1 resultado para Asplund Ingemark, Camilla
em Universidade Federal do Rio Grande do Norte(UFRN)
Resumo:
A iniciação sexual é um marco significativo na vida do indivíduo, ocorrendo geralmente na adolescência. Importantes transformações biopsicossociais ocorrem nesta fase, denotando vulnerabilidades à vida do adolescente, dentre elas, as decorrentes da iniciação sexual, sendo o risco de infecção pelo HIV/aids a mais grave. A infecção pelo HIV/aids constitui atualmente um importante problema de Saúde Pública, estando os jovens no centro da epidemia mundial. No Brasil, dados do último boletim epidemiológico, lançado em 2013, apontam para a tendência de aumento de sua prevalência na população jovem. Desta forma, o presente estudo teve por objetivo investigar a associação entre iniciação sexual e o perfil sociodemográfico, o indicador de conhecimento das formas de transmissão do HIV/aids e fatores biopsicossociais autoestima e habilidades sociais, em adolescentes de 16 a 19 anos, de ambos os sexos, estudantes do nível médio técnico integrado, do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Rio Grande do Norte, Campus Natal. Trata-se de um estudo transversal, cuja amostra foi constituída aleatoriamente por 200 alunos que responderam de forma anônima a quatro instrumentos: perfil sociodemográfico, questionário da Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAP), Escala de Autoestima de Rosenberg e o Inventário de Habilidades Sociais para Adolescentes de Del-Prette (IHSA). A análise estatística dos dados foi realizada através do teste qui-quadrado de Pearson e do exato de Fisher (α <5%). A média de idade para a primeira relação sexual foi de 15,96 anos, com o início mais cedo para o sexo masculino. Verificou-se associações estatisticamente significativas entre iniciação sexual e as seguintes variáveis: idade, sexo, situação conjugal, religião, renda familiar, autoestima e o repertório de habilidades sociais. Observou-se ainda que apenas 11% dos adolescentes possuíam conhecimento correto acerca das formas de transmissão do HIV/aids. Conclui-se que os esforços para a prevenção das DST/aids precisam ser direcionados a campanhas e programas mais eficazes, que considerem não somente o caráter informativo, mas também os fatores psicossociais já que estes mostraram-se associados ao início da vida sexual