44 resultados para Plantas medicinais Uso terapêutico - Teses
Resumo:
Na Amaznia as plantas medicinais so um dos principais recursos para o tratamento de diversas doenas, dado o contexto cultural, o acesso, confiabilidade e baixo custo em comparao aos medicamentos industriais. Nesse contexto, encontra-se o Distrito de Marud, no Municpio de Marapanim, a 160 Km da capital Belm, onde comum o uso de plantas medicinais para o tratamento de agravos sade. O Brasil registra vrios levantamentos de espcies vegetais utilizadas na fitoterapia popular de um grupo humano, aplicando-se metodologias etnoorientadas como etnobotnica e etnofarmcia, para inventariar a flora. Este trabalho objetiva investigar a prtica da fitoterapia popular pelos moradores do bairro do Sossego, incluindo um grupo de mulheres denominado Erva Vida no Distrito de Marud - PA, ilustrando a importncia das plantas medicinais para este grupo humano em termos culturais, econmicos e ambientais. Para isso realizou-se um levantamento etnofarmacutico visando identificar as plantas medicinais utilizadas pela populao local. Foram entrevistados 18 praticantes da fitoterapia popular (pessoas detentoras de conhecimento sobre as plantas medicinais) que foram indicados pela prpria comunidade do bairro do Sossego, seguindo a tcnica bola-de-neve ou Snow Ball. As mulheres do Grupo Erva Vida, por tambm serem detentoras de conhecimentos sobre as plantas medicinais tambm foram entrevistadas. Foram citadas 96 etnoespcies de uso medicinal, segundo as informantes, elas distribuem-se em 44 famlias, destacando-se a Lamiaceae, com 11 etnoespcies (11,70%) e Asteraceae, com 7 etnoespcies (7,44%). O agravo mais citado a febre, tratada com a planta anador que possui a maior Frequncia relativa de alegao de uso (FRAPS), com 100% das indicaes, seguida da arruda com 88% para tratar a dor de cabea. Estas duas plantas apresentam potencial para mais estudos farmacolgicos para validar suas alegaes de uso popular. O presente trabalho registra o saber popular sobre a fitoterapia popular praticada no bairro do Sossego, Marud Marapanim, PA e traz subsdios para futuros projetos para o desenvolvimento de arranjos produtivos locais com fitoterpicos e para a utilizao de remdios preparados pelo Grupo Erva Vida na ateno bsica a sade no Distrito assim induzindo o Desenvolvimento Local em Marud.
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A Aniba canelilla (H.B.K) Mez, conhecida popularmente como casca-preciosa uma espcie da famlia Lauraceae que apresenta ampla distribuio na regio amaznica. O ch das folhas e das cascas so utilizados na medicina popular como digestivo, carminativo e antiinflamatrio. Neste estudo decidiu-se avaliar se esta atividade devida a um de seus principais constituintes, o 1-nitro-2-feniletano. A amostra obtida por purificao do leo essencial de Aniba canelilla possui 97,5% de 1-nitro-2-feniletano foi fornecida pelo Laboratrio de Engenharia Qumica da UFPA. Nos modelos de nocicepo foram realizados os testes da contoro abdominal, placa quente e formalina. Enquanto que nos modelos de inflamao foram realizados a dermatite induzido pelo leo de croton, edema de pata induzido por dextrana e carragenina e peritonite induzido pela carragenina. No teste de contoro abdominal induzido por cido actico, o 1-nitro-2-feniletano nas doses de 15, 25 e 50 mg/kg reduziu de maneira significativa o nmero de contores abdominais. No teste de placa quente (55 0,5 C), o 1-nitro-2-feniletano nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg no induziu alteraes no tempo de latncia quando comparado ao grupo controle. No teste de formalina, o 1-nitro-2-feniletano nas doses de 25 e 50 mg/kg reduziu de maneira significativa o estmulo lgico na 2 fase do teste. Alm disso, a antinocicepo foi revertida pela naloxona na segunda fase. Na dermatite induzida pelo leo de croton, o 1-nitro-2-feniletano nas doses de 25 e 50 mg/kg reduziu de maneira significativa o eritema em relao ao grupo controle (inibio de 73% e 79%, respectivamente). Nos edemas de pata induzido por carragenina e dextrana, o 1-nitro-2-feniletano foi capaz de impedir o desenvolvimento do edema, nas doses de 25 e 50 mg/kg, em comparao com o grupo controle. Na peritonite induzida por carragenina, o 1-nitro-2-feniletano na dose de 25 mg/kg reduziu o nmero de clulas globais e o nmero de neutrfilos quando comparado ao grupo controle (inibio de 22,55% e 38,13%, respectivamente). Nossos resultados sugerem que o 1-nitro-2-feniletano tem atividade antinociceptiva e antiinflamatria, provavelmente, de origem perifrica, alm disso, os resultados sugerem que os receptores opiides esto envolvidos no efeito antinociceptivo do 1-nitro-2-feniletano.
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Realiza estudos de caracterizao qumica, fsico-qumica e de pr-formulao de Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.) B. Vert., pertencente famlia Bignoniaceae, a qual recebe vrias denominaes, sendo que na regio amaznica ela conhecida popularmente como pariri, amplamente utilizada na medicina popular para o tratamento de vrias doenas, dentre elas as enfermidades da pele causadas por dermatomicoses. A utilizao de produtos naturais de origem vegetal implica no controle de qualidade farmacobotnico e em ensaios de pureza que compem as especificaes tcnicas da espcie. Para isso, foi realizada a descrio anatmica das folhas jovens e maduras da planta a partir de observaes realizadas ao microscpio ptico em cortes histolgicos. Os testes Farmacopicos incluram a determinao da distribuio granulomtrica do p da planta, determinao do teor de umidade e de cinzas totais, e para a tintura foram realizadas determinaes de pH, densidade aparente e teor de slidos, sendo realizadas ainda a prospeco qumica, o perfil cromatogrfico por CCO e CLAE, alm da avaliao da sua atividade antimicrobiana. Tanto para o p quanto para a tintura de A.chica foram observados os perfis por espectroscopia na regio do infravermelho e perfis trmicos por TG e OTA. Foram realizados ainda, os estudos de pr-formulao atravs de espectroscopia na regio de infravermelho e anlise trmica (TG e OT A) das misturas fsicas dos adjuvantes da formulao proposta para veicular a soluo extrativa, com a finalidade de avaliar possveis incompatibilidades da soluo extrativa com os mesmos. Os resultados obtidos evidenciaram que a tintura de A. chica se adequa ao fim pretendido, alm de ter assegurado a compatibilidade com os adjuvantes testados para constiturem a formulao proposta, j que no foi observado indcios de incompatibilidade fsica ou qumica entre os mesmos. Os estudos forneceram dados relevantes para o desenvolvimento da formulao proposta, visando obter resultados rpidos e com a preciso desejada.
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A fitoterapia constitui uma forma de terapia medicinal que vem crescendo visivelmente ao longo dos anos, no entanto, apesar da extensa utilizao dos fitoterpicos, a qualidade destes medicamentos muitas vezes deficiente e questionvel. Dentre as plantas medicinais mais empregadas como fitoterpicos, temos a Calendula officinalis L.(Asteraceae), utilizada pelos seus efeitos antiinflamatrios, antispticos e cicatrizantes. Sendo assim, o presente estudo objetivou aprimorar e consolidar o emprego de metodologias de tecnologia farmacutica na rea de desenvolvimento de fitoterpicos, por meio da realizao de estudos preliminares do planejamento/pr-formulao de uma formulao fitoterpica semi-slida contendo tintura de C. officinalis L., visando o controle de qualidade das etapas do seu desenvolvimento. Na caracterizao fsica e fsico-qumica do p e da tintura de calndula foi possvel obter especificaes farmacognsticas condizentes com as da literatura, alm de constatar a identidade do material vegetal atravs da deteco do marcador qumico rutina por CCD. Por meio da validao do mtodo, que apresentou parmetros recomendados pela legislao vigente, foram determinados 463 g/mL de rutina na tintura. Os espectros obtidos na regio do infravermelho (IV) mostraram bandas caractersticas da rutina no extrato liofilizado, alm de demonstrar a permanncia dessas bandas aps sua mistura com os excipientes da formulao. As tcnicas termoanalticas confirmaram a compatibilidade entre os excipientes e o extrato liofilizado de calndula. Na avaliao da estabilidade preliminar do gel, a formulao permaneceu estvel durante a realizao dos ciclos em estufa (45 2 0C) e temperatura ambiente (25 2 0C). No estudo preliminar da permeao, o gel apresentou tendncia para favorecer a permeao dos flavonides totais expresso em rutina para a fase receptora. Estes resultados demonstram a importncia do emprego de protocolos de controle de qualidade das matrias primas vegetais, alm do estabelecimento de metodologias tecnolgicas para a produo de fitoterpicos.
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Este artigo evidencia o papel de reserva de valor e de agente dinamizador da renda rural das florestas secundrias, tambm conhecidas como capoeiras, comumente confundidas com reas degradadas, sem funo econmica ou ecolgica. A valorizao das florestas secundrias que dominam cada vez mais o cenrio da agricultura familiar da Amaznia brasileira como elemento produtivo foi aqui estudada por meio da identificao e da descrio das cadeias de comercializao j desenvolvidas de produtos oriundos da floresta secundria e de oportunidades de desenvolvimento dessas cadeias de comercializao para os agricultores. As cadeias de comercializao estabelecidas so simples, e os principais produtos identificados so agrupados em categorias de frutferas, madeirveis, derivados de animal e plantas medicinais. Conclui-se que as florestas secundrias comprovadamente exercem uma funo-chave na manuteno da biodiversidade e na regenerao dos ecossistemas antropizados, alm de contriburem na renda familiar dos agricultores.
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Jatropha gossypiifolia L. (Euphorbiaceae), conhecida no Par como pio-roxo, utilizada no tratamento de hemorridas, queimaduras, dores estomacais, entre outras doenas. Diante da importncia do vegetal na regio torna-se necessria a sua investigao visando contribuir para o seu aproveitamento no desenvolvimento de fitoterpicos. Para tanto, buscou-se determinar o perfil cromatogrfico do extrato etanlico bruto (EEB), por cromatografia de camada delgada (CCD) e por cromatografia lquida de alta eficincia (CLAE), o teor de flavonides totais e dos flavonides isolados no extrato. Foram realizados tambm ensaios de atividade antimicrobiana com o EEB e as fraes obtidas a partir dele (fraes hexnica, clorofrmica, acetato de etila e residual). A atividade antioxidante do extrato e suas fraes tambm foi caracterizada. O material vegetal foi coletado no horto de plantas medicinais da EMBRAPA Amaznia oriental e com ele preparou-se, por percolao, o EEB; utilizando um evaporador rotativo a baixa presso, obteve-se o extrato seco que, posteriormente, foi fracionado por partio lquido-lquido sucessivamente com hexano, clorofrmio e acetato de etila. As fraes obtidas foram tambm concentradas a baixa presso. A frao acetato de etila foi novamente fracionada fornecendo uma frao acetona (FAct-II), uma nova acetato de etila (FA-II), metanlica (FM-II) e resduo slido (RS-II). FAct-II foi submetida a cromatografia lquida a mdia presso obtendo-se as subfraes Fr SAc1-II e Fr SAc3-II denominadas de Jg1 e Jg2, respectivamente. A prospeco qumica no extrato e nas fraes dos metablitos foi realizada em triplicata, sendo evidenciada a presena dos seguintes polifenis: taninos catquicos e flavonides. A anlise por CCD foi realizada utilizando-se o eluente acetato de etila/cido frmico/cido actico glacial/gua (100:11:11:26), sobre gel de slica de fase normal, sendo observadas zonas com fator de reteno 0,65, 0,72 e 0,77, reativas soluo de FeCl3. O cromatograma por CLAE do EEB apresentou trs picos significativos (valores mdios de tr: 13,24 min, 15,02 min e 16,00 min) cujos espectros so caractersticos de flavonides. No calculo do teor de flavonides, aplicando-se a mdia das leituras de absorvncia (A: 0,874), chegou-se ao teor de 2,04%. A concentrao encontrada para cada substncia isolada foi de 340 g para Jg1 e 406 g para Jg2 por mililitro da soluo de extrato. Quanto s atividades biolgicas testadas, FA-I e FR-I inibiram o crescimento de S. aureus e C. albicans como tambm apresentaram maior potencial antioxidante. Os resultados fornecem parmetros acerca de polifenis adequados para o controle de qualidade como marcadores qumicos, e teor de destes possveis marcadores.
Resumo:
Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.) B. Verlt. uma Bignoniaceae amplamente utilizada na medicina popular como anti-inflamatrio e adstringente, e para vrias doenas como clicas intestinais, diarrias, anemias e enfermidades da pele. Devido as suas propriedades biolgicas e a produo de corante a espcie passou a ser utilizada pela indstria cosmtica. A utilizao de produtos naturais de origem vegetal implica no controle de qualidade farmacobotnico e em ensaios de pureza que compem as especificaes tcnicas da espcie. Para isso foi realizada a descrio anatmica das folhas jovens e maduras de A. chica a partir de observaes realizadas ao microscpio ptico, a partir de cortes histolgicos. As folhas so hipoestomticas e dorsiventrais com mesofilo heterogneo. No pecolo, a epiderme uniestratificada contendo tricomas e dotada de cutcula delgada. Os testes farmacopicos incluram a determinao da distribuio granulomtrica do p da planta, determinao do teor de umidade e de cinzas totais, alm da abordagem fitoqumica da tintura, visando estabelecer parmetros para seu controle de qualidade.
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leo de Copaifera multijuga Hayne, in natura e as fraes foram avaliados quanto s suas atividades fungitxicas, frente a cinco espcies de fungos filamentosos do gnero Aspergillus e trs espcies de leveduras do gnero Candida. Concentraes de leo resina e de leo essencial na faixa de 0,08 mg mL<sup>-1</sup> a 1,6 mg mL<sup>-1</sup> foram usadas para as anlises qualitativa e quantitativas. As amostras foram dispostas sobre discos de papel de 5 mm de dimetro e distribudos sobre o meio Saboraud em placas de Petri, inoculadas com esporos dos microrganismos e incubadas a 28C durante 10 dias. Utilizou-se uma soluo com 1,6 mg mL<sup>-1</sup> de nitrato de miconazol como controle positivo. Os resultados qualitativos mostraram que o leo resina apresentou boa atividade, porm uma das fraes do leo essencial se mostrou altamente efetivo contra C. parapsilosis IOC - 2882, A.flavus IOC-3874 e A. tamarii IOC-187 com halos de inibio de 16,01,4 mm, 19,52,1 mm e 12,53,5 mm, respectivamente. J a avaliao quantitativa mostrou que 0,3 mg mL<sup>-1</sup> do leo resina inibiu o crescimento de A. flavus e C. parapsilosis, enquanto que 0,08 mg mL<sup>-1</sup> da frao do leo essencial atingiu esta mesma atividade.
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leo de Copaifera multijuga Hayne, in natura e as fraes foram avaliadas quanto s atividades fungitxicas in vitro, frente a cinco espcies de fungos filamentosos do gnero Aspergillus e trs espcies de leveduras do gnero Candida. Concentraes de leo resina e de leo essencial na faixa de 0,08 mg mL<sup>-1</sup> a 1,6 mg mL<sup>-1</sup> foram usadas para as anlises qualitativa e quantitativas. As amostras foram dispostas sobre discos de papel de 5 mm de dimetro e distribudos sobre o meio Saboraud em placas de Petri, inoculadas com esporos dos microorganismos e incubadas a 28C durante 10 dias. Utilizou-se soluo com 1,6 mg mL<sup>-1</sup> de nitrato de miconazol como controle positivo. Os resultados qualitativos mostraram que o leo resina apresentou boa atividade fungisttica, porm uma das fraes do leo essencial se mostrou altamente efetiva contra Candida parapsilosis IOC-2882, Aspergillus flavus IOC-3874 e A tamarii IOC-187 com halos de inibio de 16,01,4 mm, 19,52,1 mm e 12,53,5 mm, respectivamente. J a avaliao quantitativa mostrou que 0,3 mg mL<sup>-1</sup> do leo resina inibiu o crescimento de A. flavus e C. parapsilosis, enquanto que 0,08 mg mL<sup>-1</sup> da frao do leo essencial atingiu esta mesma atividade.
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A malria um grave problema de sade pblica, especialmente para a regio Amaznica. Entretanto, fatores como a resistncia, dificuldade de acesso e toxicidade dos frmacos tradicionais reduzem a efetividade das drogas distribudas pelo governo para controle da infeco. Assim, a populao amaznica ainda usa os recursos naturais, como a Bertholletia excelsa (Castanha-do-Par), para melhorar os aspectos clnicos causados pela doena. Entretanto, no existe comprovao cientfica do efeito desse fruto na malria. Assim, este trabalho avaliou o efeito do pr tratamento com Castanha-do-Par em camundongos BALB/c infectados com Plasmodium berghei, por meio dos parmetros a seguir: sobrevida at a morte de todos os indivduos, parasitemia e peso dos animais (no 3, 7, 10, 16 e 18 dia ps-inoculao do parasita), e, no 10 de infeco, hemograma completo, peso do fgado e do bao e anlise das enzimas hepticas aspartatoaminotransferase (AST), alanina aminotransferase (ALT) e -glutamilaminotransferase (GGT). O teste de Kolmogorov-Smirnov foi usado para avaliar a normalidade, seguido de Anlise de Varincia (ANOVA) de uma via ou teste t de Student, seguido do teste post hoc de Tukey. O acompanhamento dos animais parasitados mostrou uma sobrevivncia em mdia de 13,9 dias, com perda de peso, aumento do tamanho dos rgos, e alteraes tanto do hemograma (diminuio do hematcrito, hemoglobina, hemcias totais e plaquetas e aumento dos leuccitos totais) como das enzimas hepticas (aumento da AST e ALT e diminuio da GGT). Interessantemente, o pr tratamento de 11 dias com o fruto exerceu uma proteo significativa em relao a alguns dos parmetros medidos como o aumento da sobrevida dos animais para 14,8 dias, diminuio dos nveis de parasitemia e leuccitos totais, manuteno do peso dos animais por mais tempo e do peso do bao, bem como influenciou positivamente nas enzimas hepticas ALT e GGT. Assim, estes dados j demonstram que a B. excelsa pode ser utilizada como um reforo nutritivo diante a infeco causada pelo Plasmodium.
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A zona subgranular (ZSG) do giro denteado (GD) de mamferos adultos conhecida por produzir constantemente novos neurnios. A busca por novas molculas que possam modular a formao de novas clulas neurais so bastante atuais. Visto que a Amaznia conhecida mundialmente pela sua biodiversidade, com um potencial pouco explorado de frmacos naturais derivados de plantas medicinais tpicas da regio. O trabalho buscou investigar o efeito neurognico do extrato aquoso (EA) da Physalis angulata e da substncia purificada Fisalina D sobre as clulas-tronco do GD do hipocampo de camundongos adultos. Os camundongos machos (BALB/c), 6 a 8 semanas de idade foram divididos em quatro grupos experimentais: controle e tratados com EA ou substncia purificada. Os animais receberam diferentes doses do extrato (0,1; 1 e 5 mg/Kg) e/ou substncia purificada (5mg/Kg) ou salina (grupo controle), 5 horas depois uma nica dose de 5-Bromodeoxiuridina (BrdU) [50mg/kg]. Em seguida, os animais foram sacrificados 24 horas ou 7 dias aps a administrao do BrdU. Os crebros foram coletados e cortes coronais do hipocampo (40 m) foram realizados para contagem das clulas BrdU-positivas no GD hipocampal. Para avaliao estatstica realizamos anlise de varincia (ANOVA) das mdias amostrais seguida pelo ps-teste t de Student. O EA promoveu um aumento significativo do nmero de clulas BrdU positivas no GD dos grupos tratados em relao ao grupo controle [Controle, 9224 (n=9); 0,1mg/Kg, 16022 (n=4); 1mg/Kg, 3105 (n=4); 5mg/Kg, 50124 (n=3)] nos animais sacrificados 24 horas aps administrao do BrdU. Quando os animais foram sacrificados 7 dias aps administrao do BrdU, o nmero de clulas BrdU+ no GD tambm foi maior no grupo tratado em relao ao controle [Controle, 1077 (n=4); 5mg/Kg, 14523 (n=4)]. Usando a substncia purificada, Fisalina D, tambm observamos um aumento do nmero de clulas BrdU+ no GD do grupo tratado com a droga em relao ao grupo controle [Controle, 9224 (n=9); Fisalina D, 5mg/Kg, 31637 (n=3)]. Este resultado sugere que o EA e a sustncia purificada, na dose de 5 mg/Kg, estimulam a proliferao de clulas BrdU-positivas na ZSG do GD do hipocampo de camundongos adultos.
Resumo:
Dentre as vrias espcies de plantas medicinais, encontra-se a espcie Spilanthes acmella, conhecida popularmente como jamb que se destaca por apresentar inmeras aplicaes na rea da medicina popular. A medicina tradicional recomenda suas folhas e flores na elaborao de infuses no tratamento de anemia, dispepsia, malria, afeces da boca (dor de dente) e da garganta, contra escorbuto e tambm como antibitico e anestsico. Sendo seus principais efeitos atribudos ao espilantol, que um representante importante das substncias presentes nessas plantas. Alguns estudos j foram realizados utilizando o espilantol, possibilitando algumas informaes da ao dessa substncia, como seu efeito e imunomodulador devido sua interao funcional com moncitos, granulcitos e clulas killers. Porm, ainda no existem estudos eletrofisiolgicos acerca de sua ao ictiotxica, utilizando, por exemplo, o eletroencefalograma para demonstrar sua ao ao nvel de Sistema Nervoso Central ou eletromiograma para verificar a ocorrncia de sua ao a nvel muscular no Zebrafish, evocando a necessidade dessa pesquisa a respeito do assunto. Com base nisso, o presente trabalho objetivou investigar a ao ictiotxica do extrato etanlico da raiz de Spilanthes acmella em Zebrafish atravs da anlise eletrofisiolgica e comportamental. Os resultados mostraram que o extrato etanlico de Spilanthes acmella um potente indutor de excitabilidade central no zebrafish, sendo isso constatado a partir das mudanas de padres de atividade eltrica vistas no eletroencefalograma do animal submetido droga e atravs do aumento da atividade enceflica visto no espectograma. O extrato tambm causou alteraes, em menor escala, nos traados eletromiogrficos do zebrafish submetido mesma concentrao da droga, com aparecimento de contraes musculares esparsas e de mioclonias breves. Eos achados comportamentais, a partir da delimitao de trs estgios de comportamentos, os quais se iniciaram com o aumento da excitabilidade do animal e culminam com a convulso e morte do peixe, serviram para corroborar com os achados eletrofisiolgicos de que o extrato etanlico de Spilanthes acmellaatua como potente droga com ao no sistema nervoso do zebrafish, com atividade convulsivante.
Resumo:
Mikania lindleyana DC (Asteraceae) uma trepadeira arbustiva, perene, lenhosa e sem gavinhas, com caule volvel, cilndrico estriado, verde e ramoso. utilizada na Amaznia como diurtico, antiinflamatrio, analgsico, anti-hipertensivo, antiulceroso. Este trabalho teve por objetivo desenvolver um mtodo para caracterizao do extrato hidroetanlico das folhas de M. lindleyana DC por Cromatografia Lquida de Alta Eficincia (CLAE). O extrato hidroetanlico (tintura) preparado conforme a FARMACOPIA BRASILEIRA V, 2010 foi submetido, aps secagem, a anlise fitoqumica, por Cromatografia em Camada Delgada (CCD) e por CLAE. Na prospeco qumica, observou-se a presena de cumarinas, alcalides, aminocidos, acares redutores, fenis, taninos, esterides, terpenos, saponinas e cidos orgnicos. Na anlise das fraes (hexnica, clorofrmica e acetato de etila), do extrato hidroetanlico bruto e da cumarina (1mg/mL) por CCD, utilizando como eluente tolueno/diclorometano/acetona (45:25:30) observou-se no UV (365nm) bandas fluorescentes de cor verde clara (Rf 0.61) caractersticas de cumarina. Na anlise do extrato bruto e da frao clorofrmica por CLAE e uma soluo metanlica de cumarina pura a 0,1 mg/mL, utilizando como eluente metanol/gua (47:53), picos no Rt de cerca de 6.00 minutos foram observados correspondentes a espectro caracterstico com mximos de absoro entre 270 nm e 300 nm. Os resultados demonstram a presena de cumarina em EHEB e FC. nas respectivas quantidades de 0,014 no EHEB e 0,209 na FC.
Resumo:
As plantas medicinais so ampla e culturalmente utilizadas de forma emprica na Amaznia no tratamento de diversas doenas. Grande parte dessas plantas ainda no foi investigada cientificamente sobretudo quanto aos aspectos relacionados as atividades biolgicas. A espcie selecionada neste trabalho Vatairea guianensis, utilizada na medicina tradicional para tratar infeces de pele como as micoses cutneas. Este trabalho avaliou a atividade antibacteriana in vitro dos extratos hidroetanlico, henicosnico, clorofrmico e metanlico obtidos das sementes de Vatairea guianensis pelo mtodo da microdiluio em caldo para obteno da Concentrao Inibitria Mnima (CIM) e Concentrao Bactericida Mnima (CBM), frente a bactrias Gram-positivas (Staphylococus aureus e Enterecoccus faecalis) e Gram-negativas (Pseudomonas aeruginosa e Salmonella sp). Avaliou-se tambm a atividade cicatrizante sobre feridas cutneas abertas em ratos pela aplicao tpica do extrato hidroetanlico, representados pelos grupos G1 controle positivo (fibrinase); G2 controle negativo (sol salina); e grupos experimentais, (G3 dose 500mg/kg; G4 250mg/kg; G5 100mg/kg) por sete dias e a toxicidade aguda por via oral. A anlise histolgica do processo cicatricial foi avaliada, por meio de tcnica convencional incluindo colorao HE e Picrossrius para observao das caractersticas histomorfolgicas da reao inflamatria e anlise descritiva da deposio de colgeno,respectivamente. Todos os extratos demonstraram atividade antimicrobiana contra todos os microrganismos testados com CIM que variaram de 3,12g/mL a 50g/mL e CBM com valores 6,25g/mL a 100g/mL. A anlise histolgica mostrou que o extrato hidroetanlico diminuiu a intensidade da reao inflamatria nos grupos G3 e G1, estimulou a sntese de colgeno tipo III em G1, G3 e G4 e aumentou a sntese de colgeno em G2 e G5. O experimento com extrato hidroetanlico obtido das sementes de Vatairea guianensis pareceu retardar o processo cicatricial nas doses de 500 e 250mg/kg em feridas abertas o que pode ser um efeito positivo por impedir a formao de cicatriz hipertrfica, sugerindo assim um efeito modulatrio por parte do extrato. A avaliao da toxicidade aguda em camundongos revelou que o extrato hidroetanlico apresentou baixa toxicidade por via oral.
Resumo:
Symphonia globulifera Linn. f., popularmente comumente conhecida como anani, citada em relatos de utilizao popular em diferentes pases, como Camares, e em vrias regies do Brasil, principalmente na Amaznia, no tratamento de inflamaes na pele, tnico geral e laxante para mulheres grvidas, alm de sua seiva/ltex ser empregada contra reumatismo e tumores. Embora alguns trabalhos tenham descrito o perfil fitoqumico de S. globulifera, no existem estudos, at o presente, avaliando as propriedades botnicas, qumicas (anlise trmica) e farmacutica (spray dryer) desta planta. Assim, foram utilizadas metodologias clssicas contidas em farmacopias e mtodos analticos mais modernos. Os resultados obtidos para a caracterizao botnica so: as clulas epidrmicas de ambas as faces da folha so heterodimensionais. O complexo estomtico do tipo anomoctico encontrado apenas na face abaxial. O pecolo apresenta-se plano-convexo revestido por clulas quadrangulares e espessa cutinizao. A caracterizao do p so: a anlise granulomtrica classifica-o como sendo grosso. Na perda por dessecao foi de 9%; no teor de cinzas totais foi de 4,3%; com a anlise trmica foi possvel verificar em TG entre 31 a 100C a primeira perda de massa de 7,8%, em DTA a 64C um evento endotrmico e em DSC a 84C um evento endotrmico de 169 J/g; o perfil espectroscpico na regio do IV sugere a presena de compostos fenlicos. Enquanto os resultados para a tintura e extrato liofilizado so: densidade aparente de 0,97%g/mL; pH de 6; percentual de resduo seco de 9%; na prospeco qumica verificou-se a presena de saponinas, acares redutores e fenis e taninos para o extrato e algumas fraes; na anlise trmica em TG foi encontrado uma perda de massa de 6,55% entre 28 a 100C, em DSC somente um evento exotrmico a 169C; o perfil espectroscpico na regio do IV apresentou bandas de absoro forte caractersticas de alcois e fenis. No processo de secagem, os excipientes que apresentaram os melhores resultados foram aerosil 40% e celulose microcristalina mais aerosil na proporo de 35:5. O extrato apresentou caractersticas antioxidantes. A matria-prima vegetal tambm foi ii testada quanto a sua atividade antimicrobiana e antifngica, fornecendo resultados positivos para algumas cepas testadas e apresentado atividade bactericida para fraes acetato de etila e hexnica. O extrato e a frao hexnica apresentaram atividade fungisttica,Todos esses resultados contribuem para futuros estudos com essa planta, aumentando assim seu valor agregado.