62 resultados para Índios da América do Sul Bolívia Aspectos políticos


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As histrias do contato entre os povos indgenas e a sociedade nacional revelam as prticas totalitrias em curso desde o sculo XVI no Brasil. O contato intertnico empreendido pelo Estado brasileiro em direo ao povo Awaete/Asurini do Xingu se deu em um contexto que priorizava a ocupao e a explorao econmica da regio do Mdio Xingu por meio de grandes projetos, arquitetados durante o perodo da ditadura militar no pas. O contato representava uma forma de controlar os povos indgenas por meio das aes do Estado. As histrias do contato so analisadas a partir do referencial terico da Antropologia Estrutural e da Anlise do Discurso e revela a persistncia do colonialismo entre os anos de 1971 e 1991, aps o advento da Constituio cidad de 1988, que formalmente reconhece os direitos e a autonomia dos povos indgenas no Brasil. As prticas de etnocentrismo como negao radical da alteridade permanecem na atualidade, inclusive no interior dos discursos de multiculturalismo.

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medida que o movimento indgena brasileiro ganha destaque aps a Constituio de 1988, as emergentes lideranas polticas indgenas necessitam de organizaes que aglutinem suas lutas e expressem uma identidade tnica politizada junto s diversas instancias governamentais para que suas demandas sejam atendidas. Nesse sentido, o objetivo geral deste estudo investigar a participao poltica da COIAB tendo como foco a formao das lideranas polticas. Para atender a esse objetivo, a anlise do movimento indgena no cenrio poltico brasileiro ps-88; a formao poltica das lideranas da COIAB, como os cursos de Formao, seu pblico alvo, forma de ingresso e sada e a atuao das lideranas polticas da COIAB so passos necessrios ao entendimento do processo poltico dessa organizao indgena. A dinmica do movimento indgena, sua nova forma de incluso no processo poltico, nas tomadas de deciso refletem a necessidade de uma articulao cada vez mais ampla. A COIAB consegue exercer um papel de maior importncia quando se fala em ativismo poltico indgena. Expressa, assim, uma identidade tnica que agrega todos esses valores de luta do Movimento Indgena como a busca por uma afirmao da identidade, a capacitao de lideranas indgenas, assim como a participao ativa.

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Esta pesquisa objetiva descrever e analisar a experincia da comunidade indgena do povo Paiter-Suru, situada entre os Estados de Rondnia e Mato Grosso, a qual vivencia um processo de insero tecnolgica. Com base em materiais divulgados na internet sobre as parcerias firmadas pelos surus, com destaque para a formalizada com a multinacional Google, realizado um estudo da mudana de posio do ndio amaznico, relegado historicamente subalternidade e que, nesse novo cenrio tecnolgico, ganha voz e capacidade de interferncia em sua prpria narrativa, em especial, com a utilizao da internet. A partir dos conceitos de ver e olhar, capital social e de um apanhado sobre o imaginrio construdo acerca do indgena, pretende-se subsidiar uma breve anlise fenomenolgica apoiada pela realizao de pesquisa de campo, que busca responder como os surus enxergam subjetivamente os fenmenos objetivos que vivenciam. Alm disso, outras discusses perifricas sero levantadas no decorrer do trabalho, como o ps-colonialismo, o dilogo entre tradio e modernidade e a hibridizao das culturas.

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Com o objetivo de estudar a prevalncia dos vrus das hepatites B (HBV) e D (HDV), nas aldeias Apyterewa e Xingu, do grupo Parakan, e avaliar o impacto da vacinao contra a hepatite B, iniciada nessas aldeias em 1995, foram coletadas, em 2004, 258 amostras de soro para anlise dos marcadores sorolgicos das hepatites B e D, por tcnicas imunoenzimticas; cujos resultados revelaram padro de endemicidade moderada com prevalncia total de infeco pelo HBV de 55,7%, com 5,4% de portadores do vrus, na aldeia Apyterewa, e de 49,5%, com 1,1% de portadores, na Xingu; 31,4% de anti-HBs+ como marcador isolado nas duas aldeias, e no foi detectada sorologia positiva para o HDV entre portadores do HBV. Caracterizamos, em base laboratorial, a presena de portadores crnicos do HBV, ausncia de portadores do HDV e emergncia de perfil vacinal entre os susceptveis, confirmando a efetividade e a necessidade de manter a vacinao, principalmente no primeiro ano de vida, e, ainda, a necessidade de desenvolver vigilncia epidemiolgica efetiva para deteco precoce da infeco pelo HDV, entre os portadores do HBV.

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A disseminao das bactrias do gnero Chlamydia no Brasil, inclusive na regio Amaznica, pouco conhecida. Este estudo soroepidemiolgico incluiu 2.086 amostras de soro de populaes indgenas da Amaznia brasileira, empregando metodologia de triagem pela imunofluorescncia indireta para pesquisa de anticorpos. Usou-se o sorotipo L2 da C. trachomatis como substrato; a seguir, para os quinze sorotipos de C. trachomatis e para a C. pneumoniae, discriminou-se a sororreatividade pela microimunofluorescncia especfica. A prevalncia mdia de anticorpos para Chlamydia foi de 48,6%. Sua variao entre as comunidades indicou as que no tiveram contato com as bactrias e aquelas em que quase todos os testados tiveram. Por meio da titulao dos anticorpos IgG e a presena de IgM especfica nas amostras com ttulos altos viu-se que 6,1% dos infectados persistiam com a infeco, servindo de reservatrios disseminao das espcies de Chlamydia. Pela resposta C. trachomatis, evidenciou-se a circulao dos sorotipos A, B, Ba, D, E, G, H, I e L1. Ademais, constatou-se que h C. pneumoniae na regio. As duas espcies causariam impacto significativo no hospedeiro humano.

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Amostras de soro de grupos populacionais dos Estados do Par e Gois, coletados entre 1974 e 1980, foram testadas (ELISA, imunofluorescncia e immunoblot) para a presena de anticorpos contra o vrus da imunodeficincia humana tipo-1 (HIV-1). O objetivo principal foi de se mapear epidemiologicamente a ocorrncia deste vrus em um perodo anterior a deteco da presente epidemia. Quatro amostras dos ndios Xicrin foram positivas pelo teste de ELISA, porm no foram confirmadas pelos demais testes. Os resultados negativos sugerem a ausncia de circulao do HIV-1, nos grupos testados, no perodo pr-1980.

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Herbert Baldus foi um antroplogo teuto-brasileiro que exerceu importante papel na constituio da pesquisa e dos conhecimentos antropolgicos no Brasil. Seu trabalho cientfico se desenvolveu intimamente ligado ao curso de sua prpria vida, que transcorreu, em sua maior parte, neste pas, dedicada ao ensino, pesquisa, divulgao cientfica e tentativa de instituir uma poltica indigenista comprometida com a preservao das etnias indgenas. A contribuio de seu pensamento terico, tendo iniciado com explanaes sobre as culturas materiais e no materiais, passou por abordagens funcionalistas e estruturalistas, lanando as bases dos estudos das sociedades indgenas em situao de contato e de mudana cultural.

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O artigo avalia como a universidade brasileira est enfrentando os desafios curriculares para atender demanda de alunos ndios diante do recente acesso institucionalizado dos povos indgenas educao superior. Apresenta-se a trajetria da educao escolar indgena at a universidade ocorrida nos primeiros anos da dcada de 2000, aps as mudanas promovidas pela Constituio Federal de 1988, que reconheceu o direito indgena alteridade. A questo central levantada : o currculo da educao superior est em consonncia com a perspectiva multicultural? Mostra-se um retrato da situao brasileira, desenhado a partir de pesquisa documental feita em sites governamentais e no governamentais, alm de portais de notcia. Com discusses tericas em torno do que o currculo multicultural, destaca-se que, devido aos problemas relatados, a prtica de aes afirmativas para promover o acesso de indgenas ao ensino superior tem-se limitado a um multiculturalismo reparador. Expe-se tambm o resultado de pesquisa feita com discentes indgenas de um dos cursos mais procurados da Universidade Federal do Par, que revelou contradies e resignao: os entrevistados apontam a existncia de um etnocentrismo curricular, mas dizem que a formao satisfatria para o exerccio da profisso escolhida. Discute-se o fenmeno luz da semelhana com o multiculturalismo curricular norte-americano. Os resultados indicam que a igualdade no acesso educao no obtida simplesmente pela igualdade de acesso a um currculo hegemnico. Sugere-se pensar currculos que considerem as mltiplas identidades e diferenas de nossa sociedade, bom como o modo como estas so produzidas e reproduzidas constantemente por meio das relaes de poder.

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As reas de fronteiras internacionais constituem espaos altamente complexos, marcados pela grande diversidade de agentes tnicos e de identidade plurinacionais. Na Amaznia Sul Ocidental, tem-se uma rea geopoltica estratgica de fronteira trinacional composta pelo Acre (Brasil), Madre de Dios (Peru) e Pando (Bolívia). A preocupao com a segurana nacional, da qual emana a criao de um territrio especial ao longo do limite internacional continental do pas, embora legtima, no tem sido acompanhada de uma poltica pblica sistemtica que atenda s especificidades regionais, nem do ponto de vista econmico, nem da cidadania fronteiria. A integrao fsica do Brasil, como questo central do interesse nacional e do combate s atividades ilcitas, atribui s fronteiras novo papel estratgico. Reativam-se, assim, o interesse pelas fronteiras a partir desse duplo processo, tornando as relaes transfronteirias um tema prioritrio das relaes internacionais. Com efeito, a busca de um novo significado para as interaes do Brasil com seus pases limtrofes vem impondo o redirecionamento da ao do Estado brasileiro, com reflexos na geopoltica internacional dessa regio da América do Sul. O objetivo central deste estudo analisar as polticas e aes de integrao regional, no processo de desenvolvimento, em uma rea de fronteira sob a jurisdio trinacional do Brasil, Peru e Bolívia.

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Considerando que o nmero de dados paleomagnticos para o Paleozico Superior, principalmente Devoniano da América do Sul, ainda insuficiente no permitindo que uma Curva de Deriva Polar confivel possa ser construda, foram amostrados 43 nveis estratigrficos da Formao Long, os quais foram estudados paleomagneticamente com o propsito de contribuir para que uma Curva mais confivel possa ser construda. A amostragem foi feita segundo o mtodo dos blocos ao longo dos perfis Teresina, Barras, Batalha, na rodovia PI-13 e Floriano, Nazar do Piau, Oeiras nas rodovias PI-24 e BR-230, no estado do Piau. Os tratamentos foram iniciados no laboratrio de Paleomagnetismo do IAG-USP e complementados no do NCGG-UFPa. Utilizou-se as tcnicas de desmagnetizao progressiva por campos alternados at 700 e/ou temperaturas at 670-700C. A interpretao dos resultados foi feita por meio dos diagramas vetoriais de Zijderveld, pelas curvas J-T/C de variao da intensidade magntica com os campos ou temperaturas, e pelos grficos de variao na direo do vetor magnetizao. Os clculos de direo mdia e polos foram feitos segundo a Estatstica de Fisher (1953). Foram identificadas 4 direes de magnetizao remanente: 1. Uma secundria de origem qumica (CRM) e polaridade reversa, cujo mineral responsvel a hematita produzida provavelmente por alterao deutrica a partir da magnetita. Esta magnetizao (identificada pela letra B) quando datada paleomagneticamente (coordenadas do polo 80S, 3E, A<sub>95</sub> = 13.6) indicou idade correspondente ao intervalo Carbonfero-Permiano. 2. Uma componente isotrmica (IRM) dura de espectro totalmente superposto magnetizao inicial que no foi afetada por nenhum dos tratamentos. Esta magnetizao foi denominada D e apresentou direo muito estvel em torno do ponto de declinao = 234.23 e inclinao = 41.94. 3. Um grupo de direes de magnetizao de origem viscosa (VRM) moles, identificados pela letra C, cuja direo mdia dada por: declinao = 15 e inclinao = -20. Foram removidas a temperatura entre 300 600C. 4. Finalmente uma magnetizao principal, de polaridade normal, denominada A, provavelmente de origem detrtica (DRM) cujo correspondente polo paleomagntico (de coordenadas: 48S, 331.7E; A<sub>95</sub> = 9.9) mostrou-se compatvel com a idade da Formao (Devoniano Superior). Esta magnetizao foi considerada inicial. Os polos paleomagnticos correspondentes s magnetizaes A e B, juntamente com outros da América do Sul, foram rotacionados para a frica segundo a configurao pr-deriva de Smith e Hallam (1970) e comparados a polos Africanos e Australianos de mesma idade, mostrando-se coerentes. Suas polaridades tambm esto em acordo com as escalas magnetoestratigrficas publicadas por Irving e Pullaiah (1976) e Khramov e Rodionov (1981).

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O gnero Neoxyphinus Birabn, 1953 consiste em espcies caracterizadas (dentre outros) por, nos machos, os enditos apresentam uma escavao retrolateral apical seguida por uma apfise retrolateral subapical e o palpo com o mbolo compacto e em forma de S, com uma abertura ejaculatria ampla e circular. As fmeas so caracterizadas pelo trio epiginal grande e com as extremidades laterais angulares e a presena de, no mximo, dois espinhos no fmur I. Atualmente o gnero apresenta dez espcies conhecidas para a América do Sul, sendo a maioria para o Brasil. Neste presente trabalho foram descritas dez novas espcies com ocorrncia fora do territrio brasileiro: N. amazonicus sp. nov. da Colmbia e do Brasil, N. yekuana sp. nov., N. trujillo sp. nov., N. caribensis sp. nov. e N. andersoni sp. nov. da Venezuela, N. macuna sp. nov. e N. pure sp. nov. da Colmbia, N. inca sp. nov. do Peru, N. coca sp. nov. do Equador e N. beni da Bolívia. Para todas as espcies novas so apresentadas as descries e as diagnoses e suas distribuies. Foram encontradas dois novos dimorfismos sexuais, em N. macuna sp. nov, com a superfcie do pulmo ornamentado com projees cuticulares e; em N. yekuana sp, nov., com a fmea apresentando o clpeo extremamente alto em comparao com o macho. Foi encontrado tambm uma estrutura nica na espcie N. caribensis sp. nov. que apresenta a superfcie do esterno com uma crista transversal mediana em forma de arco simples e elevaes nas laterais das coxas II e IV. Este trabalho esta inserido em um projeto maior, de cunho internacional, intitulado "Goblin Spider Planetary Biodiversity Inventory - The megadiverse, microdistributed spider family Oonopidae" - PBI-Oonopidae.

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O modelo OLAM foi desenvolvido com objetivo de estender a capacidade de representar os fenmenos de escala global e regional simultaneamente. Este modelo apresenta inovaes quanto aos processos dinmicos, configurao de grade, estrutura de memria e tcnicas de soluo numrica das equaes prognsticas. As equaes de Navier-Stokes so resolvidas atravs da tcnica de volumes finitos que conservam massa, momento e energia. No presente trabalho, apresenta-se uma descrio sucinta do OLAM e alguns resultados de sua aplicao em simulaes climticas da precipitao mensal para a regio norte da América do Sul, bem como em rodadas para previso numrica de tempo regional. Os resultados mostram que o modelo consegue representar bem os aspectos meteorolgicos de grande escala. Em geral, seu desempenho melhora quando so adotadas grades de maior resoluo espacial, nas quais se verificam melhorias significativas tanto na estimativa da precipitao mensal regional, quanto na previso numrica de tempo.

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Lacaziose ou doena de Jorge Lobo micose crnica, granulomatosa, causada por implantao traumtica do fungo Lacazia loboi patgeno no cultivvel at o presente nos tecidos cutneo e subcutneo, manifestando-se clinicamente por leses nodulares queloidianas predominantes, envolvendo sobretudo pavilhes auriculares, face, membros superiores e inferiores, e no comprometendo as mucosas. A maioria dos casos humanos est registrada em pases da América do Sul. Entretanto, a enfermidade apresenta aspectos epidemiolgicos destacados, como o aparecimento em tribo Caiabi, no Brasil Central e em mamferos no humanos, golfinhos de duas espcies (Tursiops truncatus e Sotalia guianensis) capturados na costa da Flrida (EUA), na foz do rio Suriname, na costa de Santa Catarina (Brasil), no golfo de Gasconha (baa de Biscaia-Europa), com manifestaes cutneas e achados histopatolgicos muito similares s encontradas no homem. O artigo objetiva abordar caractersticas do fungo e sua taxonomia, e aspectos histricos, ecoepidemiolgicos, clnicos, imuno-histoqumicos, histopatolgicos, ultra-estruturais e teraputicos.

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A comunidade de tubares (Selachii:Galea) proveniente da Formao Pirabas pode ser considerada como uma das mais representativas e de maior diversidade entre as unidades do Negeno da América do Sul. A presena de 8 gneros permitiu elaborar hipteses sobre a reconstruo da cadeia trfica envolvendo outros elementos da paleofauna de vertebrados, assim como tambm serviu como um indicador paleoecolgico adicional que corrobora dados anteriores sobre a reconstituio dos parmetros paleoambientais da unidade geolgica. Foi realizado uma reviso taxonmica das espcies previamente conhecidos para a Formao Pirabas, cuja composio da paleocomun idade de tubares foi a seguinte: Carcharhinus spl Carcharhinus sp2, Carcharhinus sp3, Carcharhinus priscus, Sphyma magna, Hemipristis serra, Carcharodon megalodon, Isurus sp, Ginglyrnostoma serra, Ginglymostoma obliquum. Novas coletas possibilitaram a expanso de 31 exemplares depositados em museus brasileiros para 231 novos indivduos, incluindo material microscpico. Esta coleta serviu para aumentar o conhecimento sobre a diversidade e aspectos paleoecolgicos dos grupos representados.

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Liophis typhlus (Linnaeus, 1758) uma espcie de distribuio restrita América do Sul, sendo reconhecida trs subespcies: Liophis typhlus typhlus encontrada nas florestas tropicais ao longo da bacia Amaznica, nos seguintes pases: Equador, Bolívia, Colmbia, Peru a Leste dos Andes, Norte e Leste da Venezuela, Guianas e Brasil; Liophis typhlus brachyurus presente na Mata Atlntica do Sudeste e nos cerrados do Centro-oeste brasileiros e no Paraguai; e Liophis typhlus elaeoides presente na bacia do Rio Paraguai, incluindo os Chacos do Sudeste da Bolívia, Norte do Paraguai e Centro-Oeste do Brasil. Com o objetivo de revisar taxonomicamente Liophis typhlus foram analisados 16 caracteres morfomtricos e 19 mersticos de 240 espcimes. A osteologia craniana e a morfologia hemipeniana foram analisadas de forma comparativa entre os txons. Foram identificadas diferenas sexuais significativas, utilizando o teste t. Foram realizadas Anlises de Funo Discriminante entre os espcimes dos txons estudados, com o intuito de analisar se, de maneira multivariada, as amostras so diferentes entre si e quais as variveis que estariam contribuindo para esta separao, a Anlise de Varincia (MANOVA) foi utilizada entre os txons, para verificar diferenas significativas entre eles. Foi evidenciada diferena significativa entre machos e fmeas dos exemplares de L. t. elaeoides, com relao VE, em L. t. typhlus foram evidenciadas diferenas significativas com relao a seis caracteres (CT, CCA, LCA, LFR, CMA e VE). Os resultados das anlises da Funo Discriminante indicaram uma clara distino, num espao multivariado, entre os trs txons estudados. O padro de colorao, a morfologia hemipeniana e craniana foram importantes na diagnose das espcies. A distribuio de L. typhlus, parece estar restrita ao domnio Amaznico, tendo seu limite setentrional no norte do Mato- Grosso prximo rea de transio Amaznia-Cerrado. L. rachyurus est mais associado ao domnio Cerrado, porm ocorre em reas de Mata Atlntica, Caatinga e Pantnal. L. elaeoides possui uma rea de distribuio mais restrita associada ao Chaco e Pantanal, contudo sua distribuio foi ampliada, com anlise de dois exemplares procedentes do Rio Grande do Sul. No foi possvel verificar as relaes filogenticas entre as espcies L. brachyurus, L. elaeoides e L. typhlus com as demais espcies do gnero.