384 resultados para Nutriente limitante
Resumo:
O melão (Cucumis melo L.) é uma das culturas de grande expressão econômica e social para a região Nordeste do Brasil. Apesar disso e dos baixos níveis de fósforo (P) dos solos tropicais, existem poucas pesquisas sobre adubação com P nesta cultura, embora seja frequentemente mencionado que este nutriente tem papel preponderante na produção e qualidade dos frutos. Neste contexto, objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito de doses de P (0; 120; 240; 360 e 480 kg ha-1 de P2O5), na produção e qualidade do melão-amarelo híbrido Goldex F1, nas condições ambientais de Teresina - Piauí. O experimento foi conduzido em um delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições, tendo 40 plantas por parcela. Os frutos foram colhidos aos 75 após o plantio. Foram avaliados os dados médios da produção total, produção de frutos comerciais, massa e número de frutos por planta, comprimento e diâmetro de frutos, espessura da polpa de frutos, sólidos solúveis, acidez titulável e o índice de maturação. A produção total e comercial, assim como a massa e o número de frutos e acidez titulável aumentaram com as doses de P aplicadas até a dose de 278 kg ha-1 de P2O5. Doses acima de 278 kg ha-1 de P2O5 prejudicaram a produtividade de frutos classificados como comerciais. O comprimento, o diâmetro de frutos e a espessura de polpa aumentaram até a dose de 355 kg ha-1 de P2O5, com aumentos pouco expressivos entre 278 e 355 kg ha-1 de P2O5. O teor de sólidos solúveis totais não foi afetado pela adubação fosfatada. Para as condições de fertilidade do solo deste trabalho, recomenda-se uma dose ao redor de 275 kg ha-1 de P2O5.
Resumo:
O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de determinar os coeficientes de digestibilidade aparente da proteína e da energia dos principais alimentos utilizados na formulação de dietas para alevinos de pintado. Foram utilizados 600 alevinos com peso médio inicial de 9,80 ± 1,48 g e comprimento total médio de 13,00 ± 1,00 cm. Na coleta de fezes, foi utilizado o sistema de Guelph modificado. As 12 dietas-teste foram constituídas por 69,50% de uma dieta de referência, 0,50% de óxido de cromo (marcador inerte) e 30% do ingrediente estudado. Após receberem as dietas teste durante três dias, os peixes foram transferidos para os aquários de coleta (incubadoras de fibra de vidro de 80 litros de capacidade), onde as fezes foram coletadas em intervalos de meia hora. Com base nos coeficientes de digestibilidade da fração protéica, os alimentos que apresentaram maior aproveitamento para esse nutriente foram: farinha de peixe (84,14%), farelo de soja (67,10%), milho (64,18%) e farinha de vísceras de aves (61,25%). Foram observados valores razoáveis somente para a digestibilidade do conteúdo energético em metade dos ingredientes estudados; para as farinhas de peixe, milho, soja integral tostada e os farelos de soja, de trigo e de arroz, os coeficientes médios foram: 72,80; 57,39; 64,95; 61,66; 53,20 e 51,84%, respectivamente. A farinha de peixe foi o melhor ingrediente para o pintado (45,38% PD e 2790,42 kcal ED/kg), seguido do farelo de soja (30,86% PD e 2708,45 kcal ED/kg), da soja integral tostada (18,34% PD e 3121,06 kcal ED/kg), do milho (5,86% PD e 2691,53 kcal ED/kg) e do farelo de trigo (8,08% PD e 2265,13 kcal ED/kg).
Resumo:
O fósforo (P) é um importante nutriente para o surgimento de brotos em alfafa. Através do estudo da dinâmica do aparecimento de brotos pode-se obter informações que auxiliam na adoção de um manejo eficiente. Diversas fontes de P estão disponíveis no mercado, sendo que a eficiência deste nutriente é afetada pela acidez do solo. O uso do gesso com fosfato de rocha pode corrigir o perfil do solo em relação ao alumínio e diminuir a fixação de P. Num experimento conduzido em vasos, superfosfato triplo (ST), fosfato de Gafsa (FG) e FG com gesso, aplicados antes e depois da calagem, foram avaliados para se estudar o número de brotos laterais e basais em alfafa, assim como a dinâmica do surgimento destes brotos em função das seguintes doses: 0, 50, 100 e 200 mg P dm-3. A avaliação envolveu três cortes da cultura. A dose de 100 mg P dm-3 retardou em 6 a 15 dias o surgimento do segundo broto basal quando comparada à dose de 200 mg P dm-3. Os brotos laterais surgiram 24 dias após o aparecimento dos brotos basais quando empregou-se a dose de 200 mg P dm-3. A adição de fósforo aumentou o número de brotos basais e laterais de 1,5 e 0,5 broto/planta para 8,0 e 6,9 brotos/planta, respectivamente. Verificou-se um maior número de hastes basais com a utilização do FG (5,1 brotos/planta) do que com o uso de ST (2,9 brotos/planta). Não houve efeito do gesso sobre os brotos laterais. O uso do FG mais gesso resultou em 5,9 brotos basais/planta, enquanto que o uso do FG não combinado com gesso resultou em 3,9 brotos basais/planta. Não houve efeito do momento de calagem sobre o número de brotos da alfafa.
Resumo:
A utilização da cobertura do solo pode trazer inúmeros benefícios ao cultivo de alface. Este experimento teve como objetivo avaliar o efeito de tipos de coberturas de solo no cultivo de alface tipo americana cv. Lucy Brown. Os tratamentos foram: 1- canteiro sem cobertura e sem capina (testemunha), 2- canteiro sem cobertura, com capina quinzenal, 3- canteiro com cobertura de bagaço de cana de 2 cm de espessura, 4- canteiro com cobertura de plástico preto, 5- canteiro com cobertura de plástico dupla face (prateado/preto). Foram avaliados o ciclo das plantas no campo, a quantidade de clorofila nas folhas, a produção em peso individual de cabeça e a quantidade de nutrientes absorvidos nas folhas. A utilização de cobertura plástica do tipo dupla face proporcionou os maiores valores médios de produção. Foi também o tratamento em que foram obtidos os maiores valores para quantidade de clorofila, nitrogênio, fósforo, enxofre, boro e ferro acumulado nas folhas.
Resumo:
O N é o nutriente que proporciona as maiores respostas no crescimento das gramas, e a adubação nitrogenada adequada pode proporcionar a formação do tapete com boa qualidade em menor tempo. Neste trabalho, objetivou-se avaliar a influência da adubação nitrogenada na produção e qualidade de tapetes de grama-bermuda. O experimento foi instalado e conduzido em área de produção comercial de grama, localizada na cidade de Capela do Alto, SP. A grama utilizada foi a Cynodon dactylon (Pers) L., conhecida como grama-bermuda. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com cinco tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos por cinco doses de N: 0, 150, 300, 450 e 600 kg ha-1. O aumento das doses de N aumentou a taxa de cobertura do solo pela gramabermuda, reduzindo o tempo para formação do tapete. O máximo acúmulo de matéria seca de rizomas + estolões + raízes foi proporcionado pela dose de 354 kg ha-1 de N, e a resistência dos tapetes, pela dose de 365 kg ha-1 de N. Doses de N entre 354 e 365 kg ha-1, aumentaram a resistência dos tapetes e, com isso, a capacidade deles serem manuseados após a colheita, podendo promover assim maior rendimento da área.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a adsorção e a lixiviação do boro em Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico, cultivado com soja, em conseqüência das doses de boro e da calagem. Foram analisadas amostras de um solo do Estado do Mato Grosso, cultivado com soja durante três anos, com doses de 0, 1,5, 3, 4,5, 6, 7,5 e 9 Mg ha-1 de calcário, e 0, 1, 3, 5, 7 e 10 kg ha-1 de boro, aplicados no primeiro ano de cultivo. Foram determinadas isotermas de adsorção de boro em função da calagem e do tempo de cultivo, assim como a lixiviação em função da calagem e da adubação boratada. No caso da calagem, mesmo com doses relativamente altas de calcário, a adsorção de boro pelo solo é muito alta apenas no ano de aplicação do corretivo, e diminui significativamente com o tempo. No entanto, a lixiviação de boro guarda estreita relação com o teor do nutriente no solo e com a dose do nutriente que é aplicada, mas é pouco influenciada pela calagem.
Resumo:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Resumo:
Crop species with the C-4 photosynthetic pathway are more efficient in assimilating N than C-3 plants, which results in different N amounts prone to be washed from its straw by rain water. Such differences may affect N recycling in agricultural systems where these species are grown as cover crops. In this experiment, phytomass production and N leaching from the straw of grasses with different photosynthetic pathways were studied in response to N application. Pearl millet (Pennisetum glaucum) and congo grass (Brachiaria ruziziensis) with the C-4 photosynthetic pathway, and black oat (Arena Strigosa) and triticale (X Triticosecale), with the C-3 photosynthetic pathway, were grown for 47 days. After determining dry matter yields and N and C contents, a 30 mm rainfall was simulated over 8 t ha(-1) of dry matter of each plant residue and the leached amounts of ammonium and nitrate were determined. C-4 grasses responded to higher fertilizer rates, whereas N contents in plant tissue were lower. The amount of N leached from C-4 grass residues was lower, probably because the C/N ratio is higher and N is more tightly bound to organic compounds. When planning a crop rotation system it is important to take into account the difference in N release of different plant residues which may affect N nutrition of the subsequent crop.
Resumo:
Wheat is grown in Brazil, mostly in no-till, a system in which the zinc can become potentially deficient, due to excessive application of acidity corrective and phosphate fertilizers in surface and, or at shallow depths. This study aimed to evaluate the effect of foliar application of zinc in agronomic characteristics and yield of wheat. The experimental design was randomized blocks with five replications. Treatments consisted of four doses of zinc (0, 54, 108 and 216g ha(-1) Zn), divided into two foliar applications, the first at tillering (18 days after plant emergence) and the second at the boot stage (65 days after emergence). Foliar application of zinc increased the number of fertile tillers and yield of wheat, however, have little effect on the agronomic characteristics of no-tilled crop with high nutrient content in soil.
Resumo:
A broca do cacho do coqueiro, Homalinotus coriaceus (Gyllenhal), é uma praga limitante da produção de coco no Brasil, sendo que tanto as larvas como os adultos provocam a queda das flores femininas e dos frutos imaturos, pela interceptação do fluxo de seiva ou pela alimentação direta nas estruturas reprodutivas. em virtude da escassez de informações sobre sua biologia, realizou-se esse trabalho com o objetivo de desenvolver uma metodologia mais adequada para a criação da praga em laboratório. Foram utilizados os parâmetros biológicos para avaliação e comparação dos sistemas de criação estudados.Toletes de cana-de-açúcar foram utilizados como substrato para alimentação dos adultos coletados no campo e obtenção dos ovos. As larvas foram criadas em três substratos alimentares no Laboratório de Entomologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA)-CPATC (Centro de Pesquisa Agropecuária dos Tabuleiros Costeiros), em Aracaju, SE. Os substratos alimentares estudados foram: o mesocarpo do coco, dieta para criação da broca dos citros e dieta para criação da broca do olho do coqueiro, sendo esta a que proporcionou o melhor desenvolvimento larval num menor tempo, com boa viabilidade, maior facilidade no preparo e manutenção.
Resumo:
Os restos vegetais deixados na superfície do solo em sistemas de semeadura direta, além de proteger o solo da erosão, constituem considerável reserva de nutrientes que podem ser disponibilizados para a cultura principal, subseqüente. Avaliou-se a lixiviação de K da palha de seis espécies vegetais com potencial de uso como plantas para cobertura do solo de acordo com a quantidade de chuva recebida após o manejo. Milheto (Pennisetum americanum, var. BN-2), sorgo de guiné (Sorghum vulgare), aveia preta (Avena strigosa), triticale (Triticum secale), crotalária juncea (Crotalaria juncea) e braquiária (Brachiaria decumbens) foram cultivados em vasos com terra, em casa de vegetação, em Botucatu (SP). Aos 45 dias da emergência, as plantas foram cortadas na altura do colo, secas em estufa e submetidas a chuvas simuladas de 4,4, 8,7, 17,4, 34,9 e 69,8 mm, considerando uma quantidade de palha equivalente a 8,0 t ha-1. A máxima retenção de água pela palha corresponde a uma lâmina de até 3,0 mm, independentemente da espécie, praticamente não ocorrendo lixiviação do potássio com chuvas da ordem de 5 mm. A máxima liberação de K por unidade de chuva ocorre com lâminas de até 20 mm, decrescendo a partir deste ponto. A quantidade de K liberado da palha logo após o manejo depende da espécie vegetal, não ultrapassando, no entanto, 24 kg ha-1 com chuvas da ordem de 70 mm, apresentando correlação positiva com a concentração do nutriente no tecido vegetal. O triticale e a aveia são mais eficientes na ciclagem do potássio.
Resumo:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Resumo:
A presença de palha na superfície do solo influi na ciclagem do K do sistema de produção e pode alterar as propriedades químicas do solo, com possíveis reflexos na lixiviação do nutriente. No presente trabalho, foi avaliada a lixiviação de K no perfil de um solo submetido a 30 mm de chuva simulada, de acordo com doses de K aplicadas a lanço, na presença e ausência de palha de milheto na superfície do solo. O milheto foi cultivado por 55 dias em condições controladas. A seguir, foi cortado à altura do colo, em pedaços de 3 a 5 cm e colocado sobre o solo, em vasos de PVC com 20 cm de diâmetro, em quantidade equivalente a 8 t ha-1 do material seco. Sobre a palha foi aplicado cloreto de K, correspondente às doses de 0, 40, 80, 120 e 160 kg ha-1. A seguir, os vasos foram submetidos à chuva simulada equivalente a 30 mm. A palha foi coletada e analisada quanto aos teores de K, assim como o solo foi amostrado nas profundidades de 0-2, 2-4, 4-8, 8-12 e 12-20 cm de profundidade para análise de K trocável. A chuva de 30 mm foi necessária e suficiente para carrear para o solo o fertilizante potássico aplicado sobre a palha. A intensidade de lixiviação do K no perfil do solo foi proporcional à dose aplicada, de modo que uma chuva de 30 mm lixiviou o nutriente até a camada de 8-12 cm de profundidade, quando o solo estava descoberto. A presença de palha de milheto na superfície do solo aumentou a quantidade de K levada até à superfície do solo pela chuva, mas diminuiu a intensidade de lixiviação do nutriente.
Resumo:
Este trabalho teve por objetivo avaliar, comparativamente, a capacidade extratora de P da soja (Glycine max), milho (Zea mays), braquiária brizantha (Brachiaria brizantha) e milheto (Pennisetum glaucum), submetidos a diferentes doses do fertilizante fosfatado natural fosforita Alvorada, em condições controladas. Utilizou-se um Argissolo Vermelho distroférrico de textura média, corrigido e adubado com N, K e micronutrientes. As espécies foram cultivadas em vasos de 18 dm³ por 50 dias em casa de vegetação, com aplicação de 0, 100, 200 e 400 kg ha-1 de P2O5. As quantidades de fosfato natural foram calculadas com base na teor total de P2O5. O milho, ao contrário da soja, respondeu positivamente ao aumento da dose de P2O5 via fosforita Alvorada. A Brachiaria brizantha cv. Marandu, apesar da menor produção de matéria seca em relação ao milheto, apresentou alta eficiência na absorção de P, mesmo com o fornecido deste nutriente por meio de fonte pouco solúvel. O milheto apresentou-se como importante espécie de cobertura do solo, graças ao alto potencial para produção de fitomassa e reciclagem de P num intervalo de tempo relativamente curto (50 dias).
Resumo:
A broca do pedúnculo floral do coqueiro, Homalinotus coriaceus (Gyllenhal), é uma praga limitante à produção de coco no Brasil, provocando a queda das flores e dos frutos imaturos. Sua biologia é pouco conhecida o que tem dificultado a seu manejo adequado no campo. Dessa forma, foi realizado o estudo da biologia desse inseto no Laboratório de Entomologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) Tabuleiros Costeiros - CPATC, em Aracaju, SE, à temperatura de 25 ± 2°C, umidade relativa de 70% e fotofase de 12h. Para alimentação e oviposição dos adultos coletados no campo foram utilizados toletes de cana-de-açúcar como substrato, nos quais as fêmeas colocaram ovos individualizados, cujo período de incubação variou de seis a 14 dias. As larvas foram criadas no mesocarpo de coco, desenvolvendo-se em 144 dias em média, passando por cinco a sete ínstares. O período pupal médio foi de 31 dias. A longevidade do adulto variou de 303 a 695 dias para fêmeas e de 246 a 635 dias para machos, sendo o ciclo de ovo a adulto de 181,9 dias para fêmeas e 188,5 para machos. Foram observadas diferenças morfológicas nas pupas e nos adultos, que podem ser utilizadas para separação dos sexos. Ao contrário dos machos, as fêmeas apresentam, na fase de pupa, duas estruturas arredondadas e elevadas situadas na face ventral e final do abdome e, na fase adulta, o penúltimo tergito abdominal projeta-se sobre o último.