7 resultados para Consciência de carreira
em Repositório Digital da UNIVERSIDADE DA MADEIRA - Portugal
Resumo:
Este estudo visa contribuir para a ampliação do conhecimento sobre o Desenvolvimento Vocacional na Infância, através da construção de uma escala teórica que seja capaz de avaliar a consciência de Carreira dos alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico. As bases conceptuais para a construção do instrumento assentam nas nove dimensões do modelo teórico do Desenvolvimento de Carreira na Infância de Super (1990): curiosidade, exploração, informação, figuras de referência, interesses, locus de controlo, perspectiva de tempo, autoconceito e capacidade de planeamento. O objectivo principal desta investigação consiste na construção e validação da escala. A construção inicial da escala, incluindo a geração e o exame dos itens envolveu três peritos vocacionais da área da Psicologia, um pertencente ao Departamento de Psicologia da Universidade da Madeira e os outros, à Direcção Regional de Educação. Este estudo pressupôs uma revisão da literatura acerca do desenvolvimento vocacional na infância, procurando fazer uma análise aos modelos conceptuais com maior representatividade neste campo. Pretende dar sustentação à importância da integração progressiva desta orientação, no contexto educativo e fomentar a discussão e reflexão acerca da importância da educação para a carreira a partir da infância, nomeadamente a partir do primeiro ciclo do ensino básico, através da realização de actividades de exploração vocacional, desenvolvidas de forma transversal ao currículo escolar. Estas visam o desenvolvimento de competências de responsabilidade, autonomia, auto-estima, sociabilidade, hábitos de trabalho, planeamento do futuro e tomada de decisão, indispensáveis às escolhas conscientes e realistas.
Resumo:
O desenvolvimento vocacional é uma das áreas da psicologia que tem sido cada vez mais valorizada em contexto educativo. Com as mudanças que têm vindo a ocorrer na conceção e construção da carreira profissional, é fundamental que os alunos sejam orientados para uma perceção realista e organizada do seu percurso escolar. É a partir da infância que as bases para o desenvolvimento dos interesses e valores são criadas, formando as atitudes que permitirão a adaptação ao meio social e laboral. Apesar de estar patente que o desenvolvimento vocacional deve ser promovido longitudinalmente, ao longo da escolaridade e antes dos momentos de tomada de decisão, são poucos os estudos que se têm focado nesta temática. Neste sentido, foi elaborado e implementado um programa de desenvolvimento vocacional destinado ao 2º ciclo do ensino básico. Este programa foi aplicado numa escola pública da Região Autónoma da Madeira, tendo participado 155 alunos do 5º e 6º anos do ensino básico e com idades compreendidas entre os 9 e os 15 anos. Num desenho quasi-experimental, estes estudantes foram distribuídos em dois grupos, um experimental (N = 79) e outro de controlo (N = 76), conforme participassem ou não no programa. O programa foi constituído por 10 sessões envolvendo atividades de exploração do meio, profissões, percurso de vida e autoconceito sendo que a sua avaliação foi realizada através da Escala de Consciência de Carreira na Infância (Jorge, 2011) aplicada no início e no fim do programa. Os resultados indicam que a intervenção foi eficaz ao nível da promoção da consciência de carreira nos alunos do grupo experimental, comparativamente aos do grupo de controlo. Os resultados são analisados e discutidos considerando a relevância da promoção de intervenções desta natureza em contexto escolar, de forma a consciencializar os alunos para a importância do autoconhecimento e da construção do seu percurso escolar e vida.
Resumo:
Fez-se um estudo sobre stress e ansiedade com alunos do ensino superior. O objectivo foi diminuir estes factores através da técnica Terapia por Reestruturação Vivencial e Cognitiva (TRVC) que consiste na indução do Estado Modificado de Consciência (EMC) através das técnicas de relaxamento e hipnose. O EMC facilita o acesso às memórias inconscientes. Procurou-se fazer a ligação do stress e ansiedade com os eventos traumáticos que estão na sua origem. A intervenção foi composta por duas TRVC; a amostra foi constituída por estudantes universitários portugueses da Universidade da Madeira (um grupo de 13 participantes, 10 femininos e 3 masculinos, com idades compreendidas entre 19 e 39 anos). No final da intervenção observaram-se mudanças positivas na maioria dos participantes.
Resumo:
Neste estudo analisa-se a infl uência do género, da família e dos Serviços de Orientação Vocacional na decisão de carreira. Participaram deste estudo 1930 alunos do 10º ao 12º anos, de escolas portuguesas, respondendo ao Questionário de Difi culdades de Tomada de Decisão e a outro de recolha de dados escolares e familiares. Mais de metade apresenta indecisão vocacional. Os resultados indicam uma infl uência positiva da família na tomada de decisão, e da Orientação Vocacional na prontidão da decisão. Os rapazes consideram a orientação vocacional mais útil, apresentam maior confi ança mas menos prontidão na decisão, recorrem menos aos pais, familiares e amigos, sendo mais infl uenciáveis. As raparigas apresentam-se mais inseguras e menos informadas. A partir dos resultados, apresentam-se recomendações para as práticas de orientação vocacional.
Resumo:
De acordo com os dados fornecidos pelo Gabinete de Avaliação Educacional do Ministério da Educação (GAVE) acerca do relatório do Programme for International Student Assessment (PISA) em 2006, os resultados das provas de aferição, do 4º ano de escolaridade do 1º ciclo do ensino básico (CEB), revelam o fraco desempenho das crianças portuguesas nas tarefas de leitura e de escrita. Os dados fornecidos do Progress in International Reading Literacy Study (PIRLS), em 2011, mostram que o conhecimento do alfabeto que é fornecido através da consciência fonológica é o melhor preditor do sucesso da leitura. Assim, os objectivos desta investigação são: diagnosticar os níveis de consciência fonológica das crianças que estão em transição entre a educação pré-escolar e o 1.º CEB; implementar e validar um programa de treino da consciência fonológica; e saber até que ponto o treino da consciência fonológica influencia na aquisição dos conhecimentos a longo prazo. Nos três estudos efectuados participaram 346 sujeitos que frequentavam o pré-escolar e o 1º CEB, 49,4% do sexo feminino e 50,6% do sexo masculino. Os instrumentos utilizados foram a Prova de Segmentação Linguística (Alpha de Cronbach = 0,94) e o Programa de Treino da Consciência Fonológica (PTCF). Verificaram-se melhorias significativas no pós-teste do grupo experimental relativamente ao grupo de controlo. Verificou-se, ainda, que as habilitações académicas dos pais influenciam positivamente na aquisição desta habilidade metalinguística e são um bom preditor da mesma.
Resumo:
De acordo com os últimos dados fornecidos pelo GAVE - Gabinete de Avaliação Educacional do Ministério da Educação, os resultados das provas de aferição, do 4º ano de escolaridade do 1º ciclo do ensino básico, revelam um fraco desempenho das crianças portuguesas nas tarefas de leitura e de escrita. A Inteligência, a Consciência Fonológica, e as Operações Lógicas assumem um papel de relevo na aprendizagem da leitura, porém não são conhecidos estudos para o pré-escolar que contemplem estes preditores em simultâneo. O objetivo deste estudo é analisar o nível das crianças nestes 3 preditores bem como a sua interligação e, complementarmente, a sua influência no conhecimento das letras do alfabeto. Neste estudo participaram 116 crianças com idades compreendidas entre os cinco e seis anos de idade e que frequentavam o ensino pré-escolar, prevenientes de estabelecimentos de ensino público da Região Autónoma da Madeira (RAM). Os instrumentos utilizados foram as Matrizes Progressivas Coloridas de Raven, a Prova de Consciência Fonológica e as Provas Piagetianas. Os resultados obtidos sugerem, ainda, que realmente existe uma estreita relação entre estas três variáveis (Inteligência, Consciência Fonológica e Operações Lógicas) em algumas das tarefas, como bons preditores na aquisição da leitura. Verificou-se, ainda, que as habilitações dos pais influenciam positivamente na aquisição desta habilidade metalinguística. Sugere-se a continuação deste estudo, possivelmente numa perspetiva longitudinal e albergando outros níveis, variáveis ou preditores e estabelecimentos de ensino.
Resumo:
Verifica-se efetivamente que os conceitos e estudos de Piaget tal como a inteligência e as operações lógicas, embora pouco estudados atualmente, desempenham, ainda, hoje um papel fundamental para uma melhor compreensão do desenvolvimento infantil, bem como algumas dificuldades por parte da criança que possam surgir ao longo deste desenvolvimento. Quanto à consciência fonológica, o seu estudo é, igualmente, essencial, pois possibilita-nos uma melhor compreensão do desenvolvimento da linguagem na criança. No entanto, ainda são poucas as investigações que realizam uma análise da relação entre a inteligência, a consciência fonológica e as operações lógicas (medidas com as Provas Piagetianas). Neste sentido, e tornando este estudo ainda mais pertinente, pretende-se analisar essa mesma relação. A amostra deste estudo é constituída por 66 crianças que frequentam três escolas do Pré-Escolar de ensino público da Região Autónoma da Madeira. Para a recolha de dados foram utilizados a Prova de Avaliação da Consciência Fonológica - Forma A, as Matrizes Progressivas Coloridas de Raven e as Provas Piagetianas de Inclusão, Seriação e Classificação. Quanto à análise dos dados, estes foram sujeitos a um tratamento e análise estatística através do programa S.P.S.S. – Statistical Package for Social Sciences (versão 22 para Windows) tendo em conta a estatística descritiva e inferencial. Os resultados obtidos indicam que a inteligência não influencia os resultados nas provas piagetianas, e a consciência fonológica influencia apenas na prova piagetiana de seriação. Não há diferenças significativas entre género em nenhuma das variáveis. Verificou-se uma tendência das crianças filhas de pais com habilitações mais elevadas obterem melhores resultados nas provas lógicas e na consciência fonológica. Por fim, as crianças mais velhas, nascidas no início do ano, apresentam resultados mais elevados nas operações lógicas e na consciência fonológica do que as crianças mais novas nascidas no fim do ano.