6 resultados para Qualidade em Saúde

em Repositório Digital da UNIVERSIDADE DA MADEIRA - Portugal


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O propósito do estudo foi estudar a qualidade do serviço das piscinas públicas cobertas da RAM através do índice de satisfação dos utilizadores do setor lazer e recreação, bem como identificar o perfil destes praticantes. O estudo envolveu a participação de 410 utilizadores regulares, integrados em atividades de clubes ou outras entidades e de nado livre, maiores de 16 anos, os quais foram inquiridos através da aplicação de um questionário individual e anónimo. Os resultados do estudo indicam que o perfil dos praticantes do setor lazer e recreação se caracteriza por utentes, prioritariamente, do sexo feminino, com idade igual ou superior a 46 anos, empregados, tendo no cômputo geral, no máximo o 3º ciclo do ensino básico. Foram pessoas ativas ao longo da sua vida e deslocam-se à piscina duas a três vezes por semana. Frequentam as piscinas, maioritariamente, devido a problemas de coluna, articulares e ósseos, para melhorar a sua condição física, para efetuar reabilitação ou recuperação física, ou para reduzir o stress e descontrair. Como benefícios alcançados com a prática da natação/hidroginástica, consideram a melhoria da condição física, a redução das dores nas costas, articulações e ossos, e a melhoria do estado geral da sua saúde. Na generalidade, os utentes encontram-se satisfeitos ou muito satisfeitos com a avaliação dos parâmetros relativos aos materiais e equipamentos, higiene e segurança, temperatura da água, atendimento e simpatia dos trabalhadores e com os horários de funcionamento das piscinas. Constatámos ainda a existência de uma relação direta entre as razões que levaram à prática de atividades aquáticas e a autoperceção dos benefícios alcançados com a sua realização. No que diz respeito à definição da qualidade do serviço prestado ao nível das diversas dimensões estudadas, concluímos que os utentes das piscinas em estudo consideram que lhes é prestado um serviço com elevada qualidade.

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O aumento do número de idosos com necessidades de ocupação, implica a necessidade de respostas por parte da sociedade, de forma a melhorarem a qualidade de vida da população idosa. O presente estudo, teve como objetivo conhecer os níveis de perceção da qualidade de vida e bem-estar, em indivíduos de terceira idade. Trata-se de um estudo descritivo longitudinal, que resulta da avaliação em dois momentos. Foi estudada uma população com 26 idosos, com idades iguais ou superiores a 64 anos de idade, participantes num projeto educativo de uma academia sénior, com a duração de quatro meses. Foi utilizada a escala EASY-care, para avaliação da qualidade de vida percecionada pelos idosos. Para análise dos dados, utilizou-se o programa estatístico SPSS 19.0. Através dos resultados obtidos, verificou-se que a maioria da população estudada foi do sexo feminino, cerca de 92.3%, e 7.7% do sexo masculino. No que se referiu às idades, 26,9% apresentaram idades compreendidas entre 65-69 anos, 42.3%, entre 70-74 anos, e por fim 30.8% entre 75-80 anos. Sendo na sua maioria, viúva, reformada, pensionista e com fraca escolaridade, entendendo-se que, apenas 57.7% da população apresentou o primeiro ciclo de escolaridade. Os resultados obtidos revelaram-se positivos, uma vez que, os scores médios para cada domínio foram indicadores de independência e elevada qualidade de vida, em ambos os momentos de análise, com valores médios mais elevados no segundo momento. Para os resultados de “(in) dependência”, no primeiro momento, o score médio foi de 2.8. Para o “risco e falha de cuidados”, o score médio foi 3.7, para o “risco de quedas”, o score médio de 0.9. No segundo momento, para “pontuação (in) dependência”, o score médio foi 1.8, para o “risco de falha de cuidados,” de 0.88 e para o “risco de quedas”, de 0.6. No domínio “Visão, Audição e Comunicação”, no primeiro momento, o score médio foi de 0.55. No segundo momento, para o mesmo domínio, o score médio foi de 0.3. No domínio “Saúde Mental e Bem-estar”, no primeiro momento, o score médio foi de 10.7, e no segundo momento de 5.6. Concluiu-se que a perceção da qualidade de vida e bemestar dos idosos, foi elevada nos dois momentos, verificando-se um aumento dos valores absolutos do primeiro para o segundo momento. Ressalvamos a importância da monitorização da qualidade de vida e bem-estar dos idosos, como forma de promoção de uma intervenção adequada às necessidades da população.

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Nas próximas décadas, a Região Autónoma da Madeira enfrentará uma profunda transformação na sua estrutura populacional, devido ao envelhecimento progressivo da população, fruto da conjugação de dois fatores: o aumento da esperança de vida e a crescente diminuição da taxa de natalidade (Plano Gerontológico da RAM, 2009). Partindo do pressuposto que a promoção da qualidade de vida dos idosos é essencial para o seu bem estar físico, psicológico e social, formulou-se o problema que servirá de base à investigação: Será que existe uma correlação entre as atividades de animação nas diversas categorias praticadas pelo sénior e idoso com a sua qualidade de vida? e será que existe uma relação e grau de concordância entre a Escala da Qualidade de Vida de Flanagan e a Escala da Qualidade de Vida WHOQOL-Bref? Os objetivos principais deste estudo foram: descrever a relação entre as atividades de animação nas diversas categorias praticadas pelo sénior e idoso com a sua qualidade de vida e; conhecer a relação existente e o grau de concordância entre as Escalas da qualidade de vida de Flanagan e WHOQOL-Bref. No sentido de conhecer em que medida as atividades de animação se correlacionam com a qualidade de vida na população sénior e idosa foi realizado um estudo descritivo-correlacional nos Centros Comunitários “Vila Viva” e “Cidade Viva”, pertencentes à Autarquia de Câmara de Lobos. A população foi constituída por 71 indivíduos, maioritariamente do género feminino e com idades compreendidas entre os 55 e 80 anos. Para avaliar o grau de frequência de realização das atividades, a satisfação perante as mesmas, bem como as atividades realizadas pelos inquiridos, foi elaborado um questionário pela investigadora, o qual foi testado previamente. Avaliou-se as variáveis sociodemográficas, através de um questionário, igualmente elaborado pela investigadora. Para avaliar a variável qualidade de vida, a investigadora considerou importante o uso de duas escalas: Escala da qualidade de vida de Flanagan e Escala da qualidade de vida WHOQOL-Bref. Dado considerar que embora ambas as escalas meçam a mesma variável, elas complementam-se, uma vez que a Escala de Flanagan insere-se no modelo da satisfação, enquanto que a escala WHOQOL-Bref insere-se dentro do modelo funcionalista (Fleck, 2008). Ambos os modelos (funcionalista e da satisfação) são modelos teóricos subjacentes ao conceito da qualidade de vida no idoso. Como principais resultados, evidenciou-se uma baixa frequência de realização das atividades de animação. No entanto, os inquiridos que participam com maior frequência na realização de atividades tendem a evidenciar melhor qualidade de vida. Questionados acerca da forma como se sentiam quando realizavam as atividades de animação, verificou-se que 50.7% dos inquiridos afirmaram que se sentiam bem, seguidos de 40.8% que se sentiam muito bem. Uma percentagem significativa de inquiridos (45.1%) considerou a realização das atividades de animação importante ou muito importante para a ocupação dos seus tempos livres. Analisando comparativamente os resultados observados para as dimensões da escala WHOQOL-Bref pode-se afirmar que os seniores e idosos evidenciaram melhor qualidade de vida nos domínios das relações sociais e psicológico e pior qualidade de vida em termos físicos. Os inquiridos que evidenciaram melhor qualidade de vida através da Escala WHOQOL-Bref tenderam a evidenciar melhor qualidade de vida através da Escala de Flanagan, ou seja, verifica-se uma boa relação e um bom grau de concordância entre as duas escalas. Os principais resultados demonstraram que os seniores e idosos evidenciaram razoável qualidade de vida em ambas as escalas (WHOQOL-Bref e Flanagan). Sugere-se que seria importante a continuidade do presente estudo.

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Presentemente as pessoas passam cerca de 90% da sua vida no interior de edifícios, onde a poluição atinge níveis superiores aos registados no exterior. Os infantários são espaços onde a qualidade do ar interior (QAI) deverá ser alvo de maior preocupação, visto ser o local onde as crianças passam uma fase importante do seu desenvolvimento físico-motor. São vários os poluentes que podem comprometer a saúde humana, de entre os quais se destacam os poluentes biológicos, os químicos, e os físico-químicos. O presente trabalho teve como objectivo analisar a QAI em onze infantários da Ilha da Madeira durante as quatro estações do ano. Para o estudo foi levado em consideração a dispersão geográfica e a envolvente rural e urbana. Complementarmente, foi efectuado um estudo aprofundado dos compostos orgânicos voláteis (COVs) em dois dos infantários, com o emprego de amostragem activa e passiva. Nos infantários em análise, verificou-se a existência de um sério problema de renovação do ar no interior das salas, reflectido nas elevadas concentrações de CO2 e bactérias encontradas durante a monitorização dos espaços. As concentrações de fungos raramente excederam o valor máximo de referência (VMR), sendo o Penicillium spp. e o Cladosporium sp., as espécies mais comuns encontradas. Contudo foram detectadas algumas espécies consideradas perigosas para a saúde humana, como o Aspergillus niger e o A. versicolor. Relativamente aos restantes parâmetros (CO, O3, HCHO, NO2, NO, SO2, H2S, PM10, T e HR), na sua generalidade apresentaram concentrações inferiores aos respectivos VMR: excepção para o HCHO que em 40% das análises revelou valores acima do seu VMR, bem como a T e HR, que apresentaram valores fora das respectivas escalas de referência. Não foram encontradas diferenças significativas na QAI entre os onze infantários no que diz respeito à sua localização geográfica e envolvente. No entanto, em alguns parâmetros foram observadas variações sazonais. O estudo dos perfis de COVs revelou que o tipo de amostragem a empregar deve ter em consideração o objectivo da recolha: se for necessária a obtenção de dados como um flash instantâneo, a utilização da amostragem activa é aconselhada, se forem requeridos dados médios de um determinado período de tempo, o emprego da amostragem passiva será a melhor escolha.

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O aumento da população idosa que tem acontecido nos últimos anos, conduziu ao surgimento de políticas sociais para proporcionar aos idosos bem-estar e qualidade de vida. Dessas medidas destacamos a criação de centros comunitários enquanto respostas sociais destinadas à população que no caso específico dos idosos, visam promover um envelhecimento activo e de qualidade. Objectivo: Determinar o nível de qualidade de vida dos idosos que frequentam os centros comunitários do Funchal. Método: Estudo realizado com uma amostra aleatória com 136 idosos. Seguiu-se uma linha de pesquisa quantitativa recorrendo-se à aplicação de um formulário cuja primeira parte destinou-se à recolha de dados sócio-demográficos e a segunda, à avaliação da qualidade de vida através do WHOQOL-Bref (escala de Qualidade de Vida da OMS, 1998, adaptada à população portuguesa por Canavarro et al., 2006). O WHOQOL-Bref foi pontuado de acordo com sua sintaxe, tendo-se passado posteriormente ao tratamento dos dados através da análise estatística descritiva, inferencial e correlacional. Considerou-se para as análises um nível de significância de 0,05. Resultados: A amostra foi preponderantemente feminina (86,0%), relativamente jovem e com pouca escolaridade. A maioria das pessoas idosas era viúva ou casada / vivia maritalmente, possuía rendimentos provenientes de pensões (94,1%), sendo uma percentagem elevada destes rendimentos inferior ao salário mínimo regional (66,3%). Os idosos apresentaram uma visão positiva da sua qualidade de vida, verificando-se melhor pontuação no domínio das relações sociais e pior no domínio físico. As variáveis sócio-demográficas, exceptuando a idade, demonstraram influência estatisticamente significativa nos quatro domínios. Estes, explicaram a qualidade de vida geral em 94,4%,sendo o maior contributo do domínio físico (31,6%). Conclusão: Os idosos dos centros comunitários do Funchal avaliaram positivamente a sua qualidade de vida, particularmente no domínio social. Todavia, concluiu-se que a qualidade de vida é inferior à da população portuguesa em geral, situação que carece em estudos futuros, de alguma atenção. Novas investigações são necessárias considerando a importância de continuar a promover a qualidade de vida na velhice.

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A melhoria do nível de vida, veio influenciar positivamente a longevidade humana e a relação entre a qualidade de vida e o envelhecimento. O presente estudo, Qualidade de Vida e Depressão na Pessoa Idosa Institucionalizada nos Lares da Região Autónoma da Madeira (RAM), tem por objectivo: analisar a qualidade de vida dos idosos, identificar o nível de depressão e relacionar a qualidade de vida com o nível de depressão e foi realizado com uma amostra de 155 dos idosos institucionalizados em 16 lares da RAM. Para a avaliação da qualidade de vida utilizou-se a escala WHOQOL-Bref, da Organização Mundial de Saúde (OMS). Para a avaliação da Depressão usamos a Escala de Depressão Geriátrica (Geriatric Depression Scale - GDS), construída por Brink, Jesavage, Lum, Heersema, Adey e Rose (1982). Dos dados obtidos verificou-se que, relativamente à satisfação com a saúde, 37,4%, dos idosos estão satisfeitos, 33,5% não estão satisfeitos nem insatisfeitos, 23,9% estão insatisfeitos e 3,2% estão muito insatisfeitos. Na avaliação geral da qualidade de vida, 51,0% dos idosos considera a sua qualidade de vida nem boa nem má e 37,4% boa. No domínio geral da qualidade de vida obteve-se uma média de 55,84. O domínio que apresentou a média mais elevada (64,98) foi o que avalia a percepção dos idosos relativamente às relações sociais (domínio social) e o domínio com média mais baixa (52,84) foi o que avalia a percepção dos idosos relativamente ao domínio físico. Quanto à depressão, verificou-se que 40,6% dos idosos apresentam depressão ligeira e 21,3% apresentam depressão grave, mas 38,1% não apresentam depressão. Relacionando a qualidade de vida e a depressão, concluiu-se que a depressão apresenta um efeito significativo em todos os domínios da qualidade de vida e que os idosos que não apresentam depressão têm uma percepção mais positiva acerca da sua qualidade de vida, quer a nível geral, quer a nível de cada um dos domínios em estudo, físico, psicológico, social e ambiental. O estudo conclui que os idosos apresentam uma percepção positiva da sua qualidade de vida, ausência de depressão ou apenas depressão ligeira e os idosos que não têm depressão apresentam uma percepção mais positiva da sua qualidade de vida.