15 resultados para Psicologia Escolar
em Repositório Digital da UNIVERSIDADE DA MADEIRA - Portugal
Resumo:
O propósito deste estudo foi estudar as percepções de sucesso que os professores da RAM têm em relação ao sucesso dos alunos, e analisar estas percepções tanto a nível das medidas de combate ao abandono escolar, como ao nível dos factores de sucesso escolar. Procurou-se também averiguar a associação dessas mesmas percepções em relação aos dados biográficos (género, grau académico, experiência profissional, nível de ensino, idade). A amostra foi constituída por 1056 professores, 340 do sexo masculino e 710 do sexo feminino (os restantes 6 foram omissos). As medidas para combater ou diminuir o abandono escolar e os factores e causas de sucesso foram determinadas através de um questionário que apresenta garantias de objectividade, validade e fidelidade. O tratamento estatístico incluiu uma análise descritiva e uma análise inferencial através do Teste do qui-quadrado, de forma a se encontrarem associações significativas entre as variáveis em estudo e a poder explicar a natureza dessas relações. Algumas das principais conclusões obtidas nesta pesquisa foram: 1) É possível identificar variáveis que influenciam significativamente as percepções dos professores sobre medidas para combater ou diminuir o abandono escolar, relacionadas com a família/encarregados de educação; 2) É possível identificar variáveis que influenciam significativamente as percepções dos professores sobre medidas para combater ou diminuir o abandono escolar relacionadas com os próprios professores; 3) É possível identificar variáveis que influenciam significativamente as percepções dos professores sobre medidas para combater ou diminuir o abandono escolar relacionadas com a estrutura, organização escolar e o meio envolvente; 4) possível identificar variáveis que influenciam significativamente as percepções dos professores sobre factores ou causas de sucesso escolar, relacionados com os alunos; 5) É possível identificar variáveis que influenciam significativamente as percepções dos professores sobre factores ou causas de sucesso escolar relacionados com a família/encarregados de educação; 6) É possível identificar variáveis que influenciam significativamente as percepções dos professores sobre factores ou causas de sucesso escolar relacionados com os professores; 7) É possível identificar variáveis que influenciam significativamente as percepções dos professores sobre factores ou causas de sucesso escolar relacionados com a estrutura/organização escolar e o contexto envolvente.
Resumo:
Neste artigo apresentamos a concepção e validação dum programa de estratégias de aprendizagem promotor do sucesso académico, bem como do bem-estar pessoal e escolar. Cada conteúdo de aprendizagem utiliza uma estratégia com 8 estádios: Pré-teste e Contrato, Descrição, Modelação, Prática Verbal, Prática Controlada e Feedback, Prática Avançada e Feedback, Pós-teste e Contratos, e Generalização. Trata-se dum estudo quasi-experimental, com pré e pós-teste, grupo experimental e de controlo. Avaliou-se o efeito do programa na (a) compreensão e expressão verbal; (b) aproveitamento escolar; (c) auto-estima, hábitos de estudo; (d) atribuições causais do sucesso; e (e) opiniões dos professores. O GE (n=110) melhorou significativamente comparativamente ao GC (n=99) indicando que o Programa traz benefícios escolares e pessoais aos estudantes portugueses.
Resumo:
De acordo com os dados fornecidos pelo Gabinete de Avaliação Educacional do Ministério da Educação (GAVE) acerca do relatório do Programme for International Student Assessment (PISA) em 2006, os resultados das provas de aferição, do 4º ano de escolaridade do 1º ciclo do ensino básico (CEB), revelam o fraco desempenho das crianças portuguesas nas tarefas de leitura e de escrita. Os dados fornecidos do Progress in International Reading Literacy Study (PIRLS), em 2011, mostram que o conhecimento do alfabeto que é fornecido através da consciência fonológica é o melhor preditor do sucesso da leitura. Assim, os objectivos desta investigação são: diagnosticar os níveis de consciência fonológica das crianças que estão em transição entre a educação pré-escolar e o 1.º CEB; implementar e validar um programa de treino da consciência fonológica; e saber até que ponto o treino da consciência fonológica influencia na aquisição dos conhecimentos a longo prazo. Nos três estudos efectuados participaram 346 sujeitos que frequentavam o pré-escolar e o 1º CEB, 49,4% do sexo feminino e 50,6% do sexo masculino. Os instrumentos utilizados foram a Prova de Segmentação Linguística (Alpha de Cronbach = 0,94) e o Programa de Treino da Consciência Fonológica (PTCF). Verificaram-se melhorias significativas no pós-teste do grupo experimental relativamente ao grupo de controlo. Verificou-se, ainda, que as habilitações académicas dos pais influenciam positivamente na aquisição desta habilidade metalinguística e são um bom preditor da mesma.
Resumo:
O constructo da criatividade tem sido objeto de um crescente interesse por parte da comunidade científica, na medida que possibilita responder às exigências constantes de uma sociedade cada vez mais exigente nas competências, na ação e nas relações. Este facto justifica a importância da sua promoção no espaço escolar, assim como o desenvolvimento da autoestima, pois são os sentimentos positivos que o indivíduo sente em relação a si que granjeiam a sua confiança, motivação e autonomia, fulcrais no sucesso escolar. Neste sentido, o objetivo primordial do presente estudo consiste em conhecer e compreender a relação entre os constructos da criatividade e autoestima, assim como a sua relação com o rendimento académico, por meio da aplicação do Programa PCA-Promoção da Criatividade e Autoestima, elaborado para este efeito, e aplicado numa turma de Percurso Curricular Alternativo. Neste estudo participaram 45 alunos, dos quais 42,2% pertencem ao sexo feminino e 57,8% ao masculino, divididos por três grupos: experimental,controlo e comparativo, que frequentam o 2º ciclo do Ensino Básico numa escola da Região Autónoma da Madeira no ano letivo 2012/2013. Globalmente, os resultados obtidos, após aplicação do programa demonstram que o grupo experimental revelou ganhos ao nível da criatividade, contrariamente ao verificado quanto ao nível da autoestima. O rendimento académico, na nota de matemática, apresenta melhorias apenas no grupo experimental, sugerindo uma possível relação com o desenvolvimento da criatividade. No que diz respeito às variáveis sociodemográficas as diferenças significativas verificam-se apenas, quanto ao género, nas variáveis criatividade no pré-teste e rendimento escolar. Relativamente ao grupo etário os resultados significativos incidiram nas variáveis autoestima pós-teste e rendimento escolar, sendo que o grupo com idades até aos 13 anos registou sempre valores de média superiores. Sugere-se perseverar neste estudo, assim como aprimorar o Programa PCA.
Resumo:
O bullying diz respeito a um tipo de violência exercida entre pares em contexto escolar, quando um aluno agride o outro de modo repetitivo, sem razão, causando-lhe danos intencionalmente, havendo uma desigualdade de poder entre eles. A realidade é que os jovens de hoje são os adultos de amanhã, logo os condutores da sociedade onde vivem e o fato de estarem envolvidos em bullying, deixa-nos muito preocupados em relação ao futuro. A presente dissertação tem como objetivo descrever de que forma o fenómeno bullying tem expressão na população adolescente, em contexto escolar. Metodologicamente, recorremos à meta-análise para integrar os resultados de estudos já realizados sobre o bullying e extrair novas conclusões. Os resultados sugerem: a existência de alunos adolescentes envolvidos em bullying, inclusivamente nas escolas da Região Autónoma da Madeira; os tipos de bullying sinalizados como existentes são: o verbal, o físico, o sexual, o psicológico, o social e, ainda, o cyberbullying; as agressões mais frequentes são as físicas e as verbais; as agressões ocorrem maioritariamente nos recreios, sala de aula, corredores e cantina; os diferentes perfis dos envolvidos; as diversas consequências para os intervenientes; os variados modos de intervenção em bullying.
Resumo:
Este estudo insere-se no domínio da investigação sobre a relação entre inteligência emocional e o rendimento escolar. A pesquisa foi desenvolvida no sentido de dar resposta às questões: Será que existe alguma relação entre a IE, a IE percebida e o rendimento escolar? Será que o género, a idade, o índice de participação social, o estatuto socioeconómico dos pais e a retenção escolar influenciam a IE, a IE percebida e o rendimento escolar? Participaram neste estudo 129 crianças de ambos os géneros, feminino e masculino, que frequentavam o 1.º Ciclo do Ensino Básico, com idades compreendidas entre os seis e os treze anos. A metodologia utilizada foi a quantitativa transversal correlacional. Os instrumentos usados: Informação Sociodemográfica e Educativa, Matrizes Coloridas de Raven (MPCR, Raven et al., 2001), Questionário de Inteligência Emocional de Bar-On (Candeias & Rebocho, 2007; Candeias et al., 2008) e o Test of Emotional Comprehension (TEC, Pons, Harris, & Rosnay, 2004). Os resultados revelam que apenas alguns aspetos da IE se relacionam com algumas das variáveis do rendimento escolar não sendo, neste caso, consideradas as variáveis género, participação social e retenção, se relacionando com a IE.
Resumo:
A presente tese no âmbito do Curso de Mestrado em Psicologia da Educação da Universidade da Madeira, pretende analisar a perceção dos educadores de infância de algumas unidades de préescolar da Região Autónoma da Madeira sobre a relação escola-família. Esta relação recíproca, que cada docente estabelece com as famílias das suas crianças, é o pilar de todo um processo comunicacional entre dois sistemas (familiar e educativo), que não só se complementam como são interdependentes. Partindo deste pressuposto, surgiu a nossa questão de investigação na medida em que a relação escola-família apresenta ainda algumas debilidades e os intervenientes parecem não maximizar todas as potencialidades desta colaboração. O presente estudo pretende assim, conhecer e compreender a perceção e as representações dos educadores de infância sobre o modo como é planificada e concretizada a relação família-escola. Tendo em conta a problemática atrás explicitada, consideramos a recolha de crenças e perceções sobre esta temática, junto dos Educadores, fundamental para a aquisição de informação proveitosa e pertinente. Assim, definimos como objetivos basilares deste projeto, recolher, analisar e compreender as perceções das educadoras de infância sobre a relação escola-família assim como identificar a importância da utilização de estratégias adequadas que favoreçam e consolidem as relações entre estas duas instituições.
Resumo:
O presente estudo insere-se no domínio da investigação sobre a liderança na educação pré-escolar, a compreensão emocional e que características estes líderes infantis possuem para que sejam encarados desta forma. No pré-escolar, a investigação sobre liderança é bastante escassa (Morda & Waniganayake, 2010, citados por Mawson, 2010). A liderança é um construto que se desenvolve a partir da infância, em crianças em idade pré-escolar e que é influenciado através das relações que cada criança tem com os pares. Através deste estudo, pretendemos estudar a liderança em crianças da educação pré-escolar. Realizámos dois estudos, sendo o primeiro sobre a perceção das crianças das características da liderança infanti,l onde obtivemos uma visão do líder diferenciada pelo género e o segundo estudo sobre quais as variáveis que caracterizam a liderança em crianças do pré-escolar, ou seja, pretendíamos saber o que as crianças valorizam nos pares. Participaram nestes estudos crianças da educação pré-escolar, com idades compreendidas entre os 3 e os 6 anos, provenientes quer do meio rural, quer do meio urbano. Com estas crianças, foram realizados três testes: a Classificação Dirigida (Roazzi, Federicci e Wilson, 2001), um Teste Sociométrico e o Test of Emotion Comprehension (TEC) (Pons, Harris, & de Rosnay, 2004), na sua versão portuguesa Teste de Compreensão das Emoções (Roazzi, Dias, Minervino, Roazzi e Pons, 2008). Para além destes três, os encarregados de educação das crianças participantes preencheram um Questionário Sociodemográfico. Descobrimos que existem diferenças na forma de pensar e de escolher o líder, consoante o género da criança, que o facto de as crianças terem irmãos ou não influencia na escolha para líder, que a regulação emocional é importante na escolha para líder e existem correlações importantes entre a preferência social, o impacto social, o estatuto social, as notas T da escolha, rejeição e chefe.
Resumo:
É consensual na literatura e nos meios de comunicação social a crescente divulgação dos casos de indisciplina escolar, tendo estes assumido uma posição sociomediática a nível nacional e internacional. A frequência e complexidade desta temática fazem com que sejam cada vez mais crescentes os estudos científicos onde se pretende encontrar os factores/causas, as estratégias e o modo de prevenção da indisciplina escolar. Esta investigação teve como principal intuito compreender quais as causas da indisciplina escolar, tendo em conta a análise de quatro variáveis explícitas: contexto familiar, rendimento socioeconómico, motivação escolar e rendimento escolar. A amostra é composta 66 sujeitos entre os 10 e os 17 anos de idade (10 raparigas e 56 rapazes), divididos em dois grupos distintos (grupo de indisciplina e grupo comparação), que se encontram a frequentar uma escola do 2.º e 3.º Ciclo do ensino básico, situada no Funchal, Região Autónoma da Madeira, Portugal. Para a recolha parcial de dados foi utilizado o Questionário de Motivação Escolar - QME. Os resultados indicam uma clara associação entre baixa motivação escolar e baixo rendimento escolar com a ocorrência de indisciplina. Quanto ao contexto familiar e o rendimento socioeconómico, a associação já não é tão evidente, dado que somente o estado civil dos pais dos alunos (divorciados) e o tipo de habitação (social) se encontra maioritariamente associado aos alunos com comportamentos indisciplinados.
Resumo:
É na primeira infância que as crianças aprendem a rotular as emoções, mas só muito mais tarde aprendem a distinguir as manifestações emocionais comportamentais. Se por um lado, umas ainda não conseguem controlar os seus impulsos quando estão a tentar resolver os conflitos entre pares, outras dependem exclusivamente do adulto para tudo o que fazem, há outras, que são tímidas por natureza e não interagem com os colegas (Katz & McClellan, 2001). O estudo foi operacionalizado numa instituição particular na Ilha da Madeira, foi realizada uma amostragem por conveniência, constituída por 27 crianças do jardim-deinfância, com idades compreendidas entre os 3 e os 5 anos. A recolha de dados foi feita através de um questionário de dados sociodemográficos, entrevista semiestruturada e de um teste de avaliação psicológica (TEC - Test of Emotion Comprehension). Os resultados indicam que as crianças apresentam dificuldades em identificar situações de conflito e no que concerne à capacidade de compreensão das emoções, a maioria das crianças que participaram no estudo apresentaram resultados positivos na compreensão emocional, nomeadamente no reconhecimento das emoções e na compreensão das causas externas das emoções.
Resumo:
De acordo com os últimos dados fornecidos pelo GAVE - Gabinete de Avaliação Educacional do Ministério da Educação, os resultados das provas de aferição, do 4º ano de escolaridade do 1º ciclo do ensino básico, revelam um fraco desempenho das crianças portuguesas nas tarefas de leitura e de escrita. A Inteligência, a Consciência Fonológica, e as Operações Lógicas assumem um papel de relevo na aprendizagem da leitura, porém não são conhecidos estudos para o pré-escolar que contemplem estes preditores em simultâneo. O objetivo deste estudo é analisar o nível das crianças nestes 3 preditores bem como a sua interligação e, complementarmente, a sua influência no conhecimento das letras do alfabeto. Neste estudo participaram 116 crianças com idades compreendidas entre os cinco e seis anos de idade e que frequentavam o ensino pré-escolar, prevenientes de estabelecimentos de ensino público da Região Autónoma da Madeira (RAM). Os instrumentos utilizados foram as Matrizes Progressivas Coloridas de Raven, a Prova de Consciência Fonológica e as Provas Piagetianas. Os resultados obtidos sugerem, ainda, que realmente existe uma estreita relação entre estas três variáveis (Inteligência, Consciência Fonológica e Operações Lógicas) em algumas das tarefas, como bons preditores na aquisição da leitura. Verificou-se, ainda, que as habilitações dos pais influenciam positivamente na aquisição desta habilidade metalinguística. Sugere-se a continuação deste estudo, possivelmente numa perspetiva longitudinal e albergando outros níveis, variáveis ou preditores e estabelecimentos de ensino.
Avaliação da capacidade de perceber, expressar e valorizar emoções nas crianças em idade pré-escolar
Resumo:
O conhecimento das emoções tem vindo a ser considerado fundamental para um melhor relacionamento com os pares, mais sucesso em desenvolver atitudes positivas na adaptação à escola e rendimento académico. Este estudo, descritivo, transversal e correlacional possui como objetivo avaliar a capacidade de perceber, expressar e valorizar emoções das crianças em idade pré-escolar e ainda, relacionar esses resultados com critérios externos, acerca da adaptação pessoal e social das crianças. A amostra é constituída por 374 crianças com idades compreendidas entre os 3 e os 6 anos, que frequentam jardins-de-infância ou unidades de educação pré-escolar pública e privada da Região Autónoma da Madeira (RAM) e 26 educadoras. Os instrumentos utilizados para a recolha dos dados foram: um teste para avaliar a capacidade de perceber, expressar e valorizar emoções das crianças em idade pré-escolar designado PERCEVAL-v. 2.0, e um questionário para conhecer a perceção das educadoras sobre diversas questões relacionadas com a adaptação social e pessoal das crianças. Os resultados demonstram que as crianças na idade pré-escolar identificam com maior facilidade as emoções de alegria e de tristeza; relativamente ao género indicam diferença estatisticamente significativa com vantagem para as raparigas, apenas na subescala perceção de emoções primárias, a identificarem as emoções mais corretamente que os rapazes; em relação ao tipo de escola mostram diferença significativa somente na subescala perceção e valorização de emoções primárias, com scores mais elevados nas crianças do ensino privado, que expressam melhores resultados; mostram que conforme a idade das crianças aumenta, a percepção das emoções também aumenta; revelam correlações estatisticamente significativas e positivas entre a percepção e valorização de emoções básicas com a adaptação, controlo, rendimento e aceitação, e negativa com a conflitividade. Conclui-se a importância do desenvolvimento da capacidade de perceber, expressar e valorizar as emoções na idade pré escolar para uma harmoniosa adaptação psicossocial.