3 resultados para Modelo de competências

em Repositório Digital da UNIVERSIDADE DA MADEIRA - Portugal


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Designamos a sociedade emergente como Sociedade de Economias de Informao/Sociedade da Informao, sendo caracterizada por mudanas constantes e radicais provocadas pelas TIC e novos meios de comunicao, que transformaram a sociedade industrial. A sociedade emergente pode ser a gnese de economias diferenciadas: sociedades com meios tecnolgicos e informacionais avanados, que criam economias avanadas e sociedades desprovidas desses meios, originando economias pobres. Este quadro desigual interage com o Homem, com o Sujeito, diversificando as estruturas sociais e ocupacionais: os ricos e os que tm emprego equivalem aos que possuem, dominam a informao, o conhecimento e a economia; os pobres, os info-excludos (desprovidos de informao e conhecimento) e com empregos com baixos nveis de qualificao ou mesmo desempregados, vivem em sociedades com sistemas econmicos pobres. Assim sendo, a escola no pode alhear-se desta sociedade emergente. Teoricamente, desenvolvemos dois paradigmas: o educacional e o informacional. O paradigma educacional rene vrias correntes tericas: cultural, sociocognitiva (construtivista), tecnolgica e social. O paradigma informacional baseou-se em literatura de diversos autores, para alm do contributo recente de Manuel Castells. Os dois paradigmas permitiram criar a concepo de uma nova escola: a escola construtivista, que d primazia ao Homem, como Sujeito Cultural. O ensino passa a ser centrado no aluno, com a mediao/orientao dos professores, do bibliotecrio escolar, dos pais e das mltiplas fontes de informao, tanto impressas como electrnicas, das TIC e de novos modelos de aprendizagem, baseados na interdisciplinaridade, no desenvolvimento de novas competências, e do pensamento crtico, do trabalho colaborativo e na construo de novos conhecimentos. Neste contexto, a biblioteca escolar assume grande relevncia. o centro informacional, transversal e interactivo na nova escola construtivista, e adopta, na presente investigao, a designao de biblioteca escolar analgica/digital, porque rene os recursos documentais da galxia de Gutenberg e os que nasceram no ambiente tecnolgico, digitalizado e webizado. A biblioteca escolar analgica/digital adequa-se ao paradigma do projecto curricular pelo facto de tambm valorizar o processo de pesquisa da informao, como etapa cognitiva. No estudo de caso, implementado em trs escolas secundrias da Regio, desenhamos um modelo de aprendizagem baseado numa trade interdisciplinar, cujo tema leccionado foi a Laurissilva, isto , a floresta da ilha da Madeira. A trade interdisciplinar percorreu a seguinte sequncia: Aula de Geografia+Biblioteca escolar+Aula de Informtica. Trata-se de um estudo de caso holstico e integrado. Os alunos com a mediao e orientao dos intervenientes, com o apoio das TIC e da Biblioteca escolar, construram novos conhecimentos, num ambiente colaborativo, interdisciplinar, inovador e interactivo, distintos dos da aula terica leccionada na sala de aula, fechada e transmissionista.

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Este trabalho tem como propsito bsico procurar compreender, atravs observao da prtica educativa e das concepes dos alunos, professores, encarregados educao e auxiliares da aco educativa, como se processa a aprendizagem avaliao de competências na Escola Moderna, a fim de descobrir factores proporcionem a aquisio de competências de forma autntica, e tentar contribuir para diminuio da discrepncia existente entre as prticas que se idealizam e as prticas existentes. As competências, ao integrarem-se na escola como um processo de inovao, na reorganizao curricular consagrada no Decreto-Lei 6/2001 um elemento legislativo central, pressupem uma concepo de currculo mais aberta e abrangente, dependente de prticas educativas mais autnomas, flexveis, e adequadas a cada contexto. Conceber o currculo e a prtica pedaggica, em termos de competências, implica uma renovao da aco educativa e uma nova postura dos professores, alunos escola, porque o desenvolvimento destas no enfatiza um processo rotineiro memorizao da informao, mas, sim, a estimulao de situaes de aprendizagem complexas, onde a informao transformada, processada e mobilizada de forma pelos alunos. Para compreender este desenvolvimento de competências na escola, desenvolvemos, atravs de uma metodologia qualitativa, um estudo de caso centrado numa turma de 25 alunos, do 4. ano de escolaridade, numa escola do 1. ciclo do ensino bsico, envolvendo todos os intervenientes educativos do seu quotidiano escolar. Os resultados do nosso estudo apontam para duas evidncias relevantes: - alunos participantes e a professora titular tendem a apresentar uma concepo planificao e gesto das situaes de aprendizagem com vista ao desenvolvimento competências como saberes em aco, coerente com os princpios e valores referentes Currculo Nacional do Ensino Bsico Competências Essenciais; - a atitude pessoal profissional da professora, bem como o Modelo Pedaggico do MEM, que aplica, potenciam a inovao pedaggica e uma bem sucedida aquisio de competências.

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A formao de professores luz do processo de Bolonha reequaciona a funo do ensino superior, o papel conferido aos docentes e devolve aos alunos a responsabilizao pelos processos de aprendizagem e pelo desenvolvimento de competências, valoriza a envolvncia dos alunos em projectos de formao contextualizada, dando ainda oportunidade construo de experincias significativas. A concretizao destes propsitos leva-nos a desenvolver prticas convergentes com o modelo pedaggico do Movimento da Escola Moderna assente num projecto democrtico de autoformao cooperada na gesto de contedos, actividades, materiais, tempos e espaos. Nesta comunicao vamos reflectir uma experincia prtica que decorreu entre Outubro de 2007 e Janeiro de 2008, inserida em duas unidades curriculares dos cursos de Licenciatura em Educao de Infncia e Licenciatura e do Educao Bsica, da Universidade da Madeira, tentando avaliar os ganhos e as dificuldades obtidas nesse trabalho.