111 resultados para Estratégia de Atenção Psicossocial
em Repositório Institucional UNESP - Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho"
Resumo:
O objetivo central é discutir a possibilidade de uma ética pertinente ao conjunto de ações atualmente realizadas sob o enfoque da Atenção Psicossocial no campo da Saúde Mental Coletiva. Utilizando o método do ensaio, partirei da análise de algumas proposições importantes sobre a ética na Saúde Mental, presentes na literatura recente, e da experiência de vários anos no campo da Atenção Psicossocial como trabalhador, como assessor clínico-institucional do Ministério da Saúde e como formador de psicoterapeutas. Duas vertentes de análise são consideradas: éticas disciplinares, chamadas éticas da psiquiatria, incluindo uma tentativa importante de complementá-las criticamente sob o enfoque da ética do cuidado, e éticas fundadas em concepções psicanalíticas do sujeito e seu sofrimento, que destacam as dimensões do sujeito como entre social e como entre subjetivo ou entre sentido. Com base nas diretrizes do Sistema Único de Saúde e na psicanálise do campo freudiano, procura-se fundamentar a ética da Clínica na Atenção Psicossocial como ética do cuidar-se - base necessária para a construção do protagonismo dos sujeitos do sofrimento na produção do sentido necessário à superação do sofrimento e demais impasses que motivaram a procura de ajuda, e para a possibilidade de seu reposicionamento no entre social e no entre sentido; componentes da saúde em sintonia com a subjetividade singularizada referenciada nos Ideais socioculturais e no devir desejante. Demonstra-se que essa ética exige dos trabalhadores do campo a superação dialética dos modos de produção de saúde e subjetividade em sintonia com o Modo Capitalista de Produção e seus derivados autoritários.
Resumo:
No Brasil, vemos surgir, a partir da década de setenta, diversas propostas inovadoras no campo da atenção à saúde mental. A partir de então, multiplicam-se no país ambulatórios de psicologia e psiquiatria, hospitais-dia, residências terapêuticas e diversos núcleos/centros de atenção psicossocial. Transformados em política pública, os centros de atenção psicossocial espalham-se pelo país, preconizando um atendimento ambulatorial, interdisciplinar e de orientação territorial. Geralmente formado sob os auspícios de um grande hospital, o psiquiatra que se propõe a trabalhar, a partir da ótica psicossocial, imerso em uma pequena cidade, vê-se exposto às diversas contradições e ilogicidades do discurso psiquiátrico clássico. Os variados saberes locais são uma ameaça ao saber psiquiátrico medicamente constituído. Respostas, antes fáceis no interior do hospital, têm variadas implicações no território e adquirem uma complexidade para a qual o psiquiatra não se encontra preparado. Assim, este trabalho tenta demonstrar a dissonância entre essas duas espécies de psiquiatria: a clássica (afinada com a biologia, com a normatividade e com a instituição) e a psicossocial (que se volta para respostas localmente construídas e que se afina com o homem, em uma dimensão muito além do seu corpo).
Resumo:
Esta investigação teve por objetivo apreender como os familiares de portadores de transtorno mental têm convivido com um serviço de saúde mental. Foi utilizado o método exploratório/descritivo, de natureza qualitativa. Como instrumento de coleta de dados, utilizou-se uma entrevista semiestruturada, sendo sujeitos dessa pesquisa seis familiares que já conviviam há mais de três anos com o adoecimento psíquico. A análise dos dados permitiu inferir que os familiares que acompanham o usuário têm de lidar com um aprendizado que adquiriram na vivência cotidiana e são sujeitos à rejeição de membros da família e da comunidade; com relação ao centro de atenção psicossocial, os familiares se sentem acolhidos em suas queixas, recebendo um atendimento singular; porém, desconhecem os mecanismos para a sua participação social, o que aponta para uma deficiência do serviço, à medida que este deve estimular formas de inserção na comunidade, e da ampliação dos direitos de cidadania dos usuários.
Resumo:
Pós-graduação em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem - FC
Resumo:
Pós-graduação em Psicologia - FCLAS
Resumo:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Resumo:
Pós-graduação em Psicologia - FCLAS
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Pós-graduação em Psicologia - FCLAS
Resumo:
Pós-graduação em Psicologia - FCLAS
Resumo:
Pós-graduação em Psicologia - FCLAS
Resumo:
Com a reforma psiquiátrica o modelo de atenção à saúde mental sofreu transformações, retirando a centralização do poder do hospital psiquiátrico por meio da implantação de programas e serviços substitutivos de atenção e cuidado aos sujeitos em sofrimento psíquico, sendo que uma das principais estratégias adotadas é a consolidação dos Centros de Atenção Psicossocial. O retorno do sujeito ao convívio familiar após longos anos de internação coloca em questão a dificuldade do convívio social e familiar, assim como a retomada dos cuidados da família em relação a este. Assumir os cuidados de um paciente psiquiátrico pode gerar sobrecarga e muitas vezes, significa renunciar às próprias necessidades, projetos e desejos, colocando os do paciente/familiar em primeiro plano. A presente pesquisa tem por objetivo investigar a presença de indicadores de sobrecarga em cuidadores informais de pessoas com transtornos mentais atendidas em um Centro de Atenção Psicossocial - CAPS de um município do interior de São Paulo. Participaram da presente pesquisa 37 cuidadores informais de pessoas com transtornos mentais. Para coleta de dados foram utilizados dois instrumentos: um roteiro de entrevista para caracterização da amostra e o protocolo ZaritBurden Interview (ZBT) para avaliar a presença de indicadores de sobrecarga. Os dados foram analisados de acordo com os escores atribuídos no manual de aplicação da escala padronizada. Os resultados obtidos revelam o predomínio da sobrecarga moderada e modera da severa (78%), indicando a necessidade de intervenção junto aos cuidadores no sentido de desenvolver estratégias que favoreçam o cuidado e ao mesmo tempo preservem sua saúde.
Resumo:
Pós-graduação em Psicologia - FCLAS
Resumo:
O presente trabalho tem por objetivo analisar a experiência de uma oficina de narração de histórias, a oficina Canto dos Contos, realizada no contexto terapêutico de um Centro de Atenção Psicossocial (um CAPS), equipamento do Sistema Único de Saúde (o SUS), na cidade de São Paulo, em 2012. Considerando o CAPS como parte fundamental da reforma psiquiátrica brasileira, a oficina expressiva de narração de histórias foi buscando, ao longo de seu percurso, delinear seus limites e marcar suas diferenças em relação aos espaços terapêuticos já existentes no CAPS. Assim, a partir da escuta conjunta e apreciação de narrativas, acessamos lembranças resgatadas pelos participantes e pudemos criar, relembrar e renovar memórias antes confusas e esquecidas. Como resultado final, rodas de narrativas foram realizadas dentro e fora do espaço terapêutico do CAPS e um livro foi publicado. Essa presente contextualização e reflexão acerca de um trabalho realizado por uma arte/educadora em um Centro de Atenção Psicossocial faz-se oportuna, uma vez que os CAPS’s e a saúde mental como um todo são um campo que vem se abrindo, cada vez mais, para profissionais de áreas artísticas, tanto pela afinidade que as Artes sempre tiveram com pensamentos que rompem com paradigmas de realidade, quanto pela potência terapêutica existente em práticas expressivas. Esperamos que pensar e avaliar a narração de histórias utilizada como instrumento no percurso terapêutico dos pacientes de um CAPS possa contribuir para que trabalhos semelhantes, neste e em outros contextos, aprimorem as experiências aqui descritas.