2 resultados para Nascido vivo

em Universidade Federal do Rio Grande do Norte(UFRN)


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Os nascimentos ocorridos em uma população consistem em informação de grande valia para diversos estudos e planejamento de políticas públicas. O Sistema de informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) representa uma promissora fonte de informação sobre o tema, uma vez que coleta continuamente e no âmbito municipal, dados sobre nascimentos. Tendo em vista a necessidade de avaliação contínua do SINASC e o panorama do declínio da fecundidade no Nordeste, objetivou-se avaliar a qualidade das informações provenientes do SINASC para o Nordeste, estados e microrregiões, nos anos 2000 e 2010, utilizando o Censo Demográfico como informação de referência, avaliando a cobertura do SINASC e identificando níveis e padrões de fecundidade. Pretendeu-se ainda verificar a relação entre os níveis de fecundidade, o grau de cobertura do SINASC e as condições socioeconômicas das microrregiões sintetizadas pelo Índice Social de Desenvolvimento Municipal (ISDM), utilizando-se a análise de cluster, associada à análise de variância (ANOVA) e o teste de Tukey. Por último, analisou-se a incompletude no preenchimento dos campos da Declaração de Nascido Vivo (DNV). De acordo com os resultados, observou-se que houve ampliação da qualidade das informações do SINASC no período estudado, resultando em uma maior aproximação das TFTs oriundas das duas fontes de dados consideradas no estudo. Maranhão e Paraíba foram os estados com maiores ganhos em cobertura das TFTs no período, e os estados do Rio Grande do Norte e Sergipe revelaram um grau de cobertura ligeiramente inferior em 2010 frente aos resultados de 2000, bem como ainda persistem várias microrregiões com TFTs oriundas do SINASC bem abaixo daquelas estimadas pelo Censo. Na verificação da associação entre o ISDM, TFTs e cobertura, a análise de cluster resultou em três agrupamentos, GrISDM A com melhores coberturas, ISDM e mais baixas TFT; GrISDM B , intermediário e GrISDM C com piores coberturas, ISDM e TFT mais altas. Notou-se a evolução das condições socioeconômicas no Nordeste, tendo o GrISDM A passado de 8% do total de microrregiões em 2000 para 37% em 2010. Reiterou-se ainda que quanto melhores as condições socioeconômicas de uma população, menores são as TFTs e melhores as coberturas do SINASC. A análise de variância apontou interações significativas entre o ano estudado versus ISDM (p-valor < 0,016) e o ano versus fonte de informação (p-valor < 0,020), e o teste Tukey apontou que não houve similaridade entre as médias das TFT das fontes Censo versus SINASC no período, fato que aponta para a captação ainda deficiente do SINASC nas microrregiões. O resultado da análise de variância da cobertura do SINASC em relação ao Censo apresentou uma interação significativa entre as variáveis UF versus Ano (p-valor < 0,0001), causada pelos estados que apresentaram queda de cobertura entre 2000 e 2010. Quanto à incompletude dos itens da DNV, evidenciou-se uma melhor coleta no período, embora alguns itens ainda careçam de atenção, como o apgar no 1º e 5º minuto e ocupação da mãe, sendo esta a que apresenta maiores percentuais de informações ignoradas. Destaca-se a possibilidade de preenchimento inconsistente nas variáveis referentes ao histórico de gestações anteriores, com o uso da informação zero inserida no lugar da informação ignorado . Concluiu-se que o SINASC é uma importante base de dados sobre nascimentos e que dispõe de dados confiáveis para o acompanhamento dos nascimentos e de seu panorama epidemiológico no Nordeste brasileiro, embora para alguns estados, assim como para algumas microrregiões, ainda faz-se necessária a ampliação da cobertura do Sistema. As informações constantes na DNV podem servir como embasamento para diversos estudos sobre as condições epidemiológicas dos nascituros e das suas mães, e dos indicadores baseados as informações dos nascimentos

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A mortalidade infantil é tida como um indicador sensível para descrever as condições de vida e de saúde de uma população, sendo, portanto, interpretada como a estimativa do risco de um nascido vivo morrer antes de completar o primeiro ano de vida. Esse indicador é considerado elevado quando atinge patamares superiores a 50/1.000 nascidos vivos, médios quando se encontra entre 20 e 49/1.000 e mais baixos quando está até 20/1.000. No Brasil, a Mortalidade Infantil tem evidenciado variações ao longo dos anos, e nas duas últimas décadas esse indicador tem sofrido um acentuado decréscimo, provavelmente devido à melhoria no acesso aos serviços de saúde, ao saneamento básico, redução da taxa de fecundidade, melhoria das condições de vida e implementação de tecnologias na atenção à saúde. O objetivo principal do estudo foi avaliar a tendência na mortalidade infantil no município de Garanhuns no período de 2003 a 2012, segundo áreas cobertas e não cobertas pela estratégia saúde da família. Foi realizado um estudo de série temporal, e para isso foram coletados os dados referentes aos nascidos vivos e óbitos de menores de 01 (um) ano através do Sistema de Informações de Atenção Básica – SIAB, nas áreas cobertas e não cobertas pela estratégia, a fim de estabelecer relação de possível causalidade entre a intervenção e o indicador. Os resultados foram apresentados em gráficos, com a curva da Mortalidade Infantil no município de Garanhuns entre os anos de 2003 e 2012 segmentado através das áreas cobertas e não cobertas pela estratégia saúde da família ao longo do mesmo período. Após a análise dos resultados, observou-se uma tendência de queda no coeficiente de mortalidade infantil tanto nas áreas cobertas pela estratégia saúde da família quanto nas áreas cobertas pelo PACS, e que não foi possível estabelecer isoladamente uma maior redução da mortalidade infantil em áreas cobertas pela estratégia. No entanto, os resultados das ações desenvolvidas pela estratégia saúde da família são consistentes e plausíveis de causar impacto no declínio da mortalidade infantil, sobretudo as ações voltadas para a saúde da mulher e da criança