197 resultados para Romances.


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Pós-graduação em Letras - FCLAS

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Este trabalho pretende, com base em alguns textos de Theodor Adorno e de Walter Benjamin, discutir o significado dos conceitos de “resistência” e de “conformismo” para tais autores. Esses conceitos não são elaborados de modo explícito ou sistemático por ambos; ao contrário, são sutilmente relacionados a alguns aspectos da vida social contemporânea, como o desaparecimento da experiência, o declínio da narração, a perda do sentido da história e a conseqüente supressão da memória, e o surgimento da indústria cultural. Dessa maneira, explicitar esses conceitos, especialmente quando referidos a essas questões, ajuda-nos não só a entender a concepção de Benjamin e de Adorno, mas também seus juízos sobre a cena cultural do início do século XX - sem, todavia, pretender estabelecer um modelo do que possa ser a resistência ou o conformismo.

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Análise dos modos de relacionamento históricos entre o romance e a filosofia e das conseqüências positivas e negativas desse fato. O ensaio sustenta que hoje, à época da indústria cultural e, portanto, do predomínio da literatura de entretenimento, essa relação tem se tomado prejudicial tanto para a filosofia como para o romance, favorecendo o aparecimento de romances destinados a nos fornecer a ascese mística ou intelectual. Nesse período, a relação positiva entre essas duas atividades migrou para a crítica literária de extração filosófica, a única capaz hoje de questionar a natureza social do romance.Palavras-chave: Romance e filosofia; crítica literária; romance e indústria cultural; crítica filosófico-literária.

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Apresentamos algumas questões sobre a origem dos conceitos de espaço, aspecto e tempo, e como se refletem e interagem nas gramáticas das línguas naturais. Além de alguns exemplos em português, guarani e kraho, levantamos a problemática do aspecto como categoria dêitica, e fazemos menção ao léxico temporal e seu papel nas línguas romances.

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Propõe-se o exame das relações entre determinados recursos literários de Esaú e Jacó e Memorial de Aires e elementos sociopolíticos e históricos da transição do Império para a República representados nesses romances machadianos. Pretendemos mostrar como, por meio de escolhas estruturais e linguísticas, no que se refere aos vínculos entre narrador, focalização e personagens, o escritor traz à baila questões substantivas da sociedade brasileira daquele momento. Ao contrário do que alguns analistas apontam, há, nessas narrativas, crítica às relações sociais e de poder. A forma como o escritor realiza, nos romances, a refl exão sobre tais relações enseja novas pesquisas.

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A segunda metade do século XIX mostra-se como um período no qual em cada um dos grandes poetas se abre e se fecha o leque de correspondências da analogia: Baudelaire, Verlaine, Rimbaud, Mallarmé, expressam em sua obra essa tendência à busca da verdadeira vida, do real oculto, movimento em que as sensações desempenham um papel primordial. Atualmente, a obra de Le Clézio vem confi rmar a procura de um mundo completo suscitado pela poesia, o único modo possível de se traduzir em palavras o êxtase sensorial: é o que mostram tanto seus ensaios, quanto suas obras fi ccionais, de L’extase matérielle e L’Inconnu sur la terre a Mondo et autres histoires, Désert, La Quarantaine e Coeur brûle et autres romances, corpus selecionado para a discussão do assunto.

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Este artigo pretende discutir como se articulam, na estrutura híbrida do romance Como agua para chocolate, alguns gêneros textuais discursivos comumente dedicados à leitura de mulheres – folhetim, almanaque, caderno de receitas e diário íntimo –, cuja presença fica sugerida desde o subtítulo “novela de entregas mensuales, con recetas, amores y remedios caseros”. Esses gêneros se misturam na construção da narrativa, possibilitando, no âmbito da pós-modernidade, uma leitura crítica do papel da mulher na sociedade patriarcal da primeira metade do século XX.

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Pós-graduação em Letras - IBILCE

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Nesta coletânea de ensaios procura-se analisar produções literárias de diversas partes do mundo - romances e contos, principalmente - para distinguir como o discurso literário trabalha algumas práticas politicamente legitimas em determinados contextos, e como questões culturais, ideológicas e religiosas encontram signos na expressão do literário. Organizada por Giséle Manganelli Fernandes, Norma Wimmer e Roxana Guadalupe Herrera Alvarez, a obra abarca um espectro geográfico e temporal amplo. Os escritores em foco vão da norte-americana Zitkala-Sa, cuja obra trata especialmente da situação das mulheres indígenas nos EUA, à argelina Assia Djebar, que tem obras escritas em francês, passando pela brasileira Ana Miranda e seu memorialismo e pelo irlandês Oscar Wilde, cuja clássica peça teatral A importância de ser prudente é dissecada do ponto de vista da identidade do autor e a partir das relações dos personagens com a sociedade vitoriana do fim do século XIX. Os ensaístas reproduzem trechos das obras analisadas para exemplificar o que querem demonstrar, o que dá ritmo um sabor literário ao livro.

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Ao estudar os romances policiais mais vendidos no Brasil entre 2000 e 2007, Fernanda Massi constatou um grande distanciamento entre esses textos e os romances policiais tradicionais. Nos livros escritos por autores clássicos como Agatha Christie, Conan Doyle e Georges Simenon, há algumas características recorrentes: um crime de autoria desconhecida, um criminoso com motivos para assassinar e um detetive encarregado de encontrar a identidade do criminoso e entregá-lo à polícia para que receba a merecida punição. Nesta obra, Massi nota que autores contemporâneos como Rubem Fonseca, Luiz Alfredo Garcia-Roza e Dan Brown, entre outros, mantêm a tríade criminoso-vítima-detetive, pois ela é indispensável ao enredo. Mas utilizam o núcleo do romance policial para abordar outros temas, como adultério, corrupção em órgãos públicos, segredos de fundo religioso ou deterioração familiar. Assim, segundo a autora, esses escritores escrevem com uma liberdade característica da pós-modernidade: desenvolvem a narrativa seguindo o modelo fixo de estrutura do gênero policial, porém de modo vivo e adaptado à contemporaneidade, inclusive no que concerne aos valores morais. O diagnóstico alcançado lança nova luz sobre o cenário contemporâneo da literatura policial.

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Em Pelos olhos do menino de engenho, a socióloga Carla de Fátima Cordeiro busca identificar um pensamento social relativo à questão racial no Brasil na década de 1930, a partir da análise dos personagens negros presentes na obra de José Lins do Rego. Descendente de senhor de engenho, o escritor paraibano, ao lado de Gilberto Freyre, foi um dos mais destacados participantes do Movimento Regionalista Nordestino, que defendia os verdadeiros valores brasileiros, baseados na ordem social anterior: latifundiária, escravista e açucareira. Lins do Rego criou seus principais romances, considerados fortemente autobiográficos, entre 1934 e 1942, época em que as velhas estruturas econômicas e de relações sociais dos engenhos de cana-de-açúcar se encontravam em franco declínio. A autora traz à luz um processo fundamental da História do país, concluindo que o processo de decadência dos velhos modos de produção refletiu-se na narrativa dos romances, em que a violência, principalmente contra os subalternos negros, tornou-se cada vez mais presente. Dessa forma, ela demonstra como a ficção literária expressou o comportamento do poder patriarcal, que passou a sentir-se ameaçado pela inevitável introdução do trabalho livre.

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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O autor tenta mostrar que Ressurreição, romance publicado por Machado de Assis em 1872, não apenas diverge em parte do gosto literário vigente na época como instaura uma nova temática na tradição romanesca brasileira, que era, então, ainda bastante incipiente: a dúvida. Segundo o pesquisador, por meio de uma técnica que ao mesmo tempo explica os expedientes narrativos e conta a história do protagonista, o narrador consegue fazer confluir para o campo da incerteza tanto o ponto de vista quanto a perspectiva do herói. Há por isso, em Ressurreição, certa suspensão da realidade, que para o pesquisador afasta a obra das abordagens convencionais do romance urbano do romantismo brasileiro e a aproxima do romance mais moderno que se fazia na Europa. Ali, essa modalidade literária adquiriu status de gênero burguês por excelência, por expressar os valores, os costumes e os anseios dessa classe e ainda servir como vigoroso instrumento de análise da nova civilização do capital. Do mesmo modo, para o autor, o romance de Machado, ao redefinir seus próprios procedimentos estruturais e reelaborar sua temática, sofisticando a percepção da realidade, logra promover uma densa análise crítica dos indivíduos e de seus interesses subjacentes às interações sociais. É, neste sentido, um dos embriões dos grandes romances da fase madura do escritor carioca