7 resultados para Massacre
em Repositório Institucional UNESP - Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho"
Resumo:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Resumo:
Pós-graduação em Ciências Sociais - FFC
Resumo:
Em O enteado (2002), de Juan José Saer, tem-se um velho narrador que conta de forma poética a sua história, uma singular experiência de vida. Quando jovem, ele viajava como grumete num navio que costeava a Bacia do Rio da Prata, quando presenciou o ataque súbito e posterior massacre da tripulação do barco pelos índios da região. Como único sobrevivente da carnificina, é praticamente adotado pelos selvagens, passando a conviver com eles, sem saber ao certo a razão de ter sido poupado. Mas a maneira de viver daqueles índios revelou-se bem estranha, pois eram antropófagos, faziam sexo em grupo (orgias), morriam muito cedo, e a peculiar linguagem que praticavam dificultava o aprendizado da língua, e, conseqüentemente, da própria cultura. Assim, esse livro tacitamente promove um debate sobre a Conquista Hispânica da América, do ponto de vista particular de um narrador que constrói poeticamente a sua visão daquele passado, que não diz respeito a nenhum fato histórico preciso. Mas, enquanto a historicidade desse texto transparece nas suas entrelinhas, a sua imanente poesia define o seu aspecto de prosa poética, senão de narrativa poética, traços que apontam para um possível hibridismo literário nesse romance.
Resumo:
Este estudo procura problematizar as compreensões e explicações à cerca da “(re)construção da identidade cultural”. Questionamos se o termo crise é apropriado para refletir sobre identidades já que elas jamais foram fixas e, assim, não podem entrar em crise. As diferentes crises que afetam o sujeito contemporâneo – econômicas, políticas, sociais, ambientais e culturais – insere em nós feixes de mal-estares, nos inquietando. E, diante de um processo de criação cultural, em permanente construção e transformação, em seu exercício direto e indireto na produção dos sujeitos e na valoração e interpretação dos significados das culturas populares, somos forçados a procurar novos caminhos e identificações da própria existência na constituição do sujeito. Neste caos existencial contemporâneo é possível observar a dificuldade de sustentar “identidades culturais”, justamente pelas características das transformações culturais dinâmicas, presente na sociedade globalizada. Tais mudanças provocam confusões no sujeito, principalmente quando este se questiona sobre sua “identidade cultural”. São muitos abalos internos e socioculturais, as denominadas “crises de identidade”. O fluxo rápido de informações e a facilidade de troca de experiências disponíveis nos dias de hoje trazem à tona a falta de referência, que desestabiliza e fragmenta a idéia de identidade do próprio indivíduo. As crenças que envolvem questões de sentido cultural estão sofrendo abalos pela velocidade das transformações que sofre o homem contemporâneo. Desta forma, as expressões livres, diversas e criativas, estão a caminho da homogeneização, sendo assim, aparenta ser impossível para alguma “identidade” resistir intacta ao massacre da cultura de massa globalizada, tida pelas políticas de subjetivação e pelas forças da indústria cultural. Neste exercício... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo)
Resumo:
A partir da constituição de 1988, em que os indígenas finalmente conseguiram um espaço para a preservação de seus direitos culturais, étnicos e lingüísticos, procurouse pensar em políticas eficazes que os garantissem, e uma delas, sem dúvida, é uma educação escolar indígena de qualidade, que busca se consolidar como “plurilíngüe e intercultural, específica e diferenciada, como necessária, indispensável e um direito”, tal qual vários pesquisadores ressaltam. Este é um passo muito importante, uma vez que, segundo Maher (2005), a educação indígena, desde a colonização até os anos 1970, era um verdadeiro massacre para esses povos. Porque, tomando Grupione (2006), os indígenas foram considerados ignorantes ao longo desse tempo e essas atitudes se justificavam sob o pretexto de “ajudá-los a serem civilizados”. Diante dessas questões, o ensino sobre leitura e produção de texto é fundamental enquanto instrumento para aprendizagem e para preservação cultural indígena e porque se propõe uma análise crítica de fato, cuja correção irá além de maniqueísmos de certo/errado, sempre visando especificidades de cada texto para se conceber quais conhecimentos atenderão melhor as necessidades de cada professor ou aluno, o que permite maior consciência textual e argumentativa. Estes são interesses dos próprios juruna, povo com quem trabalhamos, afirmados em seu Projeto Político Pedagógico, pela mesma idéia de preservação cultural e interação com os não-índios. São os próprios indígenas quem vêem a escola como meio de ascensão social, como afirma Ladeira (2004). Assim, nos posicionamos a favor de projetos de revitalização lingüística que promovam os direitos culturais e de uma educação escolar de qualidade
Resumo:
This paper presents a comparative study concerning the novel The queen Margot (1845), by Alexandre Dumas father, and the homonymous movie (1994), by Patrice Chéreau, mainly considering its historical character, the production conditions of each “discourse” and the personages’ performances in both narratives. The novel has been originally published in the form of feuilleton in the French newspaper La presse, during the years 1844 and 1845, what explains its long extension and the correlation among the chapters. It constitutes a trilogy, the action of which takes place during the religion wars, affording to the text the classification of a traditional historical novel, having the episode of St. Bartholomew carnage as its most striking event. Regarding the movie, which has been awarded five Cesar prizes, two rewards in Cannes Festival and an indication to the Oscar for the best costume design, it also counts with Isabelle Adjani as the protagonist actress. With a few relevant differences regarding the novel, it is remarkable that the action in the movie happens in august 1572 in a Paris that is the center of conflicts among Catholics and Protestants. In this scenery, the comparison between the two artistic manifestations is based strictly on the analysis of the personages’ profiles, the circumstances in which they have been produced and the historical aspects surrounding the two works.