2 resultados para 65.815.932
em Universidade Federal do Pará
Resumo:
FUNDAMENTOS: A cromoblastomicose é uma infecção fúngica crônica, causada por fungos da família Dematiaceae, sendo Fonsecaea pedrosoi a mais comum, segundo vários estudos. É mais frequente em países tropicais e o estado do Pará possui grande casuística mundial. A doença é de difícil tratamento e apresenta recorrência frequente. OBJETIVOS: Descrever os aspectos epidemiológicos, micológicos e formas clínicas dos casos de cromoblastomicose procedentes do estado do Pará - Brasil. MÉTODOS: Foram realizados exames micológicos (direto, cultura e microcultivo) e observação clinicoepidemiológica em 65 pacientes do Serviço de Dermatologia da Universidade Federal do Pará, atendidos no período de 2000 a 2007. Empregou-se a classificação clínica proposta por Carrión em 1950. RESULTADOS: Os pacientes eram, em sua maioria, homens (93,8%), lavradores (89,2%), faixa etária entre 45-55 anos, com predominância de lesões verruciformes (55,4%), localizadas principalmente nos membros inferiores (81,5%). A maioria dos casos pesquisados (61,5%) apresentou um longo tempo de doença, com uma média de 11 anos. O exame micológico direto foi realizado em 86,2% (n=56) dos pacientes; destes, 96,4% (n=54) apresentaram resultado positivo. Foram realizados cultura e microcultivo in vitro de 47 pacientes com exame micológico positivo e os resultados mostraram o Fonsecaea pedrosoi como único agente etiológico identificado nesta amostra. CONCLUSÃO: Este estudo mostrou o quanto a cromoblastomicose ainda compromete a qualidade de vida da população local, principalmente a de indivíduos que trabalham em lavouras, cursando com evolução crônica e sem tratamento eficaz. Observa-se a importância de dar continuidade a este estudo, o que poderá proporcionar novas contribuições clínicas ou epidemiológicas.
Resumo:
O ensaio imunoenzimático para identificação de repastos sangüíneos apresenta especificidade até nível de gênero, sensibilidade para identificação de repastos sangüíneos parciais e detecção de repastos múltiplos. Foram identificadas as fontes alimentares de 82% dos anofelinos coletados em campo. Foram testados seis anticorpos monoclonais (humano, suíno, cão, bovino, rato e galinha) e destes, apenas o anti- IgG bovino apresentou instabilidade. Obteve-se 55,7% (519/932) dos repastos positivos para sangue humano, o que demonstra, a preferência alimentar destes anofelinos por humanos. Dos 206 mosquitos que apresentaram repasto único, 27,6% foi em humanos. O Anopheles darlingi apresentou 41% dos repastos em humanos e o Índice de Sangue Humano (HBI) no intradomicílio foi de 0,71. An. marajoara apresentou 51,3% dos repastos em humanos, embora tenha sido encontrada em grande quantidade no ambiente extradomiciliar e apresentando HBI no intradomicílio de 0,76. O An. nuneztovari foi a espécie mais abundante, apresentando comportamento exofílico e antropofílico, com 53,8% de repastos em humano e HBI no intradomicílio de 0,65. O método ELISA Sanduíche está implantado, identificando a fonte alimentar das espécies de anofelinos coletadas em campo, exceto para bovino. É a primeira vez que esta técnica é utilizada para determinação de repastos sanguíneos em anofelinos na região Amazônica brasileira. É importante a determinação da fonte alimentar das espécies de anofelinos no sentido de caracterizar o comportamento antropofílico e assim associá-las ou não à transmissão de malária.