368 resultados para Teoria de Piaget
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
O objetivo desta pesquisa é avaliar a proposta de introdução da Física Moderna e Contemporânea no Nível Médio da Educação Básica. Parte-se do pressuposto de que os professores assumem, às vezes até subconscientemente, que a teoria base da FMC é incompreensível. Investigamos, em 2007, os discursos de cinco professores de Física de um município da região Nordeste, visando compreender as possibilidades desses professores introduzirem a FMC em suas aulas de Física e em que medida estas possibilidades estão associadas às suas formações profissionais. Para a construção e análises dos discursos pautamo-nos na Análise de Discurso Francesa e em referenciais da Teoria Crítica da Educação. Constatamos que apesar de atribuírem papel relevante à introdução da FMC no Nível Médio, os professores não estão encarando este desafio.
Resumo:
Neste texto pretende-se discorrer sobre valores morais na escola e suas implicações para a formação de professores. Para tanto discutir-se-á, em primeiro lugar, e brevemente, o que são valores morais, ou éticos, e como a escola pode situar-se em relação a eles. em seguida, serão relatadas algumas observações a respeito de valores de professores e práticas daí decorrentes. São comentados resultados de pesquisa que ilustram a transmissão de valores de forma doutrinal e a educação moral e cívica tal como realizada na ditadura militar, e, por outro lado, a posição relativista e/ou de laissez-faire que certas escolas podem adotar, metodologicamente, sobre a educação em valores. Finalmente, defender-se-á a idéia de que é necessária uma discussão sobre valores pelos diversos membros da escola e uma opção por uma metodologia para ensiná-los, seja os professores, em sua formação inicial e continuada, seja os alunos. A teoria de desenvolvimento moral de Jean Piaget será apresentada como uma referência possível para a educação em valores. Exemplos de situações escolares de conflito de valores entre direção, pais e alunos são discutidas para ilustrar como uma escola pode adotar um procedimento democrático de educação em valores, que se apresenta como um terceiro caminho possível de educação moral nas escolas, além das posições doutrinárias ou relativistas.
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A pesquisa apresentada analisou 27 teses de doutorado e dissertações de mestrado de programas brasileiros de Pós-Graduação em Educação que usam a teoria de representações sociais para estudar representações de ou sobre professor. Para a realização dessa análise foram investigados, principalmente, aspectos metodológicos relacionados ao uso da TRS, tais como: modo de descrição dos sujeitos da pesquisa e variáveis selecionadas nessa caracterização; descrição do objeto de estudo, sua contextualização e justificação como objeto de representação social; procedimentos de coleta de dados, sua adequação e justificação; tratamento dos dados; procedimentos de análise; síntese dos resultados e sua contribuição para a educação, para a formação de professores e para a TRS. Concluiu-se que a TRS é pouco explorada nos trabalhos, embora, de modo geral, eles contribuam para aclarar as representações que professores têm a respeito de vários campos que compõem sua vida profissional.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Este ensaio originalmente foi uma comunicação apresentada na UNICAMP. Foi escrito a propósito da visita de Habermas ao Brasil, esperada para o segundo semestre do ano passado. Seu objetivo imediato era fornecer algumas informações sobre as reflexões habermasianas mais recentes. Para isto, tentou-se inserir historicamente a proposta habermasiana de uma razão comunicativa no atual contexto de generalizada irrupção de formas discursivas fragmentárias relativistas e irracionalistas (o pós-estruturalismo francês e o pensiero debole italiano são os exemplos estudados). Sem pretender esgotar um tema tão complexo, tentou-se também levantar algumas questões sobre as possibilidades crítico-cognoscitivas da guinada linguística da filosofia de Habermas e de Apel.
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Este trabalho pretende apontar algumas aproximações entre a psicologia de Leontiev e a teoria da vida cotidiana de Agnes Heller, mais precisamente aquilo que a filósofa húngara denomina como formas de pensamento, sentimento e ação típicas da cotidianidade. Nossa hipótese é a de que esse estudo pode trazer contribuições para a psicologia sócio-histórica, especialmente no que se refere à compreensão das características do psiquismo humano numa sociedade marcada por processos de alienação, isto é, quando a estrutura da vida cotidiana cerceia o desenvolvimento intelectual, afetivo e moral dos indivíduos. Pretendemos, assim, contribuir para o entendimento daquilo que denominamos de psiquismo cotidiano.
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O artigo apresenta algumas das principais contribuições da teoria marxista para a educação ambiental, considerando que a prática educativa no Brasil se constituiu em diálogo com concepções pedagógicas e autores inseridos neste campo. Iniciamos com uma breve contextualização da produção de inspiração crítica (estritamente marxista ou não) e as disputas teóricas inseridas na educação ambiental. Logo após, discorremos sobre a influência e a apropriação das pedagogias críticas e de conceitos estruturantes da concepção marxiana de educação na formulação teórico-metodológica em educação ambiental. Como síntese e conclusão, argumentamos sobre a importância do materialismo histórico-dialético nas discussões ambientais contemporâneas, refletindo criticamente sobre como ele aí se apresenta, particularmente na educação ambiental.
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Este artigo compara três versões do modelo Z-D que descrevem graficamente a função emprego de Keynes. Ao mesmo tempo, o artigo corrige a redação dada por Keynes, na Teoria Geral, à descrição desta função. O artigo conclui que as versões em pauta têm o mérito de demonstrar que é possível descrever a função emprego através de um diagrama inspirado no conceito de demanda efetiva e considerando suposições menos restritas que as utilizadas por Keynes.
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O artigo aborda as relações entre a Psicologia e a Educação, tomando especialmente a perspectiva psicogenética, cujas teorias enriquecem tanto a Psicologia quanto a Educação. Apresenta, inicialmente, breve histórico dos estudos psicológicos do desenvolvimento humano, salientando as várias fases pelas quais se constituiu a Psicologia do Desenvolvimento. Trata, em seguida, das idéias centrais da teoria psicogenética piagetiana e de suas vertentes funcionalista e sócio-interacionista e comenta, por fim, a tendência das pesquisas sobre os conhecimentos sociais e conteúdos escolares, levantando suas contribuições para a educação escolar.
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Um dos postulados da linguística do início do século XX é o de que o objeto da linguística deveria identificar-se com a parte homogênea dos fenômenos observáveis. Na segunda metade desse século, a sociolinguística representou uma ruptura significativa com o formalismo teórico mediante a introdução do conceito de variável linguística, mas, ao mesmo tempo, dele se aproximou ao adotar o conceito de regra variável. Este trabalho pretende discutir criticamente essa posição encarecendo a necessidade de repropor mais plenamente o falante enquanto agente condutor de seu próprio discurso e, consequentemente, a noção de variável linguística como o espaço privilegiado da construção do significado social da linguagem.
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O artigo trata das principais forças em filosofia da educação no Ocidente Moderno e Contemporâneo. Particularmente, destaca a posição do Brasil nos últimos anos, dado que localiza na contribuição de Paulo Freire, junto com o alemão Herbart e com o norte-americano Dewey, a formulação das linhas mestras da pedagogia moderna. O texto também faz menção ao trabalho atual do neopragmatismo, sob o qual nasce a filosofia da educação inspirada nos filósofos norte americanos Richard Rorty e Donald Davidson, que revolucionam atualmente não só a filosofia mas seus campos aplicados, como o direito, a religião, a política e, como não poderia deixar de ser, a educação.
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Esta pesquisa teve por objetivo identificar, explicitar e analisar as concepções de desenvolvimento/aprendizagem presentes no trabalho de profissionais de uma escola pública, visando à construção de conhecimentos que permitissem transformar a prática educativa. Elaboraram-se roteiros de entrevista para os professores, o coordenador pedagógico e a direção, um roteiro de observação de aulas e um para consulta ao projeto pedagógico. Os dados foram organizados em categorias que relacionam as concepções de desenvolvimento/aprendizagem apresentadas pela Teoria Histórico-Cultural àquelas encontradas nos dados obtidos na escola. Verificou-se que o trabalho desses profissionais não é fundamentado em uma única concepção de desenvolvimento/aprendizagem, o que pôde ser demonstrado pela coexistência de várias teorias, entre as quais se destacam a de Piaget e a de Vigotski. Constatou-se que as abordagens dos profissionais da escola são permeadas pela cotidianidade, discutindo-se, a partir da Teoria do Cotidiano, de Heller, a invasão de um espaço de produção do conhecimento por ações/reflexões cotidianas.
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No presente artigo, conforme o entendimento de que modelos te- óricos subsidiam a compreensão de fenômenos investigativos, objetivou-se elucidar os conceitos da teoria sociológica de Norbert Elias, considerando-se que esta é uma excelente fonte de análise para se compreender o universo do ser professor, apesar de o autor não abordar diretamente questões relacionadas ao campo da educação. A partir do conceito de configuração, é possível dizer que a constituição do ser professor resulta das diferentes configurações nas quais ele está imerso, pois, de acordo com Elias, as pessoas (professores, pais, gestores, ministros, alunos etc.) modelam suas ideias a partir de todas as suas experiências e, essencialmente, das experiências vividas no interior do próprio grupo. É observável que as configurações, formadas por grupos interdependentes de pessoas, e não por indivíduos singulares, apresentam-se cada vez mais ampliadas nos contextos escolares, com funções especializadas e específicas (professores, alunos, diretores, coordenadores, supervisores, secretários etc.), em grupos que se tornam cada vez mais funcionalmente dependentes. As cadeias de interdependência estão mais diferenciadas e, consequentemente, mais opacas e dificilmente controláveis por parte de quaisquer grupos ou indiví- duos. Portanto, uma melhor compreensão será possível quando se estudar empiricamente as configurações que estão em jogo na educação brasileira. Daí se justifica a análise das configurações e das teias de interdependência em que os professores estão envolvidos. Enfim, a aplicação dos modelos de competição abordados por Elias possibilita evidenciar as problemáticas sociológicas do ser professor, tornando-as mais evidentes e facilitando o entendimento do jogo para reorganizá-lo em termos de equilíbrio na teia social.
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The search for a dialogical interpretation on the concept theory is the purpose of this paper. It uses the concept of dialogism, proposed by Bakhtin, which refers to the interaction occurring among the social actors in the process of (re)construction of language. Starting from the analysis of texts on concept theory authored by Dahlberg, Hjorland, Tennis and Tennis and Sutton, the convergent, divergent and complementary aspects related to the concepts advocated by the authors are discussed. The analysis revealed that, although these concepts have been built individually, they are reflections of distinct currents of thought and of the historical moments that have influenced each author's ideas. It can be argued, therefore, that the studied concepts were developed on dialogue with other authors and among themselves.