2 resultados para AUTISM
em Universidade Federal do Pará
Resumo:
Envolver-se em estados de engajamento social com seus cuidadores é um déficit central de crianças com autismo. Este estudo verificou a efetividade de uma intervenção com cuidadores para a promoção de engajamento social em suas crianças com autismo. As interações de sete díades foram filmadas antes, durante e após a intervenção para registro da duração de onze estados de engajamento da atenção infantil, categorizados como social (ES) ou não social (ENS). Oito horas de intervenção foram divididas em encontros grupais e em monitoramentos individuais. Após a intervenção foram observadas diferenças significativas no aumento de ES e na diminuição de ENS e esses ganhos foram mantidos na avaliação de seguimento. O aumento em ES estava positivamente associado ao grau de adesão das cuidadoras ao tratamento. Concluímos que intervenções de curta duração podem capacitar cuidadores como mediadores competentes para aumentar engajamentos sociais.
Resumo:
O Transtorno do espectro do autismo (TEA) é marcado por prejuízos nas áreas de interação social, comunicação, comportamento e processamento sensorial. Aspectos relacionados a prejuízos no repertório de interação social, bem como estratégias para torná-la mais adequada têm sido amplamente estudados. Dentre estas estratégias, as que utilizam música têm recebido atenção. O presente estudo tem como objetivo investigar os benefícios da educação musical ao desenvolvimento da interação social de crianças com seus pares, focando-se na qualidade e na frequência da apresentação de tais comportamentos. Participaram duas crianças com TEA, com idades de cinco e seis anos, em aulas de percussão em grupo. Os instrumentos utilizados foram a Ficha de dados sociodemográficos e de desenvolvimento, para traçar os perfis dos participantes; e o Protocolo de observação de comportamentos de crianças com TEA com seus pares, para a análise comportamental, durante oito aulas/percussão (240 minutos). Os resultados sugerem que ambos apresentaram tendência ao aumento de iniciativas e respostas espontâneas e à diminuição de comportamentos não funcionais. Verificou-se a ocorrência do uso de estereotipias para tentativas de/e interações, embora esporadicamente. Destacaram-se os papéis do contexto, dos perfis das crianças, e do manejo comportamental por adultos, na promoção de interações.