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Resumo:
Estudou-se, através do presente trabalho, o efeito de épocas de semeadura sobre o comportamento de diversas leguminosas, comumente utilizadas na prática da adubação verde. O delineamento experimental usado no campo foi o inteiramente casualizado, em esquema de parcelas subdivididas com 40 tratamentos, constituídos pela combinação de 10 leguminosas com 4 épocas de semeadura. Os resultados obtidos indicaram que para todas as leguminosas avaliadas, as épocas de semeadura influenciaram a produção de matéria seca total, sobressaindo a mucuna preta (Stizolobiun aterrimum) na semeadura de janeiro e o guandu (Cajanus cajan) cv. FAJ e cv. Paraíba na semeadura de outubro. A mucuna preta constituiu-se na melhor opção para rotação com culturas de verão de ciclo curto.
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Com o objetivo de avaliar o efeito do preparo do solo e do manejo da cobertura de inverno (consórcio aveia-preta + nabo forrageiro) sobre a temperatura do solo, realizou-se um experimento em um Nitossolo em Botucatu-SP no outono/inverno de 2000. Utilizou-se um delineamento em blocos casualizados em esquema fatorial 3 x 3 (três preparos e três manejos). O preparo do solo constou de: preparo convencional, preparo conservacionista com escarificação e plantio direto, e o manejo da cobertura: consórcio dessecado, rolado e triturado. Foram avaliados a temperatura do solo (termopares) a 5 cm de profundidade, de hora em hora, aos 7, 14, 30, 45 e 60 dias após a emergência das plantas do consórcio; o teor de água do solo na profundidade de 10 cm, nas mesmas épocas; e a cobertura do solo (massa seca e índice de cobertura), imediatamente após aplicação dos tratamentos. O sistema plantio direto apresentou temperaturas do solo menores que as do preparo convencional, até o 14º dia após emergência (DAE) das plantas. A partir do 30° DAE das plantas, a temperatura não foi mais influenciada pelos tratamentos, devido à cobertura do consórcio e ocorrência de boa disponibilidade de água no solo. Os manejos da cobertura com rolo-faca, triturador e herbicida não influenciaram a temperatura do solo. A temperatura do solo não interferiu no crescimento e desenvolvimento das culturas de cobertura.
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O psilídeo-de-concha, Glycaspis brimblecombei, é uma praga exótica específica de Eucalyptus, que causa desfolha, secamento de ponteiros e ramos, podendo levar as árvores à morte. O parasitóide Psyllaephagus bliteus é indicado como principal agente no controle biológico desta praga. Portanto, o monitoramento adequado de as ambas espécies por um método eficiente de amostragem facilitaria o manejo para uma futura tomada de decisão. Devido à falta de informações referentes ao seu comportamento em plantações extensivas de eucalipto no Brasil, este trabalho teve como objetivo estudar as populações de G. brimblecombei e de P. bliteus em florestas de Eucalyptus camaldulensis, utilizando armadilhas amarelas para determinação de sua flutuação populacional e correlacionado-as com variáveis meteorológicas (temperatura e precipitação). A determinação da flutuação populacional (53 pontos amostrais) foi realizada em talhão de 19ha com E. camaldulensis em Luíz Antônio, SP, em 10avaliações quinzenais, entre janeiro e junho de 2005. As populações de ambas as espécies apresentaram correlação inversamente proporcional em função da temperatura e não há correlação com a precipitação no período avaliado.
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
Os psilídeos são um grupo de pragas amplamente distribuídas, causando perdas consideráveis em sistemas agrícolas e florestais. A recente descoberta da ocorrência do psilídeo-de-concha Glycaspis brimblecombei Moore (Hemiptera: Psyllidae), no Brasil tornou-se um problema de grande importância, por ser específico de Eucalyptus. O parasitóide Psyllaephagus bliteus Riek (Hymenoptera: Encyrtidae) é indicado como principal agente no controle biológico desta praga. Portanto, para o monitoramento adequado de ambas espécies é necessário um método eficiente de amostragem. Devido a falta de informações referentes ao seu comportamento em plantações extensivas de eucalipto, realizou-se este trabalho, para verificar a distribuição espacial de G. brimblecombei e de seu parasitóide P. bliteus, através de armadilhas adesivas em floresta de E. camaldulensis. Para determinação da distribuição espacial foram utilizadas 53 armadilhas amarelas distribuídas uniformemente no talhão, formando uma grade amostral espaçadas de 50 x 36 m, à altura aproximada de 1,80 m do solo. Cada armadilha foi presa com auxílio de um arame plastificado em um fio estendido entre duas árvores em um talhão de 19 ha com E. camaldulensis em Luiz Antônio, SP. Foram realizadas dez avaliações, entre janeiro e junho de 2005. Após a coleta as armadilhas foram levadas ao laboratório para ser feita à triagem e contagem do número total de adultos de G. brimblecombei e de P. bliteus, nas duas faces das armadilhas. Concluiu-se que as populações de ambas espécies apresentaram distribuição espacial agregada, no período avaliado.
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O guandu (Cajanus cajan (L.) Millsp) é uma leguminosa arbustiva utilizada para adubação verde e como forrageira; seus grãos ricos em proteína servem de alimento animal e humano. No presente experimento objetivou-se estudar o comportamento da germinação de sementes de guandu de dois cultivares (um com e outro sem sementes duras) durante o armazenamento. As sementes recém-colhidas foram embaladas em sacos de papel e armazenadas durante seis anos em condições ambientais de laboratório, sem controle de temperatura e umidade relativa do ar. Logo após a colheita e depois anualmente, foi determinado o teor de água das sementes e realizado o teste de germinação. Os dados de germinação foram submetidos à análise estatística, em delineamento inteiramente ao acaso, considerando as sete avaliações durante o armazenamento como tratamentos, com quatro repetições. As análises de variância foram realizadas separadamente para cada cultivar e a seguir feita análise conjunta. Equações de regressão foram calculadas, escolhendo-se aquelas com melhor ajuste e maior coeficiente de determinação (R²). As sementes das duas cultivares se mantiveram viáveis durante três anos de armazenamento com germinação acima de 70%, seguido de queda, para no sexto ano estar próxima a 10%. A presença de sementes duras ocasiona diferença na germinação dos cultivares no transcorrer do período de armazenamento.
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Uma das grandes limitações do plantio direto é a produção e manutenção da cobertura vegetal. Por esse motivo, o milheto tem-se constituído em boa opção de cultivo no inverno, gerando palhada com decomposição mais lenta viabilizando esse sistema de produção. O objetivo do experimento foi estudar a cultura do milheto em três épocas de semeadura (5/3, 25/3 e 19/4/99), sob condições de sequeiro, e a ceifa da parte aérea (ceifa a cada florescimento e retirada do resíduo vegetal; ceifa a cada florescimento e permanência do resíduo vegetal; ceifa no florescimento e retirada do resíduo vegetal; ceifa no florescimento e permanência do resíduo vegetal e livre crescimento, sem ceifar), bem como seu efeito na produção da soja cultivada na seqüência. Pode-se concluir que o milheto semeado em março e submetido à ceifa na época de cada emissão da panícula proporcionou as maiores produções de matéria seca dessa espécie. Tal cultura demonstrou grande capacidade na produção de matéria seca e, quando semeada em 5 de março e 19 de abril, propiciou as maiores produtividades da soja cultivada em sucessão.
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No sistema irrigado por aspersão, o uso de cultivares e épocas adequadas de semeadura podem possibilitar a obtenção de altos níveis de produtividade do arroz de terras altas. No entanto, são escassas as informações sobre a exportação de nutrientes pelos grãos dessa cultura nesse sistema de produção. Este trabalho objetivou avaliar o efeito da época de semeadura na produtividade e exportação de nutrientes pelos grãos de cultivares de arroz de terras altas (IAC 201, IAC 202, Carajás, CNA 7800 e CNA 7801), irrigados por aspersão. Os experimentos foram desenvolvidos nos anos agrícolas de 1995/1996 e 1996/1997, em Latossolo Vermelho distrófico, em Selvíria (MS). As semeaduras foram realizadas no início da segunda quinzena de setembro, outubro, novembro, dezembro, janeiro e fevereiro, de cada ano. Foi utilizado o delineamento de blocos ao acaso, em esquema de parcela subdividida, com quatro repetições. A época de semeadura influenciou a produtividade de grãos e exportação de nutrientes pelos grãos. A semeadura realizada em novembro proporcionou maior exportação de nutrientes por promover produtividades mais elevadas. em épocas de semeadura antecipada (setembro), com a cultivar Carajás, a produtividade e a exportação de nutrientes foram superiores às demais; já nas semeaduras de outubro a dezembro, a cultivar CNA 7801 se destacou. No sistema irrigado por aspersão, é possível semeadura em fevereiro com produtividade acima 3.900 kg ha-1 utilizando as cultivares IAC 201 e Carajás.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes épocas de poda no desenvolvimento, na produção e na qualidade de raízes tuberosas de mandioca. Foram conduzidos dois experimentos, em duas localidades do Estado de São Paulo: Botucatu, em área de solo argiloso, e São Manuel, em solo arenoso. Os experimentos foram conduzidos de setembro de 2008 a junho de 2010, e a colheita foi feita após dois ciclos vegetativos (22 meses). Utilizou-se o delineamento experimental de blocos ao acaso, com quatro repetições. Foram avaliados dez tratamentos, nove épocas de poda espaçadas mensalmente, entre abril e dezembro, e uma testemunha conduzida sem poda. As épocas de poda foram analisadas estatisticamente por contrastes ortogonais, em comparação à testemunha, e por regressão. A poda da mandioca realizada no período de repouso fisiológico não altera o teor de matéria seca e a produtividade de raízes tuberosas. No entanto, quando realizada no final do primeiro ciclo ou após o início do segundo ciclo vegetativo, a poda reduz o teor de matéria seca e a produtividade de raízes.
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No Estado de São Paulo, restrições do regime de chuvas no período de outono-inverno e temperaturas elevadas limitam a produção e a manutenção de cobertura no solo, tornando importante estudar alternativas para a implantação eficaz do Sistema Plantio Direto nesse Estado, especialmente para produção de fitomassa e manejo adequado para maior persistência da palha, em quantidade suficiente para melhoria da qualidade física e da matéria orgânica do solo. O experimento, conduzido em Nitossolo Vermelho distroférrico, na Fazenda Experimental Lageado-FCA-UNESP-Botucatu, teve por objetivo estudar no sistema plantio direto as prováveis alterações de alguns atributos físicos e das frações húmicas do solo com a utilização do milheto, verificando sua resposta, em três épocas de semeadura e sob cinco manejos dos resíduos, após cinco anos de estabelecida essa sucessão. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, com esquema de parcelas subdivididas, com quatro repetições. As parcelas foram representadas por três épocas de semeadura da cultura do milheto: época 1 (E1), época 2 (E2) e época 3 (E3). As subparcelas foram representadas por manejos da ceifa da fitomassa, sendo: manejo 1 (M1) - ceifa a cada florescimento e retirada da fitomassa; manejo 2 (M2) - ceifa a cada florescimento e permanência da fitomassa; manejo 3 (M3) - ceifa apenas no primeiro florescimento e retirada da fitomassa; manejo 4 (M4) - ceifa apenas no primeiro florescimento e permanência da fitomassa; e manejo 5 (M5) - livre crescimento. Foram coletadas amostras de solo com estrutura indeformada para realização das análises físicas, para as quais as profundidades amostradas foram: 0-0,05, 0,05-0,10 e 0,10-0,20 m. Para fracionamento químico da matéria orgânica, as profundidades foram de 0-0,05 e 0,05-0,10 m. em relação às culturas, avaliou-se a produtividade da soja, e para o milheto, a quantidade de matéria seca produzida pela parte aérea e a percentagem de fitomassa em cobertura deixada sobre o solo. A produtividade de matéria seca do milheto decresceu na ordem E1 > E2 > E3. A densidade do solo, a macroporosidade, a microporosidade e a porosidade total variaram com a época de semeadura do milheto. A adição contínua de fitomassa com ceifa a cada florescimento e permanência da cobertura proporcionou maior incremento nas frações menos estáveis da matéria orgânica (ácido húmico e ácido fúlvico). Recomenda-se, diante das condições edafoclimáticas estudadas, a semeadura do milheto na segunda e terceira épocas com ceifa apenas no primeiro florescimento, sempre se utilizando da permanência da fitomassa, para obter melhor cobertura, qualidade física do solo (menor densidade do solo, maior porosidade total) e maior produtividade para soja.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
Há poucas investigações quanto às práticas educativas escolas, ou seja, os procedimentos que são utilizados pelo educador para promover a aprendizagem de seus alunos. Deste modo, o objetivo deste trabalho é analisar as práticas educativas escolares, e verificar em que medida essas práticas contribuem para a inclusão do aluno com Necessidades Educacionais Especiais. O presente estudo optou pelo estudo exploratório contemplando observações em sala de aula, bem como, no ambiente escolar. As observações ocorriam semanalmente sem datas fixas, e em horários diferentes, a fim de que fosse possível observação num ambiente típico. Utilizou-se também a entrevista e a análise de documentos do aluno (redação, provas, atividades acadêmicas) e da escola. Participaram do presente estudo um aluno que apresenta dismotria cerebral ontogenética, sua mãe, bem como, as professoras que lecionaram à ele durante os anos de 2000 e 2001. Os dados coletados auxiliaram para definir a categoria que foi foco da presente pesquisa: desempenho e rendimento escolar e percepção do aluno sobre seu processo de aprendizagem. Como conclusão o presente estudo constatou que o processo de inclusão do aluno, no tocante à inclusão física social, responde até certo grau às suas necessidades. No entanto, do ponto de vista de aprendizagem, não houve inclusão educacional, as práticas educativas observadas não contemplavam a especificidade curricular e de aprendizagem a fim de atender às necessidades do aluno.
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INTRODUÇÃO: A perda de massa muscular secundária à idade e à inatividade física é clinicamente relevante na população cardíaca; contudo, a prescrição do exercício resistido dinâmico para esses pacientes apresenta-se inconclusiva na literatura. OBJETIVOS: Reunir informações e apresentar as principais diretrizes relacionadas à prescrição de exercícios resistidos em cardiopatas. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi realizada busca sistemática de literatura, a partir das bases de dados LILACS, SciELO e MEDLINE, utilizando os seguintes descritores na língua portuguesa: força muscular, exercício isométrico, esforço físico, cardiopatia e coronariopatia, e seus correspondentes na língua inglesa (muscle strength, isometric exercise, physical effort, heart disease e artery coronary disease), os quais foram pesquisados separadamente e em cruzamentos, sendo considerados para esta revisão apenas artigos publicados entre 2005 e 2010. RESULTADOS E DISCUSSÃO: de um total de 806 artigos foram selecionados 22 para integrar a revisão, sendo 14 estudos classificados como artigos originais, 2 artigos de atualização da literatura e 6 artigos de revisão, além do capítulo 8 do livro intitulado Diretrizes do ACSM (American College of Sports Medicine) para os testes de esforço e sua prescrição, publicado em 2007. CONCLUSÃO: O exercício resistido, independente da variada metodologia utilizada na prescrição dos componentes específicos do treinamento, mostrou-se eficiente para aumentar a força muscular de membros superiores e inferiores em cardiopatas e sua aplicação pode ser considerada segura para esses pacientes, desde que prescrito corretamente.
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Apesar do aumento na quantidade de trabalhos que visam a abordar a morte como tema de investigação, observa-se que ainda prevalece a interdição do assunto morte, dificultando que ela seja abordada e discutida. Este estudo buscou ampliar a compreensão de como pessoas, em diferentes etapas desenvolvimentais, lidam com perdas e com a própria finitude. Para isso, 7 adolescentes, 14 adultos de meia-idade e 10 idosos foram entrevistados, e os dados foram compreendidos mediante análise de conteúdo. Entre os participantes, os adultos foram os que mostraram mais aflição e inquietação, ao falarem sobre a própria finitude e sobre a possibilidade da morte de pessoas queridas. Os adolescentes abordaram-na como um acontecimento distante e impessoal, enquanto os idosos se referiram a ela com maior proximidade e aceitação. Sugere-se a realização de estudos que aprofundem tais compreensões, relacionando-as às diferentes religiões, classes sociais e experiências com perdas.