18 resultados para cuidados de enfermagem


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Esta pesquisa teve como objetivos identificar as representações sociais de mulheres mastectomizadas sobre a mama e analisar as implicações dessas representações sociais no autocuidado. Tratou-se de um estudo qualitativo segundo o referencial Teoria das Representações Sociais. Para coleta de dados empregou-se duas técnicas: a associação livre de idéias e a observação livre. Para a análise das informações empregou-se a técnica de análise temática. A pesquisa teve como resultado duas unidades temáticas: a mama e suas representações sociais de mudança no corpo e representações sociais de mulheres mastectomizadas: implicações sobre o cuidado de si. No estudo, observou-se que as mulheres objetivaram o cuidado das mamas por meio da realização do autoexame.

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Esta pesquisa tem como objetivos descrever as representações sociais de mulheres amazônidas sobre o exame Papanicolau e analisar as implicações desta para o cuidado de si mesmas. Trata-se de um estudo qualitativo-exploratório com o uso da Teoria das representações sociais. A coleta de dados foi realizada no período de janeiro a dezembro de 2007, com o emprego de duas técnicas: a entrevista semi-estruturada com perguntas abertas e a observação livre. Para a interpretação desses dados foi utilizada a técnica de análise de conteúdo temático. A pesquisa teve como resultado três unidades temáticas, assim denominadas: O exame Papanicolau - um cuidado com a saúde da mulher; Tabus e crenças sobre o exame Papanicolau; e Uma prática de cuidado de si mesma: o exame Papanicolau. No estudo observamos que as mulheres temem muito ter câncer cérvico-uterino e, por esse motivo, representam o exame Papanicolau como uma prática de cuidado de si mesma.

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Esta pesquisa tem como propósito geral compreender as práticas sociais coletivas à saúde no "Assentamento Mártires de Abril" (AMA). É um estudo do tipo qualitativo, com a compreensão dos dados à luz da hermenêutica-dialética, que teve como cenário a ilha de Mosqueiro, área metropolitana de Belém, Pará; os sujeitos sociais foram em número de cinco, que aderiram espontaneamente à pesquisa. As práticas sociais coletivas à saúde no AMA são construídas e dependentes de aspectos históricos de vida, da luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da concepção de saúde-doença e da sua relação com a terra. Concluiu-se que suas ações expressam uma forma de cuidar essencialmente orientada pelas vias naturais, propondo à enfermagem um novo modelo de atenção à saúde. Com base nos estudos efetuados, sugere-se como prática pedagógica do Curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA) um estágio de vivência com e nos movimentos sociais.

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INTRODUÇÃO: O Programa HIPERDIA foi implantado em 2001 na atenção básica devido à gravidade epidemiológica da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e o Diabetes Mellitus (DM), afecções que podem acarretar sérias complicações incutindo limitações e sofrimento na vida de seus portadores e suas famílias. Nesse contexto, ressalte-se a importância da prevenção primária dessas afecções e de suas complicações. Passado mais de uma década de sua implementação, cabe refletir acerca do impacto nas condições de saúde que o Programa tem gerado entre seus usuários. OBJETIVOS: Elucidar os princípios, a filosofia e a política norteadora do Programa HIPERDIA do Ministério da Saúde (MS); descrever como funciona o atendimento do usuário pela equipe de saúde de um Programa HIPERDIA; explorar os comportamentos de vida e saúde demonstrados pelos usuários do HIPERDIA após sua inserção no Programa. DESCRIÇÃO METODOLÓGICA: Trata-se de um Estudo de Caso segundo Yin (2010) cujo objeto de estudo foi um Programa HIPERDIA executado numa Unidade Básica de Saúde da periferia de Belém-PA. Os dados foram obtidos por meio de entrevista com usuários, equipe e gestores do Programa, além da observação direta do campo, consulta de prontuários e da documentação oficial do MS. A análise dos dados obtidos foi feita por meio da estratégia analítica “Contando com Proposições Teóricas” e da técnica analítica “Combinação de Padrão”. RESULTADOS: A precarização da gestão do Programa HIPERDIA ilustrada por deficiências na infraestrutura, insumos, medicamentos e fragilidades na rede de referência e contrarreferência, a demanda espontânea excessiva que sobrecarrega a equipe de saúde alocada em número insuficiente e o contexto de pobreza e violência urbana em que os usuários vivem contribuem para a baixa adesão ao regime terapêutico e limitam a equipe em sua atuação interdisciplinar e integral. Ademais, o modelo de atenção vigente é pautado no tradicional, baseado em consultas e prescrições e que não tem se demonstrado suficiente para atender integralmente às necessidades de atenção ao portador de condição crônica, que requer cuidados prolongados com adoção de estilos de vida mais condizentes e saudáveis. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Grandes desafios se desenham diante dos dados emergidos deste estudo e envolvem ações macrogovernamentais e intersetoriais que promovam melhorias nas condições de vida da população o que requer vontade política para investimento dos recursos necessários. Não obstante a isso, a enfermagem pode dar sua contribuição promovendo cuidado cultural e ações de autocuidado, personalizando o plano de ação e trazendo a corresponsabilidade do usuário e sua família na melhoria de sua condição de saúde.

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Este estudo objetivou descrever a percepção dos usuários sobre a diabetes. A pesquisa foi descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa; o cenário foi um hospital na cidade de Belém-PA, com participação de 32 sujeitos. Empregando-se a técnica de análise de conteúdo temática, emergiram quatro categorias: Controle do diabetes: a enfermagem na automonitorização da glicemia; O diabético e a enfermagem: uma interação para o autocuidado; Consulta de enfermagem ao diabético: a intervenção no processo saúde-doença; Diabetes e suas complicações: o medo repercutido na perda de funções. Observou-se que o paciente começa a se cuidar impulsionado pelo medo de perder sua saúde, obrigando-o ao autocuidado. O enfermeiro está diretamente ligado com o controle da diabetes, a partir do momento que realiza os cuidados e orientações da automonitorização da doença.

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Objetivou-se identificar o padrão de funcionamento familiar nas relações de cuidado cotidiano de adultos na quarta idade. Trata-se de estudo de natureza diagnóstico-avaliativa de idosos de 80 e mais anos, dependentes de cuidados, e de seus familiares cuidadores, selecionados entre os cadastrados nas unidades de Saúde da Família de um distrito de periferia de Belém-PA, avaliando-os quanto à dinâmica de família, qualidade de vida e estilo de vida relacionado à saúde. Observou-se que a maioria dos idosos avaliou sua família como tendo boa funcionalidade. Porém, os demais dados relativos à qualidade de vida de idosos e cuidadores, como também, estilo de vida dos cuidadores recaíram no nível mediano, levando a inferir certa dificuldade no padrão de funcionamento familiar. Conclui-se que os múltiplos resultados obtidos sinalizam implicações práticas de atenção à unidade familiar e confirmam a necessidade de avaliação multidimensional em intervenção de família.

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Esta pesquisa tem por objetivo investigar que prescrições curriculares, concepções de enfermagem e de educador e que perfis profissionais foram adotados ao longo da história do currículo do curso de Licenciatura Plena em Enfermagem da UFPA desde a sua criação até a implantação do Projeto Pedagógico do Curso. O problema situa-se na compreensão das influências exercidas pela conjuntura econômica, política e social sobre as propostas curriculares, considerando o momento histórico em que cada uma delas fora produzida, os atores sociais que o fizeram e o porquê de o terem feito. Em se tratando de uma pesquisa qualitativa em Ciências Sociais, o percurso metodológico empregou um estudo exploratório descritivo do tipo estudo de caso histórico-organizacional, que se assentou em pesquisa documental assessorada pela técnica de entrevista. Os resultados mostraram que, conforme o momento histórico vivido pela Instituição, a formação do licenciado em enfermagem fora mais ou menos valorizada, no entanto, sempre esteve presente na história do currículo do curso de Licenciatura Plena em Enfermagem da UFPA. O desafio assumido, com exclusividade no contexto paraense, revela o compromisso da Instituição para com a qualidade da formação de professores de enfermagem no Estado, dado o interesse em perpetuar esta missão.

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Este estudo descreve o repertório comportamental de 14 crianças com diagnóstico de câncer, com idade entre 4 e 12 anos, durante um procedimento de punção venosa para quimioterapia, assim como o de seus acompanhantes e auxiliares de enfermagem. A coleta de dados foi realizada mediante observação direta com auxílio da Observation Scale of Behavior Distress. Foram utilizados três sistemas de categorias de comportamento (para as crianças, os acompanhantes e os auxiliares de enfermagem). Não foram observadas diferenças significativas entre comportamentos concorrentes e não concorrentes de crianças pré-escolares e escolares. Observou-se maior variabilidade comportamental entre acompanhantes de pré-escolares e maior frequência de comportamentos verbais dirigidos a escolares em auxiliares de enfermagem. Discute-se a necessidade da preparação psicológica para procedimentos invasivos em oncologia pediátrica.

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O presente estudo trata da prática cultural da amamentação e dos cuidados com as crianças pelas amas de leite na Província do Grão-Pará no século XIX. As amas de leite tiveram um papel importante no âmbito simbólico, social e cultural da vida privada da sociedade patriarcal-escravocrata no Brasil no século XIX. Na Província do Grão-Pará era recorrente a contratação de amas de leite para amamentar e cuidar das crianças. A questão central que norteou o estudo foi: Qual a presença das amas de leite na história da infância paraense, sobretudo as significações culturais, sociais e afetivas na vida da criança na Província do Grão-Pará no século XIX? Os objetivos da pesquisa foram: a) identificar a origem das amas de leite e sua importância para a história da infância; b) descrever a história da amamentação e os discursos dos médicos higienistas sobre os cuidados com a criança, a mãe e as amas de leite; c) destacar o significado das amas de leite na amamentação, nos cuidados e na educação das crianças no século XIX na Província do Grão-Pará; d) identificar a solicitação dos serviços das amas de leite para atender as crianças na Província do Grão-Pará. Metodologicamente utilizamos a pesquisa histórica e documental, composta por um corpus de 92 anúncios publicados no período de 1845 a 1888, nos jornais paraenses Treze de Maio, A Constituição, Diário de Belém, O Liberal do Pará, A Regeneração, Gazeta Official, Diário do Commercio e O Paraense. O corpus foi obtido na Biblioteca Artur Vianna (CENTUR) e na Hemeroteca da Biblioteca Nacional Digital, tendo sido organizado em 12 categorias de análise, com base na análise de conteúdo de Laurence Bardin. Os resultados demonstram a existência de um comércio indiscriminado de compra e venda de amas de leite na Província do Grão-Pará, inclusive valorizando as mais jovens, com bons costumes, boa higiene, sadias e que não tivessem cria. O perfil social das amas de leite da Província do Grão-Pará no período estudado era semelhante aos presentes nas demais Províncias do Brasil, sendo ela geralmente escrava e se fosse livre, era pobre e predominantemente negra. No final do século XIX, os médicos higienistas argumentavam que as amas de leite transmitiam doenças e eram “mercenárias”, recomendando a amamentação materna ou o uso de leite industrializado. No entanto, verificou-se que a influência da ama de leite para a criança foi além da relação afetiva, repercutindo em sua educação, linguagem, alimentação, enfim em diversos aspectos de sua cultura.

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A punção venosa para a administração de quimioterapia é um dos procedimentos invasivos mais comuns no tratamento do câncer em crianças. É frequente que nessa situação o paciente apresente reações comportamentais e fisiológicas condicionadas de dor e/ou ansiedade, como choro, gritos e rigidez muscular, as quais são denominadas de distresse comportamental. A literatura aponta que os comportamentos apresentados pelos adultos (acompanhante e auxiliar de enfermagem) durante o procedimento invasivo podem desencadear na criança comportamentos indicativos de distresse comportamental ou, então, comportamentos de colaboração; no entanto, não especifica de forma clara que comportamentos são esses. Considerando a carência de estudos que abordem essa temática, a presente pesquisa propôs-se a caracterizar o repertório comportamental exibido por pacientes pediátricos com câncer, por seus acompanhantes e pelos auxiliares de enfermagem durante um procedimento invasivo de punção venosa para administração de quimioterapia em ambulatório. A amostra incluiu catorze pacientes pediátricos com diagnóstico de câncer, com idade entre 4 e 12 anos, que estavam em quimioterapia em ambulatório no Hospital Ofir Loyola (PA) há menos de um ano, bem como seus respectivos acompanhantes e auxiliares de enfermagem. A coleta de dados foi realizada através da observação direta do comportamento dos participantes, da aplicação do Inventário de Ansiedade de Beck (IAB), de uma Escala Facial e de uma entrevista semi-estruturada. Os comportamentos típicos emitidos pelos acompanhantes, pelos pacientes e auxiliares de enfermagem foram definidos operacionalmente, categorizados e agrupados em classes. Os resultados mostraram que os pacientes pré-escolares e escolares não apresentaram um padrão de comportamentos diferenciado durante o procedimento invasivo, porém as interações que os acompanhantes desenvolveram com os mesmos nesse contexto variaram conforme a faixa etária da criança, com acompanhantes de crianças mais novas tendo um maior número de interações com o paciente do que acompanhantes de crianças mais velhas. Observou-se, também, que os comportamentos apresentados pelos acompanhantes e auxiliares de enfermagem durante o procedimento invasivo constituíram uma contingência ambiental que ajudou a manter comportamentos concorrentes no repertório comportamental do paciente, bem como contribuíam para a ocorrência de comportamentos não concorrentes no paciente. O nível de ansiedade apresentado pelo acompanhante no IAB não mostrou correspondência com o nível de distresse exibido pelo paciente durante a punção venosa, assim como o auto-relato de dor do paciente não correspondeu com o distresse observado nele nesse momento e com o relato do acompanhante sobre a dor sentida pelo paciente durante a punção venosa. Sendo assim, os resultados da atual pesquisa sugerem a importância de se realizar estudos que investiguem o efeito do treinamento de acompanhantes e auxiliares de enfermagem em técnicas cognitivas e comportamentais de manejo do distresse sobre o repertório apresentado pelo paciente da oncologia pediátrica durante a punção venosa para a administração de quimioterapia, tendo em vista a relevância clínica do planejamento de intervenções psicológicas sistemáticas que visem a instalar e fortalecer comportamentos de colaboração e de participação ativa no tratamento nessa população.

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A longevidade apesar de ser, sem dúvida, um triunfo, apresenta importantes diferenças entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento. Enquanto, nos primeiros, o envelhecimento ocorreu associado às melhorias nas condições gerais de vida, nos outros, esse processo acontece de forma rápida, sem tempo para uma reorganização social e da área de saúde adequada para atender às novas demandas emergentes. Este estudo tem por objetivos conhecer as condições de saúde da população idosa cadastrada na estratégia de saúde da família do município de Benevides-PA, assim como, descrever o perfil sócio-epidemiológico, condições de vida e saúde da população idosa e por fim verificar as relações entre as variáveis condições de vida e saúde e o perfil sócio-epidemiológico estabelecido. Realizou-se um estudo do tipo transversal prospectivo com abordagem quantitativa nas Unidades da Estratégia Saúde da Família, com 441 idosos utilizando como técnicas estatísticas a análise exploratória de dados e a análise de correspondência. Destaca-se que a maior parte dos idosos está entre 60 a 64 anos, são do sexo feminino, casado (a)s, católico (as) e com renda familiar de 1 a 3 salários mínimos. A maioria não ingere bebida alcoólica e não possui o hábito de fumar, assim como não pratica atividade física. Hipertensão arterial é a doença crônica não – transmissível mais prevalente. No estudo foi possível identificar o diagnóstico das condições de vida e saúde da população idosa demonstrando o seu envelhecimento com a presença de comorbidades, sendo possível a partir deste estudo favorecer a implementação de políticas públicas de saúde voltadas para a população idosa de Benevides a fim de proporcionar melhores condições de vida e saúde.

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Este estudo tem por objetivo compreender os significados atribuídos por profissionais que atuam em enfermaria pediátrica sobre o cuidar da criança com doença sem possibilidade de cura, hospitalizada e em processo de morte. A estratégia metodológica foi fundamentada na abordagem qualitativa, que corresponde a um método preocupado com as singularidades e particularidades de um objeto, sem a pretensão de generalizações ou de verdades absolutas quanto aos resultados encontrados. A pesquisa foi desenvolvida na Clínica Assistencial Pediátrica do Hospital Universitário João de Barros Barreto, vinculado à Universidade Federal do Pará, em Belém-Pa. Colaboraram com a pesquisa doze (12) profissionais, sendo 3 Médicos, 1 Psicólogo, 1 Terapeuta Ocupacional, 2 Enfermeiros, 1 Fisioterapeuta, 1 Assistente Social e 3 Técnicos em Enfermagem que lidam diariamente com o processo de morrer de crianças internadas nesta instituição. Como instrumento para coleta dos dados foi utilizado a entrevista semi-dirigida, sendo realizada a análise de conteúdo temática, por meio da qual foram identificados três temas centrais: A Negação e Interdição da Morte; Apegos e a Experiência do Luto e Formação para Paliar. Para os colaboradores paliar é uma árdua tarefa envolvendo todo cuidado direcionado à criança sem possibilidades terapêuticas curativas. Contudo, na impossibilidade de evitar a morte da criança os profissionais podem vivenciar intenso sofrimento, o que favorece as ações obstinadas para manutenção da vida, a negação e interdição da morte. Tal como pais apegados e cuidadosos para com seus filhos, na iminência de morte ou óbito da criança, os profissionais vivenciam sentimentos característicos do luto. Em relação à formação do profissional de saúde destaca-se a ausência de disciplinas abordando o tema da morte e do morrer durante os anos da graduação, chamando atenção para a necessidade da inclusão dessas nos currículos da graduação. Os achados sugerem o estranhamento frente à morte da criança e a vivência do luto não autorizado, corroborando em favor das ações de educação para vida e para morte.

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Dentre as complicações do Diabetes Mellitus (DM) encontra-se a amputação de membros inferiores, em decorrência do pé diabético. Medidas preventivas simples voltadas para os comportamentos de cuidados com os pés colaboram de forma significativa para a prevenção do pé diabético. Em virtude da gravidade e alta prevalência do pé diabético, vários estudos tem sido realizados com objetivo de identificar variáveis que contribuem para melhorar a adesão às medidas preventivas de cuidados com os pés em pacientes com diabetes. Entretanto, ainda não está claro quais os fatores que contribuem para estabelecer e manter comportamentos de cuidados com os pés. A proposta desta pesquisa foi identificar variáveis que contribuem para estabelecer e manter comportamentos de cuidado com os pés e que, desta forma, colaboram para evitar o surgimento do pé diabético em pessoas com diabetes. Ela se constituiu em três estudos: o primeiro, descritivo transversal, caracterizou-se como linha de base para os outros dois, que foram experimentais. A pesquisa se desenvolveu em uma unidade básica de saúde na cidade de Belém – Pará. O primeiro estudo investigou: as regras (orientações) relacionadas aos cuidados com os pés apresentadas pelos profissionais de saúde do programa Hiperdia, aos pacientes com diabetes; o repertório comportamental de 54 participantes com diabetes acerca dos cuidados com os pés; e o estado de saúde dos pés dos pacientes com diabetes. O segundo investigou o efeito de regras no estabelecimento e manutenção de comportamentos de cuidados com os pés em pessoas com diabetes, quando foi manipulada à apresentação, ou não, de perguntas acerca dos cuidados com os pés; e, a realização, ou não, de o exame dos pés. O terceiro investigou em 16 pacientes os efeitos de regras no estabelecimento e manutenção de comportamentos de cuidado com os pés em pessoas com diabetes, quando: (a) o relato de seguimento de regras de cuidado com os pés produziu reforço social; (b) eram apresentadas regras que especificavam justificativas para o seguimento de regras de cuidados com os pés; (c) eram apresentadas regras que especificavam justificativas para o seguimento de regras de cuidado com os pés e o relato de seguimento de regras de cuidado com os pés produziu reforço social; e, (d) o relato de seguimento de regras de cuidados com os pés não produziu o reforço social e as regras apresentadas não continham as justificativas para os cuidados com os pés. Os resultados do Estudo 1 apontaram que a apresentação de instruções sobre cuidados com os pés pelos profissionais de saúde é insuficiente, o repertório comportamental de cuidados com os pés é precário e há presença de riscos para desenvolver pé diabético entre os pacientes. De modo geral, as manipulações realizadas tanto no Estudo 2 quanto no Estudo 3, favoreceram acréscimos de comportamentos novos de cuidados com os pés no repertório comportamental dos pacientes. Estes dados sugerem que o seguimento de regras de cuidados com os pés depende: (a) do contato com as consequências aversivas em decorrência do não seguimento de regras; (b) da apresentação de perguntas que favorecem a autodescrição do comportamento, (c) da apresentação de reforçadores sociais, (d) da apresentação das justificativas para a emissão do comportamento, (e) da apresentação combinada de justificativas para a emissão do comportamento e de consequências para o comportamento emitido; (f) da exposição a um maior número de condições favoráveis para o seguimento de regras; (g) do histórico pré-experimental de seguimento de regras; e (h) da monitoração do comportamento de seguir regras por profissionais de saúde.

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Este estudo utilizou como referencia teórico o Modelo de Investimento Parental proposto por Heidi Keller, que indica seis sistemas parentais – cuidados primários, contato corporal, estimulação corporal, estimulação por objeto, troca face-a-face e envelope narrativo – e três mecanismos de interação – atenção, contingência e calor emocional, os quais são independentes entre si e a predominância de um ou outro dependerá da cultura e de características socioeconômicas. Os objetivos desse trabalho foram caracterizar o investimento parental de díades mãe-bebê pertencentes às classes socioeconômicas baixa (CEB) e média (CEM) da cidade de Belém e o estilo conversacional utilizado nas emissões verbais das mães quando em interação verbal com seus bebês. Participaram 20 mães, sendo nove da CEB e 11 da CEM. A média da idade das mães da CEB foi 24,5, a maioria tinha o nível de escolaridade fundamental (77,8%) e médio (22,2%), completos ou não, apresentaram renda mensal inferior que as mães do outro grupo e residiam em áreas periféricas. Quanto a CEM, a média da idade das mães foi 30,7, e a maioria tinha nível educacional superior (63,3%) e residiam no centro da cidade. Foram observadas e gravadas as interações mãe-bebê em sessões de banho e troca, na casa da díade, para posterior análise e transcrição do comportamento verbal com o aplicativo Transana 2.41. Os resultados indicaram que as mães da CEB priorizaram as práticas parentais que valorizam a interdependência durante suas interações, embora também tenham apresentado práticas distais, porém com menor frequência. As mães da CEM, apresentaram práticas parentais que valorizam tanto a autonomia quanto a relacionalidade. Quanto aos mecanismos de interação, observou-se que as mães de ambos os grupos foram mais contingentes aos sinais positivos do que aos negativos do bebê, característica própria de sociedades que priorizam a independência e autonomia do sujeito; e evidenciaram mais calor emocional ao responder aos sinais positivos em comparação com os negativos. Em relação ao estilo conversacional, as mães de CEB utilizaram com maior frequência o estilo diretivo, e as mães de CEM, utilizaram os dois estilos com freqências muito próximas. Os resultados deste estudo sugerem um perfil interdependente para o grupo CEB e um perfil autônomo-relacionado para a amostra de mães urbanas de classe média.

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INTRODUÇÃO: A infecção pelo Papiloma Vírus Humano (HPV) é uma das ISTs mais comuns no mundo e possui alto potencial carcinogênico para a cérvice uterina. OBJETIVOS: Identificar possíveis défices de competência para o autocuidado relativo ao comportamento de saúde sexual de mulheres atendidas nas Unidades Saúde da Família Paraíso do Murinin com resultados alterados para HPV e desenvolver estratégias de educação para a saúde que contribuam para comportamentos sexuais saudáveis na prevenção e controle do HPV e suas consequências. METODOLOGIA: Pesquisa desenvolvida no município de Benevides, Estado do Pará. Estudo configurado como pesquisa convergente-assistencial (PCA), que teve como referencial teórico o Autocuidado de Orem. A estratégia educacional foi aplicada em 11 mulheres na faixa etária entre 25 e 64 anos, que realizaram o exame de PCCU entre os anos 2011 e 2012 e que tiveram resultado com alterações relacionadas à contaminação pelo HPV. No desenvolvimento da estratégia educacional foi utilizada a técnica do grupo focal, o qual perdurou por dois meses (19/03/13-14/05/2013), com sete encontros grupais. A análise das informações colhidas durante as atividades grupais foi baseada na PCA e no referencial de autocuidado de Orem, com foco nos objetivos definidos, buscando avaliar como a mudança na percepção dos comportamentos de saúde na prevenção e controle do HPV se processava ante a estratégia educacional desenvolvida, norteada pelos preceitos do sistema de enfermagem de apoio-educação de OREM. RESULTADOS: Durante a pesquisa foi identificado défice de competência para o autocuidado na prevenção, tratamento/controle do HPV e nos cuidados apropriados; défice de conhecimentos acerca do HPV, suas consequências e seu enfrentamento; défice de competência para o autocuidado em práticas de vida sexual satisfatoriamente partilhadas; défice de competência quanto ao cuidado relacionado à redução de riscos socioeconômicos; défice de autocuidado em desvio de saúde relacionado ao tratamento e controle do HPV. Posteriormente foram desenvolvidas ações educativas contribuintes para comportamentos sexuais seguros em face do HPV e a outras ISTs. Ao longo do processo educativo as mulheres passaram a demonstrar competência cognitiva quanto à infecção por HPV e competência para o autocuidado em práticas de vida sexual satisfatoriamente partilhadas. CONCLUSÃO E IMPLICAÇÕES: concluímos que as estratégias educacionais utilizadas contribuem na aprendizagem das mulheres infectadas pelo HPV, na medida em que demonstraram sinais deaquisição de competências e habilidades para autocuidado e higiene com vista a práticas sexuais mais saudáveis, de modo compartilhado com seus parceiros. As implicações para a prática assistencial estão relacionadas à necessidade da enfermagem no desenvolvimento de mecanismos para melhor acolher o par sexual como usuários, de acordo com a política de prevenção de ISTs e de promoção de saúde da mulher. Para o ensino, salienta-se a importância de capacitação em serviço para atender a unidade mulher/homem como par conjugal/sexual, como também na formação de profissionais com uma visão abrangente de unidade implicada: o casal, a família. Para a pesquisa, é imprescindível a investigação de comportamentos humanos que mantêm elevada a incidência de papilomavirus humano, no intuito de encontrar estratégias que debelem a incidência e intensifique o controle, o tratamento e a prevenção de agravos pelo HPV.