35 resultados para Língua portuguesa Português falado
Resumo:
Este trabalho investiga a variao dos pronomes tu e voc no português falado em seis capitais da Regio Norte do Brasil: Belm (PA), Boa Vista (RR), Macap (AP), Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC). Baseado nos estudos de Labov (2008), analisa fatores lingusticos e extralingusticos que influem a escolha de um ou outro pronome e a relao destes com as formas verbais de segunda e terceira pessoas. Foram utilizados como corpus dados produzidos por 8 moradores de Belm; 8 de Boa Vista; 8 de Manaus; 8 de Macap; 8 de Porto Velho; e 8 de Rio Branco, sendo 4 homens e 4 mulheres de cada capital, por meio de entrevistas de fala espontnea, com base nos Questionrios do Projeto Atlas Lingustico do Brasil (ALIB). Os resultados apontam o favorecimento do pronome tu em Belm, Manaus e Rio Branco. Boa Vista, Macap e Porto Velho desfavorecem o pronome tu.
Resumo:
Foram analisadas nessa pesquisa as propostas de compreenso textual em manuais utilizados em cursos bsicos de Português como Língua Estrangeira (PLE) em Belm-Pa. Foi investigado tambm como as propostas so desenvolvidas pelas professoras em sala de aula. Os objetos de estudo foram materiais instrucionais da Universidade Federal do Par (UFPA) e da School for International Training (SIT). Para os alunos de ambas as instituies, a habilidade de compreenso escrita na Língua Estrangeira (LE) imprescindvel. Todos necessitam ler em português para participar ativamente da sociedade em que agora vivem. Entretanto, cada pblico tambm se vale da leitura para atividades especficas. Assim, esses alunos precisam ler diferentes textos em LE por diversas razes e em vrias situaes. Da a importncia de usar em sala de aula manuais que favoream o desenvolvimento da compreenso escrita dos alunos propondo textos, atividades e estratgias adequados ao pblico-alvo. Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de investigar as propostas de compreenso escrita nos manuais de PLE assim como sua operacionalizao nos cursos em questo e contribuir assim para o aperfeioamento das prticas de sala de aula, levando em conta ainda opinies de professores e alunos sobre o trabalho com essa habilidade. O estudo em questo foi realizado a partir de pesquisa bibliogrfica e de campo. A pesquisa bibliogrfica baseou-se em autores como Alliende e Condemarn (2005), Koch e Elias (2007), Farrell (2003), Henk et al (2000), Marcuschi (2008), e Nuttall (2005), entre outros. A pesquisa de campo se deu no curso de PLE das instituies mencionadas e teve como populao-amostra alunos e professoras que ministraram aula para o nvel bsico de cada uma das instituies no primeiro semestre de 2011. Foram utilizados dados de trs fontes nesta investigao: anlise dos manuais e do questionrio aplicado aos alunos e professoras, alm da observao de aulas usando o material. Ao final da pesquisa, constatamos que as propostas de ambos os manuais ainda esto longe de proporcionar oportunidades adequadas de desenvolvimento da habilidade de ler em uma LE e tambm que trabalhar com um manual produzido artesanalmente pode no ser a melhor opo, embora ainda seja muito forte a ideia de que no h LD que atenda as necessidades de determinado grupo de alunos.
Resumo:
O presente estudo versa sobre os instrumentos formativos e os processos de regulao na aprendizagem da produo escrita, em Português como língua materna. Inscreve-se na perspectiva da avaliao formativa de orientao francfona, que se focaliza nos processos de regulao e de autoavaliao, com a finalidade principal de favorecer a aprendizagem, de maneira que os prprios aprendentes possam detectar suas dificuldades e, a partir das atividades de anlise propostas, desenvolver instrumentos para super-las. Articula-se esta concepo da avaliao com os pressupostos de uma abordagem interacionista do ensino/aprendizagem de língua materna que visa, mediante atividades de linguagem significativas, promover a reflexo sobre o uso da língua e o desenvolvimento das competncias discursivas. Neste contexto, relata-se um projeto de escrita de contos fantsticos, realizado em uma turma do 7 ano do ensino fundamental, no mbito de uma pesquisa-ao, metodologia essa que permite a todos os participantes professores e alunos serem sujeitos mais efetivos na construo do conhecimento. No desenvolvimento do projeto de escrita adotou-se o procedimento Sequncia Didtica, tal como modelizado por Schneuwly e Dolz (2004), uma vez que tal procedimento se coaduna plenamente com os princpios da avaliao formativa. Ao longo da sequncia foram sendo elaborados pelos participantes alguns instrumentos (listas, fichas...) com vistas regulao dos contos produzidos e progressiva apropriao das caractersticas do gnero em foco. Analisa-se aqui o processo de construo desses instrumentos formativos, sua utilizao pelos aprendentes e os efeitos proporcionados na regulao da aprendizagem. Conclui-se que o uso de instrumentos formativos bem como a prpria elaborao desses instrumentos contribuem para a aprendizagem da escrita, permitindo claramente a apropriao de critrios que haviam sido objeto de estudo, fazendo-se, no entanto, uma ressalva necessidade de haver uma clara articulao dos instrumentos com o modelo didtico elaborado no planejamento da sequncia de atividades.
Resumo:
O objetivo principal dessa Dissertao de Mestrado caracterizar a variao prosdica dialetal do português falado no municpio de Abaetetuba (PA). Todos os procedimentos metodolgicos adotados, aqui, neste estudo, seguem as orientaes estabelecidas pela equipe do Projeto AMPER, na conduo do tratamento dos dados, para a confeco do Atlas Prosdico Multimdia das Línguas Romnicas. As produes lingusticas dos falantes foram gravadas usando um nico padro, garantindo uma produo do sinal acstico de qualidade uniforme e uma boa representatividade da variedade dialetal. O corpus constitudo de 102 frases, SVC (sujeito + verbo + complemento) e suas expanses (sintagma adjetival e preposicionado), estruturadas com as mesmas restries fonticas e sintticas. Cada uma das sentenas foi repetida seis vezes, por cada um dos quatro informantes, e o corpus total composto por 612 frases. O pitch, para os informantes do sexo masculino, est entre 50 Hz e 250 Hz; e 110 Hz a 370 Hz para os informantes do sexo feminino. Foram utilizados trs parmetros acsticos controlados: a Frequncia fundamental (F0), a Durao (ms) e a Intensidade (dB). O tratamento dos dados foi realizado por meio de sete etapas: 1) codificao das repeties, 2) isolamento de cada sentena em udio individual; 3) segmentao fontica realizado no software PRAAT; 4) aplicao do PRAAT script; 5) seleo das trs melhores repeties; 6) aplicao da interface MATLAB; e 7) utilizao do EXCEL para gerar os grficos para anlise comparativa dos dados. Os resultados mostram que as trs maiores variaes dos parmetros acsticos controlados ocorrem preferencialmente na slaba tnica da parte central do sintagma e/ou no sintagma final do enunciado (CRUZ; BRITO, 2011).
Resumo:
O presente trabalho teve como objetivo principal caracterizar a variao prosdica dialetal do português falado na zona rural da cidade de Belm (PA), distrito de Mosqueiro. A pesquisa de campo foi feita com base na metodologia utilizada pelo projeto AMPER, com o corpus constitudo de 102 frases, obedecendo s mesmas restries fontico-sintticas. Dessa forma, as frases utilizadas nas gravaes para a composio do corpus da zona rural de Belm analisadas neste trabalho so do tipo SVC (Sujeito + Verbo + complemento) e suas expanses com a incluso de Sintagmas Adjetivais e Adverbiais. As sentenas do corpus tm 10, 13 e 14 vogais, sendo que os dois ltimos tipos apresentam sintagma com extenso adjetival ou adverbial, respectivamente, direita do verbo, como em O pssaro gosta do Renato nadador ou O pssaro gosta do Renato de Mnaco. Cada sentena foi repetida seis vezes, formando um corpus total de 612 frases por cada informante. Os parmetros acsticos utilizados foram: a durao, a frequncia fundamental e a intensidade. A anlise dos parmetros foi feita por meio de dados gerados nos aplicativos PRAAT, Interface MatLab e grficos gerados no Excel. A pesquisa reuniu dados referentes a seis informantes adultos, de ambos os sexos, com nvel de escolaridade fundamental, mdio e superior. Os resultados forneceram um desenho entoacional comparativo entre as frases declarativas e interrogativas, alm de breves observaes sobre o comportamento das vogais pretnicas, postnicas e tnicas, de acordo com as estruturas acentuais e das palavras em diferentes posies frsicas. O foco foi direcionado para o Sintagma Nominal Final e suas extenses sobre o qual verificamos que a sentena interrogativa inicia sua curva meldica baixa em decorrncia do pico entoacional no verbo gosta, e posterior ascendncia na slaba tnica; e a declarativa inicia a curva com ascendncia at a pr-tnica e posterior descendncia no final do percurso meldico.