2 resultados para Remick, Christian, b. 1726.
em Universidade Federal do Rio Grande do Norte(UFRN)
Resumo:
A Anfotericina B (AmB) é amplamente utilizada no tratamento de infecções fúngicas sistêmicas. No entanto, a sua utilização é limitada devido a sua elevada toxicidade aguda e crônica. Os superagregados de AmB (H-AmB) obtido pelo processo de aquecimento controlado apresentam um potencial reduzido de toxicidade quando comparados à Anfotericina B micelar não aquecida (M-AmB). Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi avaliar as características físico-químicas do processo de formação dos superagregados após a liofilização do H-AmB, por meio de técnicas tais como a calorimetria de exploratória diferencial (DSC), termogravimetria (TG) e análise térmica diferencial (DTG), ressonância magnética nuclear (RMN), espalhamento dinâmico de luz (DLS) e difração de raios X (DRX). Os dados de DLS indicaram um tamanho de aproximadamente 260 nm deste novo sistema, sendo este tamanho compatível e viável para administração intravenosa. A análise de DRX demonstrou a formação de um novo estado cristalino do sistema micelar, podendo este estar relacionado a presença de grande proporção de desoxicolato de sódio (NaDC) na formulação. O aquecimento do NaDC resulta na formação de uma estrutura helicoidal intermolecular, promovendo desta forma o aumento da agregação micelar e consequentemente aumento de seu tamanho. Os estudos das análises térmicas demonstraram que o processo de aquecimento não influência no comportamento das amostras. Os dados de RMN da H-AmB demonstraram a presença de ácido desoxicólico além do NaDC. O ácido desoxicólico é formado após o processo de aquecimento e sugere-se que o equilíbrio entre ambas as moléculas seja responsável pela redução da toxicidade da AmB. Os resultados aqui apresentados sugerem que o processo de aquecimento controlado altera a organização estrutural das micelas, resultando na diminuição da toxicidade, na melhoria da estabilidade térmica e na manutenção da atividade.
Resumo:
A Anfotericina B (AmB) é amplamente utilizada no tratamento de infecções fúngicas sistêmicas. No entanto, a sua utilização é limitada devido a sua elevada toxicidade aguda e crônica. Os superagregados de AmB (H-AmB) obtido pelo processo de aquecimento controlado apresentam um potencial reduzido de toxicidade quando comparados à Anfotericina B micelar não aquecida (M-AmB). Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi avaliar as características físico-químicas do processo de formação dos superagregados após a liofilização do H-AmB, por meio de técnicas tais como a calorimetria de exploratória diferencial (DSC), termogravimetria (TG) e análise térmica diferencial (DTG), ressonância magnética nuclear (RMN), espalhamento dinâmico de luz (DLS) e difração de raios X (DRX). Os dados de DLS indicaram um tamanho de aproximadamente 260 nm deste novo sistema, sendo este tamanho compatível e viável para administração intravenosa. A análise de DRX demonstrou a formação de um novo estado cristalino do sistema micelar, podendo este estar relacionado a presença de grande proporção de desoxicolato de sódio (NaDC) na formulação. O aquecimento do NaDC resulta na formação de uma estrutura helicoidal intermolecular, promovendo desta forma o aumento da agregação micelar e consequentemente aumento de seu tamanho. Os estudos das análises térmicas demonstraram que o processo de aquecimento não influência no comportamento das amostras. Os dados de RMN da H-AmB demonstraram a presença de ácido desoxicólico além do NaDC. O ácido desoxicólico é formado após o processo de aquecimento e sugere-se que o equilíbrio entre ambas as moléculas seja responsável pela redução da toxicidade da AmB. Os resultados aqui apresentados sugerem que o processo de aquecimento controlado altera a organização estrutural das micelas, resultando na diminuição da toxicidade, na melhoria da estabilidade térmica e na manutenção da atividade.