51 resultados para gramaticalização


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O propósito deste trabalho é investigar o percurso histórico da oração completiva iniciada pela conjunção se do português, que também introduz, nessa e em outras línguas românicas, uma oração adverbial condicional. Com base em registros de filólogos e romanistas, demonstra-se que a similaridade existente entre essas orações é resultado de gramaticalização da oração condicional que, no latim, passou a funcionar como oração completiva, em razão da extinção das partículas interrogativas que passaram a ser substituídas pela conjunção condicional latina si. Como oração completiva, a oração com se submete-se à gramaticalização, integrando-se à oração matriz de um modo que, conforme proposta de Hopper e Traugott (1993) e de Lehmann (1988), é próprio a construções completivas. A forma que tem essa oração de se gramaticalizar, incorporando-se à oração matriz, é, entretanto, diferente do que é previsto ocorrer a uma completiva introduzida por que, uma diferença que se deve, sobretudo, ao significado hipotético que a completiva com se preserva de sua fonte histórica. Demonstra-se, por fim, que, do português arcaico ao português contemporâneo, a gramaticalização do complemento oracional introduzido por se não se configura em mudança diacrônica, já que essa gramaticalização é atestada desde períodos mais remotos, em textos do século XIV.

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Este estudo limita-se ao exame do conector então no português falado culto do Brasil. O objetivo é fornecer uma descrição detalhada do comportamento sintático-semântico desse juntor e verificar se já se gramaticalizou como conjunção. O universo de pesquisa é uma amostragem do corpus mínimo do Projeto de Gramática do Português Falado (PGPF). O texto se organiza em quatro partes. Na primeira colocam-se os objetivos em face das hipóteses de trabalho; na segunda apresentam-se os procedimentos metodológicos e técnicas de investigação; a terceira parte constitui uma descrição do uso desse conector no português falado e, nas considerações finais, resumem-se as principais conseqüências para um equacionamento mais preciso da relação de conclusão obtida por meio do conector então.

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Pós-graduação em Linguística e Língua Portuguesa - FCLAR

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Pós-graduação em Estudos Linguísticos - IBILCE

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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Com base na noção de gramática como cálculo de produção de sentido, o texto discute as interfaces estabelecidas pelo acionamento da gramática de uma língua, considerada bem comum de uma comunidade. A discussão parte da interface entre gramática e política lingüística (configuração de território, com foco na identidade lingüística) para chegar à interface entre gramática e ação escolar (configuração de decisões, com foco no uso lingüístico), ficando envolvidas as interfaces da gramática com a poética (vivência privilegiada), com a descrição lingüística (reflexão privilegiada) e com a variabilidade lingüística (formação de padrões). O fato de eleição para exame, nesse percurso, é a gramaticalização, que evidencia a relação entre funcionamento lingüístico e sistema gramatical.

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A partir de discrepâncias observadas no registro de palavras gramaticais nos grandes dicionários que circulam no país, propõe-se, para regularização, uma teoria gramatical que deve estar implícita na montagem de verbetes de palavras lexicais e explícita na organização dos verbetes das palavras gramaticais. Exemplifica-se com as preposições e os advérbios. Para as duas classes focalizam-se relações espaciais. Numa primeira etapa, discute-se a possibilidade de ampliação da classe adverbial e da classe preposicional pelo mecanismo da gramaticalização. Na segunda etapa, a apresentação apóia-se no conceito de transitividade, o que permite uma descrição tão exaustiva quanto possível das propriedades sintático-semânticas dessas duas classes. Os elementos arrolados servirão para a estruturação coerente e não lacunar, de verbetes de advérbios e de preposições num dicionário de língua.

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Neste artigo analiso a oração condicional Se não me engano, tendo como base a teoria da gramaticalização. Assim, proponho discutir a recente premissa de que esse tipo de oração condicional vem se gramaticalizando no português do Brasil com a função de modalizador epistêmico.

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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The present study aims at the occurrence of a particular type of construction in Italian language, namely the paratactic verbal constructions (henceforth, PVCs), previously named by Rodrigues (2006) as “foi fez constructions” (FFCs). The present study is part of the research project “Gramaticalização de construções em línguas românicas: um estudo comparativo” (2011a), supervised by Professor Dr Angélica Terezinha Carmo Rodrigues, developed in this University. The constructions analized here, accordingly to Rodrigues (2006), are described as a sequence of two or more inflected verbs, connected or not by the conjunction and, such as: “eu fui (e) comprei um carro”, “ele pegou (e) falou”, in Brazilian Portuguese (PB), and “se ne va e piange”, “prendo e me ne vado”, in Italian. The hypothesis sustained here, based on Rodrigues’ project (2011a), is that these constructions are grammaticalized out of coordinated constructions. Herein, the objectives of this research are: (a) present a description and an analysis of the PVCs in Italian (b) compare the constructions in Portuguese and in Italian; and (c) present empirical arguments on the hypothesys that the PVCs derive from coordinate constructions. Besides being part of the research project previously mentioned, we choose to work with the PVCs because of their recurrence in the Romanic languages. Furthermore, the studies related to this type of construction in the Italian language are scarce and these constructions consist as an aspect of the Italian grammar hardly studied. This research is based upon a functional approach of the grammar, seeking for a dialogue with the studies... (Complete abstract click electronic access below)

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Neste trabalho, analiso aspectos da constituição e do uso do juntor que nem, em dados da modalidade de enunciação falada do português. A questão maior é mostrar que a inserção de que nem no paradigma dos juntores, por meio de processos de gramaticalização, resulta em quatro novos padrões funcionais, que refletem uma rede de parentesco semântico no domínio das relações modais. As construções com que nem são descritas a partir do pareamento entre forma e significado, com o propósito de defender que arquiteturas sintáticas diferenciadas contribuem para a interpretação da polifuncionalidade semântica de que nem; e que as fontes sincrônicas do português ajudam a desvendar etapas do processo de reanálise de que e nem, tendo em vista as tendências diacrônicas sobre mudança de juntores nas línguas (Kortmann, 1997).

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Neste artigo descrevemos o comportamento de orações subjetivas e objetivas diretas nas fases arcaica (séculos XIII a XV) e moderna (séculos XVI e XVII) do português. Adotamos o quadro teórico da gramaticalização e dessentencialização de orações e discutimos resultados para os parâmetros tipo semântico do predicado matriz, unidade semântico funcional representada pela oração encaixada e formato da oração encaixada. Observamos, ao longo das sincronias, correlações sistemáticas entre os parâmetros investigados para os dois tipos oracionais. Orações subjetivas apresentam menor variedade de padrões do que orações completivas objetivas, principal diferença a interferir em suas estabilidades sintático-semânticas nos períodos investigados.