57 resultados para Literatura brasileira Historiografia


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Este trabalho apresenta o processo de construo da memria da personagem Dona Cec, do romance Passagem dos Inocentes, de Dalcdio Jurandir. luz da narratologia, em consonncia com aspectos histricos e sociolgicos, intenciona-se desvendar as transformaes fsicas e psicolgicas pelas quais ela passa ao longo de sua existncia. Busca-se compreender como os elementos da estrutura narrativa - foco narrativo, tempo, espao, linguagem - no so meros indicadores do processo da histria contada, e sim, a representao do feminino, sua memria e identidade. Paralelo a isso, focaliza-se tambm a vivncia de Alfredo, personagem que divide com Dona Cec o protagonismo dessa obra, quando ento volta para Belm, a fim de continuar os estudos colegiais.

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A divulgao de estudos em jornais do sculo XIX se torna cada vez mais necessria, pois contribui para um melhor entendimento do processo de produo, circulao e formao da Histria Literria Brasileira. Neste trabalho, analisa-se um dos principais jornais da imprensa paraense oitocentista - O Jornal do Par (1862 -1878) - que destinou vrios espaos para publicao literria e manteve estveis dilogos com peridicos de outros estados, como o impresso carioca Jornal das Famlias - produzido pela Editora Garnier e dirigido sob a mesma linha conservadora do peridico paraense. Desse jornal familiar foram extrados desde tradues a textos de autores consagrados, como Machado de Assis. Esses espaos reservados para a conversa entre os peridicos mostram que o Par no ficou a parte das conjecturas de seu tempo, como tambm participou ativamente do cenrio que ajudou a constituir a Literatura Brasileira.

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Essa dissertao estuda a poesia do livro O Estranho, 1952, do poeta paraense Max Martins, e seu entrelace com a poesia moderna. Para isso, consideramos que a potica de Max dialoga com os textos de poetas brasileiros de renome nacional e universal. De acordo com Haroldo de Campos, a relao de uma potica com a tradio literria e o projeto que o texto artstico necessita um encontro entre cdigos, em uma rara capacidade de transferir mesmo as efemrides mais ntimas para o horizonte do fazer, em criao, na luta corpo-a-corpo com a palavra. Essa luta com o verbo parte fundamental no jogo potico de Max Martins. Em O Estranho, ao questionar o lugar da poesia no seu prprio tempo, o poeta desmembra o texto e revela o homem e a escrita margem. A poesia do estranho - o termo sugere o gauche drummondiano - constitui um "dialeto" talvez ininteligvel para alguns. Como sugere o poema inicial dessa obra, a linguagem pode at mesmo ser incompreensvel, da o vocbulo "estranho" (do ttulo do livro e do primeiro poema), ou seja, uma linguagem de choque, que se estranha com a realidade, no entanto, o que quer o poeta, a transmutao da realidade cotidiana no potico. Neste trabalho, traamos os aspectos relevantes da lrica moderna a partir de um estudo sobre os conceitos de Moderno, Modernidade e Modernismo, passando rapidamente pelo modernismo no Brasil, para chegar ao modernismo paraense e, especificamente, gerao de Max. Finalmente, propomos uma interpretao dos poemas do livro (analisando-os sobretudo luz da leitura crtico-reflexiva de Benedito Nunes, primeiro crtico dos poemas de Max Martins). Foi feito tambm um histrico editorial dos poemas antes e depois da publicao de O Estranho. Com isso, pretendemos contribuir para os estudos literrios no que tange falar mais demoradamente sobre os aspectos importantes da poesia de Max Martins, especialmente sobre sua iniciao no mundo potico.

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O Guarani, de Jos de Alencar, publicado em 1857 nas folhas do Dirio do Rio de Janeiro, foi um grande sucesso sob a forma do folhetim. Nesse perodo, de grandes modificaes e contrastes no Brasil do Segundo Reinado, o pblico leitor do brasileiro estava em formao, embora j apreciasse o gnero do romance e tambm do romance-folhetim. Nesse contexto, O Guarani foi amplamente aclamado pelo pblico, o qual pareceu encontrar na obra uma correspondncia para suas expectativas de conhecer uma literatura nacional. Nessa pesquisa, se pretende mostrar O Guarani como um grande sucesso no sculo XIX e ainda demonstrar que a obra permanece atemporal, atraindo o interesse do pblico.

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Este trabalho objetiva analisar o lugar de Tutamia: terceiras estrias na obra de Joo Guimares Rosa. Para tanto, far-se- uma abordagem dos conceitos da Esttica da recepo apresentados por Hans Robert Jauss em suas teses de 1967, que sero o embasamento terico para a exposio de algumas recepes crticas da obra ao longo de sua trajetria histrica. Os autores utilizados para efetuarem esse dilogo com o texto rosiano foram: Benedito Nunes, Vera Novis, Paulo Rnai. O estudo mais centrado dessa narrativa levar em considerao a anlise das principais inovaes introduzidas por Guimares Rosa em Tutamia, a saber, a extenso e a origem dos contos, o ttulo e o subttulo da obra, a ordem alfabtica do ndice e o ndice de releitura, a presena das epgrafes e a presena de quatro prefcios. Busca-se tambm fazer uma indita comparao hermenutica e estilstica entre a publicao no peridico Pulso e a edio em livro de 1967. Assim, fez-se um recorte dentre os variados temas da obra, elegendo-se para a anlise, alguns dos contos que abordam a temtica amorosa, sendo eles: A vela ao Diabo; Joo Porm, o criador de perus e Palhao da boca verde.

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Este trabalho uma Biografia Literria, e tem como objetivo o de traar um panorama da vida e da obra da escritora Maria Lcia Medeiros, apoiado nos pressupostos tericos de uma nova vertente da crtica literria: a crtica biogrfica. Com base na leitura dos textos - literrios e no literrios - de Maria Lcia Medeiros (contos, fotos, anotaes, rascunhos e bilhetes, Dirio, documentos e vida), esta dissertao - construda em Atos, a exemplo de uma pea de teatro, com Prlogo e Remate -, procura estabelecer uma leitura interpretativa da vida e da obra da mulher e escritora (como se sua vida fosse um texto a mais entre os outros textos). No prlogo, destacamos como se iniciou este estudo e comentamos as teorias que sustentam a interpretao da vida e da obra de Maria Lcia Medeiros, reafirmando o seu prazer de lidar com a palavra e sua contribuio para a Literatura Paraense. Ao traar a sua trajetria nos "atos" da sua pea-vida, acompanhamos seu percurso como ser humano e como escritora - a criana e adolescente, a mulher, a professora de Literatura Brasileira e Literatura Infanto-Juvenil, a leitora, a escritora, tentando descobrir o quantum de sua vida tornou-se obra e em que medida a literatura enriqueceu sua vida. Em seus textos, a autora de Horizonte silencioso funde realidades e gneros literrios. No texto deste trabalho, tambm se unem domnios, que antes se encontravam separados: ler conjuntamente textos e vidas o que a nova crtica biogrfica prope, fusionando obra e existncia. Diante disso, a construo do trabalho mostra o fascnio das biografias literrias, ao permitir a criao de um novo texto que entrelaa o contexto histrico-social com a histria da vida e da obra de um autor, neste caso, de Maria Lcia Medeiros.

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A ideia do presente trabalho partiu do estudo dos contos (mais precisamente dois deles: Miss Doris e Mentiras e Verdades no Mesmo Cho) de Maria Lcia Medeiros, escritora paraense. Partimos da premissa de que Maria Lcia contista de uma poca em que os traos que caracterizam os gneros literrios venceram limites e regras: seus contos so textos multifacetados, escritos em uma espcie de prosa lrica ou, ainda, prosa lrico-dramtica. Pretende-se, ento, neste trabalho, fazer primeiramente um histrico dos gneros literrios, estudando sua evoluo enquanto conceito terico desde os primeiros estudos dos textos literrios desde Plato, Aristteles, Horcio, Victor Hugo at os do contexto histrico contemporneo como Kte Hamburger, Northrop Frye, Emil Staiger. Abordaremos, ainda, que papel os gneros possuem em um estudo de contos (no tradicionais) como os de Maria Lcia Medeiros. Levantamos, ento, algumas questes relevantes que nortearam o trabalho: o que se entende por hibridismo de gneros literrios? So os contos de Maria Lcia Medeiros hbridos? De que modo acontece esse hibridismo? O que o conto? Como se constroem os contos de Maria Lcia? Partimos, ento, da premissa de que os contos da escritora paraense so hbridos, pois possuem caractersticas genricas diversas, alm de dialogarem com outras obras literrias e com outras artes. Faremos, ento, a leitura de dois contos de Maria Lcia alm de pequenas leituras dos contos de trs de suas coletneas (Zeus ou a menina e os culos, Velas. Por quem? e Cu Catico) , Miss Doris e Mentiras e Verdades no Mesmo Cho, mostrando justamente esse hibridismo e esse dilogo. Vale ressaltar que, apesar de permear a teoria da literatura h muitas dcadas, o assunto em questo, os gneros, no pode ser considerado concludo. Por ainda haver muita discusso acerca do tema, faz-se pertinente desenvolver um estudo sobre eles, na obra de uma escritora paraense de valor inestimvel: Maria Lcia Medeiros.

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Esta pesquisa insere-se no eixo temtico literatura e cultura e investiga a protagonista da trilogia da escritora Lindanor Celina composta pelas obras: Menina Que Vem de Itaiara, Estradas do Tempo-foi e Eram Seis Assinalados. O trabalho rastreia a trajetria da protagonista Irene desde a infncia at a maioridade, tentando capturar todos os condicionantes que influenciaram na formao de sua personalidade e de seu comportamento. O trabalho divide-se em quatro captulos, sendo que o primeiro aborda os pressupostos tericos que lhe do suporte. So eles principalmente: autobiografia; dialogismo, polifonia e intertextualidade; teoria de gnero e teorias psicolgicas do campo da psicanlise. O segundo captulo apresenta a vida e a obra da escritora, discute a abordagem biogrfica nas obras estudadas, bem como mostra a crtica sobre a trilogia. O terceiro captulo analisa a intertextualidade entre os romances em estudo e tambm de dois destes com o romance Chove nos Campos de Cachoeira de Dalcdio Jurandir. O quarto captulo dedica-se anlise das obras e s concluses a que o estudo chegou.

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O presente estudo visa a estabelecer uma anlise comparativa entre dois romances da literatura brasileira do sculo XX, no que tange abordagem realizada pelas obras do fenmeno histrico-social do cangao. As obras escolhidas, Fogo Morto, de Jos Lins do Rego, e Os Desvalidos, de Francisco Dantas, representam dois momentos distintos da produo ficcional nordestina. A primeira est inserida na corrente ficcional das dcadas de 30 e 40. Dcimo romance do escritor paraibano, Fogo Morto representa o cangao na perspectiva do personagem Jos Amaro, seleiro que se transforma em ajudante do cangaceiro Antnio Silvino. A segunda obra, publicada em 1993, representa uma retomada da fico regionalista. O romance focaliza o cangao sob o ponto de vista de Coriolano, personagem que, ao contrrio de Jos Amaro, demonstra dio implacvel pelo cangao, no romance representado por Lampio. A anlise comparativa das obras foi precedida pelo estudo das razes histricas do cangao, bem como a caracterizao do cangaceiro como ser carregado de dubiedade no imaginrio popular nordestino. Com efeito, o cangaceiro ora representado como heri, ora encarado como bandido pelo sertanejo, sendo que essa viso contraditria transportada para a fico, aparecendo nos dois romances que so analisados neste trabalho. A abordagem histrica do cangao realizada a partir de estudos de autores como Rui Fac (1983), Maria Isaura Pereira de Queiroz (1977) e Luiz Bernardo Perics (2010). Tambm foi imprescindvel um breve estudo de Cmara Cascudo (2005), que auxilia a compreender a figura do cangaceiro enquanto heri popular regional. Finalmente, como suporte para o estudo comparativo entre Fogo Morto e Os Desvalidos foram utilizados trabalhos de autores como Jos Paulo Paes (1995) e Snia Lcia Ramalho de Farias (2006), que fornecem elementos importantes para o estabelecimento de relaes entre obras de cunho regionalista, produzidas por escritores nordestinos.

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Este trabalho visa a discutir alguns aspectos da crtica literria produzida em larga escala nos jornais de meados do sculo XX, conhecida como crtica jornalstica ou de rodap, mais precisamente a contribuio crtica de Franklin de Oliveira (1916-2001) para as trs primeiras publicaes literrias do autor Guimares Rosa (1908-1967), Sagarana (1946), Corpo de baile (1956) e Grande serto: veredas (1956), verificando quais teorias e mtodos eram usados por esse crtico para analisar um conjunto de obras que se mostrava, primeira vista, como desafio aos atentos crticos da poca. Franklin de Oliveira, mencionado por Benedito Nunes, em Rumos da crtica (2000), como injustamente esquecido nas referncias das publicaes acadmicas, deixou um vastssimo conjunto de ensaios humansticos sobre msica, literatura, poltica, entre outros, do Ocidente, esclarecendo a importncia da arte e da literatura para a formao de um homem total, no alienado e consciente de sua humanidade. Os seus ensaios, de alta erudio, refletem a complexidade da obra rosiana sob o prisma filosfico, poltico e, principalmente, esttico, pois tem o entendimento de que as situaes externas obra literria devem emergir no gnero literrio considerando artisticamente o fato exposto. Por isso, para Franklin de Oliveira, Guimares Rosa foi um escritor revolucionrio, por ter realizado uma mmesis que no ficou presa ao seu tempo presente, e, por meio do elemento lingustico, literrio e metafsico, conseguiu promover a transcendentalizao da prosa literria brasileira. Assim, esta dissertao est estruturada em um panorama geral dos assuntos aqui apresentados e em trs captulos, quais sejam: Por uma definio de crtica literria, Do intelectual ao crtico jornalista: Franklin de Oliveira, um humanista por excelncia e Legado de Franklin de Oliveira crtica rosiana: sob o foco da revoluo rosiana, a fim de alcanar o entendimento sobre a importncia de se estudar as anlises escritas em outra poca a respeito das obras de um autor de literatura, como Guimares Rosa, que ainda hoje so muito lidas e discutidas. Para tanto, um dos pressupostos tericos para este estudo tem em vista o experienciar dinmico da obra literria por parte do leitor, algo salientado pela Esttica da recepo no livro A histria da literatura como provocao a teoria literria (1994), de Hans Robert Jauss, este trabalho possibilita questionar ou legitimar a tradio de uma crtica por meio da trade hermenutica do compreender, interpretar e aplicar.

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Este estudo pretende examinar a recepo crtica voltada para a anlise dos aspectos estilsticos e lingusticos da obra de Joo Guimares Rosa (1908-1967). Na dcada de 1950, durante seu auge, a teoria estilstica, principalmente a de origem espanhola, exerceu grande influncia sobre crtica literria brasileira. Este evento coincidiu com o impacto do lanamento de duas das mais importantes obras do ficcionista mineiro, Grande serto: veredas (1956) e Corpo de baile (1956), em grande parte devido linguagem, que um amlgama de popular e erudito e detentora de grande poder de sugesto. Como fruto deste acaso, no mesmo horizonte da obra, surgiram os estudos que formaram a primeira recepo e, entre estes, os que se dedicaram a analisar os diferentes recursos utilizados por Guimares Rosa para compor o seu serto-linguagem, o que justifica a adoo da Estilstica como mtodo. Inseridos nesta corrente crtica esto os trabalhos que nos serviro de objeto de anlise, a exemplo da crtica pioneira de Cavalcanti Proena (1905-1966), Trilhas no Grande Serto (1958), e de trabalhos de outros estudiosos, como Oswaldino Marques (1916-2003), sobre Sagarana e outras publicaes dispersas, e da professora norte-americana Mary L. Daniel (1936). Estes estudos, embora sejam discutveis do ponto de vista metodolgico, conforme ser observado, tornaram-se peas incontornveis dentro da fortuna crtica rosiana por sua contribuio elucidao da obra. Um indicativo disso a existncia de trabalhos mais recentes que ainda ventilam categorias consideradas pela Estilstica como o lxico, que surge em estudos de Nei Leandro de Castro e Nilce Sant'Anna Martins. Como mtodo utilizado nesta dissertao de Mestrado, lana-se mo da hermenutica literria formulada por Hans Robert Jauss (1921-1997) com o objetivo de analisar a recepo crtica de uma abordagem especfica, a Estilstica, e destacar sua relevncia para a compreenso da obra de Guimares Rosa no perodo imediato publicao, assim como propor uma confrontao desta recepo com estudos posteriores que se balizam no mesmo campo de anlise. Igualmente, objetiva-se evidenciar a importncia do leitor para a (res) significao do material ficcional, aqui representado pelo crtico literrio, um leitor diferenciado capaz de oferecer propostas interpretativas e guiar a leitura dos leitores comuns.

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Este estudo prope a anlise temtica de alguns poemas da poeta paraense Adalcinda Magno Camaro Luxardo (1915-2005), levando em considerao os aspectos do imaginrio e os elementos, imagens, smbolos e espao, inseridos e refletidos em suas produes poticas. A escritora nasceu na cidade de Muan, na Ilha do Maraj-Pa, e se inseriu no cenrio cultural literrio paraense como uma das poucas mulheres que militaram no universo da arte durante este perodo, quando ainda normalista, passou a fazer parte dos grupos de estudantes que lutavam em frentes literrias. Importante dizer que a autora contribuiu com revistas literrias que circulavam na sociedade belemense na primeira metade do sculo XX Guajarina, A Semana e Amaznia , que ajudaram a difundir sua habilidade potica, alm de escrever para os jornais O dirio e a Provncia, o que demonstra sua insero e importncia na cena literria daquele momento, nos auspcios da constituio de um movimento literrio local. Portanto, esta pesquisa encontra-se voltada para a anlise dos poemas de Adalcinda que deixam transparecer as relaes de imaginrio, imagens, smbolos e espao, procurando fazer analogias com autores como: Gilbert Durand (1997), Franois Laplantine e Liana Trindade (1997), em um panorama com base antropolgica; Gaston Bachelard (2008), com suas consideraes sobre o espao potico; e Milton Santos (2006), no que se refere ideia de paisagem, situando ainda as vises fenomenolgicas acerca desses temas atravs de Sartre (1996).

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Este trabalho consiste num exerccio de leitura da narrativa literria do escritor brasileiro Joo Gilberto Noll, promovendo uma aproximao de sua obra ao conceito de imagem-tempo, do filsofo Gilles Deleuze, no tocante a aspectos narrativos e tendncia ao esvaziamento discursivo, ao silncio, enquanto elemento significativo na produo artstica e tendncia na arte moderna. O conceito imagem-tempo foi engendrado pelo filsofo francs para pensar o cinema moderno, que se perfaz num regime de imagens que rompe com a narratividade clssica, com a percepo baseada no esquema sensrio-motor. Neste trabalho, no entanto, o conceito pensado em relao obra literria de Joo Gilberto Noll, que guarda forte relao com o cinema moderno e se nos apresenta em fragmentada tessitura imagtica, tendendo ao esvaziamento discursivo. Assim, tendo como ponto de reflexo a obra de Noll, buscamos discutir como a imagem-tempo e o silncio compem a obra do escritor. Aps apresentao e discusso do conceito de imagem-tempo e de silncio, procedemos a uma leitura de pontos significativos da obra ficcional de Noll, ensaiando uma relao entre cinema, literatura e outras artes no que concerne basicamente produo de imagens numa determinada forma narrativa, bem como s implicaes dessas formas para o pensamento. Por uma questo de economia estratgica, para a formao de um recorte de expresso significativa da produo do escritor, suas obras diretamente consideradas neste trabalho so Hotel Atlntico (1989) e O quieto animal da esquina (1991). Pretende-se com essa relao (1) propor alguns caminhos interpretativos para a obra de Noll e (2) investigar como a produo narrativa moderna, sobretudo a que se aproxima do conceito de imagem-tempo, constituda de forte apelo visual, que se perfaz na produo de imagens ambguas, de narrativas descontnuas, de protagonistas errantes, tende a esse esvaziamento discursivo, ao silncio.

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O escritor paraense Dalcdio Jurandir (1909 1979) alm de publicar os dez romances que compem o chamado Ciclo do Extremo Norte, contribuiu para diversos peridicos de Belm e do Rio de Janeiro e escreveu o livro Linha do Parque (1959) sob encomenda do Partido Comunista Brasileiro (PCB) do qual era membro. Esse romance, escrito aos moldes do Realismo Socialista esttica oficial da Unio Sovitica (URSS) naquele perodo, que se estendeu tambm a vrios outros pases, por meio de seus partidos comunistas narra as lutas dos operrios na cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, no decorrer da primeira metade do sculo XX. Nessa obra, perceptvel o destaque dado ao trabalho das mulheres nas fbricas e nas reunies da Unio Operria, as quais participam ativamente, em igualdade com os homens, do movimento operrio retratado no livro. Este trabalho, portanto, objetiva analisar a importncia das personagens femininas para o desenvolvimento de tal narrativa, dando destaque quelas que tiveram grande participao nas lutas dos operrios descritas no romance, refletindo tambm sobre as manifestaes ideolgicas que esto presentes na obra.

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Nesta obra, o autor obidense, Herculano Marcos Ingls de Sousa, valoriza a mitologia amaznica ao destacar as lendas da cobra- grande, do pssaro acau, do taj, do boto e o temor presente no imaginrio das pessoas que habitam regies fronteiras floresta amaznica, cenrio de ocorrncias fantsticas. A dissertao visa uma anlise mais detalhada da narrativa Acau, por ser aquela que rene um nmero significativo de caractersticas fantsticas. Para desenvolver este trabalho, utilizou-se, como suporte terico, principalmente, o blgaro Tzvetan Todorov, que compreende o fantstico como um gnero proveniente de fatores que contrariam os fenmenos regidos por leis naturais, o que propicia dvidas acerca desses fatores. Em decorrncia disso, busca-se a compreenso em gneros vizinhos, quais sejam: o estranho e / ou maravilhoso. Ser ainda utilizado o estudo proposto pela francesa Irne Bessire, que entende o relato fantstico amparado em padres socioculturais para fomentar o entendimento da imbricao dos dois campos: o natural e o sobrenatural. O trabalho est dividido em quatro captulos: o primeiro traz algumas informaes sobre a vida de Ingls de Sousa, um curto panorama do Realismo/Naturalismo e a estruturao do cnone; o segundo constitudo de uma viso conceitual tanto do fantstico quanto dos ndices de estranhamento insertos no texto literrio; o terceiro pe em evidncia as obras de Sousa, como exemplo de literatura marcada pelo fantstico e pelo imaginrio, e uma teia narrativa, cujo centro o conto Acau, alm de uma comparao entre a narrativa Acau de Sousa e a de Nery; e o quarto captulo consiste em uma proposta de anlise do conto fantstico Acau sob a reflexo de Felipe Furtado.