187 resultados para OFTALMOLOGIA
Resumo:
OBJETIVOS: Traçar o perfil do usuário da Sala de Recursos para Deficiente Visual na cidade de Assis - SP, avaliar a porcentagem de deficientes visuais empregados e comparar o emprego com idade, gênero, tipo de deficiência e doença causadora da deficiência, entre dois períodos: de 1984 a 1996 e de 1997 a 2009. MÉTODOS: Foi realizado estudo retrospectivo dos prontuários médicos e da ficha escolar dos portadores de deficiência visual que frequentaram a Sala de Recursos para Deficiente Visual, no período de 1984 a 2009 na cidade de Assis - SP, divididos em dois períodos de 1984 a 1996 (G1) e de 1997 a 2009 (G2). Analisaram-se dados demográficos, a doença que provocou a baixa visão, o tipo de deficiência visual (cegueira ou baixa visão), escolaridade, recursos ópticos, frequência à Sala de Recursos para Deficiente Visual e taxa de emprego. Foi feita associação da taxa de emprego com: idade, gênero, raça/cor, tipo de deficiência e doença nos dois diferentes períodos. RESULTADOS: Foram encontrados 149 deficientes visuais sendo: 61,07% homens, 38,9% mulheres, 82,5% brancos e 17,4% não brancos e a mediana da idade foi de 18 anos. Dos 149 deficientes visuais, 63,75% eram portadores de baixa visão e 36,24% portadores de cegueira. As principais doenças que levaram à deficiência visual dos 149 pacientes foram em ordem decrescente: retinocoroidite por toxoplasmose (17,40%), atrofia óptica congênita (12,10%), alta hipermetropia (8,72%), retinose pigmentar e alta miopia (6,71% cada uma) e glaucoma congênito e catarata congênita (6,04% cada uma). A frequência à Sala de Recursos para Deficiente Visual foi boa em mais de 50% dos pacientes. Estavam trabalhando regularmente 44,7% e 12,3% dos maiores de 14 anos respectivamente nos períodos de 1984 - 1996 e de 1997 - 2009. Não houve diferença entre os dois períodos quanto às características demográficas, tipo de deficiência e doenças, havendo correlação da taxa de emprego apenas com a idade (pacientes com média de idade maior apresentavam maior porcentagem de emprego). CONCLUSÕES: Os deficientes visuais eram na maioria homens, brancos, portadores de baixa visão e portadores de toxoplasmose ocular. Quase metade (44,7%) dos pacientes com mais de 14 anos encontrava-se trabalhando regularmente até 1996 sugerindo que esforços conjuntos de oftalmologistas e educadores auxilia na inclusão social destes pacientes. A taxa de emprego caiu no período de 1997 a 2009 e a de aposentados aumentou.
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OBJETIVO: O objetivo geral foi detectar fatores ambliopigênicos em uma população de pré-escolares, utilizando exames refratométricos e o PhotoScreenerTM (PS) e o objetivo específico foi verificar se a avaliação feita com o PS é útil como método de triagem em campanhas de prevenção de ambliopia em crianças. MÉTODOS: Foi realizado um estudo observacional, prospectivo, de janeiro a dezembro de 2007, avaliando-se 227 crianças pré-escolares, com o intuito de detectar, através da aplicação de um questionário, exames refratométricos e fotografias utilizando o PS, a presença de fatores causadores de ambliopia na população de estudo. Todas as crianças foram avaliadas pelo PS. em seguida, todas as crianças foram submetidas à cicloplegia , sendo avaliadas usando refrator automático Shin Nippon®. As crianças detectadas como portadoras de problemas oculares receberam prescrição óptica, segundo os critérios: hipermetropia maior que +1,50 D, miopia maior que -1,00 D e astigmatismo maior que 1,00 D. Analisaram-se os dados através do teste de concordância de Goodman, estatística descritiva e estudo da especificidade e sensibilidade ao emprego do PS, comparando os resultados com ele obtidos, com os resultados dos outros métodos de avaliação oftalmológica. RESULTADOS: A distribuição entre os sexos foi semelhante, sendo que a maioria das crianças apresentava quatro ou cinco anos de idade. A sensibilidade (S) do PS, comparando-se o resultado obtido neste aparelho com o autorrefrator sob cicloplegia, foi de 50,9%. Já a especificidade foi de 78,9%; valor preditivo positivo 70%; valor preditivo negativo 62,5% e acurácia 65,1%. CONCLUSÕES: Das 101 crianças cujas fotografias tiradas através do PS puderam ser analisadas satisfatoriamente, trinta e seis apresentavam erro refrativo que necessitou de correção. O PS, quando comparado com equivalente esférico do autorrefrator sob cicloplegia, é um método razoável de triagem, embora a sensibilidade não seja boa. Um ponto positivo a ser ressaltado é o considerável valor de especificidade.
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OBJETIVO: Avaliar a prevalência de tracoma em escolares de Botucatu/SP-Brasil e a distribuição espacial dos casos. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal, em crianças de 7-14 anos, que frequentavam as escolas do ensino fundamental de Botucatu/SP, em novembro/2005. O tamanho da amostra foi estimado em 2.092 crianças, considerando-se a prevalência histórica de 11,2%, aceitando-se erro de estimação de 10% e nível de confiança de 95%. A amostra foi probabilística, ponderada e acrescida de 20%, devido à possível ocorrência de perdas. Examinaram-se 2.692 crianças. O diagnóstico foi clínico, baseado na normatização da Organização Mundial da Saúde (OMS). Para avaliação dos dados espaciais, utilizou-se o programa CartaLinx (v1.2), sendo os setores de demanda escolar digitalizados de acordo com as divisões do planejamento da Secretaria de Educação. Os dados foram analisados estatisticamente, sendo a análise da estrutura espacial dos eventos calculadas usando o programa Geoda. RESULTADOS: A prevalência de tracoma nos escolares de Botucatu foi de 2,9%, tendo sido detectados casos de tracoma folicular. A análise exploratória espacial não permitiu rejeitar a hipótese nula de aleatoriedade (I= -0,45, p>0,05), não havendo setores de demanda significativos. A análise feita para os polígonos de Thiessen também mostrou que o padrão global foi aleatório (I= -0,07; p=0,49). Entretanto, os indicadores locais apontaram um agrupamento do tipo baixo-baixo para um polígono ao norte da área urbana. CONCLUSÃO: A prevalência de tracoma em escolares de Botucatu foi de 2,9%. A análise da distribuição espacial não revelou áreas de maior aglomeração de casos. Embora o padrão global da doença não reproduza as condições socioeconômicas da população, a prevalência mais baixa do tracoma foi encontrada em setores de menor vulnerabilidade social.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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A ausência completa do bulbo ocular é muito rara em cães e gatos, enquanto a hidrocefalia é comumente observada como distúrbio congênito em cães de raças miniatura ou braquicefálicas, com menos de um ano de idade. O presente trabalho relata a ocorrência de anoftalmia clínica bilateral associada à hidrocefalia congênita em um cão da raça poodle, sendo este o primeiro relato de caso da associação dessas alterações no Brasil.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Objetivo: Identificar os microrganismos da conjuntiva ocular de cães clinicamente sadios na região de Araçatuba (SP), no verão e no inverno. Métodos: Foram utilizados quarenta cães, machos e fêmeas, com idade variando entre 2 e 5 anos. Após limpeza ocular com água tratada, foram realizadas colheitas de material do saco conjuntival inferior com auxílio de swabs estéreis, para posterior isolamento e identificação de bactérias aeróbicas, anaeróbicas e fungos. Resultados: As bactérias de maior ocorrência foram o Staphylococcus aureus e o Staphylococcus beta-haemolyticus. O fungo de maior ocorrência foi Penicilium sp. Conclusão: Pôde-se concluir que houve variação da microbiota conjuntival normal em função da estação do ano. Dos microrganismos isolados, o único que apresentou diferença estatística significativa quanto à incidência sazonal foi o Staphylococcus beta-haemolyticus, que foi isolado apenas no inverno.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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OBJETIVO: Avaliar o efeito do 5-fluorouracil (5FU) injetado intralesionalmente na cabeça do pterígio no período pré-operatório. MÉTODOS: Foram estudados 53 olhos (52 pacientes), sendo 28 pterígios primários e 25 recidivados, divididos em dois grupos: grupo 1 (G1), composto por indivíduos que receberam a injeção de 5-fluorouracil 30 dias antes do procedimento cirúrgico e grupo 2 (G2), no qual o 5-fluorouracil foi injetado 10 dias antes da cirurgia. Todas as cirurgias foram realizadas seguindo-se a mesma técnica cirúrgica, pelo mesmo cirurgião. Os pacientes foram reavaliados 7, 30 e 60 dias após a cirurgia. Os resultados observados foram submetidos à análise estatística. RESULTADOS: A amostra estudada foi constituída por 52,8% de pterígios primários e 47,2% de recidivados, sendo composta igualmente por indivíduos de ambos os sexos. Não ocorreram complicações decorrentes da infiltração da droga. A recidiva foi mais freqüente nos pterígios recidivados e no G1. CONCLUSÃO: O uso intralesional de 5-fluorouracil no pré-operatório do pterígio não provocou efeitos deletérios aos olhos estudados. Houve menor recorrência quando usado o 5-fluorouracil 10 dias antes da exérese cirúrgica, em relação à aplicação 30 dias antes do procedimento.
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OBJETIVO: Analisar o perfil dos usuários de lentes de contato entre os estudantes de medicina da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista - UNESP - Botucatu (SP), quanto à ametropia, à aquisição, aos cuidados e às complicações. MÉTODOS: Foi aplicado um questionário aos alunos do 1º ao 6º ano de Medicina da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista - UNESP - Botucatu (SP), perfazendo um estudo analítico transversal. RESULTADOS: Foram 566 entrevistados. Destes, 155 (27,4%) usavam lente de contato. Das lentes de contato usadas, 94,8% eram gelatinosas, e em 98,7% o grau era negativo. O descarte dessas lentes era mensal em 46,9% dos entrevistados e 63,9% a utilizavam, em média, 14 horas/dia. Faziam aquisição da lente de contato em óptica ou farmácia 14,1% dos estudantes. Faziam a higiene ao colocá-las e ao retirá-las dos olhos, 46,5%. As complicações referentes aos olhos vermelhos eram 51,0%; 44,5%, embaçamento; e 42,6%, sensação de corpo estranho, além de 4 estudantes relatarem ceratite. CONCLUSÕES: A maioria dos alunos utilizava lentes hidrofílicas, descarte mensal e grau negativo. A adaptação inadequada, aquisição de lentes de contato em ópticas ou farmácias e complicações graves ocorreram, mesmo nos usuários socioculturalmente considerados diferenciados. em vista disso, demanda a extrema necessidade de maior atenção na abordagem do tema em questão, a fim de prevenir o comprometimento visual permanente.
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OBJETIVO: Avaliar a eficácia da mitomicina C (MMC) na prevenção da recorrência quando previamente utilizada no transplante autólogo de conjuntiva (TAC). A avaliação da proliferação celular epitelial pelo antígeno Ki-67 e a cariometria do núcleo dos fibroblastos foram usados como auxiliares na avaliação do tratamento. MÉTODOS: Vinte e nove pacientes com pterígio recidivado foram divididos em três grupos: Grupo (G) 1-TAC e colírio placebo (PLA); G2-TAC, MMC 0,015% subconjuntival e PLA; G3-TAC e colírio de MMC 0,02%. A imuno-histoquímica foi realizada no tecido excisado para o antígeno Ki-67, como a cariometria dos núcleos dos fibroblastos (divididos em lado nasal e temporal). A cariometria dos núcleos dos fibroblastos foi avaliada de acordo com os seguintes parâmetros: volume (Vl) e área (Ar) em pelos menos 50 células por paciente. RESULTADOS: A porcentagem das células epiteliais positivas para o antígeno Ki-67 no lado nasal e temporal após o tratamento dos três grupos estudados foi: nasal (3,30% G1, 4,49% G2 e 3,38% G3) e temporal (3,30% G1, 4,46% G2 e 4,14% G3) não mostrando diferença significativa. A cariometria do núcleo dos fibroblastos foi: Vl nasal (792,1 µ3 G1, 605,1 µ3 G2, e 549,9 µ3 G3) e a Ar (100,58 µ2 G1, 83,13 µ2 G2, e 78,41 µ2 G3). Os três grupos mostraram uma diferença significativa p=0,039 e p=0,035, respectivamente do Vl e da Ar no lado nasal. Após seis meses de tratamento, os três grupos apresentaram a seguinte taxa de recidiva: 22,22% G1, 18,18%, G2 e 33,33% G3 respectivamente. CONCLUSÃO: O uso da MMC não interferiu nas células epiteliais positivas para o antígeno Ki-67 no pterígio recidivado, mas acarretou diminuição do volume e área dos núcleos dos fibroblastos no lado nasal do pterígio. As células epiteliais positivas para o antígeno Ki-67 parecem não ter relação com a recidiva do pterígio após seis meses da cirurgia. Outros estudos devem ser realizados para avaliar o papel da proliferação das células epiteliais na recorrência do pterígio.
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Relata-se o caso de um cão com leishmaniose visceral apresentando lesões cutâneas, caquexia e úlcera de córnea. Realizou-se o diagnóstico parasitológico e sorológico por meio de exame do material da medula óssea e por imunofluorescência indireta, respectivamente. À citologia da úlcera corneana, visibilizaram-se formas amastigotas compatíveis com Leishmania sp.
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OBJETIVO: Verificar influência da idade no comportamento da pressão intraocular (PIO) em população acima de 40 anos. MÉTODOS: Neste estudo observacional transversal realizado no município de Piraquara - PR, a PIO foi aferida através da tonometria de Goldmann. Todos os indivíduos foram submetidos a exame de triagem, sendo os suspeitos de glaucoma ou hipertensão ocular encaminhados ao atendimento de retorno para realização de exame oftalmológico completo. Para fins de análise estatística, os pacientes foram divididos em grupos etários (40-49; 50-59; 60-69 e acima de 70 anos). Posteriormente todos os pacientes portadores de glaucoma ou suspeita, hipertensão arterial sistêmica (HAS) ou Diabetes mellitus (DM) foram excluídos. RESULTADOS: Avaliaram-se 3360 indivíduos com média de idade de 54,04 ± 10,52 anos, sendo 59,79% do sexo feminino. Não se observou diferença estatisticamente significativa entre a média da PIO nos diferentes grupos etários (p=0,19; teste ANOVA). da mesma forma, não foi observada correlação significativa entre a PIO e a idade (p = 0,11; correlação linear de Pearson). Após exclusão dos indivíduos portadores de HAS (1671), DM (n=360), glaucoma ou suspeita de glaucoma (n=161) não se observou diferença estatisticamente significativa entre a média da PIO e a idade (p=0,17; teste ANOVA). No entanto, uma fraca correlação negativa, porém significativa, foi encontrada entre PIO e idade (p=0,03; R=-0,055, correlação linear Pearson). CONCLUSÃO: Na presente amostra, não foi observada influência significativa da idade na PIO, entretanto, após a exclusão de indivíduos com glaucoma, HAS e DM, observou-se uma fraca correlação linear negativa e significativa entre as duas variáveis.
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Relata-se o caso de um cisto de inclusão epitelial em um cão macho, boxer, com 7 anos de idade. O cisto havia sido observado por trinta dias, era único, não congênito e apenas um olho estava acometido. Sete meses antes da consulta, o cão apresentou ulceração corneana indolente, tratada com ceratectomia e recobrimento de terceira pálpebra. O cisto foi removido através de ceratectomia superficial, seguida de enxerto conjuntival pediculado. A recuperação foi descomplicada e não houve recidiva após sete meses de pós-operatório.
Resumo:
A Eletroretinografia é técnica que acessa objetivamente a função da retina, sendo útil como meio diagnóstico auxiliar para várias oftalmopatias. Este artigo traz informações referentes às indicações, aos componentes e medidas do eletroretinograma (ERG) e à técnica do ERG flash ilustrada pelo protocolo Clássico/Standard, utilizada na Unidade de Oftalmologia do Hospital Veterinário “Governador Laudo Natel” da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV) - Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Campus de Jaboticabal.