4 resultados para Literacia científica
em Repositório Digital da UNIVERSIDADE DA MADEIRA - Portugal
Resumo:
Na presente tese o Trabalho Prático (TP) foi analisado procurando-se discernir as suas potencialidades na criação de práticas pedagógicas heterodoxas onde o aluno seja socialmente participativo na construção de conhecimento. A investigação fundamentou-se na metodologia etnográfica, tendo a recolha de dados ocorrido durante o desenvolvimento de TP na disciplina de Biologia do 12ºAno de escolaridade. A análise reflexiva dos dados permitiu compreender as vivências culturais do grupo turma, possibilitando criticar as práticas pedagógicas desenvolvidas como continuidade ou rutura com o modelo tradicional de ensino. As conclusões apontam para a importância do TP na humanização da ciência e para a necessidade de conjugar diferentes modalidades de TP, vincando a dimensão social, enquanto meio para o desenvolvimento da Literacia Científica dos alunos. Esta implica que o conhecimento seja socialmente construído, envolvendo a partilha e negociação de uma rede comum de significados. Para tal, o trabalho de grupo aparece como matriz de desenvolvimento do TP potenciado pela democratização do acesso à informação possibilitada pelo uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Neste âmbito, a heterogeneidade cultural dos alunos da turma é uma mais valia na prática social e a customização da aprendizagem uma possibilidade, indiciando potencialidades do TP para a criação de práticas pedagógicas incomuns.
Resumo:
As experiências mais significativas na vida de um estudante estão associadas a vivências emocionais, muitas delas marcantes. Ao conectar as palavras aos sentimentos, a forma como o cérebro da criança se desenvolve pode sofrer alterações, surgindo ligações entre a parte emocional e racional do cérebro. Assim sendo, a aprendizagem e o sucesso escolar serão naturalmente influenciados pela literacia ou iliteracia emocional por parte dos estudantes. O presente estudo centra-se então nesta interacção entre a emoção e a cognição. Com este intuito, foi construído e aplicado um instrumento com base no Modelo de Inteligência Emocional de Mayer e Salovey (1997). A amostra foi constituída por 157 participantes (72 do género feminino e 84 do género masculino) do 9º ano de escolaridade de duas escolas da Região Autónoma da Madeira. A extensão do vocabulário dos adolescentes foi de 80 emoções. A variável meio envolvente não parece influenciar o conhecimento do vocabulário emocional e não se pode concluir que a variável género influencie ou não o conhecimento deste. Apesar de o conhecimento do vocabulário emocional não parecer estar relacionado com o sucesso escolar, a categorização correcta do mesmo está associada. Portanto, pode-se afirmar que existe uma relação entre o sucesso escolar e a literacia emocional. Por fim, não se pode afirmar que exista uma relação entre as variáveis conhecimento do vocabulário emocional e retenção escolar.
Resumo:
O presente relatório foi elaborado para a aquisição do grau de mestre em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico. Neste sentido, o trabalho referenciado espelha a práxis pedagógica desenvolvida nos contextos de Educação de Infância e 1.º Ciclo do Ensino Básico. A prática em contexto de Educação de Infância realizou-se na Escola Básica do 1.º Ciclo com Pré-Escolar da Achada, com um grupo de crianças com idades compreendidas entre os três e os sete anos. No que se refere ao contexto de 1.º Ciclo do Ensino Básico, esta desenrolou-se na Escola Básica do 1.º Ciclo com Pré-Escolar da Pena, numa turma de 2.º ano de escolaridade, com alunos com idades entre os seis e os oito anos. O corpus do relatório reúne um enquadramento teórico e metodológico e os pressupostos teóricos que serviram de alicerce a toda a ação pedagógica, bem como a intervenção pedagógica in loco, que se apoiou na metodologia de investigação-ação. Esta investigação, no 1.º Ciclo do Ensino Básico, foi realizada com o propósito de colmatar dificuldades na escrita e fomentar o gosto pela literacia. Na Educação Pré- Escolar, à semelhança da investigação anterior, procurou-se promover a motivação para a escrita e imitação da grafia. Neste sentido, e com o propósito de melhorar a qualidade da intervenção educativa, surgiu a necessidade de investigar, para uma ação fundamentada, analisada, refletida e adequada, assumindo-se assim um papel prático-reflexivo. No desenrolar da práxis procurou-se realizar atividades, onde a atitude experiencial, a aprendizagem ativa e cooperativa estivessem presentes, partindo da visão da criança como um ser que participa e constrói o seu processo de aprendizagem. A intencionalidade educativa aspirou uma pedagogia-em-participação, cooperante com os níveis de desenvolvimento pessoal e social e o objetivo de atingir aprendizagens significativas.
Resumo:
A ação educativa figurada neste relatório estabelece a sua centralidade na prática desenvolvida em contextos de Educação Pré-Escolar e de Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico, em duas escolas públicas da Região Autónoma da Madeira. Neste relatório, a dimensão teórica certifica um conjunto de questões científicas de exímia importância para a intervenção pedagógica efetuada, fundamentada numa perspetiva sócio humanística, que permite descortinar a escola como um lugar propício à criação de relações sociais por meio de aprendizagens mais ativas, autónomas e participativas. No âmbito da natureza metodológica, as práticas educativas confinaram na investigaçãoação o seu percurso de intervenção, com recurso a instrumentos e técnicas de recolha de dados, suscetíveis de traduzirem aquilo que na prática foi nitidamente impossível de assegurar apenas através da observação não intencional. Foi neste contexto metodológico que surgiram os princípios pedagógicos que sustentaram a prática nas valências de EPE e de 1.º CEB. Os estágios desenvolvidos requereram um enquadramento socioeducativo quer do meio, quer das salas e das crianças, traçando os seus interesses e necessidades como elementos fundamentais de intervenção. Assim, o estágio na EPE pretendeu a estimulação da criatividade e da imaginação por meio da literatura infantil, a descoberta do corpo e a transmissão de sentimentos. Por sua vez, a prática desenvolvida em contexto de 1.º CEB agregou nas principais áreas curriculares o seu ponto de partida para descobertas mais livres, exploratórias e autónomas centradas no campo da literacia, do raciocínio lógicomatemático e da descoberta científica.