190 resultados para Forrageira: Leguminosa
Resumo:
Avaliou-se o efeito da substituição parcial de silagem de milho por pastagem de alfafa no desempenho de vacas leiteiras e na viabilidade econômica do sistema. Utilizaram-se 24 vacas da raça Holandesa, em estádio médio de lactação, em delineamento em blocos ao acaso. Os tratamentos foram: dieta à base de silagem de milho em confinamento, silagem de milho substituída parcialmente por pastejo restrito (PR) e pastejo irrestrito (PI) de alfafa. O sistema de pastejo foi rotacionado, e a quantidade de concentrado igual em todos os tratamentos. A massa de forragem foi de 2.338 e de 1.878kg de MS/ha, e a oferta de 1,8 e 4,2kg de MS/100kg de peso vivo, nos tratamentos PR e PI, respectivamente. A produção de leite não diferiu entre os tratamentos, cujas médias foram de 25,9; 25,8 e 25,2 litros por vaca por dia no confinamento, no PR e no PI, respectivamente. A produção diária de leite por área foi de 59,3L/ha no PR e de 63,0L/ha no PI, enquanto no confinamento foi de 45,7L/ha. A substituição parcial de silagem de milho por alfafa em pastejo não limitou o desempenho produtivo dos animais e mostrou-se economicamente vantajosa em relação ao confinamento.
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
O experimento teve como objetivo avaliar a recuperação de larvas infectantes (L3) de Trichostrongylus colubriformis em Brachiaria decumbens cv. Australiana, Cynodon dactilon cv. Coast-cross e Panicum maximum cv. Aruana. Foram utilizados módulos experimentais constituídos por seis canteiros de 32,4 m² cada, perfazendo dois canteiros por espécie forrageira. Cada canteiro foi dividido em 36 parcelas, de 30 x 30 cm, de forma a permitir seis repetições por espécie e por altura da forragem em cada semana de colheita de material. A sobrevivência larval foi avaliada do meio do verão e até meados do outono, sob o efeito de duas alturas de poda das forragens: baixa, 5 cm e alta, 30 cm. A poda foi realizada imediatamente antes da deposição das fezes contaminadas com ovos de T. colubriformis, obtidos de ovinos, que ocorreu no dia 05/02/ 2004. A colheita das fezes e da forragem foi realizada uma, duas, quatro, oito, 12 e 16 semanas após a deposição das fezes nos canteiros experimentais. A altura da forragem foi medida em cada uma das subdivisões imediatamente antes da colheita. A forragem foi cortada rente ao solo, de uma área delimitada com o auxílio de um círculo de 10 cm de raio. As fezes foram recolhidas manualmente dos canteiros. O número de larvas infectantes recuperado foi muito pequeno em comparação com a quantidade de larvas produzidas nas culturas controle, mantidas no laboratório (máximo de 6,7% no capim Aruana com 30 cm de altura). Arecuperação de L3 das amostras fecais foi maior quando as fezes foram depositadas em meio ao capim alto (com 30 cm - P<0,05). Porém, a recuperação de L3 das forragens foi similar em ambos os cortes. em relação à concentração de L3 (número de L3/kg de matéria seca), não houve diferença entre o corte baixo e alto (P>0,05) em nenhuma das semanas experimentais. Dentre as espécies forrageiras, o capim aruana foi o que, no geral, apresentou maiores concentrações de L3 de T. colubriformis.
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Anadenanthera peregrina var. falcata (angico-do-cerrado), uma leguminosa arbórea, forma associações simbióticas com bactérias fixadoras de nitrogênio (rizóbios) e com fungos micorrízicos arbusculares. Com o objetivo de avaliar a eficiência da inoculação de fungos micorrízicos e rizóbios no crescimento inicial de plantas de angico-do-cerrado, crescidas em solo autoclavado e em solo não autoclavado com e sem inoculação, foi desenvolvido um experimento em casa de vegetação, utilizando raízes micorrizadas de milho e uma mistura de isolados de rizóbios como inoculantes. O crescimento das plantas foi influenciado positivamente pela concomitante inoculação do fungo micorrízico e do rizóbio, tendo as plantas desse tratamento apresentado biomassa cerca de 60 % maior do que o controle no décimo mês. A inoculação de apenas um dos microssimbiontes, entretanto, não provocou diferença na produção de biomassa das plantas. A percentagem de colonização micorrízica foi significativamente mais alta e o número de nódulos maior nas raízes das plantas crescidas no solo não autoclavado, ocasionados pela população de fungos e rizóbios nativos. Nesse tratamento, houve pequeno acúmulo de matéria no xilopódio, provavelmente em virtude do dreno fotossintético por parte dos microssimbiontes, e a concentração de P na parte aérea e xilopódio dessas plantas foi cerca de 1,2 e 8 vezes maior, respectivamente, por causa da colonização micorrízica.
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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O Stylosanthes spp. cv. Campo Grande é uma leguminosa recomendada para a recuperação de áreas de pastagens degradadas, entretanto são escassas as informações sobre seu desenvolvimento em solos compactados. Assim, objetivou-se com o presente trabalho avaliar o desenvolvimento do Stylosanthes cv. Campo Grande em diferentes níveis de densidade de um Latossolo Vermelho eutroférrico (LVef). O experimento foi desenvolvido no período entre setembro de 2007 e março de 2008, em cultivo protegido. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado. Os tratamentos consistiram de cinco níveis de compactação do solo em sub-superfície (1,0; 1,2; 1,4; 1,6 e 1,8 Mg m-3) com quatro repetições. As unidades experimentais foram compostas por vasos montados a partir de anéis de PVC sobrepostos. No solo estudado (LVef) o máximo crescimento do Stylosanthes cv. Campo Grande ocorre com a densidade de solo em torno de 1,27 Mg m-3; e densidades de solo acima de 1,00 Mg m-3 limitam o desenvolvimento radicular desta leguminosa.
Resumo:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul. é uma leguminosa arbórea tropical que ocorre na região amazônica, sendo muito utilizada como planta medicinal e na arborização e paisagismo urbanos. Para viabilizar a produção de mudas, determinaram-se a melhor temperatura e o melhor substrato para a germinação das sementes. Sementes recém-colhidas apresentaram teor médio de água de 7,46%, porcentagem de germinação de 3,33% e baixo ganho de água durante a embebição, mostrando dormência tegumentar. A escarificação mecânica com lixa nº 40 foi um método eficiente para superação da dormência, comprovado pela alta porcentagem de germinação e embebição de água em sementes escarificadas. A porcentagem de germinação dessas sementes foi influenciada pela temperatura, mas não pelo substrato. Com base no tempo médio de germinação, recomenda-se a temperatura de 30 ºC e areia como substrato para germinação mais rápida de sementes escarificadas.
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A irrigação por aspersão em malha está sendo bastante utilizada em café, pastagem, cana forrageira e capineiras, por ser sistema de baixo custo, de fácil instalação e manejo e por permitir fertirrigação com água residuária de suinocultura e de bovinocultura. Para determinar a uniformidade de distribuição de água e de água residuária de suinocultura nesse sistema de irrigação, foi conduzido um experimento na Fazenda-Escola da Universidade de Uberaba, empregando-se pluviômetros eqüidistantes, entre quatro aspersores de duas linhas laterais. O coeficiente de uniformidade de Christiansen (CUC) e o coeficiente de uniformidade de distribuição (CUD) foram superiores aos valores mínimos recomendados, mesmo com 200 m³ de água residuária de suinocultura por hectare por ano.
Cara inchada of cattle, an infectious, apparently soil antibiotics-dependant periodontitis in Brazil
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O objetivo desta revisão das pesquisas sobre a cara inchada dos bovinos (CI), realizadas no decorrer dos últimos 30 anos, é de elucidar melhor a sua etiologia. A CI geralmente tem sido considerada de origem nutricional, causada primariamente por deficiência ou desequilíbrio mineral. A doença caracteriza-se por uma periodontite rapidamente progressiva, que afeta os tecidos peridentários a nível dos premolares e molares no período de erupção dos dentes e que se inicia geralmente em bezerros jovens. A doença causou grandes perdas econômicas aos pecuaristas da Região Centro-Oeste do Brasil, nas décadas de 1960 e 1970, com a ocupação de novas terras para criação de gado. O freqüente abaulamento lateral dos ossos maxilares nos bezerros, que deu à doença o nome popular de cara inchada, foi demonstrado ser conseqüente à periostite crônica ossificante resultante da alveolite purulenta da CI. Das lesões peridentárias foi isolado, em grande número, Bacteroides melaninogenicus, sempre junto com Actinomyces (Corynebacterium) pyogenes. Bactérias classificadas como pertencentes ao grupo sacarolí-tico e não-sacarolítico dos pigmentados de negro Bacteroides melaninogenicus e Bacteroides spp também foram isoladas, em pequeno número, de bovinos jovens sadios de fazendas CI-negativas. Ensaios in vitro mostraram que os antibióticos estreptomicina e actinomicina, bem como os sobrenadantes de cultivos de actinomicetos do solo de fazendas CI-positivas, aplicadas nas bactérias ensaiadas em concentrações subinibidoras, aumentaram significativamente (até 10 vezes) a aderência de B.melaninogenicus a células epiteliais da gengiva bovina. Esses antibióticos são produzidos no solo em conseqüência de um aumento do número de actinomicetos, incluindo os do gênero Streptomyces, quando há modificação de sua microbiota em áreas previamente ocupadas por mata virgem ou vegetação natural de Cerrado, que foram cultivadas pela primeira vez na formação de pastagem para o gado. em face da epidemiologia da CI, há fortes evidências de que a ingestão desses antibióticos pelos bovinos, junto com a forrageira, seja importante fator desencadeante para o desenvolvimento da periodontite. Através do aumento da aderência de B. melaninogenicus ao epitélio da gengiva marginal, em face da ingestão dos antibióticos pelos animais, as bactérias conseguem colonizar, formar a placa bacteriana e tornar-se patogênicas. Há evidência de que o fator desencadeante (aparentemente, os antibióticos) esteja também presente no leite de vacas-mães de bezerros afetados pela CI. Foi demonstrado que as bactérias envolvidas na periodontite produzem enzimas e endotoxinas capazes de ação destrutiva sobre os tecidos peridentários. A epidemiologia da CI, com a diminuição de sua incidência e o seu desaparecimento no decorrer dos anos, pode ser explicada pelo fato de que o prévio equílibrio da microbiota no solo virgem foi alcançado novamente e a produção dos antibióticos se reduziu. Desta maneira, a CI deve ser considerada como uma periodontite infecciosa multifatorial, causada sobretudo por bactérias anaeróbias pertencentes ao grupo Bacteroides melaninogenicus e, ao que tudo indica, desencadeada pela ingestão contínua, com a forrageira, de concentrações subinibidoras de antibióticos de solos recentememente cultivados. Esta hipótese é reforçada pela observação recente de novos surtos de CI, em áreas anteriormente positivas para a doença, em conseqüência da reforma de pastagens e capineiras após muitos anos. A natureza infecciosa da CI-periodontite foi confirmada através de experimento, em que virginiamicina mostrou-se eficaz no tratamento oral de bovinos afetados pela doença. Os antibióticos espiramicina e virginiamicina, usados como aditivos em suplementos minerais no campo, mostraram-se eficientes na prevenção da CI.
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O presente trabalho teve por finalidade avaliar os possíveis efeitos alelopáticos de três plantas daninhas (Cyperus rotundus, Sorghum halepense e Cynodon dactylon), uma leguminosa (Canavalia ensiformis) e colza (Brassica napus), na germinação das sementes do tomateiro (Lycopersicon esculentum cv. Santa Cruz) utilizado como indicador. Tubérculos de tiririca, rizomas de capim massambará, o sistema radicular de grama seda, além de folhas e raízes de feijão-de-porco e colza, foram homogeneizados em solução aquosa, submetidos a filtração e centrifugação. A aplicação do sobrenadante no substrato de germinação das sementes de tomateiro mostrou afetar o processo germinativo e o desenvolvimento da radícula e do hipocótilo. C. rotundus, S. halepense e raízes de C. ensiformis possuem substâncias altamente inibitórias à germinação do tomateiro 'Santa Cruz'', sendo que a planta indicadora também mostrou-se sensível às substâncias presentes nas folhas de B. napus e em C. dactylon.
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Estudou-se o consórcio de milho com adubos verdes: Cajanus cajam, Stizolobium aterrimum, Crotalaria spectabilis e Dolichos lablab, e avaliou-se os efeitos das relações entre comunidade infestante, milho e legumiinosas. Os tratamentos estudados foram: (i) milho em monocultivo mantido no limpo; (ii) milho em monocultivo mantido no mato; (iii) consórcio de milho com leguminosas em semeadura simultânea; (iv) cultivo consorciado de milho com leguminosas semeadas 21 dias após o milho. Brachiaria plantaginea foi a principal planta daninha da área experimental. A produção de matéria seca pelas plantas de milho foi afetada pela presença das plantas daninhas e leguminosas quando a semeadura do milho e leguminosas foi simultânea. A produção de matéria seca pelas leguminosas foi maior quando semeadas 21 dias após o milho. C. espectabilis foi a leguminosa menos apta para conviver no consórcio. Stizolobium aterrimum foi a leguminosa com maior produção de matéria seca, nos dois sistemas de consórcio, a que menos afetou as plantas de milho e, quando semeada simultaneamente ao milho reduziu a densidade de plantas daninhas em relação ao milho em monocultivo. A altura de plantas, a altura de inserção da primeira espiga e a produtividade de milho foram reduzidas pela presença de plantas daninhas e leguminosas quando a semeadura foi simultânea à do milho. As leguminosas reduziram a população de plantas daninhas sem afetar as plantas de milho e nem sua produtividade, quando semeadas 21 dias após o milho.
Resumo:
Neste trabalho, caracterizou-se a morfo-anatomia do caule e da folha de Brachiaria brizantha e B. humidicola, em três estratos, objetivando diferenciar tais estratos e espécies, bem como justificar, com estes parâmetros, a diferença de consumo que ocorre nessas espécies com o envelhecimento da planta. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, utilizando-se vasos plásticos com areia esterilizada e recebendo solução nutritiva. Aos 70 dias após o corte de uniformização, cada planta foi dividida em três partes (estratos), coletando-se a folha mediana de cada estrato, separando-a em limbo e bainha foliar, e também o entrenó recoberto pela referida bainha. Para o estudo morfológico, foram mensurados a altura total das plantas, número total de folhas, nós e perfilhos, comprimento e largura da lâmina e da bainha foliar, comprimento e diâmetro do entrenó. Para a caracterização anatômica, as amostras foram fixadas em FAA, emblocadas em GMA, seccionadas em micrótomo e coradas com fucsina básica e azul de Astra. Os estudos morfo-anatômicos indicaram parâmetros que podem interferir na digestibilidade de seus tecidos. Verificou-se que as espécies apresentaram diferenças quanto aos aspectos morfológicos, destacando em B. humidicola menores valores de comprimento e largura do limbo, o que pode dificultar a seleção das folhas inferiores, interferindo no consumo dessa forrageira. Constatou-se, também, que o caule foi a fração que mais variou entre as espécies, apresentando B. brizantha diâmetro do entrenó maior e parede do colmo mais espessa, o que, além de tornar o caule mais resistente à apreensão, sugere maior número de feixes vasculares e, conseqüentemente, porcentagem de tecidos lignificados. Observaram-se estruturas secretoras na base dos tricomas da bainha foliar de B. brizantha, sugerindo cavidades secretoras, bastante raras na família Poaceae, não havendo estudos de sua interferência no consumo e digestibilidade.
Resumo:
O baru (Dipteryx alata Vog.) é uma leguminosa abundante no Cerrado brasileiro, cuja castanha pode ser explorada através do uso sustentável para o aproveitamento das frações proteicas e lipídicas. Este trabalho teve como objetivo estudar as proteínas desta castanha, presentes na farinha desengordurada e no concentrado proteico, quanto as suas propriedades funcionais, ao perfil das frações proteicas e à digestibilidade in vitro. A farinha desengordurada com hexano foi submetida à extração no pH de maior solubilidade das proteínas, obtendo-se o concentrado proteico. O perfil eletroforético das frações proteicas foi avaliado em gel de SDS-PAGE. As propriedades funcionais indicaram a possibilidade de emprego em diversos alimentos, assim como a soja, conferindo capacidade de absorção de água, capacidade de absorção de óleo, propriedades emulsificantes e espumabilidade. As globulinas, seguidas das albuminas, são as frações majoritárias da farinha e do concentrado proteico, respectivamente. A digestibilidade foi superior no concentrado em relação à farinha desengordurada.
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)