2 resultados para Organização Mundial da Saúde

em Repositório Digital da UNIVERSIDADE DA MADEIRA - Portugal


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Através de dois estudos, o presente trabalho pretende caracterizar a população escolar do 5.º ao 12.º anos de escolaridade do concelho de São Vicente, relativamente aos níveis de obesidade associados à aptidão física, comportamentos de saúde e factores psicossociais. Metodologia: A amostra total é constituída por 421 crianças e adolescentes com idades compreendidas entre os 10 e os 21 anos, dividida em três grupos etários (GE), representando 87,2% da população escolar do 5.º ao 12.º anos do concelho de São Vicente. Os níveis de obesidade foram caracterizados através de: 1) índice de massa corporal (IMC), segundo proposto por Cole et al. (2000) para o excesso de peso e obesidade, Cole et al. (2007) para a subnutrição, e Organização Mundial de Saúde (OMS, 2006b), para sujeitos com idade superior a 18 anos; 2) percentagem de massa gorda (%MG), calculada através das equações de Slaughter et al. (1988), até aos 17 anos de idade, e classificada segundo as categorias de Lohman (1987); 3) perímetro da cintura, para classificar a Obesidade Abdominal (OA), segundo Katzmarzyk et. al (2004), para indivíduos com idade inferior a 18 anos, e pela International Diabetes Federation (IDF, 2006). Os comportamentos e factores psicossociais foram obtidos com recurso à aplicação de escalas auto-reportadas por questionário. Conclusões: No primeiro estudo, verificou-se que 19,0% dos indivíduos têm excesso de peso e 5,7% são obesos, 10,4% têm %MG alta e 12,4% excessivamente alta, e 34,9% têm OA, verificando-se também 2,9% de subnutridos e 2,1% com %MG baixa. As raparigas apresentaram prevalências superiores em todas estas classificações, com excepção para a %MG baixa onde os rapazes apresentam taxas superiores. Ao nível da aptidão física criterial, observou-se uma maior taxa de insucesso nos testes de aptidão muscular relacionados com a força, e de sucesso no teste de flexibilidade, com os rapazes a apresentarem taxas de sucesso superiores, com excepção da extensão do tronco. O vaivém é o melhor preditor de factores de risco independentemente do método de classificação de obesidade usado, com o risco a oscilar entre 3,162 (IC95% 1,883 - 5,308 na %MG) e 2,582 (IC95% 1,604 - 4,157 na OA). No segundo estudo, os alunos com OA afirmam, em média, ter um pouco de peso a mais e estarem a tentar perdê-lo, e apresentam uma percepção de saúde mais negativa comparativamente com os que não têm OA. A falta de tempo é um argumento mais utilizado pelos alunos com OA para a não realização de actividade física, em comparação com os seus pares sem OA. Estes consideram o facto de serem bons a praticar desporto como sendo uma motivação importante para o fazerem, e são os que referem andar rápido nos intervalos durante mais tempo.

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A melhoria do nível de vida, veio influenciar positivamente a longevidade humana e a relação entre a qualidade de vida e o envelhecimento. O presente estudo, Qualidade de Vida e Depressão na Pessoa Idosa Institucionalizada nos Lares da Região Autónoma da Madeira (RAM), tem por objectivo: analisar a qualidade de vida dos idosos, identificar o nível de depressão e relacionar a qualidade de vida com o nível de depressão e foi realizado com uma amostra de 155 dos idosos institucionalizados em 16 lares da RAM. Para a avaliação da qualidade de vida utilizou-se a escala WHOQOL-Bref, da Organização Mundial de Saúde (OMS). Para a avaliação da Depressão usamos a Escala de Depressão Geriátrica (Geriatric Depression Scale - GDS), construída por Brink, Jesavage, Lum, Heersema, Adey e Rose (1982). Dos dados obtidos verificou-se que, relativamente à satisfação com a saúde, 37,4%, dos idosos estão satisfeitos, 33,5% não estão satisfeitos nem insatisfeitos, 23,9% estão insatisfeitos e 3,2% estão muito insatisfeitos. Na avaliação geral da qualidade de vida, 51,0% dos idosos considera a sua qualidade de vida nem boa nem má e 37,4% boa. No domínio geral da qualidade de vida obteve-se uma média de 55,84. O domínio que apresentou a média mais elevada (64,98) foi o que avalia a percepção dos idosos relativamente às relações sociais (domínio social) e o domínio com média mais baixa (52,84) foi o que avalia a percepção dos idosos relativamente ao domínio físico. Quanto à depressão, verificou-se que 40,6% dos idosos apresentam depressão ligeira e 21,3% apresentam depressão grave, mas 38,1% não apresentam depressão. Relacionando a qualidade de vida e a depressão, concluiu-se que a depressão apresenta um efeito significativo em todos os domínios da qualidade de vida e que os idosos que não apresentam depressão têm uma percepção mais positiva acerca da sua qualidade de vida, quer a nível geral, quer a nível de cada um dos domínios em estudo, físico, psicológico, social e ambiental. O estudo conclui que os idosos apresentam uma percepção positiva da sua qualidade de vida, ausência de depressão ou apenas depressão ligeira e os idosos que não têm depressão apresentam uma percepção mais positiva da sua qualidade de vida.