3 resultados para Agro-ecological Transition

em Universidade Federal do Pará


Relevância:

80.00% 80.00%

Publicador:

Resumo:

A AMAZÔNIA está entrando em uma era de rápidas mudanças impulsionadas pela previsão de asfaltamento de rodovias que estimularão a expansão da fronteira agrícola e de exploração madeireira. O declínio do custo de transporte tem importantes implicações para a biodiversidade, emissão de gases que contribuem para o efeito estufa e prosperidade da sociedade da Amazônia a longo prazo. Para analisar esse contexto, foi desenvolvido um modelo de simulação de desmatamento na bacia Amazônica, sensível a diferentes cenários de políticas públicas frente à expansão da infra-estrutura de transporte pela região. Resultados do modelo indicam que, dentro de um cenário pessimista, o desmatamento projetado pode eliminar, até meados deste século, 40% dos atuais 5,4 milhões de km2 de florestas da Amazônia, liberando o equivalente a 32 Pg (109 toneladas) de carbono para atmosfera. A modelagem de cenários alternativos aponta que a expansão de uma rede de áreas protegidas, efetivamente implementadas, poderia reduzir em até 1/3 as perdas florestais projetadas. Contudo, outras medidas de conservação são ainda necessárias para se manter a integridade funcional das paisagens e bacias hidrográficas amazônicas. Atuais experimentos em conservação florestal em propriedades privadas, mercados de serviços ambientais e zoneamento agro-ecológico devem ser refinados e multiplicados a fim de se buscar uma conservação extensiva.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

O estudo tem como objetivo avaliar o processo de sustentabilidade em sistemas agrícolas, tendo como parâmetros os fluxos energético e econômico dentre seus compartimentos, cuja dinâmica é regida pela agrodiversidade de um ambiente agrário em transição. O trabalho de campo foi realizado no município de Igarapé-Açu, Nordeste do Pará. Inicialmente foi feito um survey em 60 unidades produtivas, seguindo-se da aplicação de questionário em 25 unidades, de uma modelagem sistémica em 11 unidades, subsidiada por um exame de contexto, além das entrevistas com agentes produtivos locais ligados direta ou indiretamente a ramos de interesses agrícolas. O resultado das análises revelou mecanismos que caracterizam as distintas lógicas que orientam os processos ecológicos e económicos no contexto da agrodiversidade local/regional. Os fenômenos que ocorrem no campo energético material não guardam correlação direta com os fenômenos de natureza econômica. Não há nem mesmo analogia, visto que os parâmetros adimensionais divergem em valores e padrão. Do ponto de vista da dinâmica ecológica/energética, a informação de maior relevância foi sobre o grau de dependência dos agricultores aos recursos da natureza, parametrizado através do seu coeficiente de depredação (φd). O modelo criado permite: configurar a dinâmica estrutural desses sistemas, estimar-lhes os respectivos níveis de dependência aos recursos, bem como o tempo e a área necessários à obtenção de equivalentes custos de oportunidade aos processos de produção agrícola, e, por fim, identificar fatores limitantes à transição agrária no Município. Esses parâmetros ecológicos/econômicos, pioneiramente definidos, podem ser considerados como operacionalizadores para o planejamento de um desenvolvimento agrário sustentável.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

O efeito de borda e do fogo sobre a comunidade de pequenos mamíferos não-voadores foi investigada em uma área de transição entre Cerrado e Floresta em uma área de matriz de soja na Amazônia Oriental. Os indivíduos foram coletados em 24 transectos, dos quais 16 foram distribuídos em área sem efeito do fogo e oito distribuídos com efeito do fogo. Um total de 11 espécies foi registrado, incluindo seis roedores e cinco marsupiais. A espécie Hylaeamys megacephalus foi a mais abundante em áreas sem efeito do fogo. A abundância e riqueza de pequenos mamíferos não-voadores apresentaram uma diminuição em áreas queimadas, entretanto o efeito do fogo parece mascarar o efeito de borda nestas mesmas áreas. Em relação ao efeito de borda, sem nenhum efeito de fogo, a relação entre a abundância de pequenos mamíferos não-voadores com a distância da borda foi positiva. A relação entre a diversidade de pequenos mamíferos e efeito de borda pode ser ligada à vegetação matriz e características ecológicas de cada espécie.