120 resultados para hemolytic
Resumo:
O Sistema ABO foi descoberto em 1900 e permanece até hoje como sendo o sistema mais importante dentro da prática transfusional. A transfusão ABO incorreta pode resultar na morte do paciente, com uma reação hemolítica intravascular, seguida de alterações imunológicas e bioquímicas. Os anticorpos ABO estão presentes nos soros dos indivíduos, dirigidos contra os antígenos A e/ou B ausentes nas hemácias. Embora as transfusões com pequenas quantias de plasmas incompatíveis sejam geralmente consideradas uma prática segura, alguns casos de reações hemolíticas por plasma incompatível são encontrados na literatura. Tendo em vista a pequena quantidade de estudos sobre as hemolisinas anti-A e anti-B e a importância desses anticorpos na prática transfusional, objetivamos neste trabalho verificar a freqüência dessas hemolisinas em doadores de sangue do Hemocentro da Unesp de Botucatu. Foram analisadas 600 amostras de soros de doadores do grupo O para presença ou ausência das hemolisinas anti-A e anti-B. Desses doadores, 77 (12,8%) foram classificados como perigosos por apresentarem em seu soro altos títulos de hemolisinas e 523 (87,2%) como não perigosos por apresentarem baixos títulos. No grupo dos doadores perigosos, 45 (58,4%) foram reativos para hemolisina anti-A, 11 (14,2%) reativos para hemolisina anti-B e 21 (27,2%) reativos para ambas. O título de aglutininas superior a 1/100 já considera o doador O como perigoso. Assim, o teste realizado em nossa rotina é suficiente para detecção de altos títulos fazendo com que os pacientes dos outros grupos sangüíneos não corram o risco de reação transfusional se necessitarem de transfusão sangüínea não-isogrupo.
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A plasmaféresis é a técnica de tratamento de escolha para pacientes com anemia hemolítica grave. Uma de suas conseqüências é a depleção de colinesterase plasmática, o que interfere na metabolização de alguns bloqueadores neuromusculares de uso corrente na prática anestesiológica. RELATO do CASO: Paciente com 26 anos, estado físico ASA IV, gestação de 30 semanas e 3 dias, portadora de anemia falciforme, traço talassêmico e alo-imunização para antígenos de alta freqüência. Apresentou crise de falcização, sendo transfundida com derivado sangüíneo incompatível. Evoluiu com hemólise maciça, sendo admitida com hemoglobina de 3 g/dL e hematócrito de 10%, icterícia intensa, taquicardia, apatia e descoramento. Na avaliação hematológica concluiu-se ser situação de inexistência de sangue compatível para transfusão. Foi tratada com corticoterapia, imunoglobulinas e plasmaféresis. No segundo dia de internação, evoluiu com insuficiência renal aguda e edema pulmonar agudo, piora do estado geral e instabilidade hemodinâmica. Indicada a resolução da gestação em decorrência do quadro clínico da paciente e do sofrimento fetal agudo que se sobrepôs. A paciente foi admitida na sala de operações consciente, dispnéica, pálida, ictérica, SpO2 de 91% em ar ambiente, freqüência cardíaca de 110 bpm e pressão arterial de 110 x 70 mmHg, em uso de dopamina (1 µg.kg-1.min-1) e dobutamina (10 µg.kg-1.min-1). Optou-se por anestesia geral balanceada, com alfentanil (2,5 mg), etomidato (14 mg) e atracúrio (35 mg) e isoflurano. Não se observou intercorrências anestésico-cirúrgicas. Ao final, a paciente foi encaminhada à UTI, sob intubação orotraqueal, e em uso de drogas vasoativas, tendo sido extubada após 3 horas. CONCLUSÕES: Este caso mostrou-se um desafio para a equipe, visto que a paciente apresentava instabilidade hemodinâmica e alteração do coagulograma, condições que contra-indicam a anestesia regional; além disto, a plasmaféresis potencialmente depleta os estoques de colinesterases plasmáticas, o que interfere na anestesia. Entretanto, o arsenal medicamentoso disponível permitiu o manuseio seguro desta situação.
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A hipertensão arterial está entre as causas mais freqüentes de morte materna. Entre os tipos presentes na gravidez destacam-se as manifestações específicas, isto é, a pré-eclâmpsia e a hipertensão gestacional, definidas clinicamente por aumento dos níveis da pressão arterial após a 20ª semana de gestação, associado (pré-eclâmpsia) ou não (hipertensão gestacional) à proteinúria. Na fase inicial a doença é assintomática, porém, quando não tratada ou não se interrompe a gestação, sua evolução natural é desenvolver as formas graves, como a eclâmpsia e a síndrome HELLP. Eclâmpsia é definida pela manifestação de uma ou mais crises convulsivas tônico-clônicas generalizadas e/ou coma, em gestante com hipertensão gestacional ou pré-eclâmpsia, na ausência de doenças neurológicas. Pode ocorrer durante a gestação, durante o trabalho de parto e no puerpério imediato. É comumente precedida pelos sinais e sintomas de eclâmpsia iminente (distúrbios do sistema nervoso central, visuais e gástricos). A associação de hemólise, plaquetopenia e disfunção hepática já era relatada na literatura na década de cinqüenta. em 1982, Weinstein reuniu estas alterações sob o acrônimo de HELLP, significando hemólise (H), aumento de enzimas hepáticas (EL) e plaquetopenia (LP), e denominou-as de síndrome HELLP. A literatura diverge em relação aos valores dos parâmetros que definem a síndrome. Sibai et al. (1986) propuseram sistematização dos padrões laboratoriais e bioquímicos para o diagnóstico da mesma, que foi adotada pelo Ministério da Saúde do Brasil. As manifestações clínicas podem ser imprecisas, sendo comuns queixas como dor epigástrica, mal-estar geral, inapetência, náuseas e vômitos. O diagnóstico precoce é, eminentemente, laboratorial e deve ser pesquisado de maneira sistemática nas mulheres com pré-eclâmpsia grave/eclâmpsia e/ou dor no quadrante superior direito do abdome. Diferenciar a síndrome HELLP de outras ocorrências, com manifestações clínicas e/ou laboratoriais semelhantes, não é tarefa fácil. O diagnóstico diferencial é particularmente difícil para doenças como púrpura trombocitopênica trombótica, síndrome hemolítico-urêmica e fígado gorduroso agudo da gravidez, devido à insuficiente história clínica e à semelhança dos aspectos fisiopatológicos. O conhecimento da fisiopatologia da pré-eclâmpsia, o diagnóstico precoce e a atuação precisa no momento adequado nas situações complicadas pela eclâmpsia e/ou síndrome HELLP permitem melhorar o prognóstico materno e perinatal.
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Dogs and cats are the animals that owners most frequently seek assistance for potential poisonings, and these species are frequently involved with toxicoses due to ingestion of poisonous food. Feeding human foodstuff to pets may prove itself dangerous for their health, similarly to what is observed in Allium species toxicosis. Allium species toxicosis is reported worldwide in several animal species, and the toxic principles present in them causes the transformation of hemoglobin into methemoglobin, consequently resulting in hemolytic anemia with Heinz body formation. The aim of this review is to analyze the clinicopathologic aspects and therapeutic approach of this serious toxicosis of dogs and cats in order to give knowledge to veterinarians about Allium species toxicosis, and subsequently allow them to correctly diagnose this disease when facing it; and to educate pet owners to not feed their animals with Alliumcontaing food in order to better control this particular life-threatening toxicosis.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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A doença hemolítica perinatal (DHPN) ainda é um problema clínico. Nenhum teste isolado prediz, com segurança, a gravidade do quadro hemolítico. O objetivo do presente estudo foi determinar as subclasses de anticorpos IgG1 e IgG3 por citometria de fluxo no soro de 42 gestantes isoimunizadas e correlacionar os dados obtidos com a gravidade da DHPN. A distribuição dos fetos ou neonatos segundo a gravidade do quadro hemolítico evidenciou 13 casos com doença leve, 16 casos com doença moderada e 13 com doença grave. As subclasses foram detectadas em 33/42 (79%) amostras. A subclasse IgG1, isoladamente, foi evidenciada em 14/33 (42,4%) casos. Na relação entre gravidade da doença e subclasses de IgG, observou-se que IgG1 isolada foi encontrada em todos os grupos, e os valores da mediana de intensidade de fluorescência (MIF) foram significativamente mais altos nas formas mais graves da DHPN (p<0,01). Contrariamente, os valores da MIF para IgG3 se apresentaram mais homogêneos em todas as categorias (p=0,11). A presença de IgG3 parece, portanto, estar mais associada à hemólise leve. A associação das subclasses IgG1 e IgG3 está relacionada à situação clínica mais grave, o que se deve, possivelmente, à presença de IgG1 associada. Apesar dos altos valores para IgG1 e a associação de IgG1 com IgG3 indicarem maior gravidade da DHPN, sugere-se que outras variáveis sejam analisadas conjuntamente, uma vez que os relatos existentes na literatura, até o momento, não dão suporte para seu uso como instrumento exclusivo de avaliação de gravidade e prognóstico da doença.
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Crotalic envenomation represents the highest number of deaths when compared to other snakebite envenomations of medical interest. Crotalic venom has important characteristics such as neurotoxicity, myotoxicity, nephrotoxicity, and clotting and hemolytic action. We evaluated the clinical and laboratory aspects of Crotalus durissus terrificus experimental envenomation in Wistar rats treated with antivenom and the aqueous extract of the plant mikania glomerata. The animals were divided into three groups: Group C (control); Group VS-venom and antivenom; Group VSM-venom, antivenom and aqueous extract of M glomerata. Crotalic poison caused clinical and laboratory alterations in Wistar mice. Significant clinical alterations were: temperature decrease, edema in the venom inoculated member, sedation and a locomotion decrease in groups VS and VSM when compared with group C. A faster recovery from sedation was observed only for animals of group VSM when compared to VS. There was an increase in the number of leukocytes, neutrophils and creatine kinase in the VS and VSM groups, compared to group C. Wistar rats showed a high resistance to crotalic venom. Additional studies with different doses, time of treatment, different administration methods and histopathological and immunological studies are necessary to understand the action of M glomerata in crotalic accidents. Rev. Biol. Trop. 57 (4): 929-937. Epub 2009 December 01.
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The social wasp P. paulista is relatively common in southeast Brazil causing many medically important stinging incidents. The seriousness of these incidents is dependent on the amount of venom inoculated by the wasps into the victims, and the characteristic envenomation symptoms are strongly dependent on the types of peptides present in the venom. In order to identify some of these naturally occurring peptides available in very low amounts, an analytical protocol was developed that uses a combination of reversed-phase and normal-phase high-performance liquid chromatography (HPLC) of wasp venom for peptide purification, with matrix-assisted laser desorption/ionization time-of-flight post-source decay mass spectrometry (MALDI-Tof-PSD-MS) and low-energy collision-induced dissociation (CID) in a quadrupole time-of-flight tandem mass spectrometry (QTof-MS/MS) instrument for peptide sequencing at the sub-picomole level. The distinction between Leu and Ile was achieved both by observing d-type fragment ions obtained under CID conditions and by comparison of retention times of the natural peptides and their synthetic counterparts (with different combinations of I and/or L at N- and C-terminal positions). To distinguish the isobaric residues K and Q, acetylation of peptides was followed by Q-Tof-MS analysis. The primary sequences obtained were INWLKLGKMVIDAL-NH2 (MW 1611.98Da) and IDWLKLGKMVMDVL-NH2 (MW 1658.98Da). Micro-scale bioassay protocols characterized both peptides as presenting potent hemolytic action, mast cell degranulation, and chemotaxis of poly-morphonucleated leukocyte (PMNL) cells. The primary sequences and the bioassay results suggest that these toxins constitute members of a new sub-class of mastoparan toxins, directly involved in the occurrence of inflammatory processes after wasp stinging. Copyright (C) 2004 John Wiley Sons, Ltd.
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The venom of the Neotropical social wasp Protopolybia exigua(Saussure) was fractionated by RP-HPLC resulting in the elution of 20 fractions. The homogeneity of the preparations were checked out by using ESI-MS analysis and the fractions 15, 17 and 19 (eluted at the most hydrophobic conditions) were enough pure to be sequenced by Edman degradation chemistry, resulting in the following sequences:Protopolybia MPI I-N-W-L-K-L-G-K-K-V-S-A-I-L-NH2 Protopolybia-MP II I-N-W-K-A-I-I-E-A-A-K-Q-A-L-NH2 Protopolybia-MP III I-N-W-L-K-L-G-K-A-V-I-D-A-L-NH2All the peptides were manually synthesized on-solid phase and functionally characterized. Protopolybia-MP I is a hemolytic mastoparan, probably acting on mast cells by assembling in plasma membrane, resulting in pore formation; meanwhile, the peptides Protopolybia-MP II and -MP III were characterized as a non-hemolytic mast cell degranulator toxins, which apparently act by virtue of their binding to G-protein receptor, activating the mast cell degranulation. (C) 2004 Elsevier Ltd. All rights reserved.
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The venom of the neotropical social wasp Agelaia pallipes pallipes was fractionated by RP-HPLC resulting in the elution of seven fractions; the last two were re-fractionated under RP-HPLC by using isocratic elution conditions and the purity of the fractions were confirmed by using ESI-MS analysis. Both fractions are constituted of peptide components, which were sequenced by Edman degradation chemistry, resulting in the following sequences:Protonectin I-L-G-T-I-L-G-L-L-K-G-L-NH2Agelaia-MP I-N-W-L-K-L-G-K-A-I-I-D-A-L-NH2Both peptides are manually synthesized on solid-phase and functionally characterized by using Wistar rats cells. Protonectin is a non-hemolytic chemotactic peptide for polymorphonucleated leukocytes (PMNL), presenting some mast cell degranulating activity and potent antimicrobial action both against Gram-positive and Gram-negative bacteria. Agelaia-MP was characterized as a hemolytic mast cell degranulator toxin, presenting a poor antimicrobial action and no chemotaxis for PMNL. (C) 2004 Elsevier Ltd. All rights reserved.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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A talassemia β é a forma considerada clinicamente a mais importante dentre as talassemias, em virtude do grau de morbidade e mortalidade, em consequência da anemia hemolítica. O presente relato de caso refere-se a uma gestante portadora da talassemia β intermediária, identificada em programa de rastreamento de anemia hemolítica e tem como objetivo demonstrar a importância do diagnóstico precoce e adequado de uma anemia hereditária, durante o pré-natal. Ressalta também a necessidade de orientação aos portadores em relação aos seus descendentes e a eficiência do acompanhamento por uma equipe multidisciplinar especializada.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Many potent antimicrobial peptides also present hemolytic activity, an undesired collateral effect for the therapeutic application. Unlike other mastoparan peptides, Polybia-MP1 (IDWKKLLDAAKQIL), obtained from the venom of the social wasp Polybia paulista, is highly selective of bacterial cells. The study of its mechanism of action demonstrated that it permeates vesicles at a greater rate of leakage on the anionic over the zwitterionic, impaired by the presence of cholesterol or cardiolipin; its lytic activity is characterized by a threshold peptide to lipid molar ratio that depends on the phospholipid composition of the vesicles. At these particular threshold concentrations, the apparent average pore number is distinctive between anionic and zwitterionic vesicles, suggesting that pores are similarly formed depending on the ionic character of the bilayer. To prospect the molecular reasons for the strengthened selectivity in Polybia-MP1 and its absence in Mastoparan-X, MD simulations were carried out. Both peptides presented amphipathic alpha-helical structures, as previously observed in Circular Dichroism spectra, with important differences in the extension and stability of the helix; their backbone solvation analysis also indicate a different profile, suggesting that the selectivity of Polybia-MP1 is a consequence of the distribution of the charged and polar residues along the peptide helix, and on how the solvent molecules orient themselves according to these electrostatic interactions. We suggest that the lack of hemolytic activity of Polybia-MP1 is due to the presence and position of Asp residues that enable the equilibrium of electrostatic interactions and favor the preference for the more hydrophilic environment.