212 resultados para Profissionais da saúde
Resumo:
A hospitalização é uma experiência complexa, sendo agravada no caso de necessidade de intervenção cirúrgica, principalmente quando o paciente é criança. Quando a cirurgia é suspensa, paciente e seus familiares podem apresentar sentimentos de insegurança, angústia e ansiedade. Este estudo teve como objetivo identificar e descrever a percepção de quinze mães e/ou responsáveis por crianças de 0 a 18 anos, internadas em um hospital, após receberem a notícia de que a cirurgia de seu filho foi suspensa. É um estudo descritivo, qualitativo, que utilizou o referencial teórico da Comunicação Interpessoal e o metodológico da Análise de Conteúdo. Os resultados evidenciaram que as suspensões de cirurgias pediátricas são fatos presentes na instituição, que trazem repercussões ao paciente e familiares, e à organização institucional; que a comunicação entre profissionais da saúde, pacientes e familiares é inadequada; que a atuação do enfermeiro na notícia da suspensão da cirurgia precisa ser efetiva.
Resumo:
INTRODUÇÃO: No presente trabalho objetivamos descrever o processo de colonização da Bacia do Alto Paraná, Sudeste do Brasil, por arraias, demonstrando sua atual situação e provável tendência, os impactos gerados e discutindo algumas ações de manejo e medidas mitigadoras. MÉTODOS: Foram realizadas entrevistas com ribeirinhos e profissionais de saúde para o levantamento de informações sobre a ocorrência de arraias e acidentes associados a estes animais, além de coletas e observações subaquáticas de potamotrigonídeos, entre 2004 e 2009, em localidades situadas nos Estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, no Sudeste, Sul e parte do Centro-Oeste do Brasil. RESULTADOS: Três espécies de arraias foram identificadas na área de estudo, demonstrando utilizar os caminhos abertos pela Hidrovia Tietê-Paraná para se dispersarem. Dezesseis vítimas de acidentes envolvendo esses animais foram encontradas, notadamente banhistas e pescadores, chamando a atenção pelo fato dos casos não serem notificados e apresentarem elevada morbidade, com marcante incapacidade temporária para o trabalho. CONCLUSÕES: Este é o primeiro relato de invasão biológica envolvendo espécies de elasmobrânquios conhecido na literatura e, pelas arraias estarem colonizando áreas densamente povoadas e ampliando sua área de distribuição a cada ano, é de se esperar que sua interação negativa com humanos se intensifique, provocando alterações importantes no perfil epidemiológico dos acidentes por animais peçonhentos ocorridos no sudeste brasileiro.
Resumo:
A sociedade atual tem valorizado de forma significativa a aparência alta e esbelta. Essa constituição física tem sido reforçada desde a infância e atinge a população adolescente, que deseja enquadrar-se nos estereótipos, particularmente aqueles veiculados pela mídia. Nesse sentido, profissionais de saúde são questionados rotineiramente sobre os efeitos positivos que o exercício físico exerce sobre o crescimento longitudinal de crianças e adolescentes. Procurou-se revisar a literatura especializada a respeito dos principais efeitos que o exercício físico exerceria sobre a secreção e atuação do hormônio de crescimento (GH) nos diversos tecidos corporais, durante a infância e adolescência. Através dessa revisão, foi possível verificar que o exercício físico induz a estimulação do eixo GH/IGF-1. Embora muito se especule quanto ao crescimento ósseo ser potencializado pela prática de exercícios físicos, não foram encontrados na literatura científica específica estudos bem desenvolvidos que forneçam sustentação a essa afirmação. No tocante aos efeitos adversos advindos do treinamento físico durante a infância e adolescência, aparentemente, esses foram independentes do tipo de esporte praticado, porém resultantes da intensidade do treinamento. A alta intensidade do treinamento parece ocasionar uma modulação metabólica importante, com a elevação de marcadores inflamatórios e a supressão do eixo GH/IGF-1. Entretanto, é importante ressaltar que a própria seleção esportiva, em algumas modalidades, recruta crianças e/ou adolescentes com perfis de menor estatura, como estratégia para obtenção de melhores resultados, em função da facilidade mecânica dos movimentos. Através dessa revisão, fica evidente a necessidade de realização de estudos longitudinais, nos quais os sujeitos sejam acompanhados antes, durante e após sua inserção nas atividades esportivas, com determinação do volume e da intensidade dos treinamentos, para que conclusões definitivas relativas aos efeitos sobre a estatura final possam ser emanadas.
Resumo:
Trata-se de uma pesquisa qualitativa com abordagem fenomenológica, objetivando descrever o significado de qualidade de vida, segundo relatos de idosos portadores de diabetes mellitus tipo II, e avaliar as repercussões da doença sobre sua vida. Entrevistamos 12 idosos diabéticos, no período de setembro a outubro de 2008, entre um e quarenta anos de evolução da doença. Foi feita a seguinte questão norteadora: Para o Sr. (a), o que significa qualidade de vida? A análise dos discursos mostrou facetas relevantes ligadas ao cotidiano do idoso com diabetes mellitus. Para eles, a qualidade de vida está intimamente relacionada à saúde física, independência na vida diária e econômica, integração social, suporte familiar e saúde mental-espiritual. A restrição alimentar foi o ponto de maior repercussão do diabetes sobre seu modo de viver. Verificou-se que cabe aos profissionais de saúde ampliar o diálogo profissional-paciente, promovendo autonomia e independência no cuidado e corresponsabilização.
Resumo:
Faz-se uma reflexão sobre a contracepção e suas conseqüências na adolescência, baseada em trabalhos nacionais e internacionais alertam para a precocidade do início da atividade sexual, a qual expõe os adolescentes aos riscos da gravidez e das doenças sexualmente transmissíveis e AIDS. Verifica-se que a maioria dos adolescentes recebe informações sobre contracepção, sendo a pílula e o preservativo os mais conhecidos e utilizados. Porém, registram-se elevada inadequação na utilização dos métodos contraceptivos, além da falta de serviços assistências, onde possam buscar orientações e atendimento. Tal realidade alerta para a necessidade de maior envolvimento de profissionais da saúde, da educação, família e comunidade, garantindo qualidade de vida aos adolescentes.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi analisar as implicações da surdez adquirida em adultos, na vida familiar, social e no trabalho, com uma abordagem qualitativa. Foram selecionadas 27 pessoas residentes em Bauru-SP, com diagnóstico de perda auditiva de manifestação súbita na faixa etária de 18 a 60 anos, matriculados no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC/USP) entre janeiro de 2000 e fevereiro de 2005, sendo entrevistados 16. Utilizaram-se a entrevista e a análise de conteúdo. Constatou-se: a perda auditiva ocorreu entre os 40 e 44 anos, 37,5%; 62,5% dos que perderam a audição eram do sexo masculino, 62,5% não tinham o ensino fundamental; 62,5% eram da classe Baixa Superior; 75% apresentaram perda auditiva bilateral, 18,75% de grau moderado/profundo. Dos 13 que estavam trabalhando quando perderam a audição, 30,77% pararam de trabalhar e 15,38% mudaram de profissão. Foram relatadas situações como: afastamento do trabalho, demissão a pedido e demissão pelo empregador, dificuldade de aceitação, cobranças, falta de esclarecimentos e desconhecimento dos próprios profissionais de saúde. Os dados sugerem a necessidade dos recursos de reabilitação, de apoio terapêutico, respeito e alternativas de conhecimentos.
Resumo:
A degradação ambiental vem modificando nosso cenário de forma acelerada e interferindo negativamente no processo saúde-doença de toda a comunidade. No entanto, o meio ambiente vem sendo concebido como um simples cenário, algo externo ao ser humano, não onde estamos inseridos e no qual acontecem suas interações e inter-relações. A complexidade dos problemas ambientais clama pela adoção de medidas que superem práticas assistencialistas, levando à adoção de práticas transdisciplinares que avancem na promoção da saúde. Neste artigo procura-se discutir, nesta perspectiva, a necessidade de inserção nos cursos de graduação em saúde a temática saúde e meio ambiente, adotando como exemplo um curso de enfermagem do interior paulista que inseriu uma disciplina relacionada ao tema. Analisa também o papel do enfermeiro na relação com o meio ambiente segundo a representação social dos alunos, trabalhada a partir do Discurso do Sujeito Coletivo. Nota-se que é fundamental discutir essa temática ambiental entre os profissionais da saúde, a fim de que eles se empoderem desse conhecimento e consigam identificar problemas relacionados à questão ambiental, propondo ações resolutivas e preventivas, juntamente com a comunidade, procurando amenizar os riscos ambientais a que todos estão expostos. Reforça-se a profundidade do papel dos profissionais de saúde diante dos problemas ambientais, buscando a saúde em uma perspectiva ampliada de promoção da saúde.
Resumo:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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A busca pela excelência na estética facial tem sido uma realidade nos consultórios dos profissionais de saúde. Dentre os aspectos procurados pelos pacientes, destaca-se o aumento do contorno dos lábios, cada vez mais realizado e pesquisado por dermatologistas e cirurgiões-plásticos. Embora bons resultados sejam alcançados com os mais diversos procedimentos para preenchimento labial, a literatura mostra diversas complicações e efeitos colaterais. Este artigo demonstra, por meio de 2 casos clínicos, como a Ortodontia pode representar uma excelente ferramenta para auxiliar no aumento do contorno dos lábios, tornando a abordagem multidisciplinar uma estratégia mais efetiva na conquista de bons resultados clínicos
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Resumo:
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O conhecimento de indicadores de qualidade de vida (QV) relacionados à saúde bucal é especialmente relevante para a Odontologia considerando o impacto que as condições bucais podem provocar no bem estar psicológico e social. Estudos sobre aspectos psicossociais contribuem para maior integração da conduta clínica e assistencial, preocupação compartilhada com profissionais da saúde. Integrar as áreas de Psicologia e Odontologia quebrando paradigmas interdisciplinares e o interesse em conhecer os aspectos psicológicos dos pacientes, motivou a realização deste estudo. O objetivo deste estudo foi avaliar a QV dos pacientes com disfunção temporomandibular e/ou dor orofacial. MÉTODO: Foi aplicado o Questionário Genérico de Avaliação de Qualidade de Vida - Medical Outcomes Study 36 - Item Short Health Survey (SF-36) a 91 pacientes, que buscaram atendimento por apresentarem sinais e/ou sintomas de disfunção temporomandibular (DTM) e dor orofacial (DOF). O SF-36 avalia 8 domínios: capacidade funcional (CF), aspectos físicos (AF), dor, estado geral de saúde (EGS), saúde mental (SM), aspectos emocionais (AE), aspectos sociais (AS) e vitalidade (V). RESULTADOS: A análise estatística descritiva e inferencial pela Correlação de Pearson (p-valor < 0,05) demonstrou, com exceção da capacidade funcional (73,2), valores médios entre 50 e 64 para os demais domínios: AF - 57,6; Dor - 50; EGS - 54,5; V - 53,4; AS - 63,6; AE - 51,8; SM - 58. Considerando-se que a pontuação varia de 0 a 100, ou seja, do pior para o melhor estado de saúde, os valores médios foram baixos. Verificou-se correlação entre CF e EGS (p-valor 0,01), tendência de significância para dor e EGS (p-valor 0,07). CONCLUSÃO: Os aspectos dor e capacidade funcional interferem no estado geral de saúde; os pacientes com DTM e DOF sofreram impacto negativo na qualidade de vida pelo prejuízo dos aspectos físicos e mentais.
Resumo:
Este estudo apresenta o resultado de pesquisa envolvendo 27 profissionais da saúde, que atendem pacientes com aidsem enfermarias de isolamento, em Centro de Referência Regional para aids. Os dados do estudo, analisados e interpretados segundo a Fenomenologia Existencial, mostram a visão dos profissionais a respeito desse cuidado: trabalha-se com um paciente difícil, exigente, discriminado, embora deva ser visto como igual aos outros pacientes; o medo do contágio e o preconceito interferem na assistência e no relacionamento com este paciente; prejudicando a postura profissional; há a percepção a respeito dos efeitos deletérios do isolamento para os pacientes com aids, porém não se visualizam perspectivas para oferecer apoio efetivo. Os resultados sugerem a necessidade de implementar programas educativos e de apoio aos profissionais da área.
Resumo:
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A Síndrome Dolorosa Complexa Regional (SDCR), assim denominada a partir de 1994 pelo Consenso da Associação Internacional para o Estudo da Dor (AIED) e anteriormente denominada de várias formas, tais como Distrofia Simpático Reflexa, Causalgia, Algodistrofia ou Atrofia de Sudeck, é uma doença cuja compreensão dos limites clínicos, fisiopatologia e implicações de patogenia ainda é pobre. Disto resulta a enorme insatisfação não só para os pacientes como para os profissionais da saúde quanto aos métodos terapêuticos atualmente disponíveis. O objetivo deste trabalho é rever a literatura e atualizar um conjunto de informações com o intuito da melhor compreensão desta importante síndrome dolorosa. CONTEÚDO: Este é um trabalho de revisão da literatura nos diversos aspectos da SDCR, com ênfase em suas causas, definição e taxonomia, fisiopatologia, características clínicas, testes diagnósticos e propostas de tratamentos mais recentes. CONCLUSÕES: Poucos são os estudos controlados adequadamente, encobertos e aleatórios, publicados com grandes amostras, havendo muitas dúvidas sobre esta doença. Desta forma, ainda há enorme empirismo na sua terapêutica, e os resultados obtidos são insatisfatórios.
Resumo:
Os Sistemas de Informação Geográfica constituem importantes instrumentos dentro da Saúde Pública como técnicas de análise da distribuição de agravos à população, e, portanto, podem ser usados no estudo da localização de indivíduos portadores de doenças crônicas. Este trabalho objetivou a realização de análise espacial da distribuição da população de sessenta anos e mais no Município de Botucatu, São Paulo, Brasil, estudando o perfil sócio-demográfico e a presença de diabetes e hipertensão arterial. Foram analisados dados de 468 idosos da amostra de inquérito populacional realizado entre 2001 e 2002. Os idosos com melhor nível sócio-econômico residem nos setores censitários de estratos sociais mais altos, o que foi estatisticamente comprovado pela utilização de técnicas de análise espacial para renda e escolaridade. Não se encontrou padrão de distribuição espacial para idosos hipertensos e diabéticos que se localizaram no mapa de forma heterogênea. O presente estudo sugere a utilização das técnicas de geoprocessamento para o mapeamento digital das áreas de abrangências das Unidades de Atenção Primária à Saúde, para um melhor controle da distribuição de idosos portadores de doenças crônicas e de sua assistência pelos profissionais de saúde.
Resumo:
OBJETIVO: Relatar dois casos de tricotilomania, um transtorno psiquiátrico ainda subdiagnosticado e que pode estar associado a problemas sociais e clínicos relevantes. Pretende-se destacar as características clínicas, discutindo as implicações do diagnóstico precoce para a evolução dos pacientes. DESCRIÇÃO do CASO: Uma adolescente com diagnóstico de tricotilomania pura e outra menina cujo quadro estava associado ao transtorno obsessivo-compulsivo. Embora com o tratamento, a evolução de ambas tenha sido favorável, houve demora significativa para estabelecer o diagnóstico e encaminhá-las a um serviço de saúde mental, com prejuízos escolares e sociais. COMENTÁRIOS: A tricotilomania difere dos quadros benignos e transitórios de arrancar cabelos observados nos primeiros anos de vida e ainda é subdiagnosticada. A vergonha dos sintomas observada nos portadores e o desconhecimento por parte dos profissionais de saúde contribuem para essa situação. O quadro pode ser grave, particularmente se acompanhado de tricofagia. Profissionais da saúde precisam identificar o transtorno precocemente e encaminhar as crianças para tratamento especializado antes das possíveis complicações clínicas e repercussões psicossociais