O movimento negro e o processo de elabora����o das diretrizes curriculares nacionais para a educa����o das rela����es ��tnico-raciais

Esta pesquisa situa-se no campo de estudo sobre curr��culo e versa sobre a atua����o do movimento negro no processo de elabora����o das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educa����o das Rela����es ��tnico-Raciais (DCNERER). Esta Diretriz �� uma das a����es promovidas pelo governo brasileiro decorrente da atual pol��tica curricular adotada pelo Estado. A abordagem metodol��gica adotada foi de cunho qualitativo e teve como t��cnicas de coleta de dados a pesquisa documental e aplica����o de question��rios aos ex -conselheiros, membros da comiss��o respons��vel pelo Parecer 03/2004 do Conselho Nacional de Educa����o (que fundamenta as Diretrizes) e a militantes do movimento negro que participaram do processo de elabora����o das DCNERER. O envio dos question��rios aos militantes negros foi feito pela internet, para grupos de discuss��o sobre as rela����es raciais e educa����o e a uma lista de endere��os eletr��nicos de entidades do movimento negro de todo o Brasil. As resposta s dos question��rios foram devolvidas por militantes representantes de grupos e entidades do movimento, que t��m experi��ncia de milit��ncia expressiva e que em suas atividades, s��o professores e desenvolvem projetos que tratam da quest��o racial na escola. Os resultados da pesquisa apontam que o movimento negro foi um importante ator do processo de elabora����o das Diretrizes Curriculares, tendo o mesmo participado ativamente, apresentando propostas gerais e reafirmando proposi����es hist��ricas. A atua����o do movime nto negro foi importante na elabora����o das Diretrizes, pois demarcou politicamente o espa��o e as propostas do movimento. Defendo que ao fazer uma avalia����o positiva das DCNERER, o movimento negro n��o consegue analisar a estrat��gia ideol��gica de forma����o de identidades subjacente na pol��tica curricular do qual estas Diretrizes fazem parte.

Ingleses pretos, barbadianos negros, brasileiros morenos?: identidades e mem��rias (Bel��m, s��culos XX e XXI)

Discorre sobre a imigra����o de negros do Caribe Ingl��s para Bel��m, ocorrida nas primeiras d��cadas do s��culo XX, mais precisamente dos chamados, de modo geral, de barbadianos. Discute os contornos desta identifica����o em Bel��m, analisando os relatos de hist��rias de vida dos descendentes de segunda e terceira gera����es. Procura discutir os contextos e situa����es nas quais os sinais de suas identifica����es foram manipulados para marcar distin����es, por eles e pelos outros, em fun����o dos s��mbolos (de prest��gio e de estigma) das identidades inglesa, brasileira e barbadiana, quando postas em rela����o, perpassadas pelo processo de demarca����o da alteridade, mas tamb��m pelo racismo.

Topografia de controle de est��mulos coerente em testes repetidos de pareamento ao modelo por identidade

No contexto de procedimentos de pareamento ao modelo com sujeitos humanos, ap��s o ensino de algumas rela����es condicionais, desempenhos emergentes, que s��o reflexivos, sim��tricos e transitivos ��s rela����es diretamente ensinadas s��o geralmente verificados, fato que n��o �� facilmente observado com n��o humanos. Esses resultados negativos podem ser atribu��dos a testes em extin����o e conseq��ente deteriora����o de desempenho. O objetivo deste estudo foi criar condi����es de teste em extin����o a fim de superar esses problemas. O sujeito foi um macaco-prego, o qual, como resultado de sua hist��ria experimental, era capaz de realizar com sucesso testes de pareamento ao modelo por identidade (IDMTS)com refor��amento. Foi usado um procedimento IDMTS com atraso zero. Testes repetidos de IDMTS e IDMTS generalizado foram arranjados de forma que as tentativas de teste foram inseridas entre tentativas de linha de base. Testes com refor��amento foram alternados com testes em extin����o. Estas condi����es foram suficientes para manter o desempenho bem acima do acaso na grande maioria dos testes (20 de um total de 21). O macaco-prego mostrou capacidade de desempenhar IDMTS com sucesso, com novos est��mulos, com ou sem refor��amento.

Cogni����o animal: identidade generalizada e simetria em macaco-prego (Cebus apella)

Repert��rios comportamentais complexos, tais como identidade generalizada e classes de equival��ncia, t��m sido encontrados com relativa facilidade em sujeitos humanos ditos normais, assim como em crian��as e adolescentes com d��ficit de aprendizagem, por��m, com extrema dificuldade em sujeitos n��o-humanos. Uma das propriedades definidoras de equival��ncia mais dif��ceis de obter com n��o humanos �� a simetria, provavelmente por envolver, al��m das revers��es das fun����es de modelo e compara����o dos est��mulos, tamb��m mudan��as na seq����ncia e na posi����o de apresenta����o dos est��mulos. O insucesso na obten����o de identidade generalizada e forma����o de classes de equival��ncia em sujeitos n��o-humanos pode estar ligado �� incoer��ncia entre a Topografia de Controle de Est��mulos planejada pelo experimentador e a desenvolvida pelos sujeitos, sugerindo a necessidade de desenvolvimento metodol��gico mais espec��fico. O presente estudo buscou aplicar procedimentos experimentais de treino e teste para a obten����o de identidade generalizada e verificar a possibilidade de emerg��ncia de simetria ap��s treino de pareamento arbitr��rio ao modelo, via procedimento de modelagem do est��mulo modelo e na aus��ncia de correla����o entre as fun����es modelo e compara����o dos est��mulos e suas posi����es. Foi utilizado um macaco-prego (Cebus apella) sub-adulto, experimentalmente ing��nuo. Foram realizados dois experimentos. No Experimento I, foram efetuados treinos de revers��es de discrimina����es simples, treinos de rela����es condicionais em um procedimento de pareamento ao modelo por identidade e teste de identidade generalizada em extin����o. Os resultados indicam que o procedimento foi eficiente para o treino de discrimina����es simples e revers��es, assim como para a aquisi����o de rela����es condicionais de escolha por identidade ao modelo. O procedimento foi eficaz na sele����o do comportamento de escolha de acordo com o modelo por identidade generalizada, uma vez que todos os resultados dos testes de identidade generalizada foram positivos. No Experimento II, foram efetuados treinos de pareamento ao modelo arbitr��rio AB, utilizando procedimento de modelagem do est��mulo modelo em 8 passos, e um teste de simetria BA. Este experimento visou verificar se os elementos positivamente relacionados em discrimina����es condicionais (num treino AB, por exemplo) poderiam ser recombinados pelo sujeito sem treino adicional. A performance do sujeito no teste de simetria BA atingiu a precis��o de 100% de acertos, mostrando que �� poss��vel obter, com sujeitos n��o humanos, a propriedade de simetria em rela����es condicionais arbitr��rias. Os dados justificam que novos estudos sejam realizados a fim de contribuir para a especifica����o das condi����es necess��rias para a obten����o de repert��rio complexo como a forma����o de classes de equival��ncia em sujeitos n��o humanos.

Um programa de interven����o para o estabelecimento de escolha condicional por identidade ao modelo em um macaco-prego (Cebus apella)

O objetivo do presente trabalho foi criar condi����es para que o desempenho de um macaco-prego ficasse sob controle dos aspectos relevantes de um procedimento de escolha condcional por identidade ao modelo com atraso zero. O sujeito, um macaco-prego, macho adulto com hist��ria de revers��es repetidas de discrimina����es simples, n��o havia demonstrado o desempenho de escolha condicional por identidade ao modelo, provavelmente devido �� interfer��ncia de topografias de controle de est��mulos inconsistentes com aquelas necess��rias na tarefa. Foram realizadas interven����es espec��ficas para o estabelecimento da topografia adequada de sele����o dos est��mulos e de controle por aspectos relevantes do procedimento. Visando eliminar dificuldades com a alterna����o dos est��mulos discriminativos, um procedimento de escolha n��o-condicional por identidade ao modelo, no qual os est��mulos que funcionam como modelos e S+ n��o s��o apresentados como S- em uma mesma sess��o, foi gradativamente transformado em condicional, por meio de revers��es entre sess��es das fun����es discriminativas dos est��mulos. O sujeito eventualmente apresentou desempenho preciso de escolha condicional de acordo com o modelo com dois pares de est��mulos. Foram realizados testes de generaliza����o com novos est��mulos, sem ind��cios de controle condicional. Foi, ent��o, realizado o treino expl��cito de escolha por identidade ao modelo com aqueles est��mulos, partindo do treino de escolha n��o-condicional. Quando o sujeito novamente apresentou desempenho de escolha condicional por identidade ao modelo, foi realizado um novo teste de generaliza����o, novamente sem ind��cio de generaliza����o de controle relacional para os novos est��mulos. Os resultados sugerem que o programa de interven����o adotado �� eficaz para o estabelecimento de controle pelo modelo, embora ainda falte determinar as condi����es suficientes para o desempenho generalizado. (Financiamento NIH-EEUU, Conv��nio NIH/UMMS/UFPA/FADESP, atrav��s de Bolsa de Mestrado ao autor).

Efeito do treino de discrimina����o simples sobre o repert��rio de pareamento ao modelo por identidade de um macaco-prego (Cebus apella)

Foi investigado como o treino de Revers��es Repetidas de Discrimina����es Simples (RRDS) poderia facilitar a aquisi����o do desempenho de pareamento ao modelo por identidade (IDMTS). Utilizou-se um macaco-prego macho, com pouco mais de um ano de idade, com treino pr��vio de pareamento ao modelo por identidade. Foram utilizados dois conjuntos: A com quatro e B com cinco est��mulos. A tarefa de IDMTS com atraso zero e com quatro escolhas com o Conjunto A foi usada como linha de base, utilizando raz��o tr��s nas respostas de toque. Foi feito treino de RRDS com cada um dos pares poss��veis do conjunto B. Depois das RRDS, testou-se o par em tentativas de pareamento ao modelo misturadas �� linha de base. O desempenho na discrimina����o simples entre os pares de est��mulos do conjunto B variou quanto ao n��mero de sess��es para atingir o crit��rio de seis corretas em um m��ximo de 12 tentativas. No IDMTS com cada par do conjunto B, o crit��rio foi atingido em 9 sess��es na primeira etapa e 12 sess��es na segunda etapa. Por��m, houve erros nas tentativas de IDMTS na primeira fase da terceira etapa, quando os est��mulos do conjunto B compuseram tentativas com quatro escolhas. O aumento de acertos no IDMTS nas tentativas do conjunto B ocorreu com a substitui����o de um dos est��mulos, mostrando problemas de discriminabilidade entre o est��mulo eliminado e os demais. Discute-se um poss��vel conflito entre as topografias de controle selecionadas pelas RRDS.

Persist��ncia comportamental e topografia de controle de est��mulos coerente em treino de discrimina����o simples e escolha condicional por identidade ao modelo com quatro escolhas em macacos-prego (Cebus apella)

Objetiva ensinar a tr��s macacos-prego adultos jovens, um macho e duas f��meas, experimentalmente ing��nuos, rela����es condicionais de identidade (IDMTS) com quatro compara����es, identificando e produzindo topografias de controle de est��mulo supostamente facilitadoras da forma����o de rela����es de equival��ncia. Analisada a persist��ncia comportamental, apoiando-se nas teorias da coer��ncia de topografia de controle de est��mulos e do momento comportamental, e nos estudos j�� realizados na Escola Experimental de Primatas. Os participantes foram treinados a tocar est��mulos projetados na tela sens��vel de um computador acoplado a uma c��mara experimental e passaram por: 1) Treino de discrimina����es simples simult��neas e mudan��as de discrimina����es, no qual alternaram-se tentativas com uma e quatro escolhas, imitando o display de sess��es de IDMTS; 2) Treino de IDMTS com quatro modelos e duas ou tr��s compara����es, alternando os est��mulos com fun����o de S-; 3) Treino de IDMTS com quatro compara����es. O responder persistente do M21 nas mudan��as de discrimina����es simples foi resolvido com a retirada do S+ anterior quando um novo est��mulo passava a funcionar como S+. A semelhan��a estrutural entre as sess��es de discrimina����o simples e IDMTS n��o foi suficiente para o estabelecimento de um responder sob controle do modelo. M18 e M21 chegaram ao desempenho de IDMTS, enquanto M20 passou por treino com exig��ncia de raz��o rand��mica ao modelo e vem apresentando melhora gradual de desempenho.

O processo de constru����o de pol��ticas de inclus��o social no projeto Escola Cabana: consensos e tensionamentos entre os segmentos sociais e o poder p��blico municipal

Este estudo sobre o processo de constru����o de pol��ticas de inclus��o social no projeto Escola Cabana e os consensos e tensionamentos entre os segmentos sociais e o poder p��blico municipal procurou investigar e refletir se esse projeto possibilitou (ou n��o) a inclus��o e participa����o dos segmentos sociais (Movimento das Mulheres, Homossexuais, Negros e dos PNEEs), bem como da contempla����o de suas reivindica����es e interesses no processo de formula����o e elabora����o de pol��ticas p��blicas, a partir das an��lises de documentos oficiais e das falas de integrantes dos movimentos sociais e de dirigentes da educa����o municipal, no per��odo de 1997 a 2000 e 2001 a 2004. Ele abrange uma discuss��o sobre as perspectivas de compreens��o sobre exclus��o e inclus��o social, espa��os p��blicos democratizados, participa����o popular e processos identit��rios, tendo como pano de fundo a abordagem do per��odo de redemocratiza����o do Brasil. Este trabalho contemplou ainda a rela����o entre os documentos produzidos pelo governo municipal sobre o projeto da Escola Cabana e os depoimentos dos entrevistados, estabelecendo uma s��rie de vari��veis que discriminam as motiva����es dos sujeitos da sociedade para o envolvimento com os segmentos sociais, bem como dos gestores do poder p��blico com as entidades da sociedade civil, durante a constru����o do referido projeto. Verifica-se, a partir da pesquisa, que as pol��ticas p��blicas materializadas em conseq����ncia das intera����es entre a administra����o municipal e os movimentos, mostraram articula����es dos mais diferentes vieses, com evid��ncias de bases consensuais, mas com intensos conflitos, tensionamentos e impasses. A discuss��o, aqui apresentada, enfatiza a relev��ncia dessa experi��ncia tanto para Bel��m quanto para outros munic��pios como oportunidade de viabiliza����o, participa����o e utiliza����o de espa��os p��blicos por setores populares. Revela, ainda, que, apesar da possibilidade de ter criado alternativas, de car��ter inovador, ��s propostas existentes que visam �� elimina����o de contextos de exclus��o social e �� configura����o de processos de identidade, o projeto ficou comprometido pela inexperi��ncia gestion��ria de alguns dirigentes, pela sua apropria����o parcial por determinados setores sociais e pela sua informalidade legal.

O t��cnico da nova ATER: uma identidade profissional em constru����o. O caso da mesorregi��o sudeste do Par��

A assist��ncia t��cnica e extens��o rural no Brasil historicamente tem sido tratada como instrumento de moderniza����o do meio rural brasileiro, ou seja, da transforma����o do agricultor ���atrasado��� em agricultor ���moderno���. Da mesma forma o t��cnico que nela atua finda por ser tamb��m visto como instrumento, objeto, nunca como ator neste processo. Este trabalho tem o objetivo de colocar o t��cnico no centro da quest��o, verificando as possibilidades e modos de constru����o da sua identidade profissional no contexto da ATER surgido na mesorregi��o sudeste do Par�� a partir de 1997. Este contexto apresenta demandas por compet��ncias para as quais o t��cnico n��o foi formado nem socializado, como a exig��ncia de uma postura participativa com rela����o ao agricultor e capacidade de pesquisa, o que finda por provocar conflitos entre o novo perfil requerido e a forma de socializa����o e forma����o do t��cnico. A conclus��o �� que o ambiente regional �� extremamente favor��vel �� atua����o do t��cnico na constru����o e reconstru����o de sua identidade profissional, o que n��o ocorria nos modelos anteriores de ATER, por��m a forma����o tecnicista acaba por impor barreiras �� constru����o do comportamento participativo no que se re fere ��s inova����es t��cnicas especificamente.

Identidade e erotismo em Batuque, de Bruno de Menezes

Analisa atrav��s das ferramentas dos estudos culturais, o erotismo na obra Batuque do poeta Bruno de Menezes, como meio de leitura para se estudar a identidade negra. Para tanto se estudou o conceito de erotismo relacionado ao corpo e ao sagrado, enquanto manifesta����o identit��ria negra. O estudo do fen��meno da identidade do erotismo serviu de base para a an��lise de como o autor, atrav��s do erotismo na linguagem, construiu o signo po��tico, fruto do fen��meno do hibridismo.

A identidade profissional do pedagogo no curso de pedagogia da UFPA e nas diretrizes curriculares nacionais: aproxima����es e distanciamentos

Esta pesquisa investiga a proposta de identidade profissional do atual Projeto Pol��tico Pedag��gico do Curso de Pedagogia da Universidade Federal do Par�� (Campus Bel��m), entrecruzando, de um lado com a identidade profissional indicada nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia, homologadas em 2006, e buscando, de outro lado, identificar as aproxima����es e os distanciamentos existentes entre as proposi����es identit��rias presentes nessas orienta����es curriculares. O estudo permitiu investigar acerca da identidade profissional que faz parte de minha pr��pria constitui����o identit��ria, a partir de meu ingresso no curso de Pedagogia da Universidade Federal do Par��, al��m de contribuir para a discuss��o sobre as orienta����es curriculares dos cursos de Pedagogia no Brasil, e, desse modo, fortalecer o conjunto de estudos, j�� realizados e em processo de investiga����o no Instituto Ci��ncias da Educa����o da UFPA, sobre o Curso de Pedagogia - somando-se aos esfor��os empreendidos por outros pesquisadores brasileiros e associa����es profissionais que investigam sobre a identidade profissional do Pedagogo. O percurso te��rico e metodol��gico dessa pesquisa teve sua inspira����o nas categorias apresentadas por Dubar - tais como identidade profissional de base, identidade herdada e identidade visada - sendo desenvolvido atrav��s da coleta e an��lise de documentos relacionados ��s duas orienta����es curriculares em quest��o, visando identificar as aproxima����es e os distanciamentos entre as propostas de identidade profissional assumida no Projeto Pol��tico Pedag��gico do Curso de Pedagogia na UFPA e indicada nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Pedagogia. Para a sistematiza����o do material coletado, foram selecionados eixos de an��lise que apresentam aspectos importantes para a constru����o da identidade profissional do pedagogo, quais sejam: Perfil do licenciado Pedagogo, Organiza����o Curricular, e Dura����o do Curso. Em cada um desses eixos procurou-se identificar as aproxima����es e os distanciamentos entre ambas as orienta����es curriculares em an��lise nesse estudo, refletindo sobre aspectos importantes como: doc��ncia, gest��o, e locus de forma����o do profissional Pedagogo, e suas reconfigura����es no contexto das pol��ticas educacionais vigentes.

Testes de identidade generalizada com objetos em macaco-prego (Cebus apella)

Macacos-prego demonstram identidade generalizada (IG) quando os testes s��o precedidos de treino de discrimina����es simples com mudan��as sucessivas (DSMS) da fun����o dos est��mulos usados nos testes. O presente estudo avaliou se esse efeito facilitador deve-se exclusivamente ao contato pr��vio com os est��mulos. Submeteu-se um macaco-prego a quatro testes de IG com objetos: Teste 1 - diretamente com est��mulos novos em uma tarefa de discrimina����o condicional por identidade; Teste 2 - com os mesmos est��mulos do teste anterior ap��s o treino de indu����o de controle condicional via DSMS; Teste 3 - com est��mulos novos previamente manipulados livremente pelo sujeito; e Teste 4 - com os mesmos est��mulos do Teste 3 ap��s terem sido apresentados em treino de DSMS. O desempenho do sujeito atingiu o crit��rio de aprendizagem nos testes 2 e 4. O treino de indu����o de controle condicional via DSMS com os est��mulos de teste foi mais efetivo para produzir IG do que a livre manipula����o.

O general e os Tapuios: linguagem, ra��a e mesti��agem em Couto de Magalh��es (1864-1876)

O s��culo XIX, mais do que qualquer outra ��poca, experimentou a gesta����o da maioria de nossos projetos de na����o, estruturados a partir da emancipa����o pol��tica da nova p��tria. Diversos intelectuais militaram nessa ��rdua tarefa de desenhar uma nova face de um Brasil com identidade pr��pria, embora cal��ada sob um viso europeu. Entre esses gestores da nova identidade brasileira, um dos mais importantes foi o General Jos�� Vieira Couto de Magalh��es (1837-1898), homem de Estado, pol��tico do Imp��rio e folclorista. Nesta disserta����o, busco circunscrever a principal obra de Couto de Magalh��es, O Selvagem (1876), nos c��nones rom��ntico e evolucionista de sua ��poca, dentro de um projeto de "civiliza����o" dos ��ndios da Amaz��nia e o conseq��ente momento de integra����o cultural desses povos e seus descendentes �� popula����o brasileira. Por mais que a principal justificativa da obra fosse um estudo sobre a incorpora����o do ind��gena ��s atividades rent��veis da economia nacional, o autor acabou por enfatizar a compreens��o da l��ngua como estrat��gia fundamental para atra����o pac��fica das popula����es tidas ent��o com "selvagens". Transitando entre o invent��rio racial e a tradu����o cultural dos grupos ind��genas brasileiro, Couto de Magalh��es buscava valorizar esse arsenal ling����stico como o mais verdadeiro e aut��ntico representante da nacionalidade brasileira. A an��lise �� feita no sentido de entender quais os limites da tentativa de tradu����o que o autor se prop��s a fazer das lendas ind��genas para o mundo dos brancos, no intuito de legitimar sua escolha do ��ndio como s��mbolo de nossa identidade.

Reserva de vagas no ensino superior: o processo de implementa����o das cotas raciais nos cursos de gradua����o da Universidade Federal do Par��

Esta pesquisa �� inserida na ��rea de Pol��ticas P��blicas do Ensino Superior, nela tivemos tr��s objetivos: 1) Discutir a institui����o da pol��tica de cotas na Educa����o Superior brasileira; 2) Verificar seus desdobramentos na Universidade Federal do Par��; e 3) Analisar os impactos que a pol��tica de cotas teve no ingresso de alunos pretos e pardos nos seus cursos de gradua����o. A abordagem metodol��gica adotada foi de cunho quanti-qualitativo, tivemos como t��cnicas de coleta de dados a pesquisa documental em diversificadas fontes e a realiza����o de entrevistas com integrantes do Grupo de Trabalho que elaborou a proposta oficial de a����o afirmativa da UFPA, a fim de dialogar com os dados documentais. A perspectiva de an��lise que nos norteou foi a An��lise de conte��do. Os resultados da pesquisa apontam para maior inser����o de estudantes negros e alunos de escolas p��blicas na UFPA, por��m, tamb��m evidenciam deformidades na ado����o das cotas para negros na Institui����o.

O pe��o de trecho e o pe��o de casa: identidade oper��ria entre os trabalhadores da constru����o civil de Barcarena no canteiro de obras da ALBRAS/ALUNORTE

Este artigo pretende discutir as rela����es entre o projeto ALBRAS/ALUNORTE e o processo de organiza����o sindical dos trabalhadores da constru����o civil de Barcarena, no momento da constru����o da f��brica da ALBRAS. Analisam-se as rela����es de trabalho nos canteiros de obras e discutem-se as id��ias de modernidade e de progresso que os trabalhadores expressaram nos momentos de conflito com os empres��rios da constru����o civil, com o governo do Par�� e com o projeto de desenvolvimento para a regi��o, nas greves ocorridas no setor em 1984 e 1985.