas, militantes, estudantes, folcloristas, antropólogos) e artistas populares na formação da chamada “MPB”, Música Popular Brasileira, no Pará. Entre meados da década de 1960 e de 1970, setores intelectualizados da classe média paraense iniciaram uma grande mobilização no sentido de atualizarem a música popular produzida em Belém aos debates políticos e estéticos que a MPB realizava no restante do país. Festivais foram realizados, grupos de poesia e música surgiram, atuações políticas se misturavam com posturas boemias e grande atividade artística. A nova intelectualidade buscava ao mesmo tempo fazer uma música moderna, mas pautada em elementos da cultura popular paraense ou amazônida. Em meio a novos artistas advindos destes setores da sociedade uma revisão da memória da música popular se fazia e antigos nomes eram incorporados a uma tradição. Concomitantemente a isso, o carimbó, que até então estava restrito às cidades e comunidades interioranas, surge em Belém como uma explosão musical e torna-se música consumida pelas rádios, TVs e indústria do disco. A urbanização deste gênero do folclore regional leva a um amplo debate sobre autenticidade, mercado e identidade cultural da região amazônica e do Pará em particular. Neste processo, artistas de extratos populares entram em cena dando sua contribuição à música popular do Norte. O amplo debate nos jornais sobre o carimbó (sua autenticidade ou sua degeneração frente ao mercado) se soma as atuações da jovem intelectualidade. Neste complexo contexto de múltiplas atuações surge uma MPB de feições regionais.

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Este estudo focaliza os eventos relacionados às trajetórias afetivo-sexuais de jovens (homens e mulheres) de camadas populares, em sua maioria, estudantes de uma escola da rede pública (estadual) de ensino. Orientada por um olhar antropológico, a pesquisa contemplou além dos 36 adolescentes (24 mulheres e 12 homens), interlocutores principais, pessoas pertencentes às suas redes de relações na família e na escola, tais como: mães, tias, irmãs, avós, madrinhas, professoras e amigos. A observação direta nos contextos de sociabilidade do grupo foi acrescida de conversas informais e da utilização do diário de campo, tendo sido realizadas entrevistas individuais aprofundadas com os 36 participantes. No interior das diferentes trajetórias aqui analisadas, são pontuados os contextos e desdobramentos da gravidez durante a adolescência, a maternidade e a paternidade, os conflitos, os impasses, os arranjos, re-arranjos e as redes de relações estabelecidas em torno dos mencionados eventos, no âmbito da família e da escola. São postas em relevo as lógicas culturais que presidem as experiências afetivo-sexuais, informadas, sobretudo, pelas diferenciações de gênero. O objetivo foi formular uma compreensão, o mais próxima possível traduzida numa interpretação textualizada dos significados culturais atribuídos aos eventos por aqueles que os vivenciam.