3 resultados para ABORTIVE PLANT EFFECTS
em Universidade Federal do Pará
Resumo:
Croton pullei var. glabrior Lanj. (Euphorbiaceae) é uma liana, amplamente distribuída na Floresta Amazônica. Na medicina popular, diversas plantas do gênero Croton têm sido utilizadas com fins terapêuticos em patologias que envolvem dor e inflamação, o que justifica este trabalho. O objetivo deste estudo foi investigar as atividades antinociceptiva e do extrato metanólico das folhas de C. pullei (MECP). O MECP reduziu, de forma dose-dependente, o número de contorções abdominais (1,2 %) em camundongos, sugerindo uma atividade antinociceptiva da planta. Por outro lado, o MECP não alterou significativamente a reatividade ao estímulo térmico no teste da placa quente e a reatividade à estimulação química na primeira fase do teste da formalina, indicando um mecanismo não-opioidérgico. O MECP reduziu a nocicepção na segunda fase do teste da formalina, inibiu o edema de orelha induzido pelo óleo de croton e reduziu a migração leucocitária no teste da peritonite induzida por carragenina, indicando uma atividade antiinflamatória. Apesar dos mecanismos responsáveis pelos efeitos da planta ainda não estarem completamente esclarecidos, estes resultados parecem justificar o uso medicinal potencial de Croton pullei var. glabrior Lanj. em patologias que envolvam dor e inflamação.
Resumo:
A biodiversidade Amazônica pode ser uma fonte de substâncias capazes de serem utilizadas no controle de plantas daninhas. Neste estudo relatamos o isolamento e a identificação de cinco estilbenos a partir das folhas do "timbó vermelho" (Deguelia rufescens var. urucu): 4-metoxilonchocarpeno (1); 3,5-dimetoxi-4´-hidroxi-3´-prenil-trans-estilbeno (2), lonchocarpeno (3), 3,5-dimetoxi-4´-O-prenil-trans-estilbeno (4) e pteroestilbeno (5). As substâncias 2 e 4 são novos produtos naturais, porém 2 já havia sido citada como produto de síntese. Foi avaliada a potencial atividade alelopática de 1, 2 e 4 sobre a germinação de sementes e o crescimento da planta daninha Mimosa pudica. Os efeitos observados sobre a germinação das sementes de M. pudica não variaram significantemente (p > 0,05) quando a análise da fitotoxidade foi realizada com as substâncias isoladamente, cuja inibição máxima não ultrapassou 20%. A inibição mais intensa, quanto ao desenvolvimento da radícula e do hipocótilo, foi encontrada para o composto 4 (p < 0,05). Isoladamente, 4 causou efeito inibitório significativamente maior (p < 0,05) no desenvolvimento da radícula e do hipocótilo, do que 1 e 2. Quando testados aos pares, apresentaram antagonismo para a germinação de sementes e sinergismo para o desenvolvimento da radícula e hipocótilo.
Resumo:
Dados sobre a densidade e diversidade da macrofauna em relação à altura e densidade de Spartina brasiliensis foram obtidos em bancos de marismas em um estuário tropical no norte do Brasil. A amostragem foi realizada quatro vezes durante um ano, nas estações chuvosa, seca e nos períodos de transição entre estas. A amostragem foi realizada em marismas de três classes de tamanho: pequeno, médio e grande. As variáveis foram analisadas em relação às estações do ano e das classes de tamanho das marismas. Um total de 46 táxons foram encontrados, com os poliquetos, isopodos e o gastropódo Neritina virginea dominando a fauna, resultados similares a estudos realizados em marismas no sul do Brasil. A densidade e a diversidade da macrofauna foram correlacionadas positivamente com a densidade de colmos da vegetação, indicando um possível papel da vegetação em proteção contra predação. Todas as três variáveis foram maiores durante os períodos transicionais entre as estações chuvosa e seca e mudanças sazonais em precipitação, salinidade e disponibilidade de luz possam influenciar mortalidade, disponibilidade de alimento e assentamento da macrofauna. Não houve um efeito de tamanho da marisma sobre a macrofauna ou a vegetação. O efeito beneficial da vegetação sobre a macrofauna é apoiado por outros estudos de marismas brasileiras.