16 resultados para População Aspectos genéticos Teses


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A deficincia auditiva afeta cerca de 1 em cada 1000 recm-nascidos. Mutaes no gene da conexina 26 (GJB2) so as causas mais frequentes de surdez no sindrmica em diferentes populaes e sabido que a mutao delGJB6-D13S1830 em DFNB30 causadora de surdez neurossensorial. Muitos estudos descrevem o envolvimento de mutaes no gene GJB2 com a deficincia auditiva em diferentes populaes. Entretanto, existe pouca informao sobre a surdez gentica no Brasil, especialmente na regio Amaznica. OBJETIVO: Determinar a prevalncia de mutaes no gene GJB2 e da mutao delGJB6-D13S1830 em 77 casos espordicos de surdez no sindrmicas. MTODO: A regio codificante do gene GJB2 foi sequenciada e a PCR foi realizada para detectar a mutao delGJB6-D13S1830. RESULTADOS: O alelo 35delG foi encontrado em 9% dos pacientes (7/77). As mutaes M34T e V95M foram detectadas em dois distintos pacientes heterozigotos. A mutao no patognica V27I foi detectada em 28,6% (22/77). No foi detectada a mutao delGJB6-D13S1830 em nenhum paciente estudado. CONCLUSO: Alelos mutantes no gene GJB2 foram observados em 40% (31/77) da amostra. Variantes patognicas foram detectadas em apenas 12% (9/77). Mais estudos so necessrios para elucidar causas genticas de deficincia auditiva em populaes miscigenadas.

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A infeco pelo Vrus da imunodeficincia humana 1 (HIV -1) em associao com a do Vrus da hepatite C (HCV) representa, atualmente, uma comorbidade que pode interferir principalmente na histria natural da hepatite C. Este trabalho tem como objetivo descrever aspectos demogrfico, clnico e laboratorial, incluindo exame histopatolgico de pacientes coinfectados HIV/RCV. No perodo de agosto de 2004 a dezembro de 2006, 36 pacientes coinfectados, foram selecionados para o estudo. Noventa e dois por cento desses pacientes eram procedentes de Belm, com mdia de idade de 42 anos. Entre as principais informaes demogrficas da população estudada, foram identificados 72,52% solteiros, 83,5% do sexo masculino e 61,1% relataram ser heterossexuais. Entre os fatores de risco para o HCV o uso de drogas ilcitas injetveis foi identificado em 41,7% dos casos, o uso de cocana intranasal foi relatado por 38,9% dos pacientes, e o compartilhamento de seringas e material pessoal, em 38,9% dos casos. A histria de etilismo em 77,8% e o uso de TARV foram os possveis fatores agravantes mais frequentes para a doena heptica. Apenas um paciente apresentou sinais clnicos de insuficincia heptica crnica. Entre os testes bioqumicos hepticos, a mediana de ALT e AST foi de 68UI/L e 61UI/L, respectivamente. Os nveis de linfcitos T CD4+ apresentaram mediana de 327 clulas/mm, a carga viral do HIV com mediana de 2,53 logl0 cpias/mL (ep=0,34), carga viral do HCV com mediana de 5,9 log10UI/mL. O gentipo 1 do HCV foi o mais frequente (58,82%). Cinqenta e sete por cento dos pacientes submetidos bipsia heptica apresentavam fibrose de moderada a severa, e 11% no apresentaram fibrose pela classificao MET AVIR. Houve associao entre nveis de linfcitos T CD4+ e nveis de ALT e de AST (p=0,0009 e p=0,0002, respectivamente), assim como associao entre gentipo 1 do HCV e HCV-RNA maior ou igual a 6 log10 UI/mL (p=0.0039). Foi observada tambm associao entre HCV-RNA e HIV-RNA (p=0,039). Os pacientes apresentam estado geral bom, imunologicamente estveis, sem sinais de descompensao heptica, mas com alteraes estruturais hepticas importantes, sendo portanto bons candidatos terapia antiviral para o HCV. Futuros estudos, talvez de caso controle, com casustica maior so necessrios para melhor entendimento da co-infeco HIV/HCV.

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A infeco genital pelo Papilomavrus humano (HPV) a principal causa para o desenvolvimento de leses precursoras e processos neoplsicos na crvice uterina. O cncer cervical representa a segunda maior causa de bito por cncer em mulheres brasileiras, constituindo-se em uma das principais causas de morbimortalidade feminina na regio Norte do Brasil. Este estudo teve o intuito de investigar os aspectos epidemiolgicos da infeco genital pelo Papilomavrus humano (HPV) em mulheres de população urbana e rural oriundas de duas regies distintas da Amaznia Oriental Brasileira. Para tanto foi conduzido um estudo Transversal analtico com 444 mulheres de 13 a 74 anos que se submeteram ao exame preventivo do cncer do colo uterino, sendo 233 urbanas oriundas de uma unidade bsica de sade da cidade de Belm do Par e 211 rurais provenientes das margens direita e esquerda do lago da U.H.T de Tucuru - PA, no perodo de janeiro de 2008 a maro de 2010. Amostras da crvice uterina foram coletadas para a realizao da colpocitologia convencional e para a deteco do DNA do HPV atravs da reao em cadeia da polimerase (PCR) mediada pelos oligonucleotdeos iniciadores universais MY9/11. Todas as mulheres responderam a um formulrio clnico e epidemiolgico. Para anlise das associaes epidemiolgicas entre os fatores de risco e a infeco pelo HPV dividiu-se a amostra em trs faixas etrias, sendo obtidas a Razo de Chances de Prevalncia (ORp) com IC95%, com sua significncia verificada por meio do teste do qui-quadrado ou exato de Fsher, alm do emprego final do modelo de regresso logstica multivariado. Entre as 444 mulheres analisadas, a prevalncia geral de infeco genital pelo HPV foi de 14,6%, variando entre 15,0% para a amostra urbana e 14,2% para a rural. A faixa etria mais acometida foi a de 13 a 25 anos (17,9%), tanto na amostra urbana (19,0%) quanto rural (17,2%). O DNA do HPV foi detectado em 13,6% das mulheres com citologia normal e em 41,6% daquelas com citologia alterada, sendo este resultado mais significativo para a poro urbana do estudo com idades compreendidas entre 26 a 44 anos. Anormalidades colpocitolgicas, incio precoce da atividade sexual, situao conjugal, nmero de parceiros sexuais novos e antigos, o uso pregresso de anticoncepcionais orais e preservativos, histria de DST e de sintomas genitais, alm de tabagismo atual, foram fatores que se mostraram associados infeco genital pelo HPV de maneira diferenciada nas trs faixas etrias analisadas entre amostras urbana e rural da Amaznia Oriental Brasileira.

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As guas da Baa de Maraj tornam-se doce nos meses de maior precipitao pluviomtrica e saloba no outro perodo, o que torna possvel o encontro de arraias da famlia Potamotrygonidae e exemplares de guas martimas, as que so providas de ferres pontiagudos e retrosserrilhados que, ao penetrarem nas vtimas, danificam o tegumento que as clulas glandulares de veneno, expondo os tecidos a toxina, levando ao aparecimento de manifestaes clnicas. Empregou-se um modelo observacional e descritivo da prevalncia, para avaliar os aspectos clnicos e epidemiolgicos de 116 acidentes por arraias, ocorridos nos Distritos de Mosqueiro e Outeiro, Belm-Par, no perodo de julho de 1999 a agosto de 2001. Estes ocorreram, principalmente, em Mosqueiro (80,2%) com maior freqncia no sexo masculino (63,8%), no grupo etrio dos adolescentes e adultos (38,8% e 50,0%), respectivamente, no ms de julho (37,9%). Em todas as mars houve vtimas, porm, com menor freqncia na preamar (4,3%). A maioria dos acidentes ocorreu no fundo do rio com areia (49,1%) e no perodo vespertino (62,1%). As arraias mais capturadas nas praias de Mosqueiro foram da famlia Potamotrygonidae. As vtimas socorridas na primeira hora em 79,3% dos casos, sendo o membro inferior a regio mais atingida em 84,5%, particularmente o p (75,0%). Todos os pacientes apresentaram manifestaes clnicas locais, com dor em 99,1% e cianose em 42,2% dos casos. Os sintomas sistmicos estiveram presentes em 14,6%, sendo a tontura (6,0%) e a sudorese (5,2%) os mais encontrados. A presso arterial acima do normal presente em 6,0%, e a taquicardia em 9,5%. O debridamento foi o manejo cirrgico mais utilizado (94,5%). Retornaram para reavaliao somente 18,1% dos pacientes, dos quais, 33,4% evoluram com necrose e 28,6% com infeco local. No houve significncia estatstica na correlao entre evoluo clnica, os tratamentos institudos e o tempo entre o acidente e o incio do atendimento mdico. Conclui-se que acidentes por arraias so um importante agravo de sade para a população que apesar das complicaes locais, as vtimas no apresentam quadro grave. O perodo das guas salobras parece que influencia no aumento dos casos.

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A leishmaniose visceral americana (LVA) doena infecciosa, no contagiosa de evoluo crnica, com altos ndices de morbi-mortalidade, sendo o Brasil detentor de 90% dos casos notificados no continente Americano. No entanto, ainda no esto esclarecidos de forma objetiva os sinais e sintomas da forma subclnica da doena, ocasionando retardo ou confuso no diagnstico da infeco. Neste sentido, o presente trabalho props-se a acompanhar clnica e sorologicamente a população previamente definida, a fim de caracterizar a forma oligossistomtica da LVA e estudar a prevalncia e incidncia da infeco. Foram acompanhados 307 indivduos infectados ou no pela Leishmania chagasi, crianas e adultos, pertencentes a 61 famlias, moradores da localidade Cabresto, Barcarena-Par, triados atravs de exame clnico e laboratorial, com base na sorologia para LVA por tcnica de imunofluorescncia indireta, no perodo de janeiro/2000 a janeiro/2001. Para o clculo da incidncia da infeco e determinantes clnicos foram excludos da amostra 06 pacientes que j haviam desenvolvido a forma clssica da doena em perodo anterior. A anlise estatstica foi realizada com auxlio do programa EPIINFO 6.04 e BioEstat 2.0 e os testes aplicados foram o Qui-quadrado, Teste Exato de Fisher e Teste G. No momento do primeiro exame (triagem sorolgica), 34 (11%) pacientes tiveram sorologia positiva para a infeco, entretanto 06 desses pacientes j haviam desenvolvido as manifestaes clssicas da LVA, transcorridos os 12 meses da pesquisa surgiram mais 09 indivduos com sorologia positiva de ttulos maiores ou iguais a 1/320, perfazendo um total de 43 (14%) pacientes infectados pelo parasito. Entre os pacientes infectados: as faixas etrias de maior predominncia foi o sexo masculino com 28 (65,1 %); os sinais e sintomas manifestos ou percebidos pelos indivduos oligossintomticos (5,5%), foram: palidez cutneo-mucosa, adenite, sopro cardaco, perda de peso, hepatomegalia, distenso abdominal e tosse. A taxa de incidncia da infeco foi de 2,9%. Nenhum dos pacientes infectados apresentou exacerbao dos sintomas ou manifestou semelhana com a forma aguda da doena, durante os doze meses de estudo, mesmo quando apresentavam ttulos mais elevados da sorologia, compatveis com queles de pacientes da forma clssica da LVA.

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Verificou-se nos garimpos do So Chico e do Creporizinho a prevalncia de sintomas clnicos e de achados neurolgicos, alm da ocorrncia de Doena Infecciosas e Parasitrias (DIP'S), associada concentrao do mercrio total na urina dos garimpeiros na Amaznia. No garimpo de So Chico foram investigados 104 garimpeiros, enquanto no garimpo do Creporizinho 169, atravs do estudo de coorte transversal foi utilizada a condio scio-econmica, epidemiolgica e laboratorial como metodologia diagnstica e utilizado os testes estatsticos adequados para verificao da significncia. Os resultados demonstraram que a mdia do metal na urina dos garimpeiros do So Chico superior a do Creporizinho 9.29 g Hg/g creatinina e 5.64 g Hg/g creatinina, respectivamente, cuja distribuio do Hg na urina da população do So Chico e do Creporizinho, abaixo do ndice Biolgico Mximo Permitido (IBMP) 93% - 96% e acima 7%-4%, respectivamente. H o predomnio do sexo masculino em ambos os garimpos e a ocorrncia de DIP'S nos dois garimpos, cuja seqncia foi idntica, onde as parasitoses intestinais e a malria so mais prevalentes, porm ficando abaixo do IBMP. A avaliao clnica do So Chico apresenta prevalncia de sintomas osteomuscular, dermatolgico e digestivo 32%, 30% e 23% respectivamente, enquanto no Creporizinho ocorreu mudana na seqncia osteomuscular, digestivo e dermatolgico 51 %, 44% e 39%, respectivamente. Dentre os sintomas neurolgicos mais prevalentes os tremores, parestesias e cefalia apresentaram no grupo do So Chico e Creporizinho a seguinte seqncia, respectivamente, 38% - 58%, 32% - 53% e 28% - 48%. As condies de sade so mais precrias no garimpo do So Chico, porm os garimpeiros encontram-se bastantes expostos ocupacionalmente nas duas populaes estudadas, contudo no h parmetros seguros para afirmar a presena do Mercurialismo Crnico na população estudada.

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A exposio ao mercrio tem sido estudada em reas sob influncia de garimpos de ouro, entretanto, em alguns aspectos epidemiolgicos os estudos ainda so insuficientes. O objetivo principal deste estudo foi avaliar a intensidade e a prevalncia da exposio ao mercrio em comunidades ribeirinhas do Tapajs ao longo do perodo de 1994 a 2008. O estudo foi conduzido em duas comunidades situadas prximo a nascente do rio Tapajs atravs da anlise de Hg total em amostras de cabelos, medidos pela espectrofotometria de absoro atmica, no Laboratrio de Toxicologia Humana e Ambiental da Universidade Federal do Par (UFPA). Os resultados indicaram que as comunidades possuem uma grande freqncia de mulheres em idade reprodutiva, a maioria dos habitantes tem um longo tempo de residncia local e a dieta caracterizada pela elevada frequncia de refeies do pescado da regio. O tempo de exposio ao mercrio vem se estendendo h pelo menos 14 anos, com nveis que oferecem riscos sade, principalmente, para o grupo materno-infantil, e no h diferena de exposio entre as duas comunidades. A prevalncia de exposio ao mercrio (habitantes com nveis de Hg total (Hg total) > 10 g/g) foi alta nas duas comunidades. No houve correlao entre a produo de ouro e os nveis de Hg total em amostras de cabelo. Conclui-se que os nveis de exposio apresentados no perodo do estudo caracterizam uma exposio em longo prazo os quais so capazes de oferecem riscos sade, principalmente materno fetal; que a frequncia na ingesto de peixes contaminados pode contribuir para o aparecimento de danos causados pelo mercrio. Monitoramento toxicolgico e clnico dos indivduos expostos, bem como, aplicao de medidas educativas devero ser fortalecidas com vista a preveno da doena causada pelo mercrio.

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A infeco genital pelo Papilomavrus humano (HPV) considerada uma das doenas sexualmente transmissveis (DSTs) mais comum, representando um importante problema na Sade Pblica, alm de estar diretamente relacionado promoo do cncer de colo uterino. Este estudo teve o intuito de investigar os aspectos epidemiolgicos da infeco genital pelo HPV em dois grupos distintos: mulheres de população geral e mulheres encarceradas. Para tanto foi conduzido um estudo transversal analtico com 423 mulheres a partir dos 18 anos que se submeteram ao exame preventivo do cncer do colo uterino, sendo 233 mulheres da população geral oriundas de uma unidade bsica de sade da cidade de Belm do Par e 190 provenientes do Centro de Reeducao Feminino em Ananindeua no mesmo Estado, no perodo de janeiro de 2008 a maro de 2010. Amostras da crvice uterina foram coletadas para a realizao da colpocitologia convencional e para a deteco do DNA do HPV atravs da reao em cadeia da polimerase (PCR) mediada pelos oligonucleotdeos iniciadores universais MY9/11. Todas as mulheres responderam a um formulrio clnico e epidemiolgico. Entre as 423 mulheres analisadas, a prevalncia geral de infeco genital pelo HPV foi de 13,0% com variao entre 15,0% para a amostra geral e 10,5% para a carcerria. A faixa etria mais acometida foi a de 13 a 25 anos (19%) na amostra geral; e em mulheres com 45 anos ou mais (21,1%), nas carcerrias. Anormalidades Colpocitolgicas, situao conjugal, nmero de parceiros sexuais novos, o uso de anticoncepcionais orais, histria de DST e de sintomas genitais, alm de tabagismo atual, foram fatores que se mostraram associados infeco genital pelo HPV de maneira diferenciada entre amostras da população geral e carcerria.

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A criao da Usina Hidreltrica de Tucuru em 1985, inundou uma rea de 2.400 Km de floresta, originando centenas de ilhas de tamanhos diferentes, onde diversos organismos, dentre eles os cuxis (Chiropotes spp.), tiveram suas populaes fragmentadas. A rea de estudo, ilha de Gennoplasrna, possui 129 ha e abriga uma população de Chiropotes utahickae, atualmente com 23 membros, j estudada por Santos (2002). O objetivo principal deste estudo foi descrever aspectos da ecologia do cuxi de Uta Hick e caracterizar a explorao alimentar de espcies arbreas. A metodologia utilizada foi baseada em oito dias de coleta mensal de dados, utilizando-se o mtodo de varredura instantnea de um minuto de durao e cinco de intervalo, aplicado paralelamente s amostragens de rvore-focal e fruto-focal, intercalando-se estes dois tipos. As principais categorias comportamentais foram alimentao, deslocamento, forrageio, repouso e interao social. Foram obtidos 11.277 registros de varredura, 259 de rvore-focal e 711 de fruto-focal durante o perodo de maro a agosto de 2004. Foram gastos 50,6% do tempo em deslocamento, 31,9% em alimentao, 10,6% em repouso, 5,4% em forrageio e 1,2% em interao social. A dieta foi composta principalmente de semente imatura (31,7%), mesocarpo imaturo (21,2%), fruto maduro (18,3%) e flores (14,4%). A comparao com o estudo de Santos (2002) sugere diferenas longitudinais e sazonais. Os frutos explorados variaram de 0,4 cm a 15,3 cm de comprimento e as sementes, de 0,1cm a 2,3 cm. Os cuxis foram considerados predadores para 74,2% das 31 espcies analisadas. No houve relao significativa entre o tamanho das sementes e o tipo de interao. Tambm no existiu relao significativa entre a distncia de deposio das sementes e o tamanho destas, sugerindo que o transporte de sementes pelos cuxis pode estar ligado a outros fatores (dimenso da copa, tamanho do subagrupamento). Aps vinte anos de isolamento, os cuxis pareceram apresentar um padro comportamental tpico do gnero Chiropotes. Esta tolerncia ao ambiente fragmentado, pareceu ser evidenciada nesse estudo, pelo intenso consumo do mesocarpo imaturo de ings (Inga spp.) e de flores de castanheira (Bertholletia excelsa). Flores parecem ser um recurso importante para os cuxis da rea de influncia do reservatrio de Tucuru (Santos, 2002; Silva, 2003). Este trabalho vem contribuir para o conhecimento da ecologia da espcie, ressaltando que o monitoramento das populaes nas reas do reservatrio de Tucuru, precisa ser continuado a fim de que se rena mais informaes a respeito da sua organizao social, dieta e interferncia na comunidade vegetal, necessrias para o planejamento de medidas de manejo e conservao.

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Os meningiomas so os tumores intracranianos mais frequentes, originando-se das meninges que revestem o crebro e cordo espinhal. Apesar de terem sido um dos primeiros neoplasmas slidos estudados citogeneticamente, ainda so escassos os estudos genéticos e epigenéticos nesses tumores. O presente trabalho teve como objetivo investigar alteraes genticas e epigenticas que pudessem contribuir na iniciao e progresso tumoral em meningiomas na população paraense. Essa tese est subdivida em trs captulos. No Captulo I foi investigada a associao entre o polimorfismo MTHFR C677T e meningioma em 23 pacientes da população paraense, utilizando 96 indivduos sem histrico de leses pr-neoplsicas como grupo controle. Essa associao no foi encontrada, apesar de sugerir um aumento no estatisticamente significante no risco de desenvolver meningioma em portadores do gentipo TT quando comparados ao gentipo CC. No Captulo II foi avaliado o padro de metilao em duas famlias do microRNA124 em meningiomas na população paraense. Hipermetilao na regio promotora de miRN124a2 e miRNA124a3 parece ser um evento frequente, uma vez que foi encontrada em 73,9% e 69,56% das amostras analisadas, respectivamente. No Captulo III, foi analisado o padro de metilao dos genes APC, BRCA1, CDH1, CDH13, CDKN2A, DAPK1, ESR1, FHIT, GSTP1, MGMT, MLH1, NEUROG1, PDLIM4, PTEN, RARB, RASSF1, RUNX3, SOCS1, TIMP3, TP73, VHL e WIF1 em um meningioma de grau I e um de grau II atravs de uma placa comercial desenvolvida atravs da tecnologia MethylScreen. O padro de metilao do gene CDKN2B tambm foi analisado na amostra coletada em 25 pacientes com meningioma atravs da converso por bissulfito, PCR e sequenciamento direto. O gene RASSF1A apresentou-se metilado em 16,73% e 63,66% dos stios CpGs analisados na amostra de meningioma de grau I e grau II, respectivamente. O gene RUNX3 se apresentou metilado apenas na amostra de grau II em 52,88% dos stios CpG analisados. Nossos resultados apontam a importncia das alteraes epigenticas na tumorignese e progresso tumoral em meningiomas.

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A Hemiodus unimaculatus (Jatuarana escama grossa) um hemiodontideo bentopelgica, de relevante importncia comercial, gerando alimento, emprego e renda para pescadores na rea de influncia do reservatrio da Usina Hidreltrica de Tucuru (UHE Tucuru). O presente estudo analisou a pesca e os aspectos reprodutivos, como a estrutura em comprimento e peso da população, a relao peso-comprimento, o comprimento mdio de primeira maturao gonadal (L50), a proporo entre sexos e o perodo de reproduo na rea de influncia da UHE Tucuru (a montante, no reservatrio e a jusante). Foram analisadas sries temporais de dados de desembarque (perodo de 2000 a 2008) e entrevistas no perodo de julho a outubro de 2010 nas trs reas da UHE Tucuru, com informaes que versaram sobre o local e caracterizao da pescaria e apetrechos de pesca. Para o estudo sobre os aspectos reprodutivos, os exemplares analisados foram coletados mensalmente, no perodo de janeiro de 2006 a dezembro de 2007, no reservatrio e a jusante da barragem. A H. unimaculatus foi desembarcada nas trs reas de influncia da UHE Tucuru durante o ano todo, sendo a montante responsvel pela maior produo. Existe sazonalidade estatisticamente significante ao longo do ano, caracterizando picos de produo, sendo a montante nos meses de maio, junho e outubro, no reservatrio em janeiro e de maio a junho, e, a jusante de maio a agosto. Os principais locais para a captura dos cardumes so os beirades e as praias, sendo o principal procedimento de captura a malhadeira fixa. O principal porto de desembarque est localizado no municpio de Itupiranga, que fica a montante da UHE Tucuru. Dentre os exemplares capturados no reservatrio (429) e a jusante (545), a maior variao ocorreu no reservatrio (12.5 a 29 cm de comprimento total). A relao peso-comprimento apresentou alometria negativa nas duas subreas. O L50 considerado para sexos agrupado foi de 27.6 cm no reservatrio e de 22.2 cm a jusante. A proporo entre sexos para o total de indivduos foi favorvel s fmeas nas duas reas, sendo de 1.6 e 1.9 no reservatrio e a jusante, respectivamente. O perodo reprodutivo foi registrado no ms de maro (perodo chuvoso) no reservatrio e a jusante de novembro a maro (perodos transacional seco/chuvoso e chuvoso). Considerando que a espcie ocorre em todas as reas da UHE Tucuru e a tendncia da produo anual desembarcada est aumentando continuamente a montante, reforada a necessidade de implementar infraestrutura local, e medidas de ordenamento que visem sustentabilidade da pescaria.

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O objetivo deste trabalho foi estimar parmetros genéticos para caractersticas produtivas, tais como: produo de leite (PL), produo de gordura (PG), durao da lactao (DL) e produo de leite por dia de intervalo de parto (PLDIDP) em bfalos (Bubalus bubalis) na Amaznia Oriental. O trabalho foi realizado na fazenda Dr. Felisberto Camargo de propriedade da EMBRAPA/CPATU, onde foram analisados registros produtivos colhidos no perodo compreendido entre 1967 a 2005. Foram analisados um total de 1.182 registros de fmeas bubalinas da raa Murrah e seus mestios. As mdias observadas e os desvios-padropara PL, PG, DL e PLDIDP foram 1.663,84 343,60, 116,84 29,71, 269,89 56,36 e 3,88 1,15 respectivamente. Os parmetros genéticos foram estimados por meio do mtodo de Mxima Verossimilhana Restrita processada por meio de anlises de bicaractersticas, sendo as caractersticas como a produo de leite e gordura consideradas como efeitos fixos a poca de parto, grupo gentico e ordem de parto do animal, alm da covriavel durao da lactao. As estimativas de herdabilidade (h) encontrada para as caractersticas PL, PG, DL e PLDIDP foram 0,25, 0,18, 0,08 e 0,09 respectivamente, com repetibilidade (r) para PL, PG e DL de 0,33, 0,29 e 0,10 respectivamente. As correlaes genticas entre as caractersticas foram 0,93(PL-PG), 0,76 (PL-DL), 0,99 (PL-PLDIDP), 0,89 (PG-DL), 0,87 (PG-PLDIDP) e -0,27 (DLPLDIDP). No rebanho estudado existe expressiva percentagem de animais que foram superiores geneticamente em relao mdia da população para as caractersticas. Existe considervel variabilidade gentica aditiva para as caractersticas estudadas, sendo que esta variabilidade pode ser utilizada para promover o melhoramento gentico do rebanho.

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Em sistemas hbridos de gerao de eletricidade (SHGEs) fundamental avaliar corretamente o dimensionamento, a operao e a gesto do sistema, de forma a evitar seu colapso prematuro e garantir a continuidade do fornecimento de energia eltrica com a menor interveno possvel de usurios ou de empresas geradoras e distribuidoras de eletricidade. O presente trabalho apresenta propostas de otimizao para as etapas de dimensionamento, operao e gesto de SHGEs atendendo minirredes de distribuio de eletricidade. proposta uma estratgia de operao que visa otimizar o despacho de energia do sistema, identificando a melhor relao, sob aspectos tcnicos e econmicos, entre o atendimento da carga exclusivamente via fontes renovveis e banco de baterias ou exclusivamente via grupo gerador, e o carregamento do banco de baterias somente pelas fontes renovveis ou tambm pelo grupo gerador. Desenvolve-se, tambm, um algoritmo de dimensionamento de SHGEs, com auxlio de algoritmos genéticos e simulated annealing, tcnicas meta-heursticas de otimizao, visando apresentar a melhor configurao do sistema, em termos de equipamentos que resultem na melhor viabilidade tcnica e econmica para uma dada condio de entrada definida pelo usurio. Por fim, proposto um modelo de gesto do sistema, considerando formas de tarifao e sistemas de controle de carga, cujo objetivo garantir uma relao adequada entre a disponibilidade energtica do sistema de gerao e a carga demandada. A estratgia de operao proposta combina as estratgias de operao descontnua do grupo gerador, da potncia crtica e do ponto otimizado de contribuio do gerador no carregamento do banco de baterias, e seus resultados indicam que h reduo nos custos de operao globais do sistema. Com relao ao dimensionamento timo, o algoritmo proposto, em comparao a outras ferramentas de otimizao de SHGEs, apresenta bons resultados, sendo adequado realidade nacional. O modelo de gesto do sistema prope o estabelecimento de limites de consumo e demanda, adequados realidade de comunidades isoladas atendidas por sistemas com fontes renovveis e, se corretamente empregados, podem ajudar a garantir a sustentabilidade dos sistemas.

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A adolescncia um perodo de vida da mulher marcado por transformaes biolgicas e psicolgicas que influenciam intensamente sua sade futura. Essas mulheres so mais suscetveis s DST. A infeco pelo HPV uma das DST mais frequentes, sendo importante avaliar a sua prevalncia, devido sua ligao com o cncer uterino. Este estudo avaliou a prevalncia da infeco genital por HPV na população adolescente do sexo feminino em Belm. Estes dados foram correlacionados com fatores scio demogrficos, comportamentais e reprodutivos. Foi realizado um estudo transversal entre agosto de 2009 e agosto de 2011, com 134 mulheres entre 13 e 19 anos que procuraram a Unidade Materno-Infantil e Adolescente de Belm para exame de rastreamento do cncer do colo do tero. As pacientes selecionadas responderam a um questionrio sobre os dados scio demogrficos, comportamentais e reprodutivos. Foi realizada coleta de material cervicovaginal para citologia convencional e escovado cervical para deteco de DNA-HPV por tcnica da reao em cadeia de polimerase (PCR). A associao da infeco por HPV e fatores de risco selecionados foi avaliada por meio do teste do Qui-quadrado (<sup>2</sup>) e/ou exato de Fisher, todos com um nvel alfa de significncia de 0,05. A infeco genital pelo Papillomavirus humano apresentou a prevalncia de 22%, sendo o HPV 58 o mais prevalente com 31% e o HPV 11 o menos comum com 3,4%. Entre as adolescentes 51,7% apresentaram infeco por outros tipos de HPV no includos na vacina quadrivalente (6, 11, 16 e 18), e 76,2% apresentavam infeco por pelo menos um tipo de HPV do grupo de alto risco. Foram encontradas alteraes citolgicas em 6,2% dos esfregaos cervicais. Os fatores de risco associados infeco genital por HPV encontrados neste estudo foram escolaridade superior a oito anos, coitarca com idade maior que 14 anos, uso de anticoncepcional oral por mais de um ano, uso atual de anticoncepcional oral, gravidez com 14 anos ou menos e achado citolgico anormal. Este estudo evidenciou o predomnio de HPV de alto risco no imunoprevenvel nas amostras cervicais, demonstrando a necessidade de novas polticas de preveno primria e secundria, que envolvam as adolescentes atravs de discusso e orientao motivando-as a participar ativamente na promoo da prpria sade.

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O cncer cervical representa o terceiro cncer mais comum no mundo. Tem como agente etiolgico o HPV. O HPV a doena sexualmente transmissvel mais prevalente no mundo, sendo que a faixa etria mais acometida de mulheres jovens. A adolescncia uma poca de transformaes corporais, sociais e comportamentais, que se reflete no despertar consciente da adolescente pelo sexo, o que pode levar ao contato com as doenas sexualmente transmissveis e gravidez prematura. Sendo assim, uma poca na qual a mulher est mais susceptvel a infeco, como a do HPV. Dedicou-se a estimar a prevalncia de HPV e avaliar os fatores associados a essa infeco em gestantes adolescentes no Sistema nico de Sade de Belm, Estado do Par. Foi um estudo transversal prospectivo incluindo 257 grvidas de 12 a 19 anos assistidas nas unidades de sade municipal (Curi e Tapan) e estadual (Unidade de Referncia Materno-infantil e ambulatrio da Mulher do Hospital Fundao Santa Casa de Misericrdia do Par). As pacientes selecionadas foram submetidas a um questionrio clnico epidemiolgico e a colheita de material cervico-vaginal para deteco de DNA-HPV por tcnica da reao em cadeia de polimerase (PCR). A associao da infeco por HPV e fatores de risco selecionados foram avaliadas por meio do teste do Qui-quadrado (2) e/ou exato de Fisher, todos com um nvel alfa de significncia de 0,05. A prevalncia do HPV foi de 38,1% (98/257) acometendo preferencialmente adolescentes no terceiro trimestre gestacional (44,4%, p=0,0312), entre 11 e 14 anos, com menos de 6 anos de estudo e as que no possuam companheiro. Os fatores de risco associados com a infeco pelo HPV na população, podendo variar tambm de acordo com o trimestre, foram 2 ou mais parceiros na vida, primeira gestao e problemas genitais. Estes achados mostram a susceptibilidade das adolescentes infeco pelo HPV e, consequentemente, ao desenvolvimento de leses pr-neoplsicas e malignas. Com isso, h necessidade de polticas pblicas educativas na promoo da sade.