46 resultados para Modelos de elementos finitos
Resumo:
Nesta dissertao foi desenvolvido um estudo sobre o comportamento de uma estrutura em concreto armado submetida a elevadas variaes trmicas. A estrutura analisada consiste na parede externa de um forno de cozimento de anodo utilizado na produo de Alumnio, e est submetida a variaes trmicas de cerca de 125C devido prpria operao do forno. As motivaes principais para o estudo foram a ocorrncia de grandes deformaes e o surgimento de fissuras na estrutura, o que poderia provocar a inutilizao do forno. O objetivo do trabalho foi a investigao das causas destas patologias, assim como o estabelecimento de propostas para reforo da estrutura. Para isso, foram realizados estudos experimentais e computacionais do comportamento da estrutura. Inicialmente, a estrutura foi monitorada utilizando-se transdutores de deslocamento e sensores de temperatura (termopares), conectados a um sistema de aquisio de dados para obteno e armazenamento automtica das amostras ao longo do tempo. Em seguida, foram desenvolvidos modelos computacionais em Elementos Finitos com auxilio do programa computacional Algor, para determinao da distribuio de temperatura e as correspondentes tenses e deformaes de origem trmica na estrutura. Nestes estudos, foram realizadas anlises estacionrias e transientes de conduo de calor, seguidas de anlises de tenses de origem trmica. Como concluso do estudo, tem-se que a metodologia proposta para a soluo do problema foi bastante satisfatria, solucionando o problema de forma precisa, porm econmica.
Resumo:
Os mtodos numricos de Elementos Finitos e Equao Integral so comumente utilizados para investigaes eletromagnticas na Geofsica, e, para essas modelagens importante saber qual algoritmo mais rpido num certo modelo geofsico. Neste trabalho so feitas comparaes nos resultados de tempo computacional desses dois mtodos em modelos bidimensionais com heterogeneidades condutivas num semiespao resistivo energizados por uma linha infinita de corrente (com 1000Hz de freqncia) e situada na superfcie paralelamente ao "strike" das heterogeneidades. Aps a validao e otimizao dos programas analisamos o comportamento dos tempos de processamento nos modelos de corpos retangulares variandose o tamanho, o nmero e a inclinao dos corpos. Alm disso, investigamos nesses mtodos as etapas que demandam maior custo computacional. Em nossos modelos, o mtodo de Elementos Finitos foi mais vantajoso que o de Equao Integral, com exceo na situao de corpos com baixa condutividade ou com geometria inclinada.
Resumo:
A modelagem acstica fornece dados teis para avaliao de metodologias de processamento e imageamento ssmico, em modelos com estrutura geolgica complexa. Esquemas de diferenas finitas (DF) e elementos finitos (EF) foram implementados e avaliados em modelos homogneos e heterogneos. O algoritmo de diferenas finitas foi estendido para o caso 2,5-D em modelos com densidade varivel. Foi apresentada a modelagem de alvos geolgicos de interesse exploratrio existentes na Bacia Paleozica do Solimes na Amaznia. Reflexes mltiplas de longo perodo produzidas entre a superfcie livre e a discordncia Cretceo-Paleozica, a baixa resoluo da onda ssmica nas proximidades do reservatrio e as fracas reflexes na interface entre as rochas reservatrio e as rochas selantes so as principais caractersticas dos dados sintticos obtidos, os quais representam um grande desafio ao imageamento ssmico.
Resumo:
Fizemos a modelagem direta 2D do mtodo magnetotelrico (MT) com o mtodo dos elementos finitos (MEF) de arestas em termos dos campos primrios e secundrios. Para usarmos modelos de maior complexidade e diminuirmos o custo computacional utilizamos malhas no estruturadas. Nas malhas utilizadas, introduzimos quatro ns em torno de cada estao MT, constituindo um quadrado alinhado nas direes dos eixos cartesianos
Resumo:
Os materiais amorfos vm ganhando grande espao na indstria de transformadores, devido s baixas perdas no ncleo, visto que estes possuem um ciclo de histerese mais estreito quando comparados com os ncleos tradicionais de ao silcio. Entretanto, seu custo ainda tem sido um grande fator para pouca insero deste tipo de equipamento nos sistemas eltricos de potncia. Estudos sobre o custo/benefcio em termos tcnicos de desempenho e robustez devem ser considerados quando se deseja projetar transformadores que utilizam esse tipo de material. A grande contribuio deste trabalho encontra-se na anlise do desempenho do transformador de ncleo amorfo diante de curtos-circuitos, visto que tais falhas neste equipamento ocasionam reduo da receita, no apenas por gastos com manuteno, mas tambm porque a concessionria deixa de vender seu produto, energia eltrica, alm de poder estar sujeita a penalidades por parte dos rgos de regulao do setor eltrico. Quando em condies de curto-circuito os enrolamentos dos transformadores ficam submetidos a esforos mecnicos, produzidos por foras de Lorentz, essas foras surgem como resultado do fluxo produzido pelos prprios condutores em paralelo que transportam corrente na mesma direo. Diante disso, estudar o comportamento eletromagntico do transformador fundamental para obteno de tais foras. Para o desenvolvimento deste trabalho, utilizou-se o software Finite Element Method Magnetics (FEMM). Esta ferramenta se baseia no mtodo de elementos finitos para realizar os clculos das magnitudes eletromecnicas e, consequentemente, o clculo das foras atuando nas espiras, as quais permitem realizar os clculos dos esforos mecnicos. Por fim, este trabalho aborda a aplicao da ferramenta FEMM para o clculo de esforos mecnicos e simulao do comportamento eletromagntico de um transformador de distribuio.
Resumo:
Os efeitos Delaware e Groningen so dois tipos de anomalia que afetam ferramentas de eletrodos para perfilagem de resistividade. Ambos os efeitos ocorrem quando h uma camada muito resistiva, como anidrita ou halita, acima do(s) reservatrio(s), produzindo um gradiente de resistividade muito similar ao produzido por um contato leo-gua. Os erros de interpretao produzidos tm ocasionado prejuzos considerveis indstria de petrleo. A PETROBRS, em particular, tem enfrentado problemas ocasionados pelo efeito Groningen sobre perfis obtidos em bacias paleozicas da regio norte do Brasil. Neste trabalho adaptamos, com avanos, uma metodologia desenvolvida por LOVELL (1990), baseada na equao de Helmholtz para H<sub></sub>, para modelagem dos efeitos Delaware e Groningen. Solucionamos esta equao por elementos finitos triangulares e retangulares. O sistema linear gerado pelo mtodo de elementos finitos resolvido por gradiente bi-conjugado pr-condicionado, sendo este pr-condicionador obtido por decomposio LU (Low Up) da matriz de stiffness. As voltagens so calculadas por um algoritmo, mais preciso, recentemente desenvolvido. Os perfis so gerados por um novo algoritmo envolvendo uma sucessiva troca de resistividade de subdomnios. Este procedimento permite obter cada nova matriz de stiffness a partir da anterior pelo clculo, muito mais rpido, da variao dessa matriz. Este mtodo permite ainda, acelerar a soluo iterativa pelo uso da soluo na posio anterior da ferramenta. Finalmente geramos perfis sintticos afetados por cada um dos efeitos para um modelo da ferramenta Dual Laterolog.
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Este trabalho consiste em realizar a modelagem, via elementos finitos (EF) 2,5D, do efeito da topografia do terreno sobre dados obtidos com o mtodo eletromagntico a multi-frequncia (EMMF). Este mtodo usa como fonte uma grande espira quadrada de corrente eltrica com centenas de metros de lado, e como receptores, bobinas posicionadas na horizontal em alinhamento com o transmissor. A subsuperfcie representada por heterogeneidades bidimensionais imersas em um meio horizontalmente estratificado. A formulao, partindo das equaes de Maxwell, desenvolvida a partir da separao do campo eletromagntico em primrio (campos no hospedeiro multi-estratificado) e secundrio (diferena entre o campo total e o primrio). O domnio discretizado descrito por uma malha no estruturada, com elementos triangulares. Para calcular as componentes derivadas da soluo de elementos finitos, em um determinado n da malha, foi usada a mdia aritmtica das derivadas das funes bases de EF em torno daquele n. O cdigo de modelagem construdo permite quantificar e analisar como os gradientes topogrficos influenciam as medidas dos campos eletromagnticos gerados. A aplicao a avaliao dessas influncias sobre a componente radial do campo da espira na superfcie terrestre, que a componente empregada no mtodo eletromagntico a multi-frequncia (EMMF).
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Este trabalho apresenta um estudo terico sobre novos circuladores compactos com 3-portas tipos W e Y, baseados em cristais fotnicos bidimensionais. No circulador tipo Y, os guias de onda que o compem formam ngulos de 120 entre si (com formato assemelhado ao da letra Y). O circulador tipo W uma modificao do tipo Y, obtido a partir do reposicionamento de uma das portas entre as outras duas com um ngulo de 60 entre os guias de onda (com formato assemelhado ao da letra W). Os parmetros geomtricos dos cristais foram obtidos dos diagramas de bandas proibidas. O circulador de trs portas tipo Y, projetado para operar em frequncias de micro-ondas, foi investigado com o objetivo de gerar um prottipo indito, enquanto que o tipo W, para frequncias pticas, foi investigado para demonstrar a possibilidade de desenvolver um circulador mais compacto em comparao com o tipo Y conhecido. O tipo W pode ser tambm uma alternativa geomtrica mais adequada no design de circuitos integrados. Os modelos so bons no sentido em que possuem elevada isolao (maior que -20 dB em ambos os circuladores) e baixa perda de insero (maior que -0,5 dB no caso do circulador tipo Y). O circulador tipo W apresenta uma largura de banda de operao em torno de 100 GHz para um nvel de -20 dB de isolao, centrado no comprimento de onda de 1,5um. As simulaes foram feitas utilizando-se o software comercial COMSOL Multiphysics, o qual se baseia no mtodo dos elementos finitos.
Resumo:
O estudo do comportamento de pontes ferrovirias vem tomando grande destaque na rea experimental, devido muitas das vezes haver a necessidade de um aumento dessas cargas mveis. A companhia VALE a partir de um convnio estabelecido com a UFPA (Universidade Federal do Par), buscou realizar estudos das capacidades resistentes das pontes ferrovirias, que compem a Estrada de Ferro Carajs (EFC), para futuros casos de carregamentos que passaro de 32 tf para 40 tf, o que provoca mudanas considerveis no comportamento da estrutura. A falta de manuteno ou uma manuteno irregular das pontes de concreto armado podem resultar em manifestaes patolgicas que podem comprometer a segurana e ao risco de interveno do escoamento. Dentre as OAEs (Obras de Arte Especial) j analisadas, encontra-se a ponte sobre o Rio Me Maria localizada no municpio de Marab, estado do Par, transpondo o rio Me Maria, identificada como OAE 50A, apresenta um traado retilneo executada em concreto armado moldada in loco, constituda por dois vos hiperestticos, totalizando 64,20 m, transpondo o leito do rio em dois vos de 20 m e com seo transversal oferecendo a largura de 5,85 m. Com isso tornou-se indispensvel para avaliao de sua integridade fsica a monitorao com extensmetros eltricos de resistncia (EER) dos elementos (laje, longarina, blocos, encontros e tubules) que compes a estrutura durante a passagem dos trens carregados de minrio. Alm da monitorao, foram realizados ensaios no-destrutivos como: dureza superficial atravs da esclerometria e a estimativa do cobrimento da armadura e localizao da mesma por meio da pacometria, ensaios destrutivos como: extrao de corpos-de-prova para determinar a compresso diametral e o mdulo de elasticidade do concreto e a resistncia a penetrao atravs do teste de carbonatao inerentes a questo de durabilidade do mesmo, que sero comparados com a memria de clculo e com os modelos computacionais tridimensionais desenvolvidos via software comercialSAP2000 (COMPUTERS AND STRUCTURES), que utiliza o mtodo dos elementos finitos (MEF). O MEF foi utilizado para obteno dos esforos permitindo as verificaes de segurana de acordo com as recomendaes normativas, tais anlises comparativas so apresentadas e discutidas para a concluso do comportamento das longarinas. Conhecendo com preciso a capacidade estrutural da ponte e a sua vida til, pode-se assegurar o trfego de composies com maior segurana.
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O interesse no comportamento dinmico de estruturas metlicas vem crescendo nas ltimas dcadas no Brasil, em decorrncia de acidentes com colapso total de algumas estruturas devido s vibraes ambientes em diversas regies do pas. Na regio amaznica, por exemplo, onde esse tipo de estrutura deve vencer obstculos como florestas e rios de grande largura, casos de colapso total de estruturas metlicas tambm so relatados. O foco principal dessa dissertao o estudo do comportamento modal de estruturas metlicas submetidas s vibraes ambientes cuja magnitude das foras de excitao desconhecida. Dois estudos de caso so apresentados: no primeiro deles, o comportamento modal de uma torre de linha de transmisso de energia eltrica investigado; e no segundo caso, tanto o comportamento modal como os nveis de desconforto de uma ponte so estudados. Os estudos realizados neste ltimo caso visam avaliar os nveis de desconforto da ponte quando submetida s excitaes ambientes como rajadas de vento e o trfego de veculo de acordo a norma brasileira NBR 8800 (1986). Em ambos os estudos de caso foram realizadas anlises experimentais e computacionais. Na etapa experimental, ambas as estruturas foram monitoradas com emprego de um conjunto de acelermetros de baixa freqncia e tambm de um sistema de aquisio apropriados para ensaios de vibrao de estruturas civis. Como muito difcil medir a magnitude das foras de excitao ambientes, foram utilizados os mtodos de identificao estocsticos SSI-DATA e SSI-COV para extrao de parmetros modais de estruturas civis a partir somente dos dados de resposta coletados nos ensaios de vibrao. Entre as atividades desenvolvidas nessa etapa, destaca-se a criao de um programa computacional com recursos do Graphical User Interface (GUI) da plataforma Matlab, destinado identificao modal de estruturas civis com o emprego dos referidos mtodos estocsticos. Esse programa constitudo de trs mdulos: o primeiro destinado ao processamento e tratamento dos sinais coletados nos ensaios de vibrao; o segundo utilizado para adicionar as informaes do posicionamento dos acelermetros utilizados nos arquivos dos sinais de resposta; e o terceiro e ltimo mdulo destinado identificao a partir dos arquivos de dados de resposta processados nos dois primeiros mdulos. Na etapa das anlises tericas, foram criados modelos numricos utilizando o mtodo dos elementos finitos para simular o comportamento dinmico das estruturas analisadas. Comparando os resultados obtidos em ambas as etapas de anlise, verifica-se que resultados experimentais e tericos apresentaram parmetros bastante prximos entre si nos primeiros modos de vibrao. Os resultados experimentais mostraram que ambos os mtodos estocsticos foram muito eficientes na identificao das estruturas ensaiadas.
Resumo:
Os ambientes marinho e costeiro do Brasil vm sofrendo nos ltimos anos um considervel processo de degradao ambiental, gerado pela crescente presso sobre os recursos naturais marinhos e continentais e pela capacidade limitada desses ecossistemas absorverem os impactos resultantes. No caso especfico da Baa do Guajar, situada no Esturio Guajar, na regio delimitada pela Baa do Maraj e pelos rios Par e Guam, estes riscos esto associados principalmente poluio oriunda da cidade de Belm e s operaes de transporte de derivados de petrleo. No caso da Baa do Guajar, sabe-se que ocorre o despejo de esgoto periodicamente, de acordo com a mar. Desta forma, pouco tem sido feito para amenizar os efeitos do problema. Os modelos numricos, por considerarem a complexidade dos fenmenos fsicos que governam o funcionamento dos ambientes costeiros, vm sendo utilizados como ferramentas em simulao hidrodinmica, com reconhecida importncia no gerenciamento costeiro. Sua aplicao pode dar suporte a estudos diversos, como no entendimento dos processos dispersivos de poluentes, implantao de sistemas de monitoramento de qualidade de gua, planejamento de aes em casos de derrame de leo, e avaliar as conseqncias de alteraes na geometria de canais e baas e esturios. Este trabalho tem como objetivo esclarecer essas questes e descreve as etapas necessrias para a construo de um modelo numrico de disperso na Baa do Guajar usando as ferramentas de Sistemas de Informao Geogrfica e o Mtodo de Elementos Finitos.
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Neste trabalho apresentamos a soluo do campo eletromagntico gerado por um dipolo eltrico horizontal em meios transversalmente isotrpicos com eixo de simetria vertical (TIV) e com eixo de simetria inclinado (TII). Para modelos unidimensionais, o campo eletromagntico foi obtido por duas metodologias distintas: (1) soluo semi-analtica das equaes de Maxwell com auxlio de potenciais vetores no caso TIV e (2) em modelos com anisotropia transversal inclinada o campo eletromagntico foi separado em primrio e secundrio, e ento, o campo secundrio foi calculado pelo mtodo de elementos finitos no domnio (k<sub>x</sub>, k<sub>y</sub>, z) da transformada de Fourier. Para estruturas bidimensionais, foi aplicada a mesma metodologia usado nos modelos TII unidimensionais, onde o campo secundrio foi calculado pelo mtodo de elementos finitos no domnio (x, k<sub>y</sub>, z), da transformada de Fourier, com a utilizao de malhas no estruturadas para discretizao dos modelos. Estas respostas foram usados para avaliar os efeitos da anisotropia eltrica nos dados CSEM marinho 1D e 2,5D.
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Esta tese mostra a modelagem 2,5D de dados sintticos do Mtodo Eletromagntico a Multi-frequncia (EMMF). O trabalho apresentado em duas partes: a primeira apresenta os detalhes dos mtodos usados nos clculos dos campos gerados por uma bobina horizontal de corrente colocada sobre a superfcie de modelos bidimensionais; e a segunda, usa os resultados obtidos para simular os dados medidos no mtodo EMMF, que so as partes real e imaginria da componente radial do campo magntico gerado pela bobina. Nesta segunda parte, observamos o comportamento do campo calculado em diversos modelos, incluindo variaes nas propriedades fsicas e na geometria dos mesmos, com o intuito de verificar a sensibilidade do campo observado com relao s estruturas presentes em uma bacia sedimentar. Com esta modelagem, podemos observar as caractersticas dos dados e como as duas partes, real e imaginria, contribuem com informaes distintas e complementares. Os resultados mostram que os dados da componente radial do campo magntico apresentam muito boa resoluo lateral, mesmo estando a fonte fixa em uma nica posio. A capacidade desses dados em distinguir e resolver estruturas alvo ser fundamental para o trabalho futuro de inverso, bem como para a construo de sees de resistividade aparente.
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Desenvolvemos a modelagem numrica de dados sintticos Marine Controlled Source Electromagnetic (MCSEM) usada na explorao de hidrocarbonetos para simples modelos tridimensionais usando computao paralela. Os modelos so constituidos de duas camadas estrati cadas: o mar e o sedimentos encaixantes de um delgado reservatrio tridimensional, sobrepostas pelo semi-espao correspondente ao ar. Neste Trabalho apresentamos uma abordagem tridimensional da tcnica dos elementos nitos aplicada ao mtodo MCSEM, usando a formulao da decomposio primria e secundria dos potenciais acoplados magntico e eltrico. Num ps-processamento, os campos eletromagnticos so calculados a partir dos potenciais espalhados via diferenciao numrica. Exploramos o paralelismo dos dados MCSEM 3D em um levantamento multitransmissor, em que para cada posio do transmissor temos o mesmo processo de clculos com dados diferentes. Para isso, usamos a biblioteca Message Passing Interface (MPI) e o modelo servidor cliente, onde o processador administrador envia os dados de entradas para os processadores clientes computar a modelagem. Os dados de entrada so formados pelos parmetros da malha de elementos nitos, dos transmissores e do modelo geoeltrico do reservatrio. Esse possui geometria prismtica que representa lentes de reservatrios de hidrocarbonetos em guas profundas. Observamos que quando a largura e o comprimento horizontais desses reservatrio tm a mesma ordem de grandeza, as resposta in-line so muito semelhantes e conseqentemente o efeito tridimensional no detectado. Por sua vez, quando a diferena nos tamanhos da largura e do comprimento do reservatrio signi cativa o efeito 3D facilmente detectado em medidas in-line na maior dimenso horizontal do reservatrio. Para medidas na menor dimenso esse efeito no detectvel, pois, nesse caso o modelo 3D se aproxima de um modelo bidimensional. O paralelismo dos dados de rpida implementao e processamento. O tempo de execuo para a modelagem multitransmissor em ambiente paralelo equivalente ao tempo de processamento da modelagem para um nico transmissor em uma mquina seqncial, com o acrscimo do tempo de latncia na transmisso de dados entre os ns do cluster, o que justi ca o uso desta metodologia na modelagem e interpretao de dados MCSEM. Devido a reduzida memria (2 Gbytes) em cada processador do cluster do departamento de geofsica da UFPA, apenas modelos muito simples foram executados.
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A Amrica do Sul apresenta vrias peculiaridades geomagnticas, uma delas, a presena do Eletrojato Equatorial, o qual se estende de leste para oeste no Brasil ao longo de aproximadamente 3500 km. Considerando-se o fato de que a influncia do Eletrojato Equatorial pode ser detectada a grandes distncias do seu centro, isto suscita o interesse em se estudar os seus efeitos na explorao magnetotelrica no Brasil. A influncia do eletrojato equatorial na prospeco magnetotelrica tem sido modelada para meios geolgicos uni e bidimensionais valendo-se para isto de solues analticas fechadas e de tcnicas numricas tais como elementos finitos e diferenas finitas. Em relao aos meios geolgicos tridimensionais, eles tem sido modelados na forma de "camadas finas", usando o algoritmo "thin sheet". As fontes indutoras utilizadas para simular o eletrojato equatorial nestes trabalhos, tem sido linhas de corrente, eletrojatos gaussianos e eletrojatos ondulantes. Por outro lado, o objetivo principal da nossa tese foi o modelamento dos efeitos que o eletrojato equatorial provoca em estruturas tridimensionais prprias da geofsica da prospeco. Com tal finalidade, utilizamos o esquema numrico da equao integral, com as fontes indutoras antes mencionadas. De maneira similar aos trabalhos anteriores, os nossos resultados mostram que a influncia do eletrojato equatorial somente acontece em frequncias menores que 10<sup>-1</sup> Hz. Este efeito decresce com a distncia, mantendo-se at uns 3000 km do centro do eletrojato. Assim sendo, a presena de grandes picos nos perfis da resistividade aparente de um semi-espao homogneo, indica que a influncia do eletrojato notvel neste tipo de meio. Estes picos se mostram com diferente magnitude para cada eletrojato simulado, sendo que a sua localizao tambm muda de um eletrojato para outro. Entretanto, quando se utilizam modelos geo-eltricos unidimensionais mais de acordo com a realidade, tais como os meios estratificados, percebe-se que a resposta dos eletrojatos se amortece significativamente e no mostra muitas diferenas entre os diferentes tipos de eletrojato. Isto acontece por causa da dissipao da energia eletromagntica devido presena da estratificao e de camadas condutivas. Dentro do intervalo de 3000 km, a resposta eletromagntica tridimensional pode ser deslocada para cima ou para baixo da resposta da onda plana, dependendo da localizao do corpo, da frequncia, do tipo de eletrojato e do meio geolgico. Quando a resposta aparece deslocada para cima, existe um afastamento entre as sondagens uni e tridimensionais devidas ao eletrojato, assim como um alargamento da anomalia dos perfis que registra a presena da heterogeneidade tridimensional. Quando a resposta aparece deslocada para baixo, no entanto, h uma aproximao entre estes dois tipos de sondagens e um estreitamento da anomalia dos perfis. Por outro lado, a fase se mostra geralmente, de uma forma invertida em relao resistividade aparente. Isto significa que quando uma sobe a outra desce, e vice-versa. Da mesma forma, comumente nas altas frequncias as respostas uni e tridimensionais aparecem deslocadas, enquanto que nas baixas frequncias se mostram com os mesmos valores, com exceo dos eletrojatos ondulantes com parmetros de ondulao = 2 e 3. Nossos resultados tambm mostram que caractersticas geomtricas prprias das estruturas tridimensionais, tais como sua orientao em relao direo do eletrojato e a dimenso da sua direo principal, afetam a resposta devido ao eletrojato em comparao com os resultados da onda plana. Desta forma, quando a estrutura tridimensional rotacionada de 90, em relao direo do eletrojato e em torno do eixo z, existe uma troca de polarizaes nas resistividades dos resultados, mas no existem mudanas nos valores da resistividade aparente no centro da estrutura. Ao redor da mesma, porm, se percebe facilmente alteraes nos contornos dos mapas de resistividade aparente, ao serem comparadas com os mapas da estrutura na sua posio original. Isto se deve persistncia dos efeitos galvnicos no centro da estrutura e presena de efeitos indutivos ao redor do corpo tridimensional. Ao alongar a direo principal da estrutura tridimensional, as sondagens magnetotelricas vo se aproximando das sondagens das estruturas bidimensionais, principalmente na polarizao XY. Mesmo assim, as respostas dos modelos testados esto muito longe de se considerar prximas das respostas de estruturas quase-bidimensionais. Porm, os efeitos do eletrojato em estruturas com direo principal alongada, so muito parecidos com aqueles presentes nas estruturas menores, considerando-se as diferenas entre as sondagens de ambos tipos de estruturas. Por outro lado, os mapas de resistividade aparente deste tipo de estrutura alongada, revelam um grande aumento nos extremos da estrutura, tanto para a onda plana como para o eletrojato. Este efeito causado pelo acanalamento das correntes ao longo da direo principal da estrutura. O modelamento de estruturas geolgicas da Bacia de Maraj confirma que os efeitos do eletrojato podem ser detetados em estruturas pequenas do tipo "horst" ou "graben", a grandes distncias do centro do mesmo. Assim, os efeitos do eletrojato podem ser percebidos tanto nos meios estratificados como tridimensionais, em duas faixas de freqncia (nas proximidades de 10<sup>-1</sup> Hz e para freqncias menores que 10<sup>-3</sup> Hz), possivelmente influenciados pela presena do embasamento cristalino e a crosta inferior, respectivamente. Desta maneira, os resultados utilizando o eletrojato como fonte indutora, mostram que nas baixas freqncias as sondagens magnetotelricas podem ser fortemente distorcidas, tanto pelos efeitos galvnicos da estrutura tridimensional como pela presena da influncia do eletrojato. Conseqntemente, interpretaes errneas dos dados de campo podem ser cometidas, se no se corrigirem os efeitos do eletrojato equatorial ou, da mesma forma, no se utilisarem algoritmos tridimensionais para interpretar os dados, no lugar do usual modelo unidimensional de Tikhonov - Cagniard.