217 resultados para Zoonoses virais
Resumo:
The zoonoses toxoplasmosis and leishmaniasis are important worldwide and also affect wild animals. Thus, the present study aimed to assess the prevalence of Leishmania spp. and Toxoplasma gondii antibodies in 52 serum samples from captive crab-eating foxes (Cerdocyon thous) kept in 17 zoos in São Paulo State, Brazil. Modified agglutination test (MAT, for toxoplasmosis) and indirect fluorescent antibody test (IFAT, for toxoplasmosis and leishmaniasis) were employed with heterologous anti-dog immunoglobulin. Antibodies to T. gondii were found in 19.2% animals, with an almost perfect concordance (kappa = 0.86; standard error = 9.31%; CI95% = 68.25-104.76%; P < 0.0001) and a strong correlation coefficient (rs = 0.87; P < 0.0001), which allows the use of heterologous anti-dog immunoglobulin to perform IFAT for toxoplasmosis in crab-eating foxes. No sample was positive for Leishmania spp. Toxoplasmosis infection occurs in wild animals from the studied Brazilian zoos, which indicates a probable environmental contamination, highlighting the importance of appropriate zoo management and the action of the parasite as a sentinel to human infection. (C) 2009 Elsevier B.V. All rights reserved.
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Leptospirosis and toxoplasmosis are zoonoses with high importance because of the economic and public health impact. This study was aimed to determine the seroprevafence of leptospirosis and toxoplamosis in 714 serum samples of horses from different farms from Botucatu, São Paulo, Brazil. The samples were researched for Toxoplasma gondii antibodies by indirect immunofluorescence antibody test (IFAT) and for Leptospira spp. antibodies by microscopic agglutination test. of 714 serum samples, 128 (17.9%; 95% Cl: 15.3%-20.9%) were positive for one or more serovars of Leptospira spp., with icterohaemorrhagiae, canicola, and castellonis as the most prevalent serovars, whereas 42 (5.9%; 95% CI: 4.4%-7.9%) were positive for T gondii, of which 33 samples (78.57%; 95% CI: 64.0%-88.2%) presented a titer of 16, 7 (16.7%; 95% CI: 8.4%-30.7%) a titer of 64, and 1 (2.38%; 95% CI: 0.6%-12.3%) a titer of 256. No significant difference was found among the results obtained and the associated variables such as age and sex. (C) 2012 Elsevier B.V. All rights reserved.
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A areia das áreas de lazer de escolas podem constituir vias de transmissão para várias zoonoses parasitárias, representando risco potencial para as crianças que brincam nesses locais. Foi avaliada a ocorrência de agentes de larva migrans em 28 escolas municipais de ensino infantil de Araçatuba, SP. Foram colhidas 535 amostras de areia das áreas de lazer dessas escolas nos meses de janeiro (verão) e julho (inverno) de 1997 para estabelecimento da freqüência de isolamento de larvas e/ou ovos de Ancylostoma spp. e de ovos de Toxocara spp., pelos métodos de centrífugo-flutuação e de Baermann, respectivamente. A presença de larvas de Ancylostoma spp. foi observada, em pelo menos uma das amostras, em 35,7% (10/28) das amostras da primeira colheita (verão) e em 46,4% (13/28) quando da segunda colheita (inverno). Ovos de Toxocara spp. não foram encontrados e a presença de ovos de Ancylostoma spp. foi observada em 0,56% (3/535) das amostras.
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The purpose of this study was to verify the occurrence of gastrointestinal parasites in fecal samples from cats of the Andradina city, SP. This work was carried out from March to November of 2007, and used 51 cats delivered to the Center of Zoonoses Control of that city. Techniques of Willis and Faust were used in the fecal examination and resulted in detection of Ancylostoma spp. in 96.1% of the animals; Toxocara spp. in 43.1%; Cystoisospora spp. in 43.1%; Dipylidium caninum in 21.6% and Giardia spp. in 5.9% samples. Cryptosporidium spp. oocysts were detected in 3.9% fecal samples by the use of malachite green negative stain. There was no significant association between the occurrence of endoparasites and consistency of fecal samples. The results confirm that these cats represent important hosts of parasites, some of those with high zoonotic potential.
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Coprological examination was used to estimate the prevalence of gastrointestinal parasites in stray and domiciled dogs from Botucatu, São Paulo State, Brazil. Risk factors for dog infection were assessed in relation to demographic, husbandry and management data. The dog owners completed a questionnaire survey on some aspects of dog parasitism such as parasite species, mechanisms of infection, awareness of zoonotic diseases and history of anthelmintic usage. Parasites were found in the faeces of 138 dogs, with an overall prevalence of 54.3%. Dogs harbouring one parasite were more common (31.4%) than those harbouring two (18.5%), three (3.2%) or four (1.2%). The following parasites and their respective frequencies were detected: Ancylostoma (37.8%), Giardia (16.9%), Toxocara canis (8.7%), Trichuris vulpis (7.1%), Dipylidium caninum (2.4%), Isospora (3.5%), Cryptosporidium (3.1%) and Sarcocystis (2.7%). Stray dogs were found more likely to be poliparasitized (P < 0.01) and presented higher prevalence of Ancylostoma, T. canis and Giardia (P < 0.01) than domiciled ones. Toxocara canis was detected more frequently in dogs with < 6 months of age (P < 0.05) and no effect of sex or breed could be observed (P > 0.05). Except for Ancylostoma, that showed a significantly higher prevalence in dogs living in a multi-dog household (P < 0.01), parasite prevalences were similar in single- and multi-dog household. The answers of dog owners to the questionnaire showed that the majority does not know the species of dog intestinal parasites, the mechanisms of transmission, the risk factors for zoonotic infections, and specific prophylactic measures. The predominance of zoonotic species in dogs in the studied region, associated with the elevated degree of misinformation of the owners, indicates that the risk of zoonotic infection by canine intestinal parasite may be high, even in one of the most developed regions of Brazil.
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O presente trabalho caracteriza a região 3'-terminal do genoma de um isolado do Southern bean mosaic virus encontrado no Estado de São Paulo (SBMV-SP). O RNA foi extraído de partículas virais purificadas e submetido a RT-PCR usando oligonucleotídeos desenhados para amplificar 972 nt da região 3'-terminal do RNA viral. Foi obtido fragmento de tamanho esperado que inclui o gene da proteína capsidial e a região 3'-terminal não codificadora. O gene da proteína capsidial (ORF4) contém 801 nucleotídeos, incluindo-se o códon de terminação UGA, com seqüência deduzida de 266 aminoácidos e massa molecular estimada de 28.800 Da. Sessenta e um aminoácidos terminais da ORF2 estão sobrepostos na ORF4. O sinal de localização nuclear, encontrado dentro do Domínio R na região 5'-terminal da ORF4 de alguns sobemovírus, não foi identificado no SBMV-SP. Esse dado pode explicar a ausência de partículas virais do SBMV-SP no núcleo celular. A seqüência do SBMV-SP apresentou identidade de nucleotídeos e aminoácidos de, respectivamente, 91% e 93% com o isolado Arkansas (SBMV-ARK) descrito nos EUA. Os resultados obtidos indicam que o SBMV-SP e o SBMV-ARK são isolados muito proximamente relacionados.
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Um isolado do Southern bean mosaic virus (SBMV), gênero Sobemovirus, encontrado em feijoeiro (Phaseolus vulgaris) no Estado de São Paulo, foi purificado e algumas de suas propriedades moleculares determinadas. As partículas virais apresentam diâmetro de 28-30 nm e proteína capsidial com massa molecular estimada em 30 kDa. Das partículas virais foi extraído RNA de vários tamanhos (4,2 Kb, 3,1 Kb, 2,65 Kb, 2,15 Kb, 1,64 Kb, 1,36 Kb e 1,0 Kb) sendo aquele de 4,2 Kb o RNA genômico e o de 1,0 Kb supostamente um subgenômico que codifica para a proteína capsidial. Ácidos ribonucleicos de mesmo tamanho foram também detectados in vivo, indicando estar associados à replicação viral. Na análise do RNA de fita dupla (dsRNA), somente duas espécies foram detectadas (4,2 Kpb e 1,0 Kpb) correspondendo às formas replicativas do RNA genômico e do subgenômico para proteína capsidial. Os resultados indicam que somente estes dois RNA são replicados por meio de formas replicativas (RFs), enquanto os demais devem ser formados talvez por iniciação interna da fita negativa do RNA genômico. O SBMV-B SP apresentou propriedades moleculares análogas àquelas do SBMV descrito na América do Norte.
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O vírus latente da couve (Cole latent virus, CoLV), gênero Carlavirus, foi estudado, por microscopia eletrônica de transmissão e técnicas bioquímicas, em relação à ultra-estrutura das células infetadas de Chenopodium quinoa, e de sua associação com os cloroplastos. O CoLV foi observado como partículas dispersas pelo citoplasma entremeadas com vesículas membranosas e ribossomos e/ou como densas massas de partículas. Estes partículas reagiram por imunomarcação com anti-soro policlonal para o CoLV. Morfologicamente, cloroplastos, mitocôndrias e núcleos mostraram-se inalterados e partículas virais não foram encontradas dentro dessas organelas. Entretanto, agregados de partículas virais foram freqüentemente vistos em associação com a membrana externa dos cloroplastos e ocasionalmente com peroxissomos. Cloroplastos foram purificados em gradiente de Percoll e as proteínas e os RNA foram extraídos e analisados, respectivamente, por Western blot e Northern blot. Proteína capsidial e RNA associados ao CoLV não foram detectados nessa organela. Os resultados aqui obtidos indicam que a associação CoLV/cloroplastos, observada nos estudos de microscopia eletrônica, é possivelmente um evento casual dentro da célula hospedeira e que o vírus não se multiplica dentro dessa organela.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
Caracterizaram-se a linhagem e o grau de diferenciação das células neoplásicas no estudo histopatológico e ultraestrutural da leucose mielóide. Histologicamente as células neoplásicas apresentaram pleomorfismo, núcleos ovais, nucléolos proeminentes, cromatina distribuída de maneira irregular, figuras de mitose atípicas e moderada quantidade de citoplasma contendo granulações eosinofílicas esféricas. Essas características indicam a linhagem mielóide. Ultraestruturalmente evidenciaram-se células com núcleo oval, volumoso, eletrodenso, com predomínio de eucromatina e citoplasma com numerosos grânulos esféricos, eletrodensos e homogêneos, indicando mielócitos com diferenciação para eosinófilos. Constatou-se também a presença de partículas virais tipo-C no espaço intercelular dos túbulos renais, no interior de vesículas intracitoplasmáticas dos mielócitos imaturos presentes na medula óssea e ovário, e PCR positivo para ALV-J.
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No período de 1994 a 2004, a população canina de Araçatuba, São Paulo, Brasil, registrou duas importantes zoonoses: a raiva e a leishmaniose visceral. Analisaram-se as mudanças ocorridas nessa população durante esse período, utilizando resultados de censos caninos e de coletas censitárias de sangue realizados em 1994, 1999 e 2004. A relação cão/10 habitantes variou significativamente, passando de 1,7 em 1994 para 2,0 em 1999 e para 1,8 em 2004. A porcentagem de cães com até um ano de idade passou de 20% para 32,5% e o número de eutanásias realizadas também aumentou após 1999, com a introdução da leishmaniose visceral. O número de cães e a estrutura etária variaram nos diversos setores do município e aqueles com maior porcentagem de animais com até dois anos de idade apresentaram maior ocorrência de casos de leishmaniose visceral humana e canina. Tais resultados decorrem de ações de controle adotadas nos setores com casos humanos de leishmaniose visceral, porém, o aumento da população canina mais jovem pode resultar em aumento da susceptibilidade destes cães à doença, favorecendo a manutenção da mesma na área.
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Examinaram-se 594 diafragmas de roedores capturados na zona portuária de Santos tendo em vista a procura de larvas de Trichinella spiralis. Todos os diafragmas examinados estavam negativos.
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Foram coletados espécimes de carrapatos em 1993, 1996, 1997, e 1998, principalmente de animais selvagens e domésticos, nas Regiões Sudeste e Centro-oeste do Brasil. Nove espécies de Amblyommidae foram identificadas: Anocentor Nitens, Amblyomma cajennense, Amblyomma ovale, Amblyomma fulvum, Amblyomma striatum, Amblyomma rotundatum, Boophilus microplus, Boophilus annulatus e Rhipicephalus sanguineus. Analisou-se o potencial destas nove espécies de carrapatos como transmissores de patógenos para o homem. Um Flaviviridade Flavivirus foi isolado de espécimes de Amblyomma cajennense coletados de um capivara doente (Hydrochaeris hydrochaeris). Amblyomma cajennense é o transmissor principal da Rickettsia rickettsii (=R. rickettsi), o agente causador da febre maculosa no Brasil. Os mamíferos selvagens, principalmente capivaras e veados infestados por carrapatos vivem em próximo contato com gado, cavalos e cachorros, com quem compartilham os mesmos carrapatos, oferecendo risco de transmissão destas zoonoses silvestres aos animais domésticos e ao homem.
Resumo:
Human rabies tansmitted by bats has acquired greater epidemiologic relevance in various Latin American countries, just when cases transmitted by dogs have decreased. Concern has been heightened by reports of increased rates of bats biting humans in villlages in the Amazonian region of Brazil. The aim of the present work was to estimate the potential force of infection (per capita rate at which susceptible individuals acquire infection) of human rabies transmitted by the common vampire bat if the rabies virus were to be introduced to a colony of bats close to a village with a high rate of human bites. The potential force of infection could be then used to anticipate the size of a rabies outbreak in control programs. We present an estimator of potential incidence, adapted from models for malaria. To obtain some of the parameters for the equation, a cross-sectional survey was conducted in Mina Nova, a village of gold prospectors in the Amazonian region of Brazil with high rates of bates biting humans. Bats were captured near dwellings and sent to the Rabies Diagnostic Laboratory at the Center for Control of Zoonoses (São Paulo, Brazil) to be examined. To estimate the force of infection, a hypothetical rabies outbreak among bats was simulated using the actual data obtained in the study area. of 129 people interviewed, 23.33% had been attacked by a vampire bat during the year prior to the study, with an average of 2.8 bites per attacked person. Males (29.41%) were attacked more often than females (11.36%); also, adults (29.35%) were attacked more often than children (8.33%). None of the 12 bats captured in Mina Nova tested positive for rabies, but the force of infection for a hypothetical outbreak was estimated to be 0.0096 per person per year. This risk represents 0.96 cases per 100 area residents, giving an incidence of 1.54 cases of bat-transimtted buman rabies per year in the village of Mina Nova (160 inhabitants). The estimated risk is comparable with what has been observed in similar Brazilian villages.