16 resultados para Basquetebol - Treinadores
em Repositório Digital da UNIVERSIDADE DA MADEIRA - Portugal
Resumo:
A prática desportiva é hoje uma das atividades humanas mais importantes, atraindo milhões de crianças pelo prazer que proporciona, pelos ídolos desportivos, convívio social ou por influência familiar. Destes, muitos optam pela prática desportiva federada, em idade cada vez mais precoce. Este estudo pretendeu auscultar os treinadores de Andebol de Portugal sobre as orientações a seguir na participação desportiva, preparação para a competição e sobre o formato desta durante as etapas de formação. Aplicou-se um questionário a uma amostra constituída por 276 treinadores de Andebol de Portugal. Analisou-se a normalidade e homogeneidade dos dados, recorrendo-se ao SPSS 18, procedendo-se igualmente à análise descritiva. Recorreu-se à estatística teste Kruskal Wallis para verificar se havia diferenças significativas entre grupos de treinadores de acordo com o grau técnico e ao teste Mann-Whitney, para verificar a existência de diferenças estatisticamente significativas entre grupos em função da região (sig.-0,05). Para o tratamento das perguntas 5, 7 e 10, utilizou-se o método da análise de conteúdo. Os treinadores afirmaram: 1) a competição deve estar orientada para a formação (minis, bambis, infantis) e mais orientada para os resultados (iniciados, Juvenis), considerando estes muito importantes apenas nos juvenis; 2) a preparação deve ser multilateral (minis, bambis) e especializada (juvenis); 3) a competição deve ser informal (minis, bambis), formal (infantis) e formal com 2ªfase e play-off (iniciados e juvenis); 4) que é importante que a prática proporcione aos jovens momentos de divertimento e prazer; 5) que as competições nacionais e internacionais são importantes para todos os escalões; 6) que as provas a eliminar não devem existir ou apenas devem acontecer no escalão de juvenis; 7) que devem existir regulamentos técnicos ou pedagógicos de forma a modelar a competição até ao escalão de iniciados.
Resumo:
O nosso estudo teve como objetivo estudar o comportamento de instrução e o comportamento dos atletas jovens em competição. Ainda dentro do âmbito do estudo da atividade do treinador na direção da equipa em competição pretendemos verificar a existência de padrões-T de comportamentos de instrução. Outro objetivo passou por verificar a existência de correlações entre as expectativas, auto perceção e perceção dos treinadores sobre a instrução, comportamento dos atletas e a realidade em competição. Também foi verificada a existência de correlações entre as variáveis cognitivas referidas. Para cumprir os objetivos foram observadas quatro equipas de jovens que competiam nos campeonatos nacionais de Portugal e os seus respetivos treinadores, em dois jogos. Os instrumentos utilizados para a recolha de dados foram o Sistema de Análise da Instrução em Competição, o Sistema de Observação do Comportamento dos Atletas em Competição, o Questionários sobre as Expectativas da Instrução e Comportamento dos Atletas em Competição e o Questionário da Auto Perceção dos treinadores sobre a Instrução e a Perceção do Comportamento dos Atletas em Competição. Os treinadores observados têm um comportamento de instrução preferencialmente prescritivo, auditivo, direcionado ao atleta e com conteúdo tático. Os atletas demonstram estar atentos e modificam o comportamento positivamente. Foram registados padrões-T de comportamento na direção da equipa e no momento das substituições. Registamos alguma discrepância entre as expectativas, a auto perceção e perceção e os comportamentos verificados em competição.
Resumo:
O estudo tem por objetivo descrever e compreender o processo de avaliação de desempenho dos treinadores de desporto. Especificamente, procura-se aferir se a definição dos objetivos de trabalho, o escalão etário dos atletas, o nível competitivo, a situação contratual e a atribuição de prémios se relacionam com o facto de os treinadores serem ou não avaliados. Pretende-se ainda verificar se existe uma diferenciação dos critérios de avaliação de desempenho em função do nível competitivo em que o treinador atua e do escalão etário dos atletas. A metodologia de investigação foi alicerçada nos paradigmas interpretativo e positivista. Primeiramente, entrevistaram-se os responsáveis pela avaliação de desempenho de nove clubes desportivos da Madeira. Posteriormente, aplicou-se um questionário anónimo a 223 treinadores, sendo que os dados obtidos foram tratados com recurso à análise fatorial, ao teste T-Student, ao teste do Qui-Quadrado e à ANOVA. Os resultados descritivos dos grupos mostram que a avaliação de desempenho é uma prática pouco estruturada e assumida no âmbito gestão dos clubes. Com efeito, apresenta falhas ao nível da definição de instrumentos/critérios de avaliação e do feedback de desempenho. Os resultados da análise inferencial mostram que a definição dos objetivos, a situação contratual dos treinadores e a atribuição de prémios estão positivamente relacionados com a valorização da avaliação de desempenho. Os resultados revelam ainda a inexistência de uma distinção entre os critérios de avaliação dos treinadores que trabalham com atletas de diferentes escalões, à exceção dos resultados desportivos que foram mais valorizados para os treinadores de seniores. É de salientar ainda que foi entre os treinadores de atletas de nível nacional/internacional que se verificou maior valorização de critérios relacionados com a competição, nomeadamente: os resultados desportivos, as competências de planeamento, de formação dos atletas, de liderança e de scouting. Finalmente, deste estudo emerge a necessidade de um ajustamento entre o contexto em que o treinador atua e os critérios de avaliação do desempenho e de novas linhas de investigação, a fim de analisar a influência da avaliação de desempenho na eficiência e eficácia do treinador.
Resumo:
Estamos perante um mundo laboral em constante mutação, mais exigente e selecionador e a realidade desportiva não é exceção. Neste contexto, é indispensável ao profissional de desporto a obtenção de conhecimentos multidisciplinares e de relacionamento interpessoal, imperativos ao nível do desenvolvimento sustentável e continuado das organizações desportivas. Assim, para intervir no mundo do desporto, é necessário deter conhecimentos e competências específicas, que permitam, uma adequada intervenção nas mais diversas situações. Desta forma, surgiu a necessidade e motivação para a realização de um Estágio. Este foi efetivado na Associação de Basquetebol da Madeira, doravante designada (ABM), com a duração de 420 horas que decorreu no período de 1 de novembro de 2013 a 4 de julho 2014. A principal área de intervenção foi o planeamento e organização de eventos desportivos, sob a égide da associação. Tivemos igualmente oportunidade de intervir nas áreas do marketing, da pedagogia e da gestão de recursos. O estágio proporcionou-nos ainda a realização de um estudo, com o desígnio de identificar as possíveis causas e fatores do decréscimo do número de praticantes da modalidade, verificado nas últimas épocas desportivas, recorrendo a uma metodologia de análise qualitativa. Esta consistiu em entrevistar quinze dirigentes com responsabilidades técnicas e diretivas no basquetebol da Madeira e na Federação Portuguesa de Basquetebol. As principais conclusões deste estudo apontou para: (i) a redução sistemática dos apoios públicos, que dificultou e muito o normal funcionamento, quer dos clubes, como das Associações, (ii) uma atitude passiva dos clubes no sentido de adotarem estratégias tendencialmente autossustentáveis. As medidas mais referidas para melhorar a modalidade, visam uma melhor e mais exigente formação de técnicos e dirigentes. Relativamente às perspetivas futuras sobre a modalidade a médio prazo, os resultados são díspares: (i) indicam o risco da falta de clubes suficientes para haver competição, (ii) outros perspetivam que será uma modalidade com um crescimento sustentado.
Resumo:
A dimensão económica, financeira, social, cultural e desportiva que o futebol de alto rendimento alcançou parece exigir da parte dos clubes/SAD`s e de todos os intervenientes no processo uma responsabilização elevada face aos capitais envolvidos e à permanente necessidade de os rentabilizar. A relação entre clube/SAD e treinador parece ser causadora de constrangimentos, que conduzem a ruturas que em muitas das situações acarretam custos elevados para ambas as partes. Estudar a articulação entre o que o clube/SAD se propõe produzir e o papel do treinador de alto rendimento na modalidade de futebol, perceber quais as dinâmicas e sinergias passíveis de serem criadas, identificando um conjunto de variáveis e respetivos indicadores que permitam uma gestão mais eficiente, parece-nos ser de extrema importância para que se consiga rentabilizar todo o processo. Desta forma apresentamos uma proposta de grelha de leitura de clube/SAD que nos parece possibilitar uma articulação mais eficiente, e uma otimização da relação existente ente a micro e a macro gestão.
Resumo:
O presente estudo tem por objetivo detetar T-patterns de comportamento de instrução em treinadores de jovens na direção da equipa em competição, utilizando para o efeito o programa THEME 5.0. Para a realização da presente investigação recorreu-se à metodologia observacional. Foram filmados 8 jogos de futebol de 4 treinadores que dirigiam equipas de Juniores “B” e juniores “A” que competiam nos campeonatos nacionais de Portugal e codificados os seus comportamentos de instrução através do sistema de observação SAIC. Os resultados obtidos revelaram a existência de padrões temporais de comportamento de instrução, quer na análise feita aos treinadores individualmente, quer na análise feita no conjunto dos treinadores. Os T-patterns analisados demonstram que os treinadores procuram preferencialmente prescrever soluções táticas e psicológicas, direcionadas ao atleta, recorrendo à comunicação verbal, bem como avaliar positivamente a sua execução e comportamento. Durante as substituições os treinadores fornecem indicações com conteúdo tático e psicológico ao atleta que vai entrar, elogiam a prestação do jogador que saiu e emitem informação à equipa.
Resumo:
Este estudo procurou compreender o processo e os critérios considerados na avaliação de desempenho dos treinadores pertencentes a nove clubes desportivos da Região Autônoma da Madeira, Portugal. Foi utilizada uma metodologia de carácter qualitativo, com recurso à análise documental da estrutura, dos recursos humanos dos clubes e a uma entrevista semiestruturada realizada aos diretores com responsabilidades na avaliação dos treinadores. Os resultados ilustram um processo de avaliação não estruturado, baseado em informações pouco sistematizadas e rigorosas. Os critérios de avaliação mais relevantes foram os resultados desportivos dos atletas, seguidos das competências de liderança e competências pessoais e sociais do treinador.
Resumo:
O Badminton assume-se como um jogo de confrontação directa, muito dinâmico e complexo, considerado por muitos como o desporto de raquetes mais rápido do mundo. Nesta modalidade, as acções dos jogadores são executadas de forma balística constantemente e onde as jogadas se desenrolam a alta velocidade, obrigando os jogadores a realizarem constantes e rápidos ajustes durante o jogo. Neste contexto de incerteza e constrangimentos constantes, as inúmeras tomadas de decisão dos jogadores acontecem tipicamente sobre uma enorme e constante pressão temporal, durante praticamente todo o jogo. Assim, o presente estudo pretende ser mais um contributo importante para a compreensão dos processos da tomada de decisão no Badminton, segundo uma perspectiva englobada na teoria da psicologia ecológica do desporto, alicerçada na percepção directa, nos sistemas dinâmicos, nos constrangimentos e no processo da tomada de decisão. Pretendeu-se neste estudo analisar o processo da dinâmica decisional do Badminton, mais especificamente, o acoplamento serviço-recepção nos jogadores de singulares homens de elite mundial, através da detecção da estabilidade de padrões de comportamento nas acções dos jogadores ao longo dos jogos. Para a elaboração do estudo recorreu-se à metodologia observacional, onde foi criado e utilizado um instrumento de observação de formato de campo com sistema de categorias, validado através de um questionário aplicado a um grupo de treinadores peritos na modalidade. Posteriormente, efectuou-se a exploração e interpretação dos dados mediante a utilização da análise descritiva e sequencial com transições, de forma prospectiva e retrospectiva. Os resultados do estudo permitiram concluir que, (1); existem padrões de acção dos jogadores quer no serviço, quer na recepção do serviço; (2) A realização do serviço e a recepção do serviço estão associados a zonas específicas do campo; (3) O resultado final do jogo está associado à eficácia dos batimentos na fase de desenvolvimento das jogadas; (4) Os jogadores vencedores dos jogos observados utilizaram uma maior variação nos serviços, nas recepções e nos tipos de batimento no decorrer das jogadas; (5) Os jogadores que foram vencidos nos jogos observados utilizaram uma menor variação nos serviços, nas recepções e nos batimentos durante as jogadas.
Resumo:
O presente estudo pretendeu averiguar a intervenção do treinador de andebol na Condução de uma equipa em Competição. Neste sentido, desenvolvemos o conceito de Planificação Táctica que em sentido lato refere-se à aplicação prática dos meios ao dispor do treinador, de acordo com um conceito de jogo próprio e com uma estratégia previamente definida, com o objectivo de ganhar um determinado confronto competitivo. Os objectivos deste estudo consistem em primeiro lugar, conhecer em profundidade o jogo de andebol, questionando os peritos da modalidade sobre três aspectos: que momentos determinantes existem no jogo de andebol, qual a sua ordem de importância e que estratégias de intervenção eles utilizariam nesses momentos; em segundo lugar pretendemos caracterizar a intervenção em competição dos treinadores de andebol quanto à forma de comunicação verbal. Os métodos de pesquisa utilizados foram o questionário (para conhecer o jogo de andebol) e um sistema de observação em vídeo (para caracterizar a comunicação do treinador em competição). Foram analisados dezasseis treinadores de alto nível por questionário e cinco por observação vídeo. Os questionários foram aplicados e as filmagens dos jogos efectuadas durante a época de 1999/2000. Da pesquisa efectuada por questionário decorrem as principais conclusões: 1) existem momentos em que a intervenção do treinador é determinante para o resultado final do mesmo. Durante o jogo é determinante o treinador intervir: 2) nos momentos finais do jogo em igualdade e desvantagem no marcador e quando a equipa sofre uma exclusão temporária; 3) de acordo com o cumprimento ou o resultado prático do plano táctico estabelecido; 4) fazendo substituições por lesão, por incumprimento das missões tácticas, como resposta às condições específicas do jogo e de acordo com funções defensivas e/ou ofensivas; 5) gerindo os descontos de tempo, solicitando-os de acordo com as exigências do jogo e intervindo ao nível colectivo e individual; 6)relacionando-se com os árbitros, mantendo sempre a cordialidade independentemente do resultado do jogo. Durante o Intervalo do jogo é determinante o treinador: 7) reunir rapidamente com o adjunto e dirigir a sua intervenção para as acções colectivas da equipa. Das estratégias que os treinadores afirmaram utilizar salientam-se as seguintes: Durante o jogo os treinadores afirmam intervir: 8) sobre o colectivo da equipa, reservando uma intervenção individualizada para os momentos de exclusão de jogadores; 9) nos descontos de tempo tanto colectiva como individualmente; Durante o intervalo do jogo os peritos afirmam: 10) iniciá-lo com uma análise colectiva da equipa. Da pesquisa efectuada por observação vídeo decorrem as principais conclusões: 11) a comunicação verbal dos peritos observados caracteriza-se por mensagens gerais, dirigidas para o colectivo ou para um jogador de campo, de carácter maioritariamente pressionante e aprovativa (quando os treinadores ganham os jogos) e de natureza defensiva.
Resumo:
A análise dos comportamentos na defesa tem vindo a despertar o interesse de alguns autores (Lima, 2008; Sousa, 2000), o que tem contribuído para a sistematização de um conjunto de dados respeitantes à organização, funcionamento e comportamentos no jogo de Andebol. Este estudo visa caracterizar a fase da defesa, analisar os comportamentos utilizados durante esta fase pelas equipas femininas dos escalões de iniciados e juvenis durante os jogos, nas etapas do processo de formação das jogadoras, caracterizar o tipo de treino de defesa realizado pelas equipas em três momentos diferentes e relacionar a percepção dos treinadores entre a teoria e a prática. Para a realização do estudo recorremos à Metodologia Observacional. Foram construídos e validados dois instrumentos de observação: um destinado à recolha de dados dos treinos e outro dos jogos. Foi elaborado e validado um questionário aplicado aos treinadores das equipas. A amostra é composta por 72 treinos e 24 jogos de oito equipas dos escalões de iniciadas (4) e juvenis (4) do Funchal da Associação de Andebol da Madeira. Para a detecção dos padrões comportamentais utilizou-se a técnica estatística de análise sequencial com transições. Os resultados do estudo permitiram concluir que: a) Os treinadores consideram importantes os sistemas defensivos 3:3, 3:2:1 e HxH; b) Do tempo total de treino, os treinadores dedicam 15,72% e 14,25% ao treino da defesa, nas juvenis e iniciadas, respectivamente; c) Os exercícios gerais são os mais utilizados, com valores de 33,1% (iniciadas) e 34,6%(juvenis); d) Durante a competição, os sistemas defensivos mais utilizados foram o 6:0 e o 5:1; e) É significativa a probabilidade das defesas abertas inibirem o golo sofrido e activarem a defesa do Guarda-redes; f) A recuperação defensiva passiva activa a probabilidade de sofrer golo; g) A probabilidade da recuperação da bola ser precedida pela recuperação activa é significativa.
Resumo:
O treino com jovens é desafiante, pois estes são orientados para a prática desportiva como se fossem profissionais, começando desde muito cedo a seleção de jogadores. Agrupados em escalões consoante a sua idade cronológica, os jovens mais desenvolvidos têm mais oportunidades de participar e competir, impedindo os restantes de fazer aquilo que mais gostam: jogar futebol. O estudo apresenta os seguintes objetivos: 1º avaliar a influência da idade cronológica nas oportunidades oferecidas para a participação dos jovens na prática desportiva, mais concretamente no Futebol; 2º conhecer o pensamento dos treinadores sob a organização e quadros de atividades para crianças e jovens no Futebol; 3º avaliar o tempo de participação desportiva dos jovens. Para este estudo optou-se por uma metodologia qualitativa-quantitativa aplicando-se um questionário aos treinadores de Futebol da Região Autónoma da Madeira. A amostra foi constituída por um total de 30 treinadores de Futebol Jovem masculino dos escalões de Infantis, Iniciados e Juvenis. Recorreu-se também à observação das datas de nascimento e fichas de jogo em que participaram 1173 jovens jogadores inscritos em equipas pertencentes à A.F.M. do escalão de Infantis (428 jogadores), Iniciados (397 jogadores) e Juvenis (348). Para analisar os dados recorreu-se à estatística descritiva (média, percentagem e desvio padrão) e ainda aos testes qui-2; Kruskal-Wallis, Jonckheere-Terpstra e Mann-Whitney: para obter resultados relativos à data de nascimento; titularidade e tempo de jogo. Considerando os objetivos do estudo, os resultados demonstram que: os jovens nascidos numa data mais próxima do início do ano são beneficiados em relação aos que nascem numa data próxima do fim do ano; os treinadores afirmam ser importante a rotatividade dos jogadores na convocatória; o tempo de participação desportiva dos jovens é desequilibrado, visto os nascidos no 1º trimestre jogarem mais tempo do que os nascidos no 4º trimestre.
Resumo:
O objectivo central do presente trabalho consistiu em compreender como é que a interacção entre o padrão comportamental adoptado pelos treinadores principais e as fases de desenvolvimento grupais em que as respectivas equipas se encontravam e se modificaram ao longo de dois momentos de observação numa época desportiva, influía ao nível da satisfação das mesmas, assim como no seu desempenho colectivo. Foram realizados dois estudos empíricos ancorados no Modelo Integrado de Desenvolvimento Grupal de Miguez e Lourenço (2001) (MIDG). O estudo I teve como propósito central a construção e validação de um instrumento de auto-resposta, a Escala de Desenvolvimento Grupal no Desporto (EDG_D), de forma a ser possível identificar o nível de existência grupal das equipas desportivas. A EDG_D demonstrou possuir boas qualidades psicométricas, revelando-se capaz de identificar com clareza a fase 1 e a fase 2 de desenvolvimento grupal do MIDG. Embora não tivesse conseguido discriminar entre as fases 3 e 4, foi capaz de medir outra fase que possuía características que indicavam um maior desenvolvimento grupal. O Estudo II, de natureza longitudinal, norteou-se pelo objectivo de compreender como é que a interacção entre o estilo de liderança adoptado pelo treinador principal e a fase de desenvolvimento grupal, se relacionava com a eficácia socioafectiva e de tarefa ao longo de uma época desportiva. Os principais resultados apontaram para a não existência de um efeito positivo do ajustamento do estilo de liderança apresentado pelo treinador principal ao nível de existência grupal, no desenvolvimento grupal das equipas, no nível de satisfação das mesmas e no nível de desempenho percepcionado pelos treinadores. Os resultados mostraram a existência de uma relação positiva entre o ajustamento do estilo de liderança adoptado pelo treinador principal à fase de desenvolvimento grupal e o nível de consecução dos objectivos. Outrossim, foi possível verificar um efeito diferenciado, no sentido positivo, do nível de desenvolvimento grupal das equipas que se situavam no 2º ciclo do MIDG, e nas que se encontravam na fase 1, nos níveis de satisfação, de desempenho percepcionado pelo treinador principal e de consecução dos objectivos.
Resumo:
O relatório refere-se ao estágio efectuado no Club Sport Marítimo, secção de Natação onde se realizou um trabalho dedicado à detecção de erros técnicos em nadadores, para proceder posteriormente à sua correcção. Partiu-se da observação e posterior registo (check list) para a elaboração de um plano de acção através de “drills” adequados para cada situação, de modo a corrigir os erros detectados. Para este efeito, utilizando a metodologia observacional, observaram-se os 18 nadadores que constituem a amostra, recorrendo a um instrumento adaptado e validado de acordo com os objectivos a alcançar. Estes nadadores foram observados ao longo da época desportiva 2010/2011, em três provas do Calendário Regional de Natação Pura Desportiva (NPD) da Associação de Natação da Madeira (ANM). Os resultados atingidos parecem-nos claramente positivos, já que foram corrigidos 84% e 86,9% dos erros inicialmente detectados, respectivamente, na técnica de Costas e de Crol. Podemos afirmar também que, a maior parte dos erros, foram colmatados num período de tempo relativamente curto. Outros, contudo, levarão mais tempo a serem ultrapassados, o que dependerá do grau de complexidade do erro e da maior ou menor capacidade no que toca à aprendizagem motora do nadador em questão. Esperamos com este pequeno estudo poder contribuir para que os treinadores dêem a devida atenção à vertente técnica durante a planificação das épocas desportivas, o que se traduz na construção das sessões de treino com drills, visando uma melhor preparação dos atletas para a competição, promovendo, desta forma o sucesso. Pensamos que vale a pena “perder tempo” com a aplicação de drills em situação de treino, o que na realidade faz consumir muito tempo de treino (é um trabalho minucioso e de qualidade) para ganhar tempo e nível técnico em situação de competição – objectivo premente para o nadador e o treinador envolvidos num contexto desta natureza.
Resumo:
A participação desportiva de atletas pré-púberes e púberes, de ambos os sexos, levanta questões sobre o conhecimento das respostas fisiológicas ao treino, concretamente no que diz respeito à especialização metabólica. Nesse sentido, o objetivo do estudo foi investigar a ocorrência da especialização metabólica ao longo de uma época desportiva na modalidade de natação pura desportiva. Participaram no estudo 36 nadadores federados, dos quais 10 eram pré-púberes masculinos (10,4±0,7 anos; 142,3±7,6 cm; 36,9±7,9 kg), 6 pré-púberes femininos (9,8±0,6 anos; 140,4±3,9 cm; 33,0±4,4 kg), 10 púberes masculinos (13,5±1,5 anos; 166,9±8,5 cm; 56,8±10,3 kg) e 10 púberes femininos (11,3±0,7 anos; 152,7±5,4 cm; 46,4±6,8 kg). O grupo de controlo foi constituído por 36 crianças e adolescentes não praticantes de qualquer modalidade, divididos da mesma forma que o grupo de natação e com características morfológicas semelhantes. A aptidão aeróbia (teste de Balke adaptado para crianças e jovens) e anaeróbia (teste anaeróbio Wingate) foi avaliada em dois momentos ao longo da época desportiva. Os resultados obtidos dos diferentes grupos foram comparados e correlacionados relativamente às variáveis de aptidão aeróbia e anaeróbia. Os resultados identificaram diferenças em algumas variáveis da aptidão aeróbia e anaeróbia considerando os fatores maturação, sexo e grupo, porém, não foram verificados desempenhos que indiciem uma especialização num determinado metabolismo energético. Assim, os resultados mostraram a não especialização metabólica em nadadores pré-púberes e púberes de ambos os sexos, nos testes laboratoriais aplicados. O estudo forneceu dados aos treinadores quanto ao desempenho aeróbio e anaeróbio dos seus atletas, mas principalmente quanto à orientação do treino para o desenvolvimento de competências técnicas nestas idades, deixando a especialização nas distâncias de nado e no estilo de prova para quando for atingida a especialização metabólica. Estudos futuros deverão avaliar atletas pós-púberes de forma a determinar quando ocorre a especialização metabólica.
Resumo:
O treino desportivo é visto como um processo pedagógico que visa o desenvolvimento de capacidades técnico-tácticas, físicas e psicológicas dos desportistas e das equipas no quadro específico das situações competitivas através da prática sistemática e planificada do exercício, orientada por princípios e regras devidamente estabelecidas. Cabe aos treinadores estabelecer o seu modelo de treino e de jogo tendo em conta os princípios biológicos, pedagógicos e metodológicos, que vão ao encontro das necessidades dos seus desportistas e do seu escalão etário. A crescente procura da prática do Futebol tem contribuíndo para o aumento de praticantes. No entanto, a sua prática deverá ocorrer em contextos de segurança, que devem ser proporcionados não só pelos clubes, mas objectivamente pelos treinadores O relatório tem como objectivo divulgar e expor as actividades e experiências vividas em contexto laboral, nomeadamente em contexto do treino desportivo em Futebol, modalidade escolhida para realizar o Estágio. Este estágio proporcionou a aquisição de novas aprendizagens referentes à metodologia do treino, ao processo de comunicação com os jovens futebolistas quer em contexto de treino quer contexto de competição. Permitiu igualmente estudar diferentes variáveis inerentes ao treino, nomeadamente a motivação e a percepção de sucesso. Através dos processos de treino e do desenrolar da competição ao longo da época desportiva, foi possível avaliar a motivação e a percepção de sucesso que os jovens futebolistas possuíam, tendo-se concluído que estes apresentavam uma orientação para a tarefa e uma motivação extrínseca por regulação identificada. Foi igualmente possível observar e analisar alguns momentos da equipa em competição, nomeadamente observar o modo como a equipa recuperava a posse de bola e, a partir da recuperação, como realizava o ataque, através do recurso à análise sequencial com retardos (análises prospectiva e retrospectiva), verificando que a forma de recuperação da posse de bola não influenciava o método de ataque realizado pela equipa.