406 resultados para GINECOLOGIA E OBSTETRICIA
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a sobrevida e complicações associadas à prematuridade em recém-nascidos com menos de 32 semanas. MÉTODOS: Estudo prospectivo do tipo coorte. Foram incluídos os nascidos vivos, com idade gestacional entre 25 semanas e 31 semanas e 6 dias, sem anomalias congênitas admitidos em UTI Neonatal, entre 1º de agosto de 2009 e 31 de outubro de 2010. Os recém-nascidos foram estratificados em três grupos: G25, 25 a 27 semanas e 6 dias; G28, 28 a 29 semanas e 6 dias; G30, 30 a 31 semanas e 6 dias, e acompanhados até 28 dias. Foram avaliadas a sobrevida aos 28 dias e a morbidade associadas à prematuridade. Para análise dos resultados, utilizou-se o teste do c², análise de variância, teste de Kruskal-Wallis, razão de risco com intervalo de confiança (IC) e regressão logística múltipla, com significância em 5%. RESULTADOS: A coorte compreendeu 198 prematuros, sendo G25=59, G28=43 e G30=96. O risco de óbito foi significativamente maior em G25 e G28, em relação ao G30 (RR=4,1; IC95% 2,2-7,6 e RR=2,8; IC95% 1,4-5,7). A sobrevida encontrada foi, respectivamente, 52,5, 67,4 e 88,5%. A partir da 26ª semana e peso >700 g, a sobrevida foi superior a 50%. A morbidade foi inversamente proporcional à idade gestacional, exceto para enterocolite necrosante e leucomalácia, que não diferiram entre os grupos. A análise de regressão logística mostrou que a hemorragia pulmonar (OR=3,3; IC95% 1,4-7,9) e a síndrome do desconforto respiratório (OR=2,5; IC95% 1,1-6,1) foram fatores independentes de risco para óbito. Houve predomínio das lesões cerebrais hemorrágicas graves em G25. CONCLUSÕES: Sobrevivência superior a 50% ocorreu a partir da 26ª semana de gravidez e peso >700 g. A hemorragia pulmonar e a síndrome do desconforto respiratório foram preditores independentes de óbito. Há necessidade de identificar e instituir práticas para melhorar a sobrevida de prematuros extremos.
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OBJETIVO: Avaliar as características antropométricas, a morbidade e mortalidade de recém-nascidos (RN) prematuros nascidos vivos de mães hipertensas em função da presença ou não de diástole zero (DZ) ou reversa (DR) na doplervelocimetria arterial umbilical. MÉTODOS: Estudo prospectivo, envolvendo RN prematuros nascidos vivos de gestantes hipertensas, com idade gestacional entre 25 e 33 semanas, submetidas à doplervelocimetria da artéria umbilical nos 5 dias que antecederam o parto, realizado no Hospital do Distrito Federal, entre 1º de novembro de 2009 e 31 de outubro de 2010. Os RN foram estratificados em dois grupos, conforme o resultado da doplervelocimetria da artéria umbilical: Gdz/dr=presença de diástole zero (DZ) ou diástole reversa (DR) e Gn=doplervelocimetria normal. Medidas antropométricas ao nascimento, morbidades e mortalidade neonatal foram comparadas entre os dois grupos. RESULTADOS: Foram incluídos 92 RN, assim distribuídos: Gdz/dr=52 RN e Gn=40 RN. No Gdz/dr a incidência de RN pequenos para idade gestacional foi significativamente maior, com risco relativo de 2,5 (IC95% 1,7‒3,7). No grupo Gdz/dr os RN permaneceram mais tempo em ventilação mecânica mediana 2 (0‒28) e no Gn mediana 0,5 (0‒25), p=0,03. A necessidade de oxigênio aos 28 dias de vida foi maior no Gdz/dr do que no Gn (33 versus10%; p=0,01). A mortalidade neonatal foi maior em Gdz/dr do que em Gn (36 versus 10%; p=0,03; com risco relativo de 1,6; IC95% 1,2 - 2,2). Nessa amostra a regressão logística mostrou que a cada 100 gramas a menos de peso ao nascer no Gdz/dr a chance de óbito aumentou 6,7 vezes (IC95% 2,0 - 11,3; p<0,01). CONCLUSÃO: em RN prematuros de mães hipertensas com alteração na doplervelocimetria da artéria umbilical a restrição do crescimento intrauterino é frequente e o prognóstico neonatal pior, sendo elevado o risco de óbito relacionado ao peso ao nascimento.
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OBJETIVO: Analisar a relação entre a prática de atividade física e composição corporal em mulheres na menopausa. METODOS: Participaram do estudo 62 mulheres, com 50 anos ou mais (61,2±7,6 anos), todas na menopausa. A prática de atividade física foi avaliada através do acelerômetro (minutos na semana e counts). A massa magra e massa gorda total e de tronco foram mensuradas com uso da absortimetria de raios X de dupla energia e expressas em valores percentuais. A relação entre as variáveis de composição corporal e a atividade física foi avaliada pela correlação de Spearman e de Pearson. As comparações entre grupos (de acordo com a prática de atividade física e idade) foram realizadas por meio do teste t independente e Mann-Whitney. RESULTADOS: O grupo de idade igual ou inferior a 59 anos apresentou maiores médias de atividade física total em counts (3.572.435 versus 2.843.840) e minutos por semana de atividade física moderada-vigorosa (273 minutos versus 156 minutos). As mulheres que acumularam 150 minutos ou mais de atividade física moderada-vigorosa apresentaram valores inferiores de massa gorda total (43,8 versus 47,2 kg/m²), valores superiores de massa corporal magra (53,8 versus 49,6 kg) e IMC reduzido (27,7 versus 30,46 kg/m²) quando comparadas àquelas com menos de 150 minutos de atividade física na semana. Apenas o tempo em atividades moderadas apresentou correlação negativa com o percentual de gordura total (r=-0,26, p<0,05); já atividade física total em counts correlacionou-se com o percentual de massa magra (r=0,30), percentual de gordura total (r=-0,32), gordura de tronco (r=-0,29), e IMC (r=-0,32), todas as correlações apresentaram significância estatística de p<0,05. CONCLUSÃO: Mulheres na menopausa com idade igual ou superior a 50 anos que apresentam minutos em atividades moderada e vigorosa, e counts de atividade física total superiores possuem níveis inferiores de massa gorda e superiores de massa magra.
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Objective. The purpose of this study was to evaluate the effectiveness and safety of misoprostol in two different formulations: vaginal tablets of 25 mu g and one-eighth of a 200-mu g oral tablet, also administered intravaginally, for cervical ripening and labor induction of term pregnancies with an indication for that. Methods. A single-blind, randomized, controlled clinical trial was carried out in 120 pregnant women who randomly received one of the two formulations. The main dependent variables were mode of delivery, need for additional oxytocin, time between beginning of induction and delivery, perinatal results, complications, and maternal side effects. Student's t, Mann-Whitney, chi(2), Fisher's Exact, Wilcoxon and Kolmogorov-Smirnoff tests, as well as survival analysis, were used in the data analysis. Results. There were no significant differences between the groups in terms of general characteristics, uterine contractility, and fetal well-being during labor, cesarean section rates, perinatal outcomes, or maternal adverse events. The mean time between the beginning of cervical ripening and delivery was 31.3 h in the vaginal tablet group and 30.1 h in the oral tablet group, a difference that was not statistically significant. Conclusion. The results showed that the 25-mu g vaginal tablets of misoprostol were as effective and safe for cervical ripening and labor induction as the dose-equivalent fraction of 200-mu g oral tablets.
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Background. There is a need to assess the effects of different antibiotic administration models on infectious complications among women from low-income populations who undergo cesarean delivery, and the cost benefit. Design. Randomized, blinded controlled clinical trial study of a single preoperative dose of cephalothin, versus a postcesarean scheme for infection prophylaxis, versus no antibiotics. Methods. The setting was a tertiary Brazilian center with 1,500 deliveries annually. Pregnant women (n = 600) with an indication for emergency or elective cesarean section were randomly allocated consecutively to one of three groups and treated as follows: Group 1 (n = 200), no antibiotics; Group 2 (n = 200), the standard antibiotics scheme followed at this center; Group 3 (n = 200), a single dose of intravenous cephalothin 2 g, intraoperatively. Main outcome measurements. Prevalences of wound infection, puerperal and postcesarean infections, and costs of antibiotics used. Results. Antibiotics reduced the incidence of puerperal infection, but did not change the percentages of wound and postcesarean infections and no use of antibiotics increased the puerperal infection risk sixfold. Cephalothin reduced the relative risk of puerperal infection by 89% (95% confidence interval: 7-87%). Penicillin reduced it by 78%, but this was not statistically significant. No deaths occurred. The costs of the two schemes were similar (almost US$1.00). Conclusions. Prophylactic cephalothin use was associated with decreased postcesarean puerperal infection and presented a cost benefit.
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Background. To evaluate insulin release and insulin sensitivity in women with prior gestational diabetes mellitus (GDM) to gain a better understanding of type 2 diabetes pathogenesis.Methods. GDM women were individually matched for age, body mass index, and waist/hip ratio with those who were normal glucose tolerant in a previous pregnancy (NGT). All women presented with normal glucose tolerance. Twenty pairs were submitted to the oral glucose tolerance test (OGTT) with plasma glucose, insulin, and C-peptide determinations. of the 20 pairs, 18 participated in hyperglycemic (10.0 mmol/l) clamp experiments with frequent plasma glucose and insulin determinations, allowing us to calculate first- and second-phase insulin release and the insulin sensitivity index. GDM and NGT women were compared using Student's t-test, the Mann-Whitney U-test, Friedman's non-parametric test, and the two proportion test for independent groups.Results. GDM women showed higher glycosylated hemoglobin values; at OGTT, they showed late insulin peak with increased plasma insulin levels only during the second hour, and a similar plasma C-peptide response despite a higher plasma glucose curve; during hyperglycemic clamp procedures, they showed similar biphasic insulin release and insulin sensitivity index. Considering that a woman with previous GDM had a defect in insulin release and/or insulin sensitivity, if its magnitude was at least 25% lower than that of the matched NGT woman, 43.8% showed impairment of first-phase insulin release and 55.6% insulin resistance.Conclusions. GDM women showed some degree of glucose intolerance. It is therefore necessary to follow them for a longer time.
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Background. This cross-sectional study was designed to evaluate the role of cigarette smoking and high-risk HPV types as risk factors of CIN 2 and 3 in young, sexually active Brazilian women. Materials and method. A series of 100 consecutive women with abnormal Pap smears were recruited, subjected to colposcopy, punch biopsy, and questionnaire for their social, sexual and reproductive factors. Of these, 77 women between 20 and 35 years of age (median 26.5 years) with biopsy-confirmed CIN 1 or CIN 2 and 3, were enrolled in this study. Representative samples from the exocervix and endocervix were obtained for HPV testing with the Hybrid Capture HPV-DNA assay, including the probes for the oncogenic HPV types (16, 18, 31, 33, 35, 45, 51, 52 and 56). Results. The overall rate of CIN 2 and 3 was 23/77 (29.8%). The women with CIN 1, 2 and 3 did not differ from each other with regard to their age, race, schooling, marital status, life-time number of sexual partners, age at first intercourse, use of oral contraceptives, or parity. However, current cigarette smoking was strongly associated with CIN 2 and 3 (p < 0,001), and among smokers, the risk of high-grade CIN increased in parallel with the time of exposure (years of smoking) p = 0.07), HPV-DNA of the oncogenic types was detected in 43 (56%) women, the risk of being HPV DNA-positive was significantly higher in CIN 2 and 3 as compared with CIN 1 (p = 0.037). Importantly, the prevalence of high-risk HPV types was significantly higher in cigarette smokers than in non-smokers (p = 0.046). Conclusions. The results indicate that the severity of CIN lesions was clearly related to two fundamental risk factors: 1) high-risk HPV types, and 2) current cigarette smoking. These two risk factors were closely interrelated in that the high-risk HPV types were significantly more frequent in current smokers than in non-smokers, suggesting the possibility of a synergistic action between these two risk factors in cervical carcinogenesis.
Resumo:
Pós-graduação em Medicina Veterinária - FMVZ
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Pós-graduação em Medicina Veterinária - FMVZ