56 resultados para Caranguejo

em Repositório Institucional UNESP - Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho"


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O objetivo deste estudo é caracterizar pela primeira vez alguns aspectos da reprodução do caranguejo-uçá em manguezais da Baía da Babitonga (Santa Catarina). Além disso, a densidade e o tamanho do estoque deste recurso pesqueiro foram também estimados. Os exemplares foram coletados mensalmente, de maio de 2002 a abril de 2003, em duas áreas distintas: Iperoba e Palmital; um total de 2265 espécimes (1623 machos e 642 fêmeas) foi analisado. Os machos com gônadas maturas foram registrados durante todo o ano, enquanto as fêmeas com gônadas maturas ocorreram em apenas cinco meses. As fêmeas ovígeras foram registradas apenas em dezembro e janeiro. O etograma do fenômeno de migração reprodutiva (andada) esteve em concordância com a maior atividade de caranguejos associada às luas cheias e novas, com maior intensidade em dezembro e janeiro, relacionados ao verão austral. A densidade total no Manguezal de Iperoba foi de 2,05 ± 0,97 ind./m², não diferindo significativamente daquela registrada para o Manguezal do Palmital (2,06 ± 1,08 ind./m²) (p < 0,05). A média global para a estimativa de densidade na Baia da Babitonga foi de 2,05 ± 1,00 ind./m², correspondendo a 1,42 ± 0,89 ind./m² com base nas galerias abertas e 0,64 ± 0,63 ind./m² para as galerias fechadas.

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A total of 58 Ucides cordatus (Linnaeus, 1763) ovigerous females in final embryonic stage were collected in mangrove forest at Iguape (São Paulo). Each female were kept in laboratory until the larvae hatching and had their carapace width (CW) measured with caliper (0.05 mm) and the larval number (LN) calculated by volumetric method. The hatching rates (HR) were calculated for each animal's size class (5 mm). The values of LN and CW obtained were subjected to regression analyses and the best fitting model was chosen by comparing the obtained determination coefficients (R²). The fertility varied from 71,200 to 220,800 larvae (147,169 ± 32,070 larvae), corresponding to 41.7 to 76.8 mm CW (63.7±7.9 mm), respectively. The relationship LNxCW was expressed by the equation LN = 284.1CW1.5º¹ (N = 58; R² = 0.74; p < 0.01), that showed a positive correlation between the variables. Most part of ovigerous females (89.7%) showed their hatching during the nightly period. A negative correlation between HR and CW was observed in these animals (p < 0.05), probably due to reduction of spermatophores in the seminal receptacle (multiparous females) or due to senility in the females with large size. The biological studies of U. cordatus are very important for practices adoption that preserve and make the rational use of this recourse in Brazilian's mangrove forests.

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A biologia de caranguejos de água doce tem sido pouco enfocada na literatura carcinológica, especialmente em relação ao crescimento das espécies da família Trichodactylidae. Este estudo visa determinar as curvas de crescimento em tamanho e peso, bem como a longevidade e a idade na muda pubertária dos caranguejos de água doce Dilocarcinus pagei Stimpson, 1861. As amostras foram obtidas mensalmente na Represa Municipal de São José do Rio Preto (São Paulo), de outubro/1994 a setembro/1996. Os indivíduos tiveram o sexo determinado, sendo também mensurados (LC = largura do cefalotórax) e pesados (PE = peso úmido). O crescimento dos indivíduos foi determinado pelo método de distribuição dos exemplares em classes de tamanho, sendo utilizado o programa FiSAT para a determinação das curvas através do ajuste não linear dos dados pelo modelo de Bertalanffy. Foram analisados 962 exemplares (534 machos e 428 fêmeas) e as curvas de crescimento em tamanho foram expressas pelas equações LC Machos = 61,7[1-e-0,97(t+0,041)] e LC Fêmeas = 57,1[1-e-1,41(t+0,031)], enquanto o crescimento em peso foi melhor representado por PE Machos = 65,2[1-e-0,97(t+0,041)]3,08 e PE Fêmeas = 44,9[1-e-1,41(t+0,031)]2,82. O tamanho assintótico dos machos (61,66 mm) foi pouco superior ao das fêmeas (57,09 mm), ocorrendo o inverso para a longevidade, estimada em 2,4 e 2,7 anos, respectivamente. O tamanho máximo estimado com base em 95% do tamanho assintótico foi de 58,6 mm para os machos e 54,2 mm para as fêmeas, valores muito próximos dos maiores tamanhos registrados na natureza para cada sexo (55,8 mm). A muda da puberdade dos machos ocorreu com idade superior à das fêmeas (tMachos = 1,2 anos e tFêmeas = 0,9 anos). Os resultados obtidos neste trabalho são inéditos na literatura carcinológica, sendo de grande valia no manejo populacional e preservação desta espécie, que vem sendo intensamente explorada e usada como isca na pesca esportiva.

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Pós-graduação em Biometria - IBB

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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A captura do caranguejo-uçá (U. cordatus) constitui uma das principais fontes de alimento e renda para muitas comunidades litorâneas, sendo considerada uma das atividades extrativistas estuarinas mais antigas no Brasil. O Município de Cananéia (SP) faz parte da Área de Proteção Ambiental de Cananéia-Iguape-Peruíbe (APA/CIP), possuindo 72 km² de manguezais, que a partir de 1990 passaram a receber uma maior pressão de explotação dessa espécie pela introdução da “redinha”, um petrecho de pesca proibido por lei nas regiões sudeste-sul brasileiras (Portaria IBAMA nº 52/2003). O presente estudo visa avaliar a produção do recurso caranguejo-uçá em Cananéia (SP), identificando seu padrão explotatório recente, com vistas à sustentabilidade futura das capturas. Na avaliação foram utilizadas planilhas de dados disponibilizadas pelo Instituto de Pesca (APTA/SAA-SP), referentes aos anos de 2009 e 2010, além do acompanhamento de uma das rotinas de coleta, com realização de biometria dos caranguejos capturados. Os dados evidenciam que o uso da “redinha” apresenta falha de recolhimento de 3,6%, num total de 86,4% de produtividade, que permanecem nos manguezais, podendo (ou não) ser recolhidas por outro catador. Os dados das planilhas do IP/APTA/SAA-SP foram avaliados segundo o modelo linear generalizado (GLM), com base em seis variáveis (unidade produtiva, mês de captura, ano, fase lunar, setor produtivo e período reprodutivo da espécie), das quais o conhecimento empírico dos catadores, ano da pescaria e o setor produtivo, foram as variáveis que mais influenciaram as mudanças observadas na captura por unidade de esforço (CPUE) da espécie. Além disso, foram verificadas produtividades diferenciadas na extração de caranguejos entre os cinco setores estabelecidos, que caracterizam o Estuário de Cananéia nos dois anos analisados. A experiência na condução... (Resumo completo clicar acesso eletrônico abaixo)

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O reconhecimento de braquiúros jovens, obtidos na natureza, é extremamente difícil, pois nesta fase os caranguejos não apresentam as mesmas características dos adultos. Além disso, há falta de estudos sobre o desenvolvimento pós-embrionário desses animais. Nada é conhecido sobre o desenvolvimento juvenil para os representantes da família Pseudorhombilidae. Este trabalho analisa o crescimento de Bathyrhombila sp., e apresenta detalhes morfológicos para identificação dos estágios de desenvolvimento. Os decapoditos de braquiúros foram coletados com redes de nêuston na região de Ubatuba, estado de São Paulo, Brasil. As larvas foram transportadas para o laboratório e cultivadas isoladamente em recipientes rotulados, contendo água do mar filtrada e aerada, além de alimentadas com nauplius de Artemia sp. Obteve-se 11 estágios juvenis para machos e 14 para fêmeas. A morfologia e o número de cerdas presentes nos apêndices são descritos, em especial, para o 1º estágio juvenil. Os caracteres sexuais secundários aparecem a partir do 4º estágio juvenil. Uma comparação com as demais espécies de caranguejos já estudadas evidenciou que Bathyrhombila sp. possui a forma da carapaça semelhante à de Eurytium limosum. Além disso, Bathyrhombila sp. possui cinco artículos no endopodito do segundo maxilípede, enquanto as outras espécies de Xanthoidea e Eriphioidea possuem quatro