30 resultados para Necessidades da comunidade

em Repositório Digital da UNIVERSIDADE DA MADEIRA - Portugal


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O presente relatório apresenta o trabalho desenvolvido no âmbito do Estágio Pedagógico do 2º ano do Mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário. O trabalho procura dar resposta às linhas programáticas propostas para o referido Mestrado, enquadrando toda a intervenção do estagiário durante o processo de estágio de forma justificada e reflexiva. A prática do estágio foi desenvolvida na Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco e englobou diversas atividades: a prática letiva englobou a gestão do processo de ensino aprendizagem com uma turma de 9.º ano do orientador cooperante e a assistência a aulas; as atividades de integração no meio (AIM), como caracterização da turma, estudo de caso e duas atividades de extensão curricular - todas foram direcionadas à turma do 9º ano, no sentido de caracterizá-la e identificar as suas necessidades para depois desenvolver atividades que fossem ao encontro dessas necessidades. Também foram desenvolvidas as atividades de integração na comunidade - que se operacionalizaram nos Jogos Desportivos Zarco, através dos quais pretendemos dar uma resposta mais ao nível das necessidades da comunidade educativa da EBSGZ, fundamentada na caracterização da escola. Concomitantemente desenvolvemos as atividades de natureza científico-pedagógica, nas quais foi pretendido refletir sobre o processo pedagógico e na intervenção do professor. Foram subdivididas em duas atividades, a atividade científicopedagógica coletiva - na qual explorámos o Programa Nacional de Educação Física como instrumento de trabalho do professor, e a atividade científico-pedagógica individual onde foram apresentadas as potencialidades da utilização do Boccia como meio de transformação dos alunos e sua fácil aplicabilidade no contexto escolar. O cumprimento das componentes de estágio pretende potencializar o desenvolvimento de competências de várias índoles no docente estagiário, estimulando-o para que seja proativo e que se interesse, investigue, reflita, coopere e partilhe assuntos referentes ao processo educativo geral, desde a questão que surge da operacionalização do plano de aula às políticas educativas selecionadas pela escola.

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O presente estudo teve como objectivos caracterizar do ponto de vista da saúde mental a população idosa da Região Autónoma da Madeira (RAM); determinar as prevalências das situações de saúde mental positiva e negativa e avaliar a influência positiva (protectora) ou negativa (de risco) de certos factores pessoais e do meio na saúde mental. Foi um estudo de natureza psicossocial,transversal, probabilístico, com uma componente descritiva e outra inferencial. A amostra (N=342) representativa das pessoas com 65 e mais anos, residentes na comunidade, foi estratificada por concelhos, por géneros e por classes etárias. A selecção foi feita da base de dados do Cartão de Utente do Serviço Regional de Saúde Empresa Pública Empresarial. As pessoas idosas foram entrevistadas pelas enfermeiras dos Centros de Saúde, que utilizaram para tal um questionário estruturado. Na avaliação das variáveis utilizaram-se diversos instrumentos alguns dos quais amplamente usados em outros estudos com população idosa. A saúde mental foi avaliada utilizando-se o Mental Health Inventory - MHI (Ware & Veit, 1983; Ribeiro, 2000), que contempla uma dimensão mais positiva o bem-estar psicológico e outra mais negativa o distress psicológico. Nas variáveis independentes (pessoais e do meio ambiente) utilizaram-se: para a classe social a Classificação Social de Graffar (Graffar, 1956); para a rede social a Lubben Social Network Scale - LSNS (Lubben, 1988); para a autonomia nas actividades instrumentais da vida diária a IADL (Lawton & Brody, 1969; Botelho, 2000); para a capacidade funcional (ABVD) o Índice de Katz (Katz et al., 1963; Cantera, 2000). As restantes variáveis, nomeadamente as de caracterização demográfica bem como as auto-percepções relativas ao rendimento, à habitação, de controlo, a ocupação do tempo, os acontecimentos de vida significativos, a autonomia física, a percepção relacionada com a saúde, as queixas de saúde ou doenças, os apoios de saúde e sociais, foram avaliadas através de questões formuladas para o efeito. No tratamento de dados, procedeu-se à análise descritiva das diferentes variáveis obtendo-se uma primeira caracterização da saúde mental das pessoas inquiridas. A fim de determinar as prevalências das situações de saúde mental mais positiva e mais negativa, recorreu-se à análise com três clusters. Para determinar a associação entre as variáveis pessoais e do meio e a saúde mental, usaram-se dois modelos de regressão logística (MRL). Num 1º MRL o enfoque colocou-se na relação das capacidades físicas e na percepção de saúde detidas pelas pessoas idosas, na disponibilidade de apoios específicos e a saúde mental. O 2º MRL focalizou-se na interacção entre a percepção de controlo detida pelas pessoas idosas, as condições sócio-económicas e a saúde mental. Resumem-se os resultados: na amostra identificou-se uma percentagem superior de mulheres (66,4%) face aos homens. A classe etária dos 65–74 anos incluiu maior número de idosos (64,9%). A maioria de (55,6%) residiam fora do Funchal. Os reformados eram prevalentes (78,1%) bem como os que detinham 1 a 11 anos de escolaridade (58,2%). As mulheres (65,2%) eram mais analfabetas do que os homens (48,7%). Dos idosos 44,4% pertenciam à classe social V (muito baixa) sendo a maioria mulheres (53,3%). A idade mínima da amostra foi 65 anos e a máxima 89 anos. A idade X =72,6 anos com umS =5,77. Foram encontrados níveis mais positivos nas diferentes dimensões da saúde mental. Prevalências: saúde mental positiva 67,0%, bem-estar psicológico elevado 24,3%. Apenas 3,2% apresentaram distress psicológico mais elevado. Com depressão maior identificaram-se 0,3% dos idosos. Num 1º MRL com as possíveis variáveis explicativas ajustadas, verificou-se que a probabilidade da saúde mental ser mais positiva era cerca de 0,3 vezes inferior nas mulheres, nos idosos com redes sociais muito limitadas e nos que percepcionavam a saúde própria como razoável ou pior. Era menor 0,5 vezes quando não sabiam ou percepcionavam a saúde como pior comparativamente aos pares, e 0,3 vezes quando referiram o mesmo, comparando-a com há um ano atrás. Era ainda 0,1 vez inferior quando possuíam limitações físicas para satisfazer as necessidades próprias. A probabilidade de ser mais positiva era 2,5 vezes superior quando as pessoas possuíam 1 a 11 anos de escolaridade. A variância no nível de saúde mental, explicada com base no 1º modelo foi 44,2%, valor estimado através do Nagelkerke R Square. Os resultados do 2º MRL com variáveis ajustadas, permitem afirmar que a probabilidade da saúde mental ser mais positiva era 0,3 vezes menor nas mulheres, 0,1 vez inferior nos idosos que percepcionavam o rendimento auferido como razoável ou fraco e 0,4 vezes menor quando tinham uma rede social muito limitada. Ter limitações físicas deslocando-se na rua apenas com apoio diminuía 0,3 vezes a probabilidade de saúde mental mais positiva, verificando-se o mesmo nos que auferiam apoio dos serviços sociais. Uma probabilidade 2,4 vezes superior da saúde mental ser mais positiva foi encontrada nos idosos com 1 a 11 anos de escolaridade quando comparada com os analfabetos. O Nagelkerke R Square = 37,3%, foi menor do que o obtido no modelo prévio, pelo que a variação ao nível da saúde mental explicada por este modelo é inferior. A evidência de que as pessoas idosas possuíam maioritariamente um nível superior de saúde mental, comprovou que a velhice não é sinónimo de doença. Foi também superior a percentagem daqueles que possuíam redes sociais menos limitadas. O nível mais elevado de distress psicológico surgiu com uma prevalência de 3,2% e apenas 0,3% das pessoas idosas estavam mais deprimidas o que evidenciou a necessidade de serem providenciadas respostas na comunidade para o seu tratamento. Dos inquiridos 8,8% apresentavam um nível médio de depressão, sugerindo a pertinência de serem efectuados às pessoas nessa situação, diagnósticos clínicos mais precisos. As limitações na capacidade física para a satisfação de necessidades diárias e a percepção de saúde mais negativa emergiram como factores significativos para a pior saúde mental confirmando resultados de pesquisas prévias. No 2º MRL a percepção pelos idosos de que o rendimento mensal auferido era fraco aumentou também a probabilidade da saúde mental ser pior. Nos dois modelos verificaram-se influências positivas quando os idosos possuíam 1 a 11 anos de escolaridade comparativamente aos analfabetos, o que pode ser considerado um factor protector para a saúde mental. Sublinhamos como principais conclusões deste estudo: O protocolo e os instrumentos de avaliação foram adequados para atingir os objectivos. Da avaliação à saúde mental concluiu-se que as pessoas idosas possuíam situações mais positivas e favoráveis. Dos três factores utilizadas na estratificação da amostra apenas o género feminino estava associado significativamente à pior saúde mental. Sugere-se a replicação deste estudo para acompanhar a evolução da saúde mental da população idosa da RAM. Os resultados deverão ser divulgados à comunidade científica e técnica bem como aos decisores políticos e aos gestores dos serviços de saúde, sociais, educativos e com acção directa sobre a vida dos idosos a fim de serem extraídas ilações, favoráveis à adopção de políticas e programas promotores da saúde mental que passem pelo aumento da escolaridade e por medidas/acções que reduzam a maior susceptibilidade de saúde mental negativa associada ao género feminino, promovam o reforço das redes sociais das pessoas idosas, a autonomia física necessária à satisfação das necessidades próprias bem como as auto - percepções positivas relacionadas com a saúde e com os rendimentos auferidos. Deverão serlhes facultadas também oportunidades de participação activa na comunidade a que pertencem.

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Neste trabalho de investigação pretende-se fazer uma análise crítica sobre o que são Comunidades de Prática (CoP), Gestão de Conhecimento e Conhecimento. Nesta análise identificamos ferramentas de gestão de conhecimento a serem aplicadas nas Comunidades de Prática. Como corolário desta investigação, disponibilizamos uma aplicação informática para dinamizar uma comunidade de prática numa escola secundária.

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O objectivo deste estudo é examinar os efeitos do Sentimento Psicológico de Comunidade e das Relações de Vizinhança sobre o Bem-Estar dos residentes da Alta de Lisboa (n=251), assim como, averiguar se esta influência difere de acordo com o Estatuto Socioeconómico. Para a recolha de dados, foi utilizado um questionário de auto-relato composto pelas escalas das variáveis em estudo. Os resultados da análise de Modelos de Equações Estruturais sugerem que o Sentimento Psicológico de Comunidade tem um efeito significativo no Bem-Estar dos residentes, que as Relações de Vizinhança têm um efeito positivo no Sentimento Psicológico de Comunidade e que o Sentimento Psicológico de Comunidade medeia a relação entre as Relações de Vizinhança e o Bem-Estar. Por fim, os resultados revelam não existir diferenças significativas entre os dois grupos do Estatuto Socioeconómico (alto e baixo). Pode-se concluir que o Sentimento Psicológico de Comunidade e as Relações de Vizinhança possuem um papel preponderante no Bem-Estar dos residentes, tornando-se, por isso, fundamental que as intervenções comunitárias tenham como objectivo principal estabelecer e reforçar estas variáveis dentro das comunidades.

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Orientador: Ivo de Sousa Nunes

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A temática da inclusão envolve muitas dúvidas e ambiguidades. Embora os alunos com NEE tenham o direito a uma educação de qualidade, muitas hesitações emergem, podendo acarretar uma educação mais pobre e desestruturada. Ao longo desta dissertação pretendemos investigar de que forma esta inclusão se dá ao nível do ensino superior, envolvendo uma componente mais teórica e outra mais metodológica. Na componente teórica abordamos os diferentes movimentos de inclusão que nos conduziram à situação que se vive atualmente. Focamos as políticas educativas nos diferentes níveis de ensino: básico, secundário e superior, aprofundando este último nível ao continente europeu e americano, com o propósito de nos inteirarmos da situação da educação inclusiva noutros países. Destacamos a inclusão superior em Portugal, analisando o papel da escola e do professor, enquanto agentes educativos e de socialização. Na componente metodológica, de acordo com o nosso principal objetivo, começamos por definir a amostra, identificamos os instrumentos utilizados para análise e descrevemos todo o procedimento inerente à realização do estudo. Desta forma, tomámos um grupo constituído por 13 alunos, com uma idade média de 22,5 anos, no momento de ingresso, numa universidade pública portuguesa. As idades atuais dos participantes oscilam entre os 19 e os 44 anos, apresentando uma média de idades de 23,9. Este grupo de alunos, participantes, resulta dos requisitos definidos aquando da seleção, ou seja, alunos que tivessem ingressado no ensino superior nos últimos 5 anos, abrangidos pelo contingente especial para portadores de deficiência. As técnicas utilizadas na recolha de dados adquiriram um caráter misto, constituídas por uma entrevista semiestruturada e pelo Questionário de Vivências Académicas - reduzido, QVA-r (Almeida, Ferreira, & Soares, 2001). Os dados foram, posteriormente, cruzados e analisados. Terminamos com algumas conclusões, algumas limitações encontradas durante a realização da investigação, e indicando algumas linhas mentoras para investigações vindouras.

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O presente estudo acerca dos maus-tratos e qualidade de vida no idoso tem como objectivos avaliar a influência do risco do abuso ou negligência na qualidade de vida dos idosos; avaliar o risco de abuso e/ou negligência e avaliar a qualidade de vida dos idosos no contexto comunitário. Optou-se pela investigação quantitativa do tipo descritiva-exploratória, de natureza transversal, a 48 indivíduos de ambos os géneros com 65 e mais anos, inscritos nos três Centros Sociais Municipais de Santana. O critério de exclusão de maior relevo foi a incapacidade cognitiva para responder oralmente às questões, para essa avaliação aplicou-se o Mini Mental State Examination (MMSE). A amostra foi do tipo não-probabilístico por conveniência à qual foram aplicados os seguintes instrumentos: o questionário sócio-demográfico; a versão portuguesa do WHOQOL-Bref (avalia a qualidade de vida); o H-S/EAST (identifica o risco de violência contra o idoso) e as perguntas de eliciação de abuso ou negligência a adultos idosos (determina as condições de vida dos adultos idosos). A maioria dos inquiridos são do género feminino (79,2%) e a idade média é de 73,86 anos com um desvio padrão de 5,9. A maioria são casados (homens: 70%; mulheres: 31,6%) ou viúvos (homens: 20%; mulheres: 52,6%). Relativamente à qualidade de vida, obteve-se a média mais elevada nas subescalas das relações sociais, psicológico, meio ambiente, geral e físico. Os valores dos resultados da avaliação do risco de abuso (H-S/EAST) indicaram alta prevalência de situações de risco potencial, risco de abuso directo e vulnerabilidade ao abuso. Quanto à eliciação do abuso ou negligência a adultos idosos obtiveram-se resultados que determinam que a maioria da amostra possui um ou mais indicadores de abuso (entre 0 a 6) sendo as formas mais frequentes o abuso emocional e a negligência, seguindo-se o abuso financeiro e o abuso físico. Concluiu-se que quanto maior o risco de maus-tratos menor a qualidade de vida do idoso.

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Este relatório sobre o estágio pedagógico realizado na disciplina Educação Física (EF), lecionada na Escola Básica e Secundária Dr. Ângelo Augusto da Silva (EBSAAS), pretendeu demonstrar o caminho seguido pelo professor estagiário na sua abordagem inicial ao contexto escolar, bem como evidenciar as intencionalidades existentes nas diversas tomadas de decisão requeridas durante este processo pedagógico. As funções desempenhadas permitiram desenvolver a capacidade de sistematizar o conhecimento tratado e produzido durante o estágio pedagógico, sustentado no conhecimento científico e articulado com as restantes atividades curriculares e extracurriculares para fomentar a formação eclética dos alunos. O relatório está estruturado de forma a enquadrar contextualmente a EBSAAS de modo a apropriar o currículo e a ação pedagógica do professor às necessidades e limitações existentes. Neste âmbito, foi necessário diagnosticar, prescrever e avaliar as diversas situações do contexto, tais como os objetivos preconizados pelo Programa Nacional de Educação Física (PNEF), o sistema de avaliação em vigor, o sistema de rotatividade das instalações, os materiais didáticos disponíveis, as oportunidades de desenvolvimento a explorar na escola, as necessidades a colmatar na mesma e as características dos alunos pertencentes à turma do professor estagiário. Dominando este conjunto de variáveis, o docente estagiário preparou-se para adotar uma gestão, do processo de ensino-aprendizagem, consentânea com os desafios emergentes da realidade onde estava inserido. Com o intuito de aprimorar a referida preparação, a assistência às aulas do professor estagiário e do professor experiente permitiram desenvolver o processo de ensino-aprendizagem de forma mais sustentada, eficaz e consciente no que se refere às intencionalidades da ação pedagógica no processo de transformação dos alunos. Neste estágio pedagógico foram desenvolvidas duas atividades de natureza científico-pedagógica, uma individual e a outra coletiva. Para além destas, foram realizadas uma atividade de integração no meio e uma atividade de intervenção na comunidade escolar, cujos enquadramentos tiveram o propósito de dar resposta às necessidades resultantes da prática pedagógica. Com esta prática de estágio foi possível dominar um conjunto de instrumentos e métodos de investigação que ajudaram a desenvolver uma ação pedagógica mais eficaz e ponderada, e a operacionalizar um suporte teórico que orientasse futuramente em ações pedagógicas posteriores. A diversidade de funções durante esta prática de estágio fez desencadear um conjunto de capacidades ao nível da gestão do tempo disponível para o desenvolvimento adequado e eficaz do processo de ensino-aprendizagem, beneficiando assim os alunos ao nível dos ganhos em aprendizagem. Centrado nas aprendizagens dos alunos e no contributo que estas trariam ao nível da sua transformação enquanto Homens, o professor estagiário expôs-se a zonas de desafio que maximizassem a preconização do seu ideal.

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O presente relatório de estágio de Educação Física (EF), realizado na Escola Secundária Jaime Moniz (ESJM), pretende reflectir, de forma sustentada no conhecimento científico, o percurso formativo do professor estagiário na sua formação inicial para desenvolver a capacidade de sistematizar o conhecimento tratado e produzido durante este ano lectivo, e articulá-lo de forma coerente e intencional para promover a sua aplicação na prática pedagógica que se pretende eclética. Neste âmbito, procedeu-se ao enquadramento contextual da ESJM para adequar os trabalhos efectuados durante o estágio com base nas particularidades do meio onde nos inserimos. Assim, foram desenvolvidos diversos trabalhos de planeamento, controlo e avaliação decorrentes da prática lectiva, nos quais requereram uma gestão adequada do processo de ensino-aprendizagem. A assistência às aulas do professor estagiário e do professor experiente permitiu auxiliar a nossa preparação e desenvolvimento das aulas. Foram ainda desenvolvidas duas actividades de natureza científico-pedagógica (individual e colectiva), uma actividade de integração no meio e de intervenção na comunidade escolar. Estas foram enquadradas no estágio pedagógico com o objectivo de responder às necessidades decorrentes da prática pedagógica no contexto escolar. Esta prática de estágio permitiu-nos dominar um conjunto de instrumentos e métodos de investigação que contribuíram não só para uma acção pedagógica mais eficaz e reflexiva, como para a operacionalização de um suporte teórico que oriente a futura actividade profissional aquando da integração no sistema educativo. A multiplicidade de funções, característica dominante da prática de estágio, permitiu-nos desenvolver a capacidade de gestão sistematizada, do tempo disponível para o desenvolvimento adequado e eficaz do processo de ensino-aprendizagem. Os comportamentos solicitados neste mestrado contribuíram para o germinar do gosto pela pesquisa, reflexão, produção e apresentação de conhecimentos inerentes à prática pedagógica.

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O número de estudantes com necessidades educativas especiais no ensino superior tem aumentado gradualmente nas últimas duas décadas, devido à implementação de medidas políticas e sociais de acesso e democratização que promovem a inclusão educativa nesse nível de ensino. Este panorama exige que a universidade e, consequentemente, os docentes do ensino superior reflitam sobre o papel que desempenham na adaptação do sistema educativo às necessidades dos estudantes, visando a sua progressão académica. Com esta investigação pretende-se conhecer as perceções que os docentes do ensino superior têm a respeito da inclusão de estudantes com necessidades educativas especiais, uma vez que, essas perceções exercem uma influência importante sobre as medidas educativas e estratégias pedagógicas adotadas pelos docentes e, em consequência, sobre a progressão destes estudantes neste nível de ensino. Para a concretização da investigação, recorreu-se a uma entrevista semiestruturada e a uma análise qualitativa denominada grounded theory com o objetivo de encontrar os temas e as categorias principais a respeito do tema em estudo, nomeadamente das perceções dos docentes acerca da inclusão de estudantes com necessidades educativas especiais no ensino superior. O estudo conta com a participação de 10 docentes com habilitações académicas nas várias áreas do conhecimento e que exercem funções como diretores de curso do 1º ciclo de estudos universitários. Da análise realizada podemos concluir que alguns docentes parecem associar a inclusão no ensino superior a processos de estigmatização, o que poderá ser reflexo da atitude social. Ao lecionar a turmas com estudantes com necessidades educativas especiais, alguns docentes mostram-se inseguros em relação ao futuro profissional do estudante, questionando, se após a formação, ele será capaz de desempenhar eficazmente as suas funções profissionais. Por outro lado, alguns docentes consideram o processo de inclusão como um desafio pedagógico, pois é necessário aprender a gerir as práticas pedagógicas e as características individuais de cada estudante de forma a responder de forma eficaz. Por fim, em relação ao aspeto comportamental das atitudes dos docentes, os docentes que lecionam a turmas com estudantes com necessidades educativas especiais parecem adotar dois comportamentos distintos: adequar medidas educativas e estratégias pedagógicas de acordo com a necessidade do estudante ou não realizar quaisquer adequações. A adequação está associada à implementação das medidas previstas no regulamento interno da instituição e de outras que advêm da pesquisa autodidata dos docentes e pode traduzir-se também na articulação ou encaminhamento para outros técnicos. Esta atitude inclusiva manifestada pela maioria dos docentes denota alguma sensibilidade em relação a esta temática manifestada através do investimento pessoal em tempo e recursos. No que se refere aos docentes que não realizam qualquer adequação das medidas educativas, estes podem ser motivados por fatores como o desconhecimento da existência de um estudante com necessidades educativas especiais, a perceção de inexistência de recursos de apoio disponíveis na instituição e a ideologia educativa partilhada pelo docente. Assim, uma mudança de atitude a partir de um modelo de integração ou até de segregação para um paradigma mais inclusivo implica a mobilização dos vários agentes educativos, nomeadamente a instituição na disponibilização de recursos, o estudante na sinalização da sua necessidade educativa especial e o docente na realização de formação pedagógica visando uma mudança de ideologia educativa.

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O presente estudo, no âmbito do Mestrado em Ciências de Educação – Inovação Pedagógica tem como objetivo analisar o modo como uma comunidade (principal objeto de estudo), constituida por um grupo de teatro escolar, neste caso concreto “O Moniz”, constrói aprendizagens significativas, decorrentes de práticas sócioconstrutivistas, relembrando os princípios básicos sobre a influência e importância do teatro junto das comunidades educativas. O termo comunidade de prática, referida por Jeane Lave e Ettiene Wenger, que consideram a aprendizagem como um fenómeno situado, é utilizado para análise e discussão das aprendizagens emergentes desses alunos que, através de atividades práticas e metodologias informais, de trabalho colaborativo e cooperativo, entre eles, poderão favorecer e potenciar as diferentes dimensões humanas, sobretudo numa educação socializadora, para além das dimensões dos valores e da afetividade que ficam muitas vezes fora do currículo, sendo importantes para a formação integral das pessoas e indispensáveis para uma vida feliz. Este estudo de caso tem em vista utilizar uma metodologia qualitativa, usando técnicas de cariz etnográfico, no ambiente natural dos sujeitos, com o intuito de relevar e confrontar subjetividades, atendendo às percepções de cada participante. Concluimos que este grupo de teatro reúne os principais elementos de uma Comunidade de Prática (Domínio, Comunidade e Prática), designados por Wenger (1991). Além disso, são visíveis caraterísticas que permitem relacioná-lo com as CdP, tais como: o compromisso mútuo, o empreendimento múto e o reportório partilhado.

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O presente relatório, com a finalidade da obtenção do grau de mestre em Educação Pré- Escola e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico, é o reflexo de todo o trabalho realizado em contexto de estágio no âmbito da educação de infância na valência creche, numa sala de transição, com crianças que se encontram na faixa etária entre 1 ano e meio e os 3 anos. Este explana, assim, os ideais teóricos que fundamentam a práxis desenvolvida, evidenciando a construção e a formação contínua do educador reflexivo e investigador em contexto de creche, com uma especial atenção no papel da rotina diária, estabelecendo uma ligação às vivências desencadeadas e proporcionadas no ambiente educativo. Realça, também, através das opções metodológicas, a base da ação educativa e das experiências vivenciadas, com incidência na pedagogia-em-participação e no modelo High Scope que defende a aprendizagem ativa das crianças. Procura, destacar a importância do processo de observação e investigação-ação com vista à reformulação da prática, respeitando as necessidades e interesses de toda a comunidade educativa e grupo de crianças. Aqui evidencia-se a contribuição da rotina diária na aprendizagem, na autonomia e na socialização das crianças, tendo como questão de investigação: Como contribuir para o processo de desenvolvimento e consolidação da rotina diária em busca da autonomia e da socialização? Para dar resposta à questão, foram desenvolvidas durante o estágio, atividades e estratégias com vista a observar e analisar os resultados obtidos. Com o desenvolvimento deste projeto, observou-se atitudes positivas nos comportamentos das crianças com o resto do grupo e uma maior socialização entre as mesmas, sendo visível uma maior perceção por parte das crianças em relação à vida do grupo. Conclui-se que toda esta oportunidade criou uma situação de aprendizagem e experiência significativas e permitiu a criação de novas conceções e competências sobre a educação.