233 resultados para Sociologia da representação


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Propomos discutir como Os sertões foi incorporado, pela crítica, como obra de literatura e como, posteriormente, o romance Grande sertão: veredas passou a ser lido como ensaio. Para tanto, examina-se, de um lado, em vários estudos, como o primeiro foi consagrado como obra compósita, pertencendo, ao mesmo tempo, ao campo da literatura, da sociologia e da ciência, o que se tornou moeda corrente e cânone quase inquestionável, sobrevivendo por mais de um século. De outro lado, investiga-se como a narrativa rosiana passou a ser vista, por uma determinada vertente da crítica, como ensaio ou estudo das relações de poder no Brasil. É essa indistinção, paradoxal, entre sociologia e literatura, ciência e ficção que nos propomos investigar e problematizar, buscando compreender tal embaralhamento de gêneros.

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Williams elabora o conceito de estrutura de sentimento de diversas maneiras em vários trechos importantes de sua obra. Este conceito adquire uma signifi cância metodológica especial ao relacionar o extraordinário da literatura imaginativa ao ordinário do processo cultural. Ele é empregado particularmente para mostrar o sentido de literatura na articulação de alternativas para as visões dominantes de mundo, e, consequentemente, para a política da mudança social. As diferentes formulações do conceito apresentadas por Williams são discutidas através da maneira como a experiência refl exiva se relaciona com as estruturas institucionais, com o estruturalismo genérico de Goldmann e com os conceitos de “habitus” e campo cultural de Bourdieu. Três tipos de críticas são levados em conta e têm em comum a ideia de que o conceito não é claro. Ao ser usado na análise da literatura e seus símbolos, este conceito pode contribuir para o esclarecimento da complexidade dos processos de comunicação refl exiva da experiência, que estão enraizados na ordem e na mudança social.

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Muitos são os aspectos que concorrem para uma Educação ideal do homem principalmente dentro da escola. Entretanto, falamos em motivação, métodos, currículo, mas pouco pensamos na questão da corporeidade e que a princípio parece não ter nada a ver com a Educação.

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Na efrevescência político-social que marcou as décadas de 1920 e 1930 no Brasil, quatro grandes temas ganhavam destaque e apareciam como bandeira comum à maioria dos atores em luta: industrialização, revolução, racionalização e educação. Em São Paulo, em meio as lutas pela universalização de uma vontade particular, o tema da educação ganha cores mais vivas, seja como lugar previlegiado do confronto político, seja, ao contrário como elemento aglutinador de grupos com interesses divergentes - como se pode observar quando do fortalecimento da bandeira da união em torno dos interesses paulistas. Bandeira essa que chega a transformar-se em forte mistica a partir do Movimento Constitucionalista de 1932: somente São Paulo seria capaz de fornecer homens suficientemente competentes para compor a elite dirigente do Brasil, um pais que passava por um período de grave crise provocada, principalmente, pela inexistência de uma sólida estrutura educacional moderna que fosse capaz de reeducar as massas e formar técnicos competentes para administar as coisas públicas. Com o fim do Movimento de 32, que havia sustentado uma aliança de diferentes grupos paulistas, entre eles o grupo político do jornal O Estado de São Paulo, principal responsável pelo projeto de criação da Universidade de São Paulo em 1934, e o núcleo de empresários representados pela FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) -, as práticas políticas particulares são retomadas. Em 1933, os empresários tomam a dianteira criando a Escola Livre de Sociologia e política, que aparece como um dos mais importantes atos políticosda grande indústria no Brasil. No discurso de inauguração, Roberto Simonsen, presidente da FIESP, admitindo a necessidade de reformulação do velho liberalismo ortodoxo e defendendo um Estado neo-liberal, indica a prática de largos horizontes com a qual essa escola deveria estar comprometida: a instituição de verdades científicas sobre a realidade brasileira, capazes de proporcionar os instrumentos necessários para garantir a correta ação de um Estado normatizador da sociedade segundo a vontade da grande indústria.

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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Visando verifi car de que modo e por quais processos se organiza a práxis narrativa de G. de Nerval, a proposta deste artigo é abordar, a partir de Sylvie, uma das estratégias descritivas mais originais do Romantismo.

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Propõe-se o exame das relações entre determinados recursos literários de Esaú e Jacó e Memorial de Aires e elementos sociopolíticos e históricos da transição do Império para a República representados nesses romances machadianos. Pretendemos mostrar como, por meio de escolhas estruturais e linguísticas, no que se refere aos vínculos entre narrador, focalização e personagens, o escritor traz à baila questões substantivas da sociedade brasileira daquele momento. Ao contrário do que alguns analistas apontam, há, nessas narrativas, crítica às relações sociais e de poder. A forma como o escritor realiza, nos romances, a refl exão sobre tais relações enseja novas pesquisas.

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Este trabalho pretende analisar o modo como as convenções da produção literária vinculada à imprensa periódica são trabalhadas no conto “Astúcias de marido”, de Machado de Assis (Jornal das Famílias out. e nov. 1866). Nesse conto, o narrador machadiano procura demonstrar, ironicamente, o quanto a sua história atende aos modelos literários, aos critérios de leveza e de moralidade, e à necessidade do corte sistemático – convenções estabelecidas pela direção do periódico. Assim, expondo a artificialidade da construção narrativa e combinando movimentos alternativos entre aderência (aparente) e oposição, pela via da ironia, aos padrões da produção jornalística e às preferências do público, o narrador machadiano dá início à experimentação de uma técnica narrativa inusitada na literatura brasileira: a volubilidade narrativa.

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Um dos maiores divulgadores de visões de mundo no século XX, o cinema, se apresenta como uma fonte preciosa para a reflexão do historiador. Neste sentido, realizamos uma análise fílmica de Lamarca (1994) procurando refletir sobre as opções realizadas pelo diretor Sérgio Rezende em relação ao tema. Essa análise nos ajuda a enxergar em que sentido esse filme insere-se na disputa pela memória, sobre o período ditatorial brasileiro que se inicia nos anos de 1960, notadamente o confronto entre as forças armadas e os focos de guerrilha dos anos 60 e 70 do século passado.

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O tratamento dado pelos manuais à questão do método torna ausentes caracterizações de natureza ontológica, gnoseológica, epistemológica e antropológica. Em concreto, isso significa um esvaziamento da Sociologia como empreendimento (científico) total. É algo cujo sinal mais evidente é dado pela redução da ciência ao método. Rigorosamente, tal redução implica uma sobrevaloração do método e acarreta uma verdadeira desvaloração da Sociologia como investimento com intencionalidade científica.

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O artigo desenvolve uma reflexão acerca da contribuição de Fernando Azevedo para a institucionalização da sociologia no Brasil, dando ênfase também a seu papel no processo de modernização ocorrido no país entre as décadas de 1930 e 1960. Nesse sentido, o trabalho procura articular “texto” e “contexto”, como uma opção metodológica, e aponta como hipótese principal que a trajetória institucional e as obras de Azevedo representam um caminho profícuo para se revisar criticamente algumas das explicações canônicas sobre a história das Ciências Sociais no Brasil. Em particular, são destacadas aquelas interpretações que abordaram o tema privilegiando o processo de institucionalização como viés explicativo, inclusive, dando ênfase à década de 1960 como o seu marco inicial. Como resultado do ângulo adotado foi possível chegar a uma versão distinta, ainda que preliminar, dessa história, mostrando que Fernando de Azevedo ocupou um lugar destacado tanto para a institucionalização das Ciências Sociais quanto para o processo de modernização do país.