44 resultados para Jornais Manchetes


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Esta dissertao se constitui em um estudo exploratrio para reconhecimento de cenrio sobre a cobertura de temas cientficos em jornais do Par, por isso, nossa ateno se voltou para a anlise de trs importantes jornais dirios paraenses ao longo de 130 anos: A Provncia do Par (1876-2002), Folha do Norte (1896-1974) e O Liberal (1946-atual). Para selecionar os textos sobre cincia desses peridicos, investigamos as edies de janeiro e julho de dez em dez anos de cada jornal, desde 1876 at 2006. Foram feitas adaptaes no protocolo da Rede Ibero-Americana de Monitoramento e Capacitao em Jornalismo Cientfico voltado para materiais televisivos para tornar possvel a pesquisa em jornais impressos. O protocolo se baseia no mtodo de anlise de contedo e possibilitou a caracterizao e sistematizao de informaes dos 496 textos encontrados com questes cientficas a partir da metodologia escolhida. Identificamos dados como a data de publicao do material, a presena de manchetes e chamadas na primeira pgina do jornal, o gnero jornalstico dos textos, a rea do conhecimento predominante, os recursos visuais utilizados, os enquadramentos, a contextualizao das questes cientficas, as explicaes de termos cientficos, os benefcios e malefcios e as promessas e riscos da cincia, as controvrsias cientficas e no cientficas, fontes e vozes, e os locais das pesquisas e dos pesquisadores presentes nos textos selecionados. Os dados evidenciaram que a cincia j era pauta dos jornais paraenses no fim do sculo XIX, mas ganharam mais espao a partir da segunda metade do sculo XX. Houve um grande destaque para as questes cientficas relacionadas sade, apesar das pesquisas espaciais tambm terem tido forte presena. Observamos ainda expressiva contextualizao e explicaes de termos cientficos. De forma geral, a cincia foi divulgada a partir do seu lado positivo, mostrando os seus benefcios, e com nfase nas descobertas cientficas. Por outro lado, foi dado pouco espao para a discusso de suas controvrsias. Os recursos visuais tambm foram raros. As principais fontes e vozes identificadas no corpus foram dos cientistas e instituies de pesquisa e a maioria dos pesquisadores foi constituda por homens. Houve ainda um equilbrio entre as pesquisas e pesquisadores do Brasil e aqueles de fora do pas. A Provncia do Par destacou temas da sade, de forma predominante, mas tambm das cincias exatas e engenharias e deu espao diferenciado a fontes e vozes no cientficas. A Folha do Norte publicou textos mais longos e com bastante contextualizao. J O Liberal enfatizou questes de medicina e cincias humanas e foi o nico peridico que deu mais destaque pesquisa e aos pesquisadores brasileiros e, em especial, aos paraenses.

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O debate em torno da viabilidade da construo da Usina Hidreltrica de Belo Monte, na regio Xingu do estado do Par, voltou a ocupar as pginas de dois principais jornais paraenses, O Liberal e Dirio do Par, aps 30 anos de criao do projeto pelo governo federal brasileiro. No perodo de 1/05/2009 a 30/09/2010, as publicaes reconstituram o ambiente de embate instaurado entre diversos agentes e instituies sociais a respeito do empreendimento hidreltrico, com a publicao de 475 textos jornalsticos sobre o tema, entre editoriais, entrevistas, artigos, notas, manchetes, notcias factuais e reportagens. Para compreender o processo comunicativo/discursivo de produo e reiterao de sentidos materializados nos textos jornalsticos dos peridicos, optou-se pela metodologia de anlise do discurso de vertente francesa, com ateno para as relaes existentes entre comunicao e discurso, as formaes discursivas presentes nas matrias, assim como a manifestao da interdiscursividade. Como resultado da anlise, exemplificada com a apresentao de seqncias discursivas de 32 textos selecionados do corpus principal e divididos em subtemticas, constata-se a predominncia do discurso desenvolvimentista em detrimento do socioambiental, apresentando fortes vnculos com outros discursos j proferidos sobre a Amaznia, esta ainda vista como um local repleto de riquezas a serem exploradas para atender aos interesses externos regio. Percebe-se tambm a valorizao das declaraes de fontes oficiais e de representantes de ONGs preservacionistas, artistas e pesquisadores, sendo que os Povos da Floresta permanecem em um plano de visibilidade inferior na reconstruo da polmica sobre a Usina de Belo Monte.

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Esta dissertao tem como intuito a anlise do contedo noticioso dos jornais impressos (2009-2010) das cidades paraenses de Santarm e Marab, que anualmente enfrentam inundaes no perodo do inverno amaznico (de Dezembro a Junho). O objetivo analisar se h Comunicao de Risco e como o risco comunicado nos jornais locais no decorrer das etapas da Gesto de Risco. H efetividade na Comunicao de Risco? Para isso, a metodologia foi pautada na anlise do contedo, tendo em vista investigar a forma, contedo, nmero e memria miditica do Jornal de Santarm e Baixo Amazonas - JSBA (Santarm) e do Jornal Correio do Tocantins - CT (Marab), na temporalidade estabelecida. O principal referencial terico que serviu de base para pesquisa est vinculado aos conceitos de Comunicao de Risco, Anlise do Contedo e Gesto de Risco, encontrados respectivamente nas obras de Di Giulio (2008), Bardin (2009) e Jungles (2012). Na comparao entre os jornais, observou-se que o JSBA apresentou maior quantidade de publicaes e um contedo mais informativo do que o JCT, porm, a forma mostrou-se mais consistentes no segundo jornal. Quanto memria miditica, o Correio do Tocantins apresentou o elemento do esquecimento miditico, que caracteriza a ausncia de publicaes sobre o tema por um longo perodo, enquanto que o JSBA abordou a temtica em quase todos os meses. Logo, constatou-se que em 2009, os jornais faziam a comunicao do risco e no a Comunicao de Risco. Porm, aps o evento extremo (inundao) vivido em 2009, no ano posterior, a Comunicao de Risco, que alerta a populao antes da ocorrncia do desastre, passou a ganhar seus primeiros contornos no Jornal de Santarm e Baixo Amazonas, em detrimento do Jornal Correio do Tocantins, que continuou a apresentar os mesmos resultados.

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Os impactos socioeconmicos dos Eventos Extremos de Precipitao Diria em Belm-Par foram estudados com base em histrias relatadas nas notcias dos jornais da cidade durante o perodo de 1987 a 2009. Estes eventos foram caracterizados como extremos por meio da Tcnica do Decil. O objetivo foi identificar as consequncias e os principais bairros afetados pelos eventos extremos de precipitao diria. Os anos que estiveram sob influncia do fenmeno El Nio (La Nia) foram os que apresentaram menor (maior) frequncia de Eventos Extremos de Precipitao e de noticias publicadas nos jornais da cidade. A variao mensal mostrou que os Eventos Extremos e as notcias dos jornais foram maiores no perodo "mais chuvoso" (vero/outono austral). As histrias relatadas nas notcias dos jornais da cidade indicaram que o alagamento das ruas a principal consequncia dos eventos extremos para a cidade de Belm-Par e os bairros mais afetados so Cremao, Jurunas e Batista Campos. Esses bairros so vizinhos e tem como fator comum a presena da bacia hidrogrfica da Travessa Quintino Bocaiva, a qual apresenta baixa declividade e dificulta o escoamento da gua, favorecendo a formao de pontos de alagamentos. Identificou-se que a falta de infraestrutura da cidade o fator predominante quanto consequncia dos eventos extremos de precipitao diria.

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Esta dissertao tem por objetivo investigar a presena dos escritores ingleses nas obras de escritores brasileiros do sculo XIX. Os romancistas ingleses que se destacaram na Inglaterra do sculo XVIII foram Daniel Defoe, Samuel Richardson e Henry Fielding. Eles contriburam para ascenso e consolidao do romance como gnero literrio. No Brasil, o romance desenvolveu-se com maior liberdade e atraiu o pblico leitor. O novo pblico comea a ler romances que recriavam a cidade, as ruas e a vida de uma classe social emergente: a burguesia. O novo gnero que surgiu na Inglaterra promoveu o crescimento do comrcio, a proliferao de revistas e jornais, de cunho popular e literrio. Os escritores brasileiros como Jos de Alencar e Machado de Assis sofreram influncias dos escritores ingleses, no entanto, essa influncia no foi refletida somente nos romances desses escritores, foi sentida tambm nos negcios, na cultura e na vida social do Brasil. Alguns exemplos dessa presena so igualmente revelados nas obras de Machado de Assis por meio das citaes, das referncias e das aluses. Machado de Assis, sempre quando possvel, faz referncias aos escritores ingleses tanto dos sculos XVI e XVIII quanto do sculo XIX, tais como Shakespeare, Swift, Fielding. Sterne, Lamb e Dickens entre outros romancistas ingleses.

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A presente dissertao tem como tema a viagem que Mrio de Andrade realizou em 1927 Amaznia. O enfoque est em suas impresses de viagem. Procuro fazer um acompanhamento cronolgico e topogrfico, atravs dos textos constantes em suas anotaes presentes no dirio de viagem, mais tarde intitulado O Turista Aprendiz, nas referncias mesma nas correspondncias trocadas com o amigo Manuel Bandeira durante esse perodo. Alm disso, trago tona o acompanhamento dos eventos que envolveram a comitiva, atravs de textos dos jornais FOLHA DO NORTE, CORREIO DO PAR, A CONSTITUIO, DIRIO DE BELM, O IMPARCIAL E O DIA. Estabeleo a ligao entre essa viagem e o perodo em que esteve em Belm com o movimento modernista existente no Par, procurando contextualiz-lo em relao ao que ocorrera at aquele momento. Estabeleo tambm um vinculo entre a viagem real empreendida por Mrio de Andrade e a Viagem Ficcional, realizada por Abguar Bastos, ao ficcionalizar Mrio de Andrade no Romance Safra.

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Descreve a implementao de um software de reconhecimento de voz para o Portugus Brasileiro. Dentre os objetivos do trabalho tem-se a construo de um sistema de voz contnua para grandes vocabulrios, apto a ser usado em aplicaes em tempo-real. So apresentados os principais conceitos e caractersticas de tais sistemas, alm de todos os passos necessrios para construo. Como parte desse trabalho foram produzidos e disponibilizados vrios recursos: modelos acsticos e de linguagem, novos corpora de voz e texto. O corpus de texto vem sendo construdo atravs da extrao e formatao automtica de textos de jornais na Internet. Alm disso, foram produzidos dois corpora de voz, um baseado em audiobooks e outro produzido especificamente para simular testes em tempo-real. O trabalho tambm prope a utilizao de tcnicas de adaptao de locutor para resoluo de problemas de descasamento acstico entre corpora de voz. Por ltimo, apresentada uma interface de programao de aplicativos que busca facilitar a utilizao do decodificador Julius. Testes de desempenho so apresentados, comparando os sistemas desenvolvidos e um software comercial.

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A vinda da famlia real para o Brasil, em 1808, trouxe grandes mudanas e entre elas a primeira manifestao peridica o Correio Brasiliense, editado em Londres. No incio do sculo XX, sobretudo, com a Semana de Arte Moderna em 1922, surgem revistas como: Klaxon, Esttica, Festa e outras. A partir delas editam-se outras que constituram importantes documentos da sociedade brasileira e registram a nova tendncia do pblico leitor. O Par no ficou ausente desses acontecimentos e teve a Imprensa como seu principal veculo de divulgao. Algumas revistas e alguns jornais surgiram nessa poca na capital do Estado, entre as quais se destacou a revista A Semana, que circulou por vinte e cinco anos. Esse semanrio mantinha correspondncia com outras regies do Brasil: So Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Maranho. Nessas regies havia colaboradores da revista, o que permitia a troca de informaes do que acontecia no mundo literrio e no mundo cultural. Dos peridicos compilados foram selecionados quatro exemplares do ano de 1939 para serem estudados, neste trabalho. Neles foram feitos levantamentos da capa, das publicaes literrias, do gnero a que essas produes pertenciam e de seus respectivos autores. Pelo quadro-resumo feito dessas edies, percebeu-se que os editores procuravam seguir um padro divulgando textos de cunho literrio, como contos, poemas, trechos de romances, ensaios, entre outros. Em algumas dessas produes ficaram evidentes que nem todas absorveram a nova tendncia esttica que veio com A Semana de Arte Moderna, pois havia escritores que oscilavam entre as estticas Romntica, Simbolista e Parnasiana. Por outro lado existiam aqueles que se destacavam, incorporando esse novo tempo literrio. Em meio a essas produes despontava a figura feminina, num lugar de destaque, que alm de ilustrarem a capa do peridico ainda apareciam nas pginas subseqentes. Todas essas informaes divulgadas no peridico deram mais credibilidade Revista e permitiu que a Literatura Paraense fizesse parte desse novo momento da Literatura Brasileira.

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Investiga a qualidade da informao e dos servios da Base de Dados de Informaes Jornalsticas sobre a Amaznia: cincia, tecnologia e meio ambiente - BDIJAm, sistematizada pelo Museu Paraense Emlio Goeldi MPEG e pela Universidade Federal do Par UFPA, cujo resultado apontar caminhos para o maior benefcio, por parte dos usurios, no que diz respeito ao uso, estrutura e funcionamento da BDIJAm com vistas ao melhor aproveitamento de seu contedo e de seus servios. Trata da experincia no Projeto de Pesquisa Cincia e Comunidade: Comunicao e Educao para Preservao Ambiental e Cultural na Amaznia Oriental Brasileira, que originou o Sub-Projeto Temticas Amaznicas: Dossis Comentados e Qualidade da Informao sobre Cincia Tecnologia e Meio Ambiente. A BDIJAm representa um passo significativo para a democratizao de informaes estratgicas sobre a Amaznia e representa ainda a conservao e divulgao do acervo de jornais. Com parte do acervo j digitalizado, disponibiliza cerca de 20 mil registros, dos anos de 1992 a 2006 via web, sobre informaes estratgicas da Amaznia, conservao e divulgao do acervo jornalstico (hemeroteca) do Museu Paraense Emlio Goeldi, alm de constituir um importante recurso pedaggico no s para a formao dos professores, como tambm para utilizao do seu acervo em sala de aula. A BDIJAm representa um passo significativo da democratizao da informao sobre a Amaznia.

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A divulgao de estudos em jornais do sculo XIX se torna cada vez mais necessria, pois contribui para um melhor entendimento do processo de produo, circulao e formao da Histria Literria Brasileira. Neste trabalho, analisa-se um dos principais jornais da imprensa paraense oitocentista - O Jornal do Par (1862 -1878) - que destinou vrios espaos para publicao literria e manteve estveis dilogos com peridicos de outros estados, como o impresso carioca Jornal das Famlias - produzido pela Editora Garnier e dirigido sob a mesma linha conservadora do peridico paraense. Desse jornal familiar foram extrados desde tradues a textos de autores consagrados, como Machado de Assis. Esses espaos reservados para a conversa entre os peridicos mostram que o Par no ficou a parte das conjecturas de seu tempo, como tambm participou ativamente do cenrio que ajudou a constituir a Literatura Brasileira.

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O artigo objetiva apresentar sucintamente os resultados de um estudo mais amplo sobre o atendimento criana desvalida no Gro Par, destacando o Instituto Paraense de Educandos Artfices. Tem como questo base: qual o objetivo principal do governo da Provncia com a fundao desse Instituto? As fontes primrias utilizadas foram: os relatrios presidenciais e dos diretores do Instituto, a legislao educacional local, minutas de ofcios, e jornais que circulavam na provncia poca. Os resultados revelam que o atendimento oferecido se caracterizou como mais um instrumento de consolidao dos ideais iluministas produzidos na Europa, materializados no projeto civilizador de transformar ndios e mestios em cidados distinctos e morigerados.

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Esta dissertao tem por objetivo discutir parcela da trajetria do escritor Haroldo Maranho (1927-2004), revelada luz dos documentos pertencentes ao seu arquivo pessoal. O estudo se organiza tendo em vista trs perspectivas: o Haroldo Maranho leitor, possuidor de um acervo bibliogrfico acumulado ao longo de anos, o Haroldo Maranho jornalista, nascido e formado profissionalmente no seio de um cl que por meio sculo esteve frente de um dos jornais mais influentes da capital paraense, a Folha do Norte, e o Haroldo Maranho escritor, em seus freqentes embates com as prticas que regem a lgica do mundo editorial.

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O presente trabalho se circunscreve no mbito da Histria da infncia, mas precisamente na do estado do Par, que se caracteriza enquanto uma rea ainda carente de produes acadmicas, o que contribui para justificar a inteno e a relevncia em constru-lo. A problemtica do estudo se debruou em descobrir: quais os discursos veiculados sobre a infncia paraense nos jornais A Provncia do Par e a Folha do Norte, no perodo 1900-1910? O seu objetivo geral analisar os discursos veiculados pelos jornais A Provncia do Par e Folha do Norte sobre a infncia paraense no perodo compreendido entre 1900-1910. J enquanto objetivos especficos tm-se: mapear os fatos mais recorrentes sobre os quais a criana se tornava assunto nos jornais paraenses do perodo de 1900-1910; analisar luz da teoria bakhtiniana aspectos discursivos dos anncios, colunas, galeria, notcias e propagandas contidos nos jornais A Provncia do Par e Folha do Norte, a fim de evidenciar os discursos implcitos e explcitos relacionados infncia no perodo investigado; perceber, por meio dos discursos dos jornais escolhidos, aspectos inerentes infncia no que tange ao lugar da criana em relao escola, famlia e sociedade no contexto pesquisado; e evidenciar o tratamento dispensado infncia das diferentes classes sociais a partir dos discursos veiculados pelos jornais A Provncia do Par e Folha do Norte, na primeira dcada do sculo XX. A anlise das peas, num total de 39, foi fundamentada na perspectiva analtico-discursiva de Mikhail Bakhtin (1997; 2004). Nas peas analisadas: anncios, notcias, propagadas e na galeria infantil foi possvel perceber que na constituio destas circulavam uma infinidade de discursos que contribuam para mostrar o valor atribudo infncia pelos jornais A Provncia do Par e Folha do Norte. A exemplo, tem-se o discurso do higienismo, da valorizao do trabalho enquanto prtica dignificante, regenerante e moralizante, o discurso ideolgico da mulher como cuidadora, do cientificismo em detrimento do conhecimento popular, entre outros. Percebeu-se que socialmente infncia era concebida a partir da classe social na qual o sujeito estava inserido, ou seja, no caso da criana pobre, notou-se que esta era sempre tratada como um sujeito que estava largado a prpria sorte, sem perspectivas de um futuro, tendo em vista que ela sempre vai ser tida como a desafortunada, a infeliz, a pobre creana; j a da classe economicamente mais favorecida sempre vista como a bela, formosa, ingnua, bem cuidada e como um ser que ter um futuro promissor.

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Durante o governo da Ditadura Militar, a Amaznia se tornou parte do projeto de prioridades para ajudar o Brasil a alcanar um desenvolvimento maior. O Par teve nesse processo grande destaque por ser o portal de entrada da regio. Assim, boa parte dos empreendimentos que foram implantados neste estado, no levava em considerao a populao que habitava esta longnqua parte do Brasil, h muito esquecida pelos governos federais. Os projetos pensados eram totalmente opostos ao tipo de atividades econmicas que durante sculos se trabalhava na regio pelas comunidades existentes, como dos indgenas ou dos colonos. Os projetos agroindustriais tinham como meta a apropriao de grandes quantidades de terra para alcanarem seus objetivos. Com a concesso dos representantes militares, a Amaznia sofreu profundas mudanas depois da instalao desses agros negcios, fazendo com que muitas cidades que j existiam vivessem uma fase de grandes conflitos para no permitirem que os projetos se instalassem simplesmente de acordo com a vontade desses empresrios e que prejudicassem inmeras famlias. O municpio de Moju vivenciou esse cenrio. O processo de instalao das agroindstrias se iniciou ainda na dcada de 1970, mas foi na dcada de 1980 que os colonos viram-se ameaados de perder suas terras para esses empreendimentos. Dessa forma, neste trabalho, analiso como se deu entrada desses projetos, assim como a organizao desses colonos e os enfrentamentos que tiveram durante todo este perodo e que fez com que com que este cenrio se transformasse em palco de guerra durante vrios momentos. Os documentos utilizados como dossi, reportagem de jornais, atas de reunies, reportagem de revistas, entrevistas de lideranas sindicais, lavradores, vitimas da violncia, ajudam a entender como se deu este processo turbulento na pequena cidade, que a todo custo deveria chegar ao desenvolvimento econmico.

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A presente dissertao trata da atuao de intelectuais (poetas, jornalistas, militantes, estudantes, folcloristas, antroplogos) e artistas populares na formao da chamada MPB, Msica Popular Brasileira, no Par. Entre meados da dcada de 1960 e de 1970, setores intelectualizados da classe mdia paraense iniciaram uma grande mobilizao no sentido de atualizarem a msica popular produzida em Belm aos debates polticos e estticos que a MPB realizava no restante do pas. Festivais foram realizados, grupos de poesia e msica surgiram, atuaes polticas se misturavam com posturas boemias e grande atividade artstica. A nova intelectualidade buscava ao mesmo tempo fazer uma msica moderna, mas pautada em elementos da cultura popular paraense ou amaznida. Em meio a novos artistas advindos destes setores da sociedade uma reviso da memria da msica popular se fazia e antigos nomes eram incorporados a uma tradio. Concomitantemente a isso, o carimb, que at ento estava restrito s cidades e comunidades interioranas, surge em Belm como uma exploso musical e torna-se msica consumida pelas rdios, TVs e indstria do disco. A urbanizao deste gnero do folclore regional leva a um amplo debate sobre autenticidade, mercado e identidade cultural da regio amaznica e do Par em particular. Neste processo, artistas de extratos populares entram em cena dando sua contribuio msica popular do Norte. O amplo debate nos jornais sobre o carimb (sua autenticidade ou sua degenerao frente ao mercado) se soma as atuaes da jovem intelectualidade. Neste complexo contexto de mltiplas atuaes surge uma MPB de feies regionais.