72 resultados para Pimentel, Alberto Figueiredo, 1869-1914 Crítica e interpretação


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O presente estudo constitui-se em uma leitura fincada nos moldes esttico-recepcionais do romance Grande serto: veredas, do escritor Joo Guimares Rosa (1908-1967). Aps um estudo histrico-artstico das categorias de heris apresentadas no decorrer da histria literria universal e analisadas pela crítica, tais como na epopia (heri pico), no medievo (heri medieval), na tragdia (heri trgico) e no romance (heri romanesco), incluindo a categoria de heri formulada por Georg Lukcs: o heri demonaco, bem como o heri na modernidade (heri moderno), apresentar-se- um exame diferenciado da figura da persona baseado na tipologia terico-crítica jaussiana de heri, que, por sua vez, ser utilizado para considerao de um estudo interpretativo e de recepo crítica sobre a personagem na obra rosiana, sobretudo a partir de 1956. Dessa forma, demonstrar-se- que a atualidade do tema sustentada pelas obras literrias, que se oferecem como objetos de interrogao para o pensamento crtico, renovando os princpios tericos de cada poca. Para tanto, a anlise volta-se para o estudo de importantes nomes da crítica literria no Brasil e no exterior, cuja seleo se deu em funo da categoria do heri, tais como Manuel Cavalcanti Proena (1958), Mario Vargas Llosa (1966), Antonio Candido (1969), Walnice Nogueira Galvo (1972), Benedito Nunes (1982), Davi Arrigucci Jr (1994), Jos Antonio Pasta Jr (1999) e Ettore Finazzi-Agr (2004), com a finalidade de compreender e explicitar a importncia da reconstruo do horizonte de expectativa a partir da trade hermenutica que permite ao leitor participar da gnese do objeto esttico, expandindo seu contexto e significaes.

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No presente estudo pretendemos analisar o romance O Vice-cnsul, de Marguerite Duras, a partir dos temas memria e espao, em que a relao entre esses temas perece ser desvendada medida que percorremos a trajetria das principais personagens mendiga, Anne-Marie Stretter e vice-cnsul. Nossa pesquisa faz tambm referncia a diversas obras da autora como O Amante, O deslumbramento de Lol V. Stein, Les lieux de Marguerite Duras, Boas falas: conversas sem compromisso que servem de suporte a nossa anlise, principalmente por que tais obras trazem tona o universo literrio durassiano que, em nosso entendimento, est vinculado s memrias da infncia e da adolescncia, fase que corresponde ao perodo passado na Indochina. Lugares e personagens, portanto, so constantemente reencontrados tendo suas histrias sempre utilizadas como matria-prima para uma nova criao, negando inclusive qualquer fronteira entre as artes.

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Este trabalho realiza uma leitura da obra Trs Casas e um rio de Dalcdio Jurandir, seguindo alguns percursos para a formao da identidade de Alfredo. Preocupa-nos, primeiramente, verificar como a identidade de Alfredo se articula diante das diferenas culturais e dicotomias como popular/erudito; oral/escrito. Popular e oral, ligados a valores da me negra, D.Amlia, e erudito e escrito, relacionado ao pai, Major Alberto. Em seguida, apresenta os traos fronteirios auxiliadores da elaborao da identidade de Alfredo, Finalmente, verifica-se como as narrativas presentes na obra esto incorporadas no texto dalcidiano, e sua importncia para a resoluo de alguns conflitos vivenciados pelo protagonista.E para que se possa visualizar a abordagens tericas aqui trabalhadas, contribuem com este estudo autores como Stuart Hall, D. Shller, Zil Bernd e, ainda, sero citados Walter Benjamin, Anthony Giddens, entre outros.

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Este estudo pretende examinar a recepo crítica voltada para a anlise dos aspectos estilsticos e lingusticos da obra de Joo Guimares Rosa (1908-1967). Na dcada de 1950, durante seu auge, a teoria estilstica, principalmente a de origem espanhola, exerceu grande influncia sobre crítica literria brasileira. Este evento coincidiu com o impacto do lanamento de duas das mais importantes obras do ficcionista mineiro, Grande serto: veredas (1956) e Corpo de baile (1956), em grande parte devido linguagem, que um amlgama de popular e erudito e detentora de grande poder de sugesto. Como fruto deste acaso, no mesmo horizonte da obra, surgiram os estudos que formaram a primeira recepo e, entre estes, os que se dedicaram a analisar os diferentes recursos utilizados por Guimares Rosa para compor o seu serto-linguagem, o que justifica a adoo da Estilstica como mtodo. Inseridos nesta corrente crítica esto os trabalhos que nos serviro de objeto de anlise, a exemplo da crítica pioneira de Cavalcanti Proena (1905-1966), Trilhas no Grande Serto (1958), e de trabalhos de outros estudiosos, como Oswaldino Marques (1916-2003), sobre Sagarana e outras publicaes dispersas, e da professora norte-americana Mary L. Daniel (1936). Estes estudos, embora sejam discutveis do ponto de vista metodolgico, conforme ser observado, tornaram-se peas incontornveis dentro da fortuna crítica rosiana por sua contribuio elucidao da obra. Um indicativo disso a existncia de trabalhos mais recentes que ainda ventilam categorias consideradas pela Estilstica como o lxico, que surge em estudos de Nei Leandro de Castro e Nilce Sant'Anna Martins. Como mtodo utilizado nesta dissertao de Mestrado, lana-se mo da hermenutica literria formulada por Hans Robert Jauss (1921-1997) com o objetivo de analisar a recepo crítica de uma abordagem especfica, a Estilstica, e destacar sua relevncia para a compreenso da obra de Guimares Rosa no perodo imediato publicao, assim como propor uma confrontao desta recepo com estudos posteriores que se balizam no mesmo campo de anlise. Igualmente, objetiva-se evidenciar a importncia do leitor para a (res) significao do material ficcional, aqui representado pelo crtico literrio, um leitor diferenciado capaz de oferecer propostas interpretativas e guiar a leitura dos leitores comuns.

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O presente trabalho visou estudar aspectos fundamentais da recepo crítica da obra dramtica de Gonalves Dias. Para isso buscou-se, em primeiro lugar, compreender o lugar da obra dramtica do autor em sua produo literria considerando-se algumas críticas ao poeta publicadas em peridicos, revistas e em obras pertencentes historiografia literria do sculo XIX e XX. Em segundo lugar, buscou-se compreender o lugar da produo dramtica do autor por meio da anlise de sua correspondncia ativa.

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Esta dissertao tem como objetivo geral investigar a recepo crítica americana de Grande serto: veredas (1956), logo aps a publicao desta, em 1963, e ler as opes tradutrias da primeira traduo de Harriet de Ons (1869-1968) e de James Taylor (1892-1982), e em seguida trechos da segunda traduo americana mais recente, Grand serto: veredas (2013), de Felipe W. Martinez. Como mtodo utilizado para analisar a recepo crítica americana, destacam-se os estudos hermenuticos literrios de Hans Robert Jauss (1921-1997). Dessa forma, prioriza-se uma discusso com a traduo americana de Grande serto: veredas, pois pontuam-se alguns trechos da traduo americana que serviro como objeto de anlise da traduo, tendo como critrio para as escolhas dos trechos relativos ao serto (backlands), e ao encontro de Riobaldo e Diadorim em O-de-janeiro. Os parmetros analisados na primeira traduo sero: a perda da poeticidade, os apagamentos, a alternncia de nomes e palavras e alguns neologismos. Aps a comparaes a partir dos parmetros entre Grande serto: veredas e The devil to pay in the backlands, visa-se constatar o distanciamento do projeto dos tradutores e do projeto potico de Joo Guimares Rosa. Com isso, embasamo-nos nos estudos de traduo de Antoine Berman (1942-1991), Lawrence Venuti (1953) e Andr Lefevere (1945-1996). Berman considera que a traduo uma relao, um dilogo e uma abertura para o estrangeiro. Alm dos parmetros que comprovam uma traduo americana etnocntrica, utilizam-se alguns recortes de peridicos cedidos pelo Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de So Paulo (IEB) num total de 10 textos sobre Guimares Rosa. Esses recortes de jornais foram escritos em 1963. Por fim, nesta dissertao abordar sobre os posicionamentos dos jornalistas americanos diante da publicao da traduo rosiana de 1963 e a recepo crítica atual da traduo americana segundo Perrone (2000), Armstrong (2001), e Krause (2013).

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Este estudo tem por finalidade apresentar as imagens de leituras praticadas por personagens-leitores, no livro Chove nos campos de Cachoeira (1941), de Dalcdio Jurandir (1909-1979). O intuito da pesquisa trazer um novo olhar sobre a produo ficcional do escritor, a partir das leituras de personagens e conhecer, por meio da fico, o complexo cultural existente na regio marajoara. A obra que abre o ciclo do Extremo Norte apresenta vrios personagens que representam diferentes tipos de leitores: desde o leitor de obras eruditas ao leitor intensivo de folhetins. Dessa forma, o escritor paraense, ao lado da denncia social, prpria desse romance e de todo o ciclo, figura no complexo processo de aquisio da cultura letrada na regio. Assim, a pesquisa foi dividida em cinco captulos: o primeiro captulo compreende a parte introdutria da pesquisa; o segundo, aborda A fico dalcidiana no espao amaznico, composto pelos tpicos Dalcdio: o leitor da Amaznia e O espao amaznico redimensionado, que tratam da leitura do escritor e da projeo do cenrio marajoara de maneira real e imaginria, apontando os problemas sociais, comuns ao Brasil e ao resto do mundo. No terceiro, ser focalizada a teoria sobre leitura, leitor e personagem, apontando os principais tericos utilizados na pesquisa. O quarto captulo tratar dos leitores da famlia do Major Alberto, com os tpicos O gabinete de leitura do Major Alberto, Eutanzio: a falncia do ser e a eternizao da palavra e Alfredo: um menino leitor. O quinto e ltimo captulo abordar as diferenas paradoxais entre leituras e leitores, mostrando um leitor comum ao lado de um erudito, nos tpicos Os contrassensos do Dr. Campos e Salu, leitor e contador de histrias.

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A presente pesquisa aspira desenvolver uma possibilidade de interpretação da modernidade atravs da perspectiva do ltimo homem de Nietzsche e sua reverberao no tipo escravo. Tendo em vista que, segundo a assimilao de Nietzsche da modernidade, esta traduziria o momento de ininterruptas relaes constitudas principalmente atravs dos juzos valorativos. Diante do exposto, coloca-se em foco a motivao para essa pesquisa: investigar de que forma o ltimo homem apresentado em Assim falou Zaratustra efetiva uma linha filosfica que adota sua prtica em um tipo moderno e, por isso mesmo gregrio, tomando forma cabal na figura do escravo de Nietzsche, na A genealogia da moral?. Para tanto, pretende-se analisar a noo de modernidade enquanto processo de igualao (nivelamento) do homem, a partir de seus textos capitais, a saber, Para alm do bem e do mal, cuja obra Nietzsche procura de modo detalhado mostrar o rosto da modernidade e sua constituio decadente. Do mesmo modo, na sua obra A genealogia da moral, faz todo um estudo da procedncia e das foras que esto em jogo na fomentao e constituio dos valores. Dessa maneira, a pesquisa torna-se importante no s por desenvolver uma anlise terica conceitual do autor, que apresenta elementos tericos e filosficos que ajudam a pensar as questes da modernidade, mas tambm por querer aprender com Nietzsche que a tarefa do pensamento um exercitar a crítica, bem como a criao de outras posturas interpretativas diante do mundo.

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Este trabalho, que escolheu como tema a presena da tradio no romance Maraj de Dalcdio Jurandir, procura investigar como a escritura do romance citado dialoga intertextualmente com a tradio literria, mitolgica e oral, sem anular o carter social da fico dalcidiana. Defendo a hiptese de que o jogo intertextual presente na obra no est a favor de uma exaltao das fontes ou como mera transposio de influncias, mas se projeta como diferena. A base terica do trabalho se fundamentou, sobretudo, a partir das discusses sobre fonte e influncia estabelecidas pela literatura comparada nas figuras de autores como Tania Franco Carvalhal e Silviano Santiago e de algumas consideraes de escritores importantes da literatura moderna como T. S. Eliot e Jorge Luis Borges, reconhecidos como os iniciadores das discusses acerca do legado da tradio, retomada pela literatura modernista. A escolha da literatura comparada possibilitou a presente leitura, uma abertura terica em que entram em cena, na abordagem, a Psicanlise freudiana, a escritura-jogo de Roland Barthes, Jlia Kristeva e Jacques Derrida, alm de outros pressupostos analticos de pesquisadores da fico de Dalcdio Jurandir como os professores Vicente Salles, Marli Tereza Furtado, Paulo Nunes, Audemaro Taranto Goulart e Pedro Maligo e estudiosos da tradio como Anthony Giddens, Homi Bhabha, Stuart Hall e Walter Benjamin.

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O romance As Meninas suscita relevante discusso sobre a produo ficcional introspectiva de Lygia Fagundes Telles. Suscita tambm implicaes de cunho sociolgico, poltico e literrio, indicadores da manifestao artstica da autora em sintonia com a perspectiva do homem contemporneo, que vive as agruras do confronto entre si mesmo e as convenes coletivas, concomitante, o desalento desse mesmo homem na busca de sua identidade enquanto ser humano numa sociedade cujos valores sociais, polticos e humanos so decadentes. Nesse sentido, alm de refletirmos sobre a importncia cannica de Lygia Fagundes Telles no espao literrio brasileiro contemporneo, refletimos ainda sobre manifestaes de choque entre indivduo e as convenes coletivas (indivduo x mundo), e os aspectos sociolgicos subjacentes obra. As Meninas. Assim, baseando-nos nos estudos de Lucien Goldmann e Georg Lukcs, mas, principalmente, nos estudos de Antonio Cndido, procuramos analisar as relaes literrio-poltico-sociais, as quais interferem e contribuem para a ruptura entre indivduos e convenes sociais estabelecidas em As Meninas, de Lygia Fagundes Telles.

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Este trabalho tem como escopo o estudo novela "Buriti" / Noites do Serto (1956), de Guimares Rosa, com nfase nos aspectos da obra em que o tema do patriarcado no Brasil discutido, com base em referncias historiogrficas e etnossociolgicas contidas em obras como Casa Grande & Senzala (1933) de Gilberto Freyre, Razes do Brasil (1936) de Srgio Buarque de Holanda e de outros estudos pertinentes ao assunto provenientes do trabalho de intelectuais brasileiros contemporneos de Guimares Rosa e de outros mais recentes. Tendo em vista a anlise das linguagens ficcional, esttica e documental da literatura rosiana, buscou-se tambm fundamentao no estudo da recepo pela crítica no perodo entre 1970 e 2007, nas diversas perspectivas sob as quais no apenas a novela em pauta, mas o conjunto da obra de Guimares Rosa tem sido estudado, no intuito de apreender as diversas dimenses em que as questes ligadas s instituies patriarcais no Brasil so ressignificadas, a fim de compreend-las como contribuies narrativas sobre uma fase sensvel da vida brasileira ? a primeira metade do sculo XX. E, sobretudo, como uma forma de escritura na qual Guimares Rosa exercita um vis particularmente arguto da sua criao: a rememorao historiogrfica aliada a um tipo de narrativa que, nesta pesquisa, convencionou-se chamar de fuso dos horizontes histrico e esttico, numa perspectiva que propem ao leitor numerosos questionamentos sobre o tempo, a arte e a literatura brasileira desse perodo. Problemas que este estudo pretendeu, de alguma forma, entender e atualizar, sob um enfoque crtico, em face da importncia da literatura para a iluminao de novas dimenses ainda ocultas da vida brasileira, em especial da obra rosiana.

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Este trabalho no pretende discutir as inmeras leituras que as obras de Dalcdio Jurandir vem merecendo ao longo dos anos; deseja, to somente, apresentar uma proposta de leitura do romance Passagem dos Inocentes, na perspectiva do Materialismo histrico-dialtico. A nfase do trabalho reside na metfora que aproxima semanticamente o ttulo do romance ao processo de emancipao crítica verificado em seu protagonista. As fases dialticas da tese, anttese e sntese, no processo de auto-realizao verificado em Alfredo, processam-se numa cadeia contnua a partir dos seguintes estgios: iluso ideolgica; decepo com a urbs e, por ltimo, auto-realizao com a construo de um percurso contrrio a urbs.

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O conto - O Rebelde, da obra Contos Amaznicos (1893), do escritor Ingls de Sousa, apresenta em seu enredo um fato da histria paraense, a Cabanagem. Na narrativa os personagens vivenciam as primeiras manifestaes dos revoltosos em 1832. Foi a partir da constatao desse fato histrico, no conto, que se desenvolveu a pesquisa em questo, atentando para o jogo estabelecido entre o real e o ficcional, ou seja, como um fato histrico foi recriado no universo ficcional inglesiano. Nesse sentido, foram observados os discursos da histria, nos sculos XIX e XX, nas obras Motins Polticos (1865-1890) de Domingos Antnio Raiol, Cabanagem: o povo no poder (1984) de Julio Jos Chiavenato, e Cabanagem: a revoluo popular da Amaznia (1985) de Pasquale Di Paolo, e o discurso da literatura, em - O Rebelde do sculo XIX, na construo das verses sobre a Cabanagem, com o objetivo de verificar como cada historiador e literato se posicionou sobre a Cabanagem elegendo vtimas, viles e heris; alm de verificar como as vozes dos personagens e do narrador do conto se posicionam condenando ou justificando a ao cabana. A discusso apresenta os pressupostos tericos baseados em Paul Ricoeur (1999), Jacques Le Goff (2005), Beatriz Sarlo (2007) e Umberto Eco (2004).

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Esta dissertao analisa os aspectos sociais do romance Safra (1937) de Abguar Bastos, que aborda a economia da castanha na Amaznia no incio do sculo XX, perodo em que a semente foi uma das poucas alternativas para os produtores aps a falncia da atividade de extrao da borracha. A situao dos personagens, principalmente os mais pobres, da vila de Coari revela no s uma obra com tom de denncia, como uma reflexo sobre o ser humano, o poder e as suas consequncias. Nesta exposio observam-se trs pontos inseparveis. O primeiro o contexto histrico poca em que os dois produtos, a borracha e a castanha, foram as principais fontes de lucro para a populao e como se deu a passagem de uma para a outra. O segundo indica o romance como regionalista da 2 gerao modernista do Brasil, por isso a carreira do escritor apresentada com intuito de observar o percurso feito por ele, quais as idias do movimento e qual posio poltica assumida em seu trabalho. Por fim, a terceira parte aborda a maneira como a populao foi retratada no livro, as caractersticas do protagonista e quais os discursos esto escondidos na narrativa.

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Este trabalho apresenta o processo de construo da memria da personagem Dona Cec, do romance Passagem dos Inocentes, de Dalcdio Jurandir. luz da narratologia, em consonncia com aspectos histricos e sociolgicos, intenciona-se desvendar as transformaes fsicas e psicolgicas pelas quais ela passa ao longo de sua existncia. Busca-se compreender como os elementos da estrutura narrativa - foco narrativo, tempo, espao, linguagem - no so meros indicadores do processo da histria contada, e sim, a representao do feminino, sua memria e identidade. Paralelo a isso, focaliza-se tambm a vivncia de Alfredo, personagem que divide com Dona Cec o protagonismo dessa obra, quando ento volta para Belm, a fim de continuar os estudos colegiais.