2 resultados para motor neuropathy
em Repositório Digital da UNIVERSIDADE DA MADEIRA - Portugal
Resumo:
Os propósitos deste estudo foram os seguintes: (1) caracterizar a altura, o peso, a altura sentado e o índice de massa corporal (IMC); (2) construir tabelas e cartas centílicas das variáveis anteriormente referidas; (3) estimar as prevalências de sobrepeso e de obesidade; (4) apresentar dados descritivos da performance motora em ambos os sexos; (5) testar a hipótese da diferença de desempenho motor entre meninos e meninas e em função da idade; (6) identificar os testes, numa análise multivariada, que mais distinguem a performance de raparigas e rapazes; (7) estudar o efeito da adiposidade e actividade física numa medida compósita do desempenho motor; (8) comparar os valores médios das meninas e meninos da RAM com os das crianças dos Estados Unidos da América (EUA) e (9) apresentar cartas centílicas para idade e sexo. A amostra estratificada proporcional proveniente de 37 instituições escolares envolveu 836 alunos (417 raparigas e 419 rapazes) dos 3 aos 10 anos de idade que são parte integrante do projecto “Crescer com Saúde na RAM” (CRES). As medidas somáticas consideradas foram avaliadas de acordo com o protocolo do estudo de Crescimento de Lovaina (Bélgica) que segue as directrizes do Programa Biológico Internacional. O desempenho motor foi avaliado com a bateria de testes “Preschool Test Battery” (PTB). As diferentes análises estatísticas foram realizadas no SPSS 15 e Excel, sendo que α=5%.Verificaram-se incrementos significativos nas médias da estatura, peso, altura sentado e IMC, sem que haja diferenças sexuais acentuadas. A prevalência de sobrepeso foi, respectivamente, de 16.1% e 14.6% nas raparigas e rapazes; na obesidade os valores foram 7.7% e 8.8%. Relativamente ao desempenho motor, em ambos os sexos e ao longo da idade, é claro um aumento significativo nos valores médios da performance, sendo evidente a presença de dimorfismo sexual favorecendo os rapazes. Níveis mais elevados de adiposidade reflectem-se negativamente no desempenho motor, sendo que tal tendência não é tão evidente com os níveis de actividade física. As principais conclusões são as seguintes: (1) o crescimento é o esperado em condições socio-económicas favoráveis que a RAM vive; (2) há uma forte variabilidade inter-individual que reclama uma atenção cuidada por parte dos educadores; (3) não se verificam diferenças substanciais entre sexos que exijam uma atenção particular; (4) as prevalências de sobrepeso e obesidade impelem a um serviço de maior vigilância epidemiológica, maiores cuidados nos hábitos nutricionais, bem como a incrementos bem relevantes nos hábitos de actividade física e desportiva das crianças. Para finalizar, o desempenho permite as seguintes ilações: (5) é claro o incremento da performance em função da idade favorecendo os meninos; (6) a adiposidade tem um efeito negativo na performance que reclama uma atenção mais adequada dos educadores e progenitores; (7) o facto de não haver um efeito significativo da actividade física no desempenho motor pode dever-se a problemas com o instrumento utilizado; neste sentido sugerem-se outras abordagens, não esquecendo nunca os efeitos inequívocos e salutares dos níveis moderados e elevados no bem-estar e performance; (8) o facto das crianças da RAM terem desempenhos inferiores às dos EUA exige uma atenção adequada dos professores de Educação Física.
Resumo:
The central aims of this study were: (1) to construct age- and gender-specific percentiles for motor coordination (MC), (2) to analyze the change, stability, and prediction of MC, (3) to investigate the relationship between motor performance and body fatness, and (4) to evaluate the relationships between skeletal maturation and fundamental motor skills (FMS) and MC. The data collected was from the ‘Healthy Growth of Madeira Children Study’ and from the ‘Madeira Child Growth Study’. In these studies, MC, FMS, skeletal age, growth characteristics, motor performance, physical activity, socioeconomic status, and geographical area were assessed/measured. Generalized additive models for location, scale and shape, mixed between-within subjects ANOVA, multilevel models, and hierarchical regression (blocks) were some of the statistical procedures used in the analyses. Scores on walking backwards and moving sideways improved with age. It was also found that boys performed better than girls on moving sideways. Normal-weight children outperformed obese peers in almost all gross MC tests. Inter-age correlations were calculated to be between 0.15 and 0.60. Age was associated with a better performance in catching, scramble, speed run, standing long jump, balance, and tennis ball throwing. Body mass index was positively associated with scramble and speed run, and negatively related to the standing long jump. Physical activity was negatively associated with scramble. Semi-urban children displayed better catching skills relative to their urban peers. The standardized residual of skeletal age on chronological age (SAsr) and its interaction with stature and/or body mass accounted for the maximum of 7.0% of variance in FMS and MC over that attributed to body size per se. SAsr alone accounted for a maximum of 9.0% variance in FMS and MC over that attributed to body size per se and interactions between SAsr and body size. This study demonstrates the need to promote FMS, MC, motor performance, and physical activity in children.