2 resultados para Triticum-aestivum

em Repositório Digital da UNIVERSIDADE DA MADEIRA - Portugal


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O trigo encontra-se em terceiro lugar entre os cereais mais produzidos em todo o mundo. Um dos principais entraves ao seu cultivo e produção é a acidez dos solos, que proporciona a biodisponibilidade do alumínio, com a formação de catiões facilmente absorvidos que afetam o desenvolvimento radicular e podem levar à morte da planta. Algumas variedades de trigo desenvolveram a capacidade de tolerar a presença do alumínio. Esta tolerância pode resultar de diferentes estratégias, através da ação de diversos mecanismos, sendo que o presente trabalho pretende avaliar a importância da exsudação de ácidos orgânicos na tolerância ao alumínio por algumas variedades de trigo na Madeira. Ao longo deste trabalho foram analisados vários caracteres, cuja variação permite discriminar o comportamento de duas variedades regionais de trigo (Triticum aestivum erithrospermum Körn e Triticum aestivum var. milturum (Alef.) Velican) em condições de stress provocado pelo alumínio. As amostras de trigo foram colocadas em vasos herméticos na presença ou ausência da alumínio e o meio de crescimento final foi analisado para determinar a capacidade das plantas para exsudar malato e citrato. As plantas foram analisadas em relação a cinco marcadores moleculares para detetar a presença ou ausência do gene ALTM1 que codifica a proteína transmembranar de transporte do malato. Em resultado deste trabalho, conclui-se que uma das variedades regionais (T. aestivum erithrospermum) é tolerante ao alumínio e a outra (T. aestivum var. milturum) moderadamente tolerante. Ambas as variedades têm capacidade de exsudar ácidos orgânicos, ainda que a primeira tivesse uma exsudação mais proeminente. A variedade moderadamente tolerante apresentou uma taxa de alongamento radicular inferior e uma produção de calose superior devido à sua maior suscetibilidade ao alumínio. O gene ALMT1, responsável pelo transporte do malato do citoplasma para o exterior das células, foi detetado em ambas as variedades, levando a concluir que o que difere entre as variedades é a sua expressão.

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Since the fifteen century, the rainfed-cultivation of wheat for grain is traditionally performed on the Island of Madeira. Under several microclimatic conditions and along very sloppy mountains, the landraces are grown on isolated terraces of Andosols with high amounts of iron. Iron oxides are the main inorganic binding agent contributing to the stability of aggregates and to soil fertility in long-term sustainable agriculture in acid and iron-rich soils. After a two day period of seedling initial growth, a screening test of sixty traditional wheat (Triticum spp.) landraces from the ISOPlexis Genebank at the University of Madeira, Funchal, was performed using nutrient solutions containing 10 or 600 mM Fe, during five days, under controlled laboratory conditions. The elongation of the longest primary root was measured for each genotype and the mean root increment relative to control (as, % relative root increment or RRI; n=28) calculated. This parameter appeared to be a sensitive indicator of Fe tolerance in wheat. Over 85% of wheat germplasm showed the RRI higher than 50%, while the RRI of seven accessions exceeded 70%. This indicates that those landraces are Fe tolerant and might be of particular interest for cultivation under acid rich iron soils of tropical and subtropical areas.