52 resultados para isofluorano
Resumo:
Pós-graduação em Anestesiologia - FMB
Resumo:
Subarachnoid infusion of most contrast mediums and the steps involved in performing a cervical myelography have adverse affects that can discourage its use in the radiographic diagnosis of spinal cord diseases. Thus, the cardiovascular and respiratory alterations associated with neck flexion, subarachnoid puncture, and cerebrospinal fluid drainage during subarachnoid infusion of ioversol (320mgI/mL) in dogs under general anesthesia using isoflurane were evaluated. The dogs received subarachnoid infusion of autologous cerebrospinal fluid kept at 38°C - control group (GC); ioversol 0.3mL/kg at 25°C (GI25) and ioversol 0.3mL/kg heated to 38°C (GI38). Each dog had its heart rate (HR), systolic arterial pressure (SAP), diastolic arterial pressure (DAP), respiratory rate (RR), oxyhemoglobin saturation (SaO2) and electrocardiography readings (PR and QT intervals) recorded. Group comparisons showed no statistical difference regarding neck positioning, subarachnoid puncture, and subarachnoid infusion of contrast medium on HR, RR and SaO2, cardiac rhythm or conduction. However, isoflurane significantly increased PR and QT intervals. Based on these findings, it is concluded that the steps involved in cervical myelography and the use of ioversol 320mgI/mL at 0.3mL/kg (25ºC and 38ºC) during cervical myelography did not result in relevant cardiovascular and respiratory alterations, except for an elevation in arterial pressure after injection of ioversol.
Resumo:
The present study investigated the benefits of tumescent anesthesia with lidocaine in dogs undergoing mastectomy, seeking the patients' comfort and their postoperative recovery. Seven animals, with different weight and breed, who had cancer in the region of mammary chain underwent mastectomy surgery. All animals received the same anesthetic protocol being used as the association between acepromazine and morphine doses of 0.04mg.kg-1 and 0.4mg.kg-1 (IM), respectively. After 15 minutes a catheter was placed in the cephalic vein and induction with propofol 4mg.kg-1 and 0.2mg.kg-1 followed by maintenance with isoflurane anesthesia was done. After instrumentation, we proceeded to the tumescent anesthesia technique with ice-cold solution consisting of Ringer's lactate, lidocaine 2% without epinephrine and adrenaline in a total volume of 15mL.kg-1. The average duration of the procedure was 74±18 minutes. The plasmatic peak of lidocaine was between 30 and 60 minutes after infiltration. The rescue analgesic was performed after approximately seven hours of infiltration. It can be concluded that the tumescent anesthesia with lidocaine should be considered as a constituent of anesthetic and analgesic protocol in dogs undergoing mastectomy surgery providing parameter stability, safety and good quality postoperative recovery.
Resumo:
A laparoscopia ainda é pouco utilizada como ferramenta para técnicas de reprodução assistida em cervídeos sul-americanos, não havendo informações sobre seus efeitos e protocolos anestésicos seguros para sua realização. Objetivaramse avaliar as possíveis alterações na freqüência cardíaca (FC), respiratória (FR), saturação de oxihemoglobina (SpO2) e temperatura retal (TR) durante a laparoscopia para visualização dos órgãos reprodutivos de seis fêmeas de veado-catingueiro (Mazama gouazoubira) anestesiadas com a associação cetamina (5mg/kg), xilazina (0,3mg/kg), midazolam (0,5mg/kg) e isofluorano. Cada animal, após anestesiado, foi posicionado em decúbito dorsal para realização de duas laparoscopias com insuflação abdominal de CO2 (14,2 ± 2,39mmHg; M ± EPM) com intervalo de 40 dias. Para avaliar os principais eventos da laparoscopia, esta foi dividida em três períodos: animal sem insuflação abdominal (P1), com insuflação abdominal (P2) e insuflação abdominal com os quadris elevados a 45º (P3). O controle foi realizado após 40 dias da última laparoscopia, para isto, cada animal foi novamente anestesiado e mantido em decúbito dorsal por um período de tempo igual ao tempo médio de duração das anestesias realizadas nas laparoscopias, sem que o procedimento laparoscópico fosse realizado. O tempo de anestesia dos controles foi também dividido em P1, P2 e P3, respeitando o tempo médio de duração de cada um destes períodos das laparoscopias. Para análise dos dados foi usado o teste de análise de variância (ANOVA) seguido do teste de Tukey e valores de P<0,05 considerados significativos. Não houve diferença significativa nos parâmetros estudados em nenhum dos períodos estabelecidos para o controle e laparoscopia. Porém, a FR média entre P1 (38,8 ± 4,42) e P3 (32,7 ± 4,81) e a TR média entre P1 (38,2ºC ± 0,17), P2 (37,6ºC ± 0,19) e P3 (37,0ºC ± 0,21) variaram significativamente, independente da laparoscopia. Tais dados permitiram concluir que a laparoscopia não promoveu alterações significativas nos parâmetros avaliados, embora o protocolo anestésico utilizado tenha contribuído para redução da temperatura retal resultando em risco de hipotermia durante a anestesia.
Resumo:
Um felino macho, sem raça definida, pesando 3,6 kg com 10 anos de idade foi atendido no Hospital Veterinário “Luiz Quintiliano de Oliveira”, apresentando obstrução uretral com indicação para uretrostomia perineal. Ao exame físico geral, observou-se freqüência cardíaca (FC) de 240 bat.min-1, taquipnéia, temperatura retal (TR) de 38,4oC, mucosas normocoradas, tempo de preenchimento capilar de um segundo e desidratação de aproximadamente 5%. Como medicação pré-anestésica, administrou-se cetamina (6mg.kg-1), midazolam (0,15mg.kg-1) e morfina (0,15mg.kg-1) pela via intramuscular. A veia cefálica foi canulada com cateter 24G para administração de Ringer com Lactato de sódio (10mL.kg-1.h-1) e a indução foi realizada por meio da administração de propofol (4,4mg.kg-1) pela via intravenosa. Seguiu-se a intubação orotraqueal com sonda no 4,0 conectando-se a um circuito sem reinalação de Baraka, sendo a manutenção anestésica efetuada com isofluorano em fluxo diluente de oxigênio a 100%. Em seguida, realizou-se a técnica de anestesia peridural com o paciente em posição esternal e membros pélvicos estendidos cranialmente. Após localização do espaço entre as vértebras L7 e S1, introduziu-se uma agulha 13x4,5 percutaneamente até atingir o espaço peridural, administrando-se morfina (0,1mg.kg-1), fentanil (3mcg.kg-1) e lidocaína a 1% com vasoconstritor (1,8mg.kg-1), perfazendo um volume total de 0,25mL.kg-1. Durante o procedimento anestésico, monitorou-se a FC, freqüência respiratória (f), pressão arterial sistólica (PAS), pressão parcial de dióxido de carbono ao final da expiração (ETCO2), temperatura esofágica (TE), saturação periférica da hemoglobina (SpO2) e plano anestésico. O tempo total de anestesia e cirurgia foi de 65 e 50 minutos, respectivamente. O plano anestésico manteve-se estável, sem a necessidade de resgate analgésico. A SpO2, concentração de isofluorano e TE mantiveram-se em 97±2%, 1,3±0,1% e 36,7±0,4oC, respectivamente. Durante a anestesia, observou-se um momento de hipotensão, provavelmente devido ao bloqueio simpático decorrente da anestesia peridural. Tal evento foi tratado com bolus de solução de Ringer com Lactato de sódio (5mL.kg-1) promovendo o retorno da PAS aos valores de normalidade. A recuperação anestésica do animal foi isenta de complicações inerentes ao procedimento anestésico. O emprego de opióides pela via peridural é recomendado em procedimentos cirúrgicos abdominal, torácico, genito-urinário e ortopédico, principalmente em pacientes de alto risco, obesos e idosos. Em humanos, a associação da morfina e fentanil pela via peridural demonstra analgesia pós-operatória superior à promovida pelo uso isolado da morfina. Conclui-se que na espécie felina, a associação de morfina e fentanil pela via peridural pode ser uma boa alternativa para realização de protocolos de anestesia balanceada para uretrostomia.
Resumo:
Foi atendido no Hospital Veterinário “Luiz Quintiliano de Oliveira”, o felino Nick, SRD, de quatro meses de idade, pesando 700 gramas, com histórico de trauma por arranhadura em bulbo ocular esquerdo. Ao exame físico específico, evidenciou-se úlcera profunda e prolapso de íris, sendo então indicada a enucleação. Ao exame físico geral, observou-se freqüência cardíaca (FC) de 160 batimentos.min-1, frequência respiratória (f) de 80 movimentos.min-1, tempo de preenchimento capilar menor do que dois segundos, temperatura retal (TR) de 39,2oC e mucosas normocoradas. Como medicação pré-anestésica, empregou-se acepromazina (0,04 mg.kg-1) e metadona (0,3 mg.kg-1), administradas pela via intramuscular. A veia femoral esquerda foi cateterizada com cateter 24G para administração de Ringer com Lactato de sódio (10 mL.kg-1.h- 1 ). A indução foi realizada por máscara facial tendo-se como agente o isofluorano em fluxo diluente de 100 mL.kg-1.min-1 de oxigênio a 100%, seguida de intubação orotraqueal com sonda n o 2,5 sem cuff. Seguiu-se a manutenção anestésica com a mesma mistura da indução, administrada por meio de circuito anestésico sem reinalação de gases, do tipo Baraka, mantendose o paciente sob ventilação assistida. Ato contínuo, realizou-se a técnica anestésica peribulbar de punção única inferior, utilizando-se lidocaína 2% com vasoconstritor (3mg.kg-1) associada a bupivacaína 0,5% sem vasoconstritor (0,8mg.kg-1), perfazendo um volume total de 0,3ml.kg-1 . Uma agulha 13x4,5 foi introduzida em todo o seu comprimento com o bisel voltado para a órbita, no terço lateral do fórnice conjuntival inferior da órbita esquerda, administrando-se a associação dos agentes anestésicos locais, seguida de compressão manual da área para facilitar a difusão dos mesmos. Durante o procedimento anestésico, realizou-se a monitoração da FC, f, pressão arterial sistólica (PAS), TR e saturação periférica da hemoglobina (SpO2). O tempo total de anestesia e cirurgia foi de 30 e 20 minutos, respectivamente, e a SpO2, concentração de isofluorano e TR mantiveram-se em 99±1%, 1,7±0,8% e 37,4±1,5oC, respectivamente. O plano anestésico manteve-se estável, sem a necessidade de resgate analgésico. Não houve a ocorrência de reflexo óculo-cardíaco (ROC) frente à manipulação do nervo óptico, o que pode ser atribuída provavelmente ao bloqueio peribulbar. A anestesia regional é frequentemente empregada para cirurgias oftálmicas em humanos, como a facoemulsificação, sendo que o manejo anestésico pode contribuir para o sucesso do procedimento. Pode-se concluir que, também na espécie felina, o bloqueio peribulbar pode ser uma boa alternativa para a realização de protocolos de anestesia balanceada para procedimentos oftálmicos.
Resumo:
Um equino macho, raça Manga Larga, de 20 dias de idade, pesando 55 kg foi atendido no Hospital Veterinário “Luiz Quintiliano de Oliveira” com histórico de queda no dia anterior, apresentando impotência funcional e desvio do eixo ósseo do membro pélvico esquerdo (MPE). Ao exame radiográfico, constatou-se uma fratura classificada como Salter- Harris tipo II, na região distal da tíbia esquerda, com indicação para osteossíntese. Ao exame físico geral, observou-se frequência cardíaca (FC) de 82 batimentos.min-1, frequência respiratória (f) de 60 movimentos.min-1, mucosas róseas, tempo de preenchimento capilar de dois segundos, temperatura retal (ToC) de 38,5oC e hidratação adequada. Como medicação pré-anestésica, administrou-se xilazina (0,5 mg.kg-1) IV. A indução foi realizada por meio da administração de midazolam (0,1mg.kg-1) e cetamina (2mg.kg-1) IV. Seguiu-se a intubação orotraqueal com sonda n o 12 conectando-se a um circuito anestésico com reinalação parcial de gases, e a manutenção foi realizada com isofluorano em fluxo diluente de oxigênio a 100%, sob ventilação espontânea. Realizou-se a técnica de anestesia peridural com o paciente em decúbito lateral direito, introduzindo uma agulha 30x8 percutaneamente até atingir o espaço peridural entre as vértebras L6 e S1, onde se administrou lidocaína a 2% (2,2mg.kg-1) com vasoconstritor, perfazendo um volume de 6 mLs. Adicionalmente foi realizado o bloqueio perineural dos nervos tibial e fibular do membro acometido, com administração de 5 mLs de lidocaína a 2% com vasoconstritor em cada ponto. A administração de anestésicos locais pela via peridural na região L6 – S1 não é rotineiramente usada em equinos, uma vez que provoca ataxia ou perda do tônus muscular, aumentando os riscos relacionados à intervenção anestésica. No entanto, a recuperação do potro nesse relato de caso foi rápida e isenta de complicações, provalvelmente proporcionando anestesia multimodal e consequentemente menor depressão cardiovascular. A associação da anestesia peridural e bloqueio dos nervos tibial e fibular à anestesia geral, pode ser uma alternativa para intervenções cirúrgicas em membros pélvicos de potros, uma vez que demonstrou ser efetiva e de fácil execução.