38 resultados para Estuário


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Dentre os mamíferos marinhos presentes na costa brasileira, Sotalia guianensis (subordem Odontoceti, família Delphinidae) é um dos mais comumente encontrados, possuindo ampla distribuição pela América do Sul e Central. Pelo fato de apresentar hábito costeiro, esta espécie encontra-se diretamente relacionada com impactos de origem antrópica tais como poluição, pesca acidental ou degradação de habitats. Somado a estes fatores, a falta de informações relatada pela IUCN surge como outro ponto de preocupação, visto que não se sabe de fato qual o grau de conservação dessa espécie. Por este motivo o presente estudo pretende avaliar características populacionais existentes nos grupos de S. guianensis na região do Lagamar de Cananéia, litoral sul de São Paulo, utilizando-se de microssatélites. Para tanto, aspectos referentes à diversidade genética, grau de parentesco e fluxo gênico entre áreas estuarinas e de mar aberto foram considerados. A amostragem é composta por 22 tecidos oriundos de indivíduos de mar aberto e 11 estuarinos, coletados entre os anos de 1996 e 2009. O material foi amplificado por PCR utilizando-se de oito locos específicos para a espécie. O presente estudo concluiu que a diversidade genética (número de alelos, riqueza alélica, heterozigosidade esperada e observada) ocorrente no grupo de estudo é considerada como moderada quando comparada a outras populações de S. guianensis estudadas. Após a retirada dos locos com indício da presença de alelos nulos, a população mostrou-se em equilíbrio de Hardy-Weinberg, como revelado também pelo valor de FIS. Corroborando com o nível de diversidade genética encontrado, foram avaliados baixos índices de parentesco, sem diferenças significativas entre os grupos em comparação (estuário e mar aberto), bem como entre os sexos, indicando a ausência de dispersão sexo assimétrica... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo)

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A captura do caranguejo-uçá (U. cordatus) constitui uma das principais fontes de alimento e renda para muitas comunidades litorâneas, sendo considerada uma das atividades extrativistas estuarinas mais antigas no Brasil. O Município de Cananéia (SP) faz parte da Área de Proteção Ambiental de Cananéia-Iguape-Peruíbe (APA/CIP), possuindo 72 km² de manguezais, que a partir de 1990 passaram a receber uma maior pressão de explotação dessa espécie pela introdução da “redinha”, um petrecho de pesca proibido por lei nas regiões sudeste-sul brasileiras (Portaria IBAMA nº 52/2003). O presente estudo visa avaliar a produção do recurso caranguejo-uçá em Cananéia (SP), identificando seu padrão explotatório recente, com vistas à sustentabilidade futura das capturas. Na avaliação foram utilizadas planilhas de dados disponibilizadas pelo Instituto de Pesca (APTA/SAA-SP), referentes aos anos de 2009 e 2010, além do acompanhamento de uma das rotinas de coleta, com realização de biometria dos caranguejos capturados. Os dados evidenciam que o uso da “redinha” apresenta falha de recolhimento de 3,6%, num total de 86,4% de produtividade, que permanecem nos manguezais, podendo (ou não) ser recolhidas por outro catador. Os dados das planilhas do IP/APTA/SAA-SP foram avaliados segundo o modelo linear generalizado (GLM), com base em seis variáveis (unidade produtiva, mês de captura, ano, fase lunar, setor produtivo e período reprodutivo da espécie), das quais o conhecimento empírico dos catadores, ano da pescaria e o setor produtivo, foram as variáveis que mais influenciaram as mudanças observadas na captura por unidade de esforço (CPUE) da espécie. Além disso, foram verificadas produtividades diferenciadas na extração de caranguejos entre os cinco setores estabelecidos, que caracterizam o Estuário de Cananéia nos dois anos analisados. A experiência na condução... (Resumo completo clicar acesso eletrônico abaixo)

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O mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) é um bivalve de água doce pertencente à família Mytilidae. Originário de rios e arroios da China e do sudeste asiático, foi introduzido acidentalmente na América do Sul em 1991, no estuário do rio da Prata, provavelmente através de água de lastro. Como encontrou condições propícias para o seu desenvolvimento, se expandiu através dos rios Uruguai, Paraná e Paraguai, sendo atualmente o principal responsável pelo macrofouling em ecossistemas de água doce do continente. O presente estudo compreende uma área de grande extensão na bacia do Rio da Prata, onde foram amostrados pontos estratégicos nos rios Paraná (e seus principais afluentes), Uruguai e Paraguai. A partir de coletas de organismos do plâncton, realizadas por arrasto vertical, foram quantificadas as densidades de larvas de L. fortunei em cada local de amostragem. Assim, obteve-se um panorama atual da ocorrência do mexilhão, registrando-se, inclusive, alguns limites de sua distribuição. As densidades mostraram-se, no geral, elevadas, provavelmente em decorrência do período de amostragem (verão 2010), onde a atividade reprodutiva da espécie é maior devido às altas temperaturas. Porém, grandes variações ao longo da bacia foram registradas, o que pode estar relacionado ao grau de antropização, disponibilidade de substratos, velocidade da corrente, tempo de introdução, entre outras variáveis

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O sistema estuarino do Rio Curimataú, uma planície lamosa amplamente coberta por vegetação de mangue e relativamente pouco impactada, foi estudado quanto à distribuição espacial da microfauna de foraminíferos e suas condicionantes. Vinte e cinco gêneros e quarenta espécies foram identificadas a partir dos sedimentos superficiais, considerando-se os indivíduos vivos e mortos presentes em 10 pontos ao longo do estuário, dos quais se extraíram ao menos 100 espécimes por amostra. O sistema pôde ser compartimentado em quatro sub-ambientes halínicos (hiperhalino, mesohalino, polihalino e euhalino), correspondentes, respectivamente, a quatro ecofácies de foraminíferos designadas de Ammotium spp., Miliammina fusca, Arenoparrella mexicana e Ammonia spp. Cada um destes segmentos ambientais foi caracterizado segundo os padrões de riqueza, diversidade e equitatividade das espécies. Os resultados deste estudo poderão servir para comparações a serem feitas com outros estuários tropicais modernos (impactados antropicamente ou não) e antigos. Tem aplicação, portanto, no setor de petróleo e gás, sendo de interesse às atividades de gestão ambiental de áreas litorâneas e de investigação da história geológica das bacias sedimentares

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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We investigated the influence of environmental factors in spatial and temporal distribution of the seabob shrimp Xiphopenaeus kroyeri in Santos Bay and São Vicente Estuary, state of São Paulo, Brazil. Monthly samples were obtained, from May 2008 through April 2010, from four locations in the estuary and four in the bay. No individual was collected in the estuary and this was attributed to the low salinity means recorded in this environment. We collected 109,153 individuals in the bay and there was no difference in abundance between the two years comprised by the study period. The similarity in spatial distribution can be related to sediment grain size that in all sampling locations showed great amount of very fine sand. The largest amount of reproductive females was obtained in early 2010, when temperature was high, and this could have increased the juvenile recruitment in April 2010. According to our results, the distribution of X. kroyeri in the study area is influenced by temperature, which is related to reproduction, and salinity, limiting the entrance of individuals in the estuarine region.

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)