2 resultados para Atenção à saúde
em Universidade Federal do Pará
Resumo:
A interação entre os Poderes Executivo e Legislativo no processo de produção de polÃticas públicas apresenta contornos diversificados, que variam segundo as regras inerentes ao sistema polÃtico, as estratégias adotadas por esses atores polÃticos e a capacidade dos grupos sociais organizados de influenciar as decisões polÃticas relativas a polÃticas públicas. Não há, portanto, um padrão único de interação entre esses Poderes no processo decisório de polÃticas públicas. No sistema polÃtico brasileiro o Executivo e o Legislativo são os responsáveis diretos pelo encargo estatal de editar polÃticas públicas, daà o objetivo deste trabalho de investigar, sob o enfoque neoinstitucionalista, as bases da interação entre esses Poderes na produção da nova polÃtica nacional de saúde mental, no perÃodo de 1989 a 2001, seu perÃodo de consolidação normativa, em meio à correlação de forças que se costuma estabelecer entre eles no processo decisório de polÃticas públicas. A Constituição Federal de 1988, que estabelece como um dever do Estado a formulação de polÃticas públicas que promovam, protejam e recuperem a saúde das pessoas, fortaleceu o papel do Congresso enquanto arena decisória de polÃticas públicas, mas o Executivo acaba por imprimir uma dinamicidade própria ao processo de produção de polÃticas públicas, fazendo uso de instrumentos institucionais diversos que podem até excluir o Parlamento do processo decisório.
Resumo:
Um cuidado em saúde que vise a integralidade em suas ações e propostas deve levar em consideração os contextos singulares de vida da população e de cada pessoa em particular, se observadas as considerações da bibliografia especializada. Sabe-se que o Brasil é um paÃs que apresenta um grave quadro de desigualdade social e o conhecimento da diversidade cultural existente entre os grupos sociais que co-existem em nosso paÃs é fundamental para a realização de um cuidado em saúde integral com a população. O objetivo deste estudo foi compreender se e de que forma os elementos considerados importantes para a produção de saúde no contexto de vulnerabilidade social no Brasil estão sendo levados em conta na produção acadêmica da área da psicologia. Para isso, foram analisados textos presentes na Biblioteca Virtual em Saúde, a partir da relação psicologia e SUS, totalizando 37 estudos. A importância de uma prática contextualizada foi evidenciada, porém não houve em nenhum dos textos a descrição das especificidades dos contextos familiares em situação de pobreza, sinalizando que este conhecimento não está disponÃvel na área e que saberes de áreas distintas da saúde são fundamentais para um cuidado integral em saúde. A integralidade, o trabalho em equipe e a prevenção e promoção à saúde são elementos significativos nas produções, porém podemos perceber que estas diretrizes encontram-se ainda no plano da reflexão e verbalização, de um modo geral não traduzindo-se em práticas profissionais. Os desafios que distanciam a prática dos profissionais da psicologia e as diretrizes do SUS resumem-se em uma formação voltada para o atendimento clÃnico individual e a consequente prática descontextualizada, voltada para a psicoterapia. Outros desafios assinalados foram formas de organização do próprio SUS e a desconsideração deste profissional como generalista nas polÃticas de saúde. O conceito de resiliência de um modo geral não está presente nos estudos, mas a presença de elementos importantes para promover a autonomia dos indivÃduos demonstra que formas de fortalecer os indivÃduos foram considerados importantes. Foram analisadas também as estratégias de educação: formação acadêmica e Educação Permanente em Saúde (EPS). Observou-se que a discussão sobre a formação está presente na maioria dos textos e que mudanças tÃmidas já foram constatadas buscando aproximar a área da realidade do SUS. A EPS não é um fator significativo nos estudos, e seu potencial ainda não foi explorado no que concerne a psicologia.