383 resultados para Linguagem e línguas Estilo
Resumo:
Meu objetivo é mostrar que as teses externalistas os significados não estão na cabeça e os pensamentos não estão na cabeça não implicam, necessariamente, a tese mais radical a mente não está na cabeça. Trato dessa questão no âmbito do Externalismo Social de Tyler Burge e Lynne Baker, argumentando que a importância que esses pensadores atribuem à linguagem nas questões relativas à mente não significa, como uma leitura apressada poderia sugerir, a redução da mente à linguagem e, muito menos, a eliminação da mente. A minha conclusão é que o externalismo social linguÃstico não se constitui como uma estratégia eficaz de enfrentamento dos problemas da natureza da mente e de sua relação com o corpo.
Resumo:
Este artigo destina-se ao estudo das análises que o filósofo Maurice Merleau-Ponty dedica ao tema da linguagem no livro Fenomenologia da percepção. O filósofo parte da discussão de pesquisas relativas à psicopatologia da linguagem. Nelas, afirma-se que os doentes estariam limitados a uma atitude concreta e, portanto, impedidos de efetuar as formas do comportamento simbólico. Merleau-Ponty adota uma postura crÃtica em relação à inspiração intelectualista que perpassa essa caracterização e estende suas crÃticas à psicologia genética de Piaget. É ao registro do gesto que o filósofo vincula a linguagem, enfatizando o seu caráter intencional.
Resumo:
Avaliou-se o uso de linguagem documentária alfabética de catálogos coletivos, na perspectiva das bibliotecas universitárias e no contexto sociocognitivo dos indexadores e dos usuários. Concluiu-se que o uso adequado de linguagens documentárias de áreas cientÃficas especializadas faz-se por meio da avaliação quanto à atualização, especificidade e compatibilidade para atender à s necessidades de indexação e recuperação da informação.
Resumo:
Este estudo tem como objetivo indicar um panorama geral sobre a produção de conhecimento no que tange os padrões para o desenvolvimento da narrativa oral, nos últimos quatro anos por meio de uma revisão bibliográfica sistematizada, voltada para a temática de intervenção em linguagem infantil, com o uso de narrativas orais. A revisão foi realizada em uma única etapa, com critérios especÃficos, utilizando os seguintes descritores: narrativas, narrativa, narrativas de crianças, linguagem e desenvolvimento, linguagem oral, habilidades linguÃsticas, linguagem falada, linguagem infantil, narração/narração de histórias e linguagem. O perÃodo considerado foi de 2007 a 2011. Foram obtidos 900 registros, dentre os quais, nove (1%) atenderam aos critérios estabelecidos para análise. A maioria dos estudos relacionou-se com análises psicolinguÃsticas. Apenas um estudo utilizou método experimental. No perÃodo considerado foram produzidos poucos estudos abordando narrativas orais infantis; a sua grande maioria levou em consideração, fundamentalmente, aspectos cognitivos e linguÃsticos no processo de desenvolvimento da habilidade narrativa; a grande maioria das pesquisas foi realizada com crianças que possuem algum tipo de alteração em seu desenvolvimento linguÃstico. Considera-se que a produção de conhecimento, em relação ao desenvolvimento de narrativas orais infantis, exige, atualmente, um olhar voltado para as intervenções que utilizem metodologia experimental. Por fim, considera-se que é necessária uma atenção maior em relação ao desenvolvimento tÃpico da habilidade narrativa.
Resumo:
TEMA: a produção cientÃfica nacional sobre a linguagem escrita no âmbito da Fonoaudiologia. OBJETIVO: analisar parte da produção fonoaudiológica brasileira acerca da linguagem escrita, entre os anos de 1980 a 2004, levando em conta o perÃodo da publicação; a distribuição de freqüência por perÃodo; os tipos de publicações; as sub-temáticas abordadas e a autoria. MÉTODO: a pesquisa de caráter documental configurou a opção metodológica selecionada para a realização desse estudo. Foram analisados livros, capÃtulos de livros e artigos publicados em sete periódicos nacionais de Fonoaudiologia (1980 a 2004). RESULTADOS: as produções cientÃficas em torno da linguagem escrita, no perÃodo considerado, perfazem um total de 236 publicações. Desse total, 3,39% foram publicadas na década de 1980; 44,1% na década de 1990; e 52,5% durante o perÃodo de 2000-2004. Quanto ao tipo das publicações, 18,5% foram publicadas em forma de livro, 39% de capÃtulo de livro e 42,5% de artigo em periódico. Quanto à autoria das publicações, 42 autores (76,36%), são vinculados a instituições de ensino superior, como docentes ou discentes, com maior concentração no Estado de São Paulo e menor no Rio de Janeiro. As produções analisadas versaram sobre cinco sub-temáticas: distúrbios de linguagem escrita (52%); processo de apropriação da linguagem escrita (23,5%); surdez e linguagem escrita (8,90%); alterações neurológicas e linguagem escrita (8,22%) e escola e linguagem escrita (7,53%). CONCLUSÃO: a pesquisa permitiu recuperar parte da memória acerca da construção de um campo de atuação e de conhecimento da área fonoaudiológica: a linguagem escrita. O ascendente crescimento de publicações em torno dessa temática aponta para o implemento de pesquisas nesse campo da Fonoaudiologia e, portanto, a pertinência de estudos que objetivem analisar os rumos da produção cientÃfica relativa ao mesmo.
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OBJETIVO: Descrever o desempenho de crianças com Distúrbio EspecÃfico de Linguagem (DEL) em provas de leitura, escrita, aritmética, consciência fonológica e memória seqüencial auditiva, assim como, verificar se há associação positiva entre as provas que avaliam a aprendizagem escolar e as que avaliam o processamento da informação. MÉTODOS: Vinte sujeitos com diagnóstico de DEL, com idades entre 7 e 12 anos, foram submetidos ao Teste de Desempenho Escolar (TDE) e a duas provas, que avaliam o processamento da informação (Perfil de Habilidades Fonológicas e Subteste de Memória Seqüencial Auditiva do Teste de Illinois de Habilidades PsicolingüÃsticas - ITPA). RESULTADOS: A maioria apresentou alteração em todas as provas realizadas. As associações entre o desempenho do grupo nas diferentes provas demonstram que a habilidade metafonológica apresentou associação estatisticamente significante com as habilidades de leitura (p=0,02) e escrita (p=0,02). Por sua vez, a habilidade de memória seqüencial auditiva apresentou associação estatisticamente significante apenas com a habilidade de aritmética (p=0,0003). CONCLUSÃO: O desempenho escolar, assim como as habilidades de consciência fonológica e memória de curto prazo mostraram-se defasados na maioria dos sujeitos avaliados, havendo associação positiva entre: a prova de memória de curto prazo e a prova de aritmética; a prova de consciência fonológica e as provas de leitura e escrita. Neste contexto, reforça-se aqui a utilização de programas de intervenção baseados em Modelos PsicolingüÃsticos, que sugerem o uso de estratégias individuais para o desenvolvimento das habilidades metafonológicas.
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OBJETIVO: Analisar o perfil funcional da comunicação de crianças e adolescentes com distúrbios do espectro autÃstico em dois ambientes de terapia de linguagem, que se diferenciam quanto ao aspecto fÃsico. MÉTODOS: Participaram dez sujeitos com distúrbios do espectro autÃstico, seis do gênero masculino e quatro do gênero feminino, com idades entre 4 e 13 anos. Na coleta de dados, foram realizadas filmagens de oito sessões de terapia de linguagem individual com duração de 30 minutos, sendo quatro sessões em uma sala comum e quatro em uma sala com ambientação especÃfica (sala NIC), intercaladamente, durante um mês. Para a análise dos dados foi empregado o Protocolo de Pragmática, e os resultados receberam tratamento estatÃstico. RESULTADOS: Verificou-se que não houve diferença significativa entre o perfil pragmático apresentado pelos dez sujeitos na sala comum e na sala NIC. CONCLUSÃO: O contexto fÃsico aqui estudado não influenciou significativamente no perfil funcional da comunicação de indivÃduos do espectro autÃstico, ainda que se tenha verificado tendências individuais apresentando melhor desempenho em uma sala ou em outra.
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TEMA: aspectos genéticos, cognitivos e de linguagem na SÃndrome de Williams-Beuren (SWB). OBJETIVO: revisar a literatura sobre a SWB, destacando aspectos genéticos, cognitivos e de linguagem. CONCLUSÕES: a literatura mostrou que a etiologia da SWB é conhecida, embora o diagnóstico precoce pode ser difÃcil pela variabilidade de manifestações clÃnicas dessa condição. O fenótipo variável tem sido atribuÃdo a deleção de vários genes na região 7q11.23. que inclui o gene da elastina. A deleção desse gene é identificada pelo estudo citogenético molecular denominado Hibridização in situ por Fluorescência (FISH). A freqüência populacional desta sÃndrome é de 1 em 20,000 nascimentos e é resultante de uma alteração genética de novo. O quadro da SWB é caracterizado principalmente por fácies tÃpica conhecida como face de duende, alterações cardÃacas, prejuÃzos cognitivos e aspectos comportamentais que incluem a linguagem. A caracterÃstica falante e sociável associada as dificuldades viso-construtivas conferem a esta sÃndrome um quadro neuro-cognitivo peculiar. A deficiência mental é variável e pode ou não estar presente. Estudos que descreveram as habilidades de linguagem nesta sÃndrome destacaram que a habilidade sintática pode estar Ãntegra ou parcialmente Ãntegra, a produção verbal pode ser precisa e inteligÃvel, mostrando a integridade do sistema fonológico. O vocabulário receptivo-auditivo é citado em alguns estudos como adequado e em outros como prejudicado para a idade mental. Pesquisas na área têm produzido, resultados incongruentes com respeito ao perfil de habilidades cognitivas e lingüÃsticas nos portadores dessa condição. A correlação entre as habilidades de linguagem e a cognição e a divergência de achados na literatura serão abordadas neste artigo.
Resumo:
This article has as issue the Physical Education inserted in Humanity study area and more specifically considered as language. The aim of this article is to ponder over the Physical Education as a language like proposed in the 'Par metro Curriculares Mais', the following changes in theorical referencials and its implications in the way of observing bodies phenomenals. Thus so resorted to a bibliography belonging to Human Sciences. The conclusion is that the body movements and gestures has a significative symbolic dimension.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi descrever o processo de intervenção fonoaudiológica de dois irmãos com transtornos invasivos do desenvolvimento, por meio de um estudo longitudinal de caso clÃnico. Participaram dois irmãos, um de nove e outro de 11 anos de idade, ambos do gênero masculino, com autismo (Caso 1) e transtorno invasivo do desenvolvimento sem outra especificação (Caso 2). Como procedimento de coleta e análise de dados foi realizado um estudo longitudinal, por meio de acompanhamento dos casos ao longo de quatro anos de intervenção fonoaudiológica. Foram realizadas filmagens durante as sessões de terapia, análise documental de informações dos prontuários referentes à anamnese, avaliação e relatórios terapêuticos fonoaudiológicos, exames e avaliações multidisciplinares. em ambos os casos houve melhora no contato visual, na interação social, no vocabulário e na brincadeira simbólica. No Caso 1 ocorreu aumento de 2,0 para 6,2 atos comunicativos por minuto, no Caso 2 de 3,5 para 8,0 atos e ambos demonstraram predominância do meio verbal e maior variedade de funções comunicativas. Outros fatores influenciaram estes resultados, como a deficiência intelectual, a dinâmica familiar, os conflitos no relacionamento entre os irmãos e o ambiente escolar em que estavam inseridos. Confirmou-se a relevância do fonoaudiólogo em intervenções nos transtornos invasivos do desenvolvimento, junto a equipes multidisciplinares, para a discussão diagnóstica e de condutas mais adequadas. Estudos longitudinais podem contribuir para uma análise mais detalhada e fidedigna de intervenções terapêuticas nesses casos, para esclarecer lacunas existentes na literatura e subsidiar a atuação do fonoaudiólogo clÃnico.
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Este trabalho, de natureza qualitativa e de cunho etnográfico, tem como cenário um Projeto de LÃnguas Estrangeiras, implementado nos Ciclos 1 e 2 do Ensino Fundamental Público de uma cidade do interior paulista. O objetivo principal do estudo é investigar as visões implÃcitas da avaliação proposta pelo livro didático em uso no mencionado contexto de ensino, confrontando-as com a abordagem explÃcita do material acerca do processo avaliatório e com as crenças dos professores sobre a avaliação em foco. Para tanto, tomamos como referencial os princÃpios sociointeracionistas (Vygotsky, 1978) e comunicacionais (Almeida Filho, 1993, 2005) de linguagem e aprendizagem, assim como construtos referentes à s crenças sobre ensino e aprendizagem de lÃnguas (Barcelos, 1995, 2004a, b; Silva, 2005) e também referentes à avaliação (Scaramucci, 1997, 2004) no ensino de lÃnguas para crianças (Cameron, 2001).
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A Pesquisa Narrativa de Clandinin & Connelly (2000) compreende a experiência humana como histórias vividas e contadas. Nesta abordagem qualitativa de pesquisa, os participantes contam histórias e os pesquisadores as recontam e as reconstroem por meio de narrativas acerca das experiências. Tendo este arcabouço metodológico como orientador de nossos procedimentos de pesquisa, neste artigo investigamos nossa experiência compartilhada de aprendizagem in-tandem do português e do italiano - no caso, uma experiência de oito meses por meio de um tandem face-a-face. Neste perÃodo, vivenciamos e coletamos dados acerca de nosso processo de aprender a lÃngua um do outro: anotações de campo, mensagens reflexivas de e-mail trocadas durante o perÃodo e o conteúdo anotado durante as aulas. Ao reviver nossas histórias vividas durante aquele perÃodo, por meio da narrativa aqui apresentada, ressaltamos os elementos de identidade no nosso tandem que acreditamos estarem relacionados à aprendizagem. Também individuamos os elementos desencadeadores de identidade especÃficos deste contexto de aprendizagem.
Resumo:
No âmbito do Processamento Automático de LÃnguas Naturais (PLN), o desenvolvimento de recursos léxico-semânticos é premente. Ao conceber os sistemas de PLN como um exercÃcio de engenharia da linguagem humana, acredita-se que o desenvolvimento de tais recursos pode ser beneficiado pelos modelos de representação do conhecimento, desenvolvidos pela Engenharia do Conhecimento. Esses modelos, em particular, fornecem simultaneamente o arcabouço teórico-metodológico e a metalinguagem formal para o tratamento computacional do significado das unidades lexicais. Neste artigo, após a apresentação da concepção linguÃstico-computacional de léxico, elucidam-se os principais paradigmas de representação do conhecimento, enfatizando a abordagem do significado e a metalinguagem formal vinculadas a cada um deles.
Resumo:
O contexto de interação de protótipo teletandem, por meio do aplicativo MSN Messenger, permite o intercâmbio de informação de linguagem em tempo real, pelo uso de voz, texto e imagens (webcam). Foi observado que, por se tratar de um ambiente de troca entre lÃnguas próximas, alguns dos processos de aquisição demonstrados pelos aprendizes se assemelham. No entanto, a lÃngua materna foi o fator de influência para particularidades em relação ao uso de estratégias de comunicação.
Resumo:
Alterações especÃficas do desenvolvimento da linguagem (AEDL) devem ser identificadas precocemente, pois tais alterações podem interferir nos aspectos sociais e escolares da criança. O objetivo dessa pesquisa foi verificar o desempenho de crianças com diagnóstico de AEDL, em comparação com o de crianças normais, por meio da Escala de Desenvolvimento Comportamental de Gesell e Amatruda (EDCGA). Foram selecionadas 25 crianças de 3 a 6 anos com o diagnóstico de AEDL (grupo estudado - GE) e 50 crianças normais da mesma faixa etária (grupo controle - GC). As crianças do GC apresentaram desempenho satisfatório e melhor que as crianças do GE, em todos os campos da escala. O valor da mediana do GE foi limÃtrofe nos comportamentos adaptativo e social-pessoal, já no de linguagem foi discrepantemente rebaixado. ConcluÃmos que as alterações de linguagem interferiram na avaliação dos outros campos do desenvolvimento (adaptativo e pessoal-social). Apesar da interferência, a escala pode ser instrumento útil no diagnóstico de AEDL.