44 resultados para conceito de Saúde doença e Paciente


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A tuberculose pulmonar continua sendo um dos maiores problemas de saúde pblica em todo o mundo, inclusive no Brasil. A situao de controle se agrava com a dificuldade de implantar-se um programa eficiente pela desproporo entre necessidades e recursos disponveis e pela limitada cobertura e utilizao da capacidade instalada de ateno, e no fim da dcada de 80 pela propagao do HIV. Com o objetivo de traar o perfil epidemiolgico dos pacientes com tuberculose pulmonar atendidos na Unidade Bsica de Saúde da Pedreira, no municpio de Belm do Par, foram estudados 143 pacientes de ambos os sexos e de todas as faixas etrias com diagnstico de tuberculose, no perodo de janeiro de 2001 a julho de 2002. Aspectos analisados: sinais e sintomas, baciloscopia, raio X de trax, comunicantes intradomiciliares, histria de tuberculose na famlia, tempo entre o incio dos sintomas e o incio do tratamento, tipos de alta do tratamento, procedncia, grau de escolaridade, recidivas, ocupao, qualificao da ocupao, renda familiar, refeies dirias, situao da moradia, tipo de parede, nmero de janelas, nmero de cmodos x nmero de moradores, gua encanada, luz eltrica e tipo de fossa do banheiro, prticas de tabagismo e etilismo. Resultados: o sintoma mais freqente foi a tosse com 89,51 %; a baciloscopia positiva correspondeu a 60,01 %; os achados radiolgicos com infiltrao corresponderam a 42,86 %; 84,62 % dos pacientes possuem pelo menos um comunicante intradomiciliar; 57,34 % apresentaram pelo menos um caso de tuberculose na famlia; 65,04 % demoraram 2 meses para comear o tratamento aps os sintomas terem iniciado; 94,23 % receberam alta por cura; 3,85 % altas por abandono e 1,92 % altas por bito; 78 % procederam de Belm; 7 % so analfabetos e 51,75 % possuem primeiro grau incompleto; 11,19 % de recidivas; das pessoas que possuem ocupao 68,49 % no possuem qualificao; 86 % apresentaram renda familiar inferior a 6 salrios mnimos; 43,68 % praticam o etilismo. Conclui-se que o sexo e a faixa etria predominantes foram respectivamente o masculino e de 16 a 45 anos; as condies scio-econmico-culturais e de moradia so muito precrias. Sendo fundamental entender que esta uma das doenças que mais claramente coloca em evidncia a sua determinao social. Os processos biolgicos da saúde so, portanto, parte da vida social da coletividade, desta forma, a saúde e a doença so tomadas como plos de um mesmo processo que se constitui como uma parte da totalidade maior que a vida. Palestra de educao sanitria , portanto, meio educativo criando hbito de saúde que certamente contribuir para um melhor desenvolvimento das potencialidades do ser humano. Este estudo corrobora pesquisas anteriores.

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A tuberculose nas crianas , por definio, um indicador de transmisso recente e assim serve de sinal de alerta. O objetivo deste trabalho foi descrever os aspectos epidemiolgicos da tuberculose na infncia. Atravs de um protocolo de pesquisa foram coletados dados de pronturios de 80 crianas, de ambos os sexos, portadoras de tuberculose com idade de 0 a 15 anos, retrospectivamente relativo aos anos de 1998 a 2002, atendidas em 18 Unidades Municipais de Saúde, no municpio de Belm. Verificou-se que a idade de 10 a <15 anos foi mais acometida pela doença, no apresentando diferena significativa entre os sexos. Na avaliao antropomtrica 17,15% das crianas apresentaram dficit de peso em graus variados para o ndice P/I. A sintomatologia clssica da tuberculose apresentou-se mais freqente conjuntamente com a forma clnica pulmonar em 77,50 % das crianas. A pesquisa de BAAR e a radiografia foram os exames de maior importncia no diagnstico da tuberculose, 76,25 % das crianas apresentaram cicatriz vacinal e as precrias condies socioeconmicas so fatores determinantes no processo infeccioso. A aplicao rigorosa dos meios de interveno disponveis associados a melhoria das condies scio-econmicas so importantes. Assim, evita-se que qualquer falha no controle da tuberculose atinja imediatamente a gerao mais jovem.

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Os vrus linfotrpicos de clulas T humano do tipo 1 e 2 (HTLV-1 e 2) so retrovrus que causam o Leucemia / Linfoma de clulas T do adulto (LLTA) e a Paraparesia Espstica Tropical ou Mielopatia associada ao HTLV-1(PET/MAH). Outras manifestaes neurolgicas tambm tm sido atribudas ao vrus, tais como distrbios sensoriais e reflexos hiperativos. A prevalncia da infeco pelo HTLV-1 no Brasil alta (0,8% a 1,8%); os HTLV 1 e 2 so endmicos na regio Amaznica. A infeco pelo HTLV e suas doenças associadas ainda so pouco conhecidas dos profissionais de saúde. Trata-se de um estudo descritivo transversal, tipo caso-controle com uma amostra de 76 pacientes portadores do HTLV-1/2 assistidos no Ncleo de Medicina Tropical, em Belm-Par. Foram submetidos a avaliaes clnico-funcional (OMDS), neurolgica, laboratoriais (contagem de linfcitos T CD4+, quantificao da carga proviral) e exame de imagem de ressonncia magntica (RNM). Os pacientes com HTLV-1com avaliao neurolgica foram considerados casos (n=19) e os pacientes assintomticos sem alterao neurolgica foram os controles (n=40). O sexo feminino foi mais prevalente (66,1%), a mdia de idade foi de 50.7 anos. A distribuio mdia da contagem de linfcitos T CD4+ nos dois grupos esteve dentro da faixa da normalidade, a carga proviral mostrou-se mais elevada no grupo de casos, a pesquisa do anticorpo anti-HTLV-1 no LCR foi positiva em 93,3% dos casos. A avaliao neurolgica revelou 16 (84.2%) pacientes com PET/MAH (p<0.0001). Em 73.7% (14) dos casos, a durao da doença ficou entre 4 a 9 anos. A pesquisa da fora muscular em flexo e extenso dos joelhos mostrou que 63.2% dos casos apresentavam grau 3 e 68.4% grau 4, respectivamente (p<0.0001). Normorreflexia em MMSS, alm de hiperreflexia no patelar e no Aquileu, em 78.9% e 73.7%, respectivamente. Sinal de Babinski bilateral foi visto em 73.7% dos casos e o sinal de Hoffman em 26.3%. Clnus bilateral esteve presente em 13 pacientes. Sensibilidade ttil alterada (31.6%), hipertonia de MMII (63.2%) e sintomas urinrios foram observados em 89.5% dos casos. Das 17 RNM realizadas, 13 (76.47) tinham alterao de imagem em medula torcica. No houve associaes entre carga proviral, OMDS, durao da doença e RNM. A maioria dos casos de doença neurolgica associada ao HTLV-1 era compatvel com PET/MAH; a carga proviral elevada perece ser um marcador de desenvolvimento de doença.

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A infeco pela Helicobacter pylori uma das mais comuns em humanos e apesar de possuir tropismo pelo estmago, pode ser encontrada na cavidade oral, mantendo uma relao comensal com o hospedeiro, enquanto a crie dental tambm uma doença infecciosa e resulta do metabolismo da placa bacteriana. Ambas as infeces apresentam alta prevalncia em pases em desenvolvimento, pois estas populaes esto mais expostas a fatores ambientais de risco, e normalmente so adquiridas durante a infncia. A prevalncia destas infeces foi investigada na cavidade oral de escolares assintomticos para doenças gstricas, provenientes de uma populao de Belm-Pa, relacionando-se a alguns parmetros de higiene e saúde bucal, condio socioeconmica e fatores de susceptibilidade gentica como os grupos sanguneos ABO e Lewis. Foram investigados 104 indivduos, com idade mdia de 17 anos. De todos os participantes foram coletadas amostras de saliva e placa dental. A saliva foi coletada para identificao do estado secretor ABO e Lewis e estimao dos parmetros salivares, e ambas, saliva e placa dental, foram coletadas para analise molecular dos genes 16S RNAr da H. pylori e FUT2. A H. pylori foi detectada em 79,8% dos escolares, com freqncia de 66,35% na placa dental e 58,65% na saliva. A prevalncia de crie foi de 82,8% na populao estudada. A avaliao clnica da saúde bucal mostrou que o CPO-D mdio encontrado foi de 3,53. Observou-se que a experincia de crie tende a aumentar medida que acresce a idade e que a infeco por H. pylori foi maior na primeira infncia. O grau de instruo e o nmero de visitas ao dentista mostraram diferenas significantes em relao a presena de H. pylori. A distribuio fenotpica dos grupos sanguneos ABO e Lewis no mostrou diferenas significantes entre indivduos infectados e no-infectados, que expliquem haver maior susceptibilidade gentica para infeco por H. pylori e crie dental. No conjunto desta analise as elevadas freqncias encontradas denotam a necessidade de cuidados e tratamento das doenças dentais, como a crie e sugere-se que a H. pylori na cavidade oral pode contribuir para a infeco e re-infeco do estmago aps tratamento.

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A hansenase uma doença infecciosa, causada pelo Mycobacterium leprae que configura srio problema de saúde pblica no Brasil, principalmente na regio Norte. O coeficiente de deteco anual de hansenase em menores de 15 anos utilizado pelo ministrio da saúde para avaliar a magnitude da transmisso em uma determinada populao. O estudo teve como objetivo investigar e analisar a incidncia da hansenase em menores de 15 anos no municpio de Jacund - PA, em uma srie histrica (1999-2008) e a sua relao com a implantao dos servios de vigilncia em saúde. Respeitando os critrios de excluso, ao final, o estudo compreendeu 210 casos que foram notificados no perodo. A pesquisa foi realizada na base de dados do SINAN da SMS do municpio visando dados de dois instrumentos: Ficha de notificao e boletim de acompanhamento. Observou-se que nos anos seguidos de implantao de servios de saúde, houve aumento na taxa de deteco e o municpio manteve-se hiperendmico nos ltimos nove anos da srie (> 1,0 caso/10 mil habitantes), entretanto nos ltimos trs anos, a incidncia apresentou declnio, com evidncias de que a implantao de novos servios contribuiu com o novo cenrio. A maioria dos pacientes incluiu-se na faixa etria entre 10 e 14 anos (64,76%), sexo masculino (50,5%), procedentes da zona urbana do municpio (84,3%) com predomnio da forma dimorfa (42,4%) por ocasio do diagnstico. Observou-se que segundo a classificao operacional, a forma paucibacilar foi predominante (52,9%), o que pode ser atribudo melhoria do diagnstico em fases precoces. Concluiu-se, baseado no indicador do estudo, que h tendncia ao declnio da endemia no municpio.

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As inflamaes do fgado provocadas pelos vrus hepatotrpicos atingem milhes de pessoas e representa significativo problema de saúde pblica em todo o mundo. Existem interaes entre viroses hepatotrpicas e o sistema imunolgico do hospedeiro que podem influenciar na patogenicidade da agresso heptica. O objetivo deste trabalho foi investigar a freqncia de auto-anticorpos em pacientes portadores do vrus da hepatite C, e sua correlao com os gentipos encontrados. Foram estudados 51 pacientes com diagnstico confirmado pelo PCR de infeco pelo vrus da hepatite C e um grupo de 100 doadores de sangue com todos os exames sorolgico para doenças infecto-contagiosas negativos. Os 51 pacientes portadores do vrus C apresentavam idade mdia de 43 anos, +/- 11,3, em fase pr-tratamento, 34 (66,7%) eram do gnero masculino e 17 (33,3%) do gnero feminino. Desses 13 (25,5%) apresentaram FAN positivo, 45 (88,2%) eram gentipo tipo 1 e 11,8% gentipo tipo 3. Os pacientes que se apresentaram com anticorpos detectveis no apresentavam nveis de AST, ALT, AST/ALT, -GT e fosfatase alcalina significativamente diferente daqueles com auto-anticorpos negativos. Desta forma, conclui-se que os anticorpos presentes na amostra do estudo so independentes da evoluo da doença e do prognstico do paciente, entretanto parece estar ligada ao gentipo tipo 1.

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O estudo ora apresentado analisa a representao biossocial de pessoas com Anemia Falciforme (AF) no Estado do Par, agravo entendido como um fenmeno biocultural por envolver aspectos evolutivos, genticos, ambientais, socioeconmicos e culturais da vivncia cotidiana dos indivduos acometidos pela sndrome. A investigao aborda as sociabilidades de quarenta (40) interlocutores com AF, representando cerca de 10% dos pacientes em tratamento na Fundao Hemopa (Belm), centro de referncia em doenças hematolgicas do Estado, englobando a sua situao de vulnerabilidade social, suas percepes de Saúde e Doença, os tratamentos complementares (folk medicine), diagnstico, estigmas, preconceitos, tabus e dificuldades de acesso e acessibilidade aos servios do SUS com os quais eles convivem rotineiramente. A metodologia compreensiva e a anlise de contedo revelam as experincias prximas dos sujeitos que diariamente convivem com as instabilidades da enfermidade. A vivncia da doença, elaborada atravs das relaes sociais, conversas, percepes e enredamentos familiares e extrafamiliares do grupo em questo, que em seu conjunto organiza sua vida social de modo sui gneris, foram os principais dados revelados, considerando a dor fsica e psicolgica representada pelo corpo adoecido. O habitus em relao ao estilo de vida dos sujeitos um recorte que engloba a natureza tnico-racial da AF, ainda entendida como doença que vem do negro e que necessita ser desmistificada pelos profissionais de saúde que os assistem no dia-a-dia em ambulatrios de todo o Estado. Concluo sugerindo que a AF uma doença que est atrelada aos Determinantes Sociais em Saúde, incorporando as diversas suscetibilidades dos interlocutores, que necessitam de maior sensibilidade poltica e dos setores de ateno bsica saúde para que as pessoas que compartilham as vicissitudes da AF possam ser includas socialmente.

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Inserido no contexto das relaes estabelecidas entre saúde mental e trabalho, este estudo tem por objetivo analisar as vivncias de sofrimento psquico dos servidores responsveis pela execuo dos servios socioassistenciais da rede de Proteo Social da FUNPAPA, enfatizando as estratgias que desenvolvem para realizar o seu trabalho de forma a colocarem-se no mbito da normalidade. Pautado nas contribuies da psicodinmica do trabalho e nos referenciais do campo da saúde do trabalhador, o enfoque terico-metodolgico desta pesquisa consiste em uma abordagem qualitativa, cuja coleta de dados envolveu entrevistas individuais semi-estruturadas e observao participante. A anlise dos dados, realizada atravs da tcnica de anlise de contedo, apontou aspectos relacionados s condies de trabalho e organizao do trabalho atuando como desencadeantes de vivncias de sofrimento psquico, as quais se expressam em ansiedade, insatisfao, medo, tdio, repugnncia, dentre outras manifestaes. Os aspectos relacionados s ms condies de trabalho que desencadeiam o sofrimento psquico dos servidores da FUNPAPA so: espao fsico sem a adaptao necessria para o atendimento dos usurios, equipamentos obsoletos e/ou com funcionamento defeituoso, escala de veculos irregular e condies ambientais insalubres devido infiltraes constantes. Como elementos constituintes da organizao do trabalho que funcionam como determinantes do sofrimento psquico vivenciado pelos servidores da FUNPAPA podemos citar: o atendimento aos usurios, a capacitao profissional inadequada ao trabalho que desenvolvem, a avaliao de desempenho, a ausncia de reconhecimento social, o quantitativo reduzido de servidores, a rede socioassistencial deficitria e a impotncia diante dos limites da poltica de assistncia social para fazer frente s demandas sociais postas a esses servidores. Para lidar com as vivncias de sofrimento psquico de modo a evitar a doença e a loucura esses servidores adotam estratgias de defesa de proteo, incluindo: a racionalizao, a religiosidade, os laos de confiana e solidariedade, o absentesmo, a antecipao das frias, o investimento em atividades desenvolvidas fora da jornada de trabalho, o trabalho itinerante na comunidade e a busca de solues alternativas para tornar o ambiente fsico o mais acolhedor possvel. Desta forma, a estrutura deste trabalho abrange trs momentos: a referncia emprica, o aporte terico e a discusso dos resultados, respectivamente. Por ltimo, guisa de concluso, so apontadas algumas notas para subsidiar uma proposta de promoo da saúde mental no trabalho.

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O presente estudo descreveu os aspectos epidemiolgicos e etiolgicos da diarria aguda no municpio de Juruti, Par, Brasil. Foram avaliadas 261 amostras de fezes (170 diarricas e 91 controles) de pacientes atendidos em Unidades de Saúde Pblica, no perodo de fevereiro a julho de 2009. Para o isolamento de bactrias enteropatognicas, utilizou-se meios seletivos indicadores e de enriquecimento. A caracterizao bioqumica foi realizada utilizando os Sistemas API-20E e a sorologia, atravs de antisoros polivalentes e monovalentes. Para a deteco das categorias de E. coli diarreiognicas foram executados dois ensaios de PCR multiplex. A pesquisa de Campylobacter jejuni e Campylobacter coli e Rotavrus foi executada atravs da tcnica de ELISA, nas amostras de fezes. No exame parasitolgico foram utilizados os mtodos diretos (salina/Lugol) e sedimentao espontnea. Das 154 amostras positivas (118 diarricas e 36 controles), 75,4% eram de infeces nicas e 24,6% de infeces mistas. A maioria dos casos incluiu crianas menores de 10 anos de idade (55,9%), sem diferena significante entre os sexos feminino e masculino. Os enteropatgenos mais frequentes no grupo diarrico foram E. histolytica/E. dispar (26%), Shigella spp (15,7%), G. lamblia (13,3%) e E. coli diarreiognicas (12,8%), com Shigella spp associada diarria aguda (p = 0,0028). Quanto s categorias patognicas de E. coli, a ETEC (7,2%) foi o tipo mais frequente nos casos de diarria aguda, seguido de EAEC (5,9%). Os agentes menos frequentes nos casos diarricos foram representados por C. jejuni/C. coli (4,7%), Rotavrus (2,8%), Salmonella Panama, A. hydrophila e A. sbria (0,5%). Os resultados encontrados fornecem subsdios importantes para a vigilncia epidemiolgica e ambiental da doença diarrica aguda, no municpio de Juruti.

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O presente estudo, de que participaram 77.893 doadores de sangue que compareceram por primeira vez ao Hemocentro do Acre, de janeiro de 1997 a dezembro de 2008, teve por objetivos: 1) identificar indivduos com sorologia positiva para doença de Chagas; 2) caracterizar, clinicamente, os indivduos com sorologia positiva para doença de Chagas e 3) orientar adequadamente indivduos com sorologia positiva quanto teraputica preconizada. A amostra se constituiu de 91,6% de pacientes do sexo masculino, com uma mdia de idade em torno de 47 anos, todos residentes do Estado do Acre. A triagem sorolgica foi realizada com a aplicao do teste ELISA, com 102 resultados positivos; destes, doze foram includos no estudo e submetidos a testes confirmatrios, dos quais onze tiveram o resultado positivo confirmado. Segundo a avaliao de exames complementares realizados (ECG, ecocardiograma e endoscopia digestiva alta), um doador apresentava a forma cardaca instalada e os demais a forma indeterminada da doença. preciso oferecer o exame confirmatrio da doença de Chagas na rotina dos bancos de sangue como forma de garantir o encaminhamento oportuno a uma assistncia mdica qualificada quele doador de sangue que se tornou paciente chagsico.

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A infeco hospitalar (IH) um grave problema de saúde pblica, principalmente em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), devido gravidade do quadro clnico, uso constante de antimicrobianos e frequncia do emprego de procedimentos invasivos. O Staphylococcus aureus (S. aureus) um dos principais patgenos que coloniza indivduos saudveis e responde tambm, por infeces em pacientes hospitalizados. O presente estudo objetivou a identificao do perfil de suscetibilidade, principais stios acometidos por infeco e possveis fatores de risco associados infeco ou colonizao por S. aureus isolados de pacientes e profissionais de saúde da UTI de Hospital de Urgncia e Emergncia de Rio Branco (HUERB) Acre. Foi desenvolvido um estudo transversal no perodo de janeiro a agosto de 2009. Para pesquisa de portadores, foram coletadas amostras biolgicas da microbiota dos pacientes e profissionais de saúde. Para o levantamento de casos de pacientes com IH, foram coletadas amostras biolgicas dos stios suspeitos de estarem acometidos, a partir de 72 horas da data de sua admisso, at alta, transferncia ou bito. Dos 62 pacientes inseridos nos estudo, 19,3% foram portadores e 6,4% desenvolveram IH por S. aureus; e dos 35 profissionais, 28,6% foram portadores de S. aureus. Foi a segunda espcie bacteriana mais isolada de pacientes portadores e a quinta mais isolada de casos de IH. No houve comprovao estatstica para as variveis abordadas no estudo serem consideradas fatores de risco para aquisio de IH por S. aureus. Os stios anatmicos acometidos por IH por S. aureus foram o trato respiratrio (n=2), seguido de corrente sangunea (n=1). A amostra ponta de cateter foi responsvel por 1 isolado. Um (1,6%) paciente desenvolveu IH por MRSA; e 5 (8,1%) pacientes e 2 (5,7%) profissionais foram portadores de MRSA, ocorrncia baixa quando se relaciona com os resultados do restante do Brasil e do mundo. Destaca-se ainda, a incidncia do MSSA sobre o MRSA e a baixa resistncia dos MRSA aos antimicrobianos, demonstrando que na UTI do HUERB, as IH por S. aureus ainda no se constituem um problema de saúde pblica. No houve isolados de S. aureus resistentes vancomicina, podendo ser considerada uma opo teraputica para os casos de IH por MRSA. Vale ressaltar a importncia desse estudo no Estado do Acre, por constituir o primeiro desta natureza em UTI, envolvendo S. aureus e MRSA.

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Neste estudo foram avaliadas as condies de saúde bucal de diabticos acompanhados pelo Programa Saúde da Famlia no municpio de Belm-Par. As condies analisadas foram: crie dentria, doença periodontal, uso e necessidade de prtese dentria e leses de mucosa. A amostra foi composta de 268 diabticos e 270 indivduos no diabticos compondo o grupo controle. Para a coleta dos dados, foram utilizados os ndices recomendados pela Organizao Mundial de Saúde. Os exames foram realizados nos domiclios dos indivduos selecionados por examinadores previamente calibrados. Os dados foram processados no Programa de computao Epi info verso 3.3.2 para o Sistema Operacional Windows e estatisticamente analisados. Os resultados demonstraram que: no houve diferena na prevalncia de crie. O CPOD foi igual a 25,7 e 25,4 para diabticos e grupo controle, respectivamente, com uma grande perda dentria para ambos os grupos. A presena de clculo foi verificada em 10,6% dos diabticos e em 13,6% do grupo controle com a prevalncia de bolsa periodontal mais evidente em diabticos (p<0,05). Aproximadamente metade da amostra necessitava de prtese superior e cerca de 78% dos examinados necessitavam de prtese inferior, no diferindo entre os grupos (p > 0,05). A ocorrncia de leses de mucosa bucal, como estomatites e leses hiperplsicas, em ambos os grupos, foi relacionada ao uso de prtese dentria inadequada. Os dados encontrados demonstram prevalncia significante em todas as condies estudadas em ambos os grupos, mas s a doença periodontal teve relao estatisticamente significante com a condio de Diabetes Mellitus.

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O diabetes mellitus uma doença caracterizada por anormalidades endcrinas e matablicas, que resulta em alteraes em muitos setores do organismo. Ao passo que a doença periodontal uma leso infecto-inflamatria que envolve os tecidos de sustentao dos dentes. Convm, esclarecer a relao entre o diabetes mellitus e a doença periodontal por uma associao biolgica, na qual diabticos apresentam deficincia na resposta orgnica e aumento da suscetibilidade para muitos tipos de infeco, incluindo a infeco perioodntal. Este trabalho tem como objetivo comparar indivduos com adequado controle metablico do diabetes mellitus e indivduos com pobre controle glicmico da doença, em diferentes tempos de durao do diabetes. Foram avaliados periodontalmente 31 indivduos com controle glicmico adequado e 29 sujeitos com pobre controle metablico. Os resultados revelaram que a condies de higiene bucal e de inflamao gengival so similares entre os indivduos com diferentes anos de diabetes, independente da qualidade do controle metablico do diabetes mellitus. A profundidade de sondagem revelou maior severidade em indivduos com mais de cinco anos de doença, principalmente no grupo com pobre controle glicmico. Em concluso, indivduos diabticos com mais de cinco anos de durao da doença e com pobre controle metablico do nvel de glicemia apresentam maiores perdas de estrutura periodontal.

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Esta tese possui como tema o estudo da saúde tradicional, traz a proposta de pesquisar os saberes e prticas dos profissionais de saúde tradicional que utilizam tcnicas corporais para tratar perturbaes e desconfortos restabelecendo a saúde aos atendidos. Trabalho de campo foi realizado no distrito de Icoaraci na cidade de Belm e na localidade de Chipai, no municpio de Cachoeira do Arari, o qual faz parte do arquiplago do Maraj. Apresenta como objeto de estudo a construo social da prtica do profissional de saúde tradicional, como elemento mgico-simblico e social de saúde nas regies trabalhadas. Foram selecionados oito profissionais de saúde tradicionais, quatro em cada localidade. Por meio de observaes e entrevistas abertas o estudo busca aprofundar a medida curativa conhecida como puxao, prtica pertencente ao Sistema Tradicional de Ao para a Saúde (STAS), discutindo as concepes que dizem respeito a crenas, mitos e representaes simblicas utilizadas para a construo do saber tradicional; a forma que so realizados os ritos e como tais prticas levam construo social do profissional de saúde tradicional; as concepes de saúde e doença na concepo do STAS; e a relao das prticas de cura com o sistema social. A anlise tambm aborda a inter-relao dos ritos: puxao da me-do-corpo e puxao de barriga-cheia como exemplos de prticas singulares do STAS, sua importncia na ateno saúde da mulher e reflexo gerado no Sistema Ocidental de Ao para Saúde (SOAS).

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Um dos problemas enfrentados pelos mdicos na assistncia a doentes com cncer refere-se aos dilemas relacionados comunicao sobre a doença, especialmente pela associao ainda presente no imaginrio social idia de morte e sofrimento, conferindo ao diagnstico uma importante dimenso simblica. Interpretado como uma construo social, o tema do diagnstico do cncer analisado com base na experincia de mdicos que atuam no Hospital Ophir Loyola (PA), referncia estadual no tratamento do cncer, compreendendo um total de 20 informantes, que concordaram em participar de entrevistas cujo enfoque era a comunicao sobre o diagnstico, incluindo o enunciado inicial da doença e as informaes dele derivadas. Por meio de uma abordagem scio-antropolgica, so analisadas diferentes variveis, do doente, do mdico, da famlia e da doença, incluindo algumas particularidades referentes aos contextos pblico e privado. Os dados sugerem que a relao do mdico com o doente influenciada pela condio de classe, com determinantes scio-histricos e culturais, que tornam a comunicao um fenmeno complexo, agravado pelo limitado acesso aos servios de saúde, contribuindo para que grande parte dos doentes j cheguem ao Hospital sem possibilidade de cura. Os resultados obtidos evidenciaram que, na realidade pesquisada, a influncia da famlia no processo de deciso foi relevante para determinar os limites entre o dizer e o no dizer sobre a doença, incluindo o enunciado do diagnstico e do prognstico. A perda da esperana foi freqentemente citada como um requisito para a no divulgao de informaes, especialmente nos casos em que a doença est em uma fase avanada, havendo um maior silenciamento medida que a doença progride.